Escola Estadual Alfredo Rêgo

Disciplina: Ens. Religioso

Professor: Ivan Fraga
Série: 7° Série

1.O que significa religião?

O termo religião vem do verbo latim “religere” e significa religar-se, ou ligar-se ao divino.
Em linhas gerais, pode-se dizer que a religião é o resultado do esforço humano que, em
épocas diferentes e de várias maneiras, procurou religar-se ao "Sagrado". Toda religião,
de certa maneira, é uma tentativa de contato com o que é sagrado, com aquilo que é
considerado divino, transcendente.

2. Quando surgiu o termo religião?

Foi Marco Túlio Cícero(I séc. a.C), filósofo e jurista romano, quem usou pela primeira
vez o termo latino “relegere”’ para se referir aqueles que se ocupavam com atos do culto
divino. Assim escreveu: "Aqueles que cumpriam cuidadosamente todos os atos do culto
divino e, por assim dizer, os reliam atentamente foram chamados de religiosos — de
relegere”(Cicero. De Natura deorum). Assim, conclui-se que, na Roma Antiga da época
de Cícero, as pessoas que se ocupavam com atividades de culto divino eram chamadas
de religiosas. Mais tarde os filósofos e teólogos Lactâncio(240-317 d.C) e Agostinho de
Hipona(354-430 d.C) vão dizer que o termo religião deriva de “religare” no sentido de
que a religião é a tentativa de religar o homem à Deus. Aqui a palavra “religião” ganha
um sentido mais prático: religião seria o meio pelo qual religa o ser humano com o
sagrado, com Deus.

Marco Túlio Cícero(I séc. a.C), filósofo e jurista romano, foi o primeiro pensador a usar o termo “relegere”

3. Existe algum termo grego equivalente ao termo religião?

É curioso notar que no grego não existe o termo religião. O que podemos encontrar
próximo disso é o termo “Aocipeías” que significa “serviço divino”. Neste caso, na Grécia
Antiga, qualquer atividade religiosa, seja um sacrifício religioso, uma procissão, uma
festa de natureza sagrada etc., era considerada religião.

4. O que são religiões monoteístas?

São religiões que professam a fé em um só “deus”. Os monoteístas seguem apenas
uma religião e creem em uma única divindade. Ao contrário do Politeísmo, que acredita
em vários deuses, o Monoteísmo defende a existência de um só deus criador de todo o
universo. Exemplos de religiões monoteístas: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo.
 Símbolos das principais religiões monoteístas: Judaísmo, cristianismo e Islamismo.

Cristãos católicos em procissão religiosa. Por professar a fé em um só Deus, a religião cristã é

considerada, ao lado do Judaísmo e do Islamismo, uma das principais religiões monoteístas

5. O que são religiões politeístas?

São religiões que professam a fé em vários deuses. Politeísmo é um sistema religioso
que consiste na crença em diferentes divindades. Nas sociedades politeístas são
admitidas as existências de múltiplos deuses, normalmente cada um dedicado a uma
característica particular da natureza, como: deus do trovão, deus do sol, deusa da
chuva, deusa da terra etc. Exemplos de religiões politeístas: as religiões da antiga
Grécia, da Roma antiga, do Egito antigo, da Escandinávia, Ibéria, Ilhas Britânicas, África
Ocidental (religiões africanas como a iorubá) e regiões eslavas, assim como as suas
reconstruções modernas como a Wicca, Xamanismo, Druidismo, Dodecateísmo,
Candomblé, Hinduísmo e ainda o Xintoísmo.

O hinduísmo é uma das principais religiões politeístas no mundo. De acordo com Klaus Klostermaier,
docente da University of Manitoba, as escrituras hinduístas falam de 330 milhões de deuses, mas cada
hindu escolhe seu próprio istadevata, ou seja, seu deus.

6. Quais são as principais ramificações do cristianismo?

Quando se fala em cristianismo tem-se a ideia equivocada de que se trata de uma
religião homogênea, isto é, singular, sem diversidade. Nada mais incorreto, pois há no
cristianismo diversas ramificações e mesmo dentro dessas ramificações há uma
diversidade de correntes, teologias, doutrinas etc. Em linhas gerais, podemos apontar
como principais ramificações do cristianismo os seguintes grupos: Catolicismo Romano,
o Catolicismo Ortodoxo e Protestantismo (históricos, pentecostais e neopentecostais).
Todos estes grupos, apesar das diferenças doutrinárias, professam a fé em Jesus
Cristo. Por esta razão são ramificações igualmente cristãos, mas que possuem corpos
doutrinários diferentes.

Mesmo dentro do catolicismo pode-se encontrar vários grupos de modo que hoje já se fala em
catolicismos (no plural) e não em catolicismo(no singular), tamanha a variedade de grupos que
se autodenominam católicos. Exemplo: católicos carismáticos, catolicismos popular brasileiro
etc.

7. O que é Catolicismo brasileiro?

Por Catolicismo brasileiro entendemos a visão religiosa de mundo estreitamente

vinculada ao Catolicismo oficial ainda que não necessariamente sob o seu controle. Ele
é constituído de pessoas que participam dos sacramentos da Igreja Católica romana e
se consideram fiéis católicos praticantes. Porém, vivem a fé católica de uma forma muito
particular, isto é, nem sempre seguindo a orientação de um padre ou de um bispo ou
conforme a doutrina católica que eles ensinam. Nos catolicismos brasileiros populares
predominam as atividades cúlticas e devocionais. Ele é constituído por expressões
espontâneas e diretas de fé exteriormente católicas. O caráter cúltico e devocional é
constantemente afirmado em crenças e práticas religiosas como: Reverência à Virgem
Maria e aos santos, Separação do Sagrado(Objetos como água e óleo, tornados
bentos; medalhas, feitas milagrosas; terços sagrados para a oração; locais e igrejas,
nos quais a proximidade de Deus é mais percebida etc), Reverência da morte(É
comum preservar o corpo da decomposição por meio da mumificação, como ocorre com
muitos santos e a maioria dos papas. O próprio corpo morto de Jesus Cristo é
reverenciado durante as festas da Semana Santa), Celebração litúrgica(Participação
em peregrinações, romarias e procissões independe, na maioria das vezes organizadas
pela liderança de um sacerdote local).
8. Diferenças entre a Páscoa Judaica e a Páscoa cristã
Judeus e cristãos celebram a Páscoa, mas por razões bem diferentes. Conhecida pelos
judeus como Pessach, que significa passagem, a Páscoa judaica é uma tradição
milenar, que relembra a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito. Já a Páscoa
cristã é uma das festividades mais importantes para o cristianismo, pois celebra a
ressurreição de Jesus Cristo.