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Religião

O desenvolvimento da religião assumiu diferentes formas


em diferentes culturas. Algumas religiões colocam a tô-
nica na crença, enquanto outras enfatizam a prática. Al-
gumas religiões focam na experiência religiosa subjetiva
do indivíduo, enquanto outras consideram as atividades
da comunidade religiosa como mais importantes. Algu-
mas religiões afirmam serem universais, acreditando que
suas leis e cosmologia são válidas ou obrigatórias para
todas as pessoas, enquanto outras se destinam a serem
praticadas apenas por um grupo bem definido ou loca-
lizado. Em muitos lugares, a religião tem sido associ-
ada com instituições públicas, como educação, hospitais,
família, governo e hierarquias políticas.
Alguns acadêmicos que estudam o assunto têm dividido
as religiões em três categorias amplas: religiões mundi-
ais, um termo que se refere à crenças transculturais e in-
ternacionais; religiões indígenas, que se refere a grupos
religiosos menores, oriundos de uma cultura ou nação es-
Símbolos que representam diferentes religiões do mundo, da es- pecífica; e o novo movimento religioso, que refere-se a
querda para a direita: crenças recentemente desenvolvidas.[3] Uma teoria aca-
Linha 1: cristianismo, judaísmo, hinduísmo dêmica moderna sobre a religião, o construtivismo social,
Linha 2: islamismo, budismo, xintoísmo diz que a religião é um conceito moderno que sugere que
Linha 3: siquismo, bahai, jainismo toda a prática espiritual e adoração segue um modelo se-
melhante ao das religiões abraâmicas, como um sistema
Religião (especulam-se várias origens etimológicas.[1] de orientação que ajuda a interpretar a realidade e definir
Detalhes na seção etimologia) é um conjunto de sistemas os seres humanos[4] e, assim, a religião, como um con-
culturais e de crenças, além de visões de mundo, que esta- ceito, tem sido aplicado de forma inadequada para cultu-
belece os símbolos que relacionam a humanidade com a ras não-ocidentais que não são baseadas em tais sistemas
espiritualidade e seus próprios valores morais.[2] Muitas ou em que estes sistemas são uma construção substanci-
religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias almente mais comum.
sagradas que se destinam a dar sentido à vida ou explicar
a sua origem e do universo. As religiões tendem a deri-
var a moralidade, a ética, as leis religiosas ou um estilo de
vida preferido de suas ideias sobre o cosmos e a natureza 1 Etimologia
humana.
A palavra religião é muitas vezes usada como sinônimo A palavra portuguesa religião deriva da palavra latina re-
de fé ou sistema de crença, mas a religião difere da ligionem (religio no nominativo), mas desconhece-se ao
crença privada na medida em que tem um aspecto pú- certo que relações estabelece religionem com outros vo-
blico. A maioria das religiões tem comportamentos orga- cábulos. Aparentemente no mundo latino anterior ao sur-
nizados, incluindo hierarquias clericais, uma definição do gimento do cristianismo, religionem referia-se a um estilo
que constitui a adesão ou filiação, congregações de leigos, de comportamento marcado pela rigidez e pela precisão.
reuniões regulares ou serviços para fins de veneração ou
adoração de uma divindade ou para a oração, lugares A raiz da palavra religião tem ligações com o -lig- de di-
(naturais ou arquitetônicos) e/ou escrituras sagradas para ligente ou inteligente ou com le-, lec-, -lei, -leg- de “ler”,
seus praticantes. A prática de uma religião pode também “lecionar”, “eleitor” e “eleger” respectivamente. o re- ini-
incluir sermões, comemoração das atividades de um deus ciar é um prefixo que vem de red(i) “vir”, “voltar” como
ou deuses, sacrifícios, festivais, festas, transe, iniciações, em “reditivo” ou “relíquia” [5]
serviços funerários, serviços matrimoniais, meditação, Historicamente foram propostas várias etimologias para
música, arte, dança, ou outros aspectos religiosos da a origem de religio. Cícero, na sua obra De natura deo-
cultura humana. rum, (45 a.C.) afirma que o termo se refere a relegere, re-

1
2 3 DEFINIÇÃO

ler, sendo característico das pessoas religiosas prestarem pessoa ou conjunto de pessoas. Cada religião inspira cer-
muita atenção a tudo o que se relacionava com os deuses, tas normas e motiva certas práticas.
relendo as escrituras. Esta proposta etimológica sublinha
o carácter repetitivo do fenómeno religioso, bem como
o aspecto intelectual. Mais tarde, Lactâncio (século III e 2 Conceitos
IV d.C.) rejeita a interpretação de Cícero e afirma que o
termo vem de religare, religar, argumentando que a reli-
Existem termos que são ditos/escritos frequentemente no
gião é um laço de piedade que serve para religar os seres
discurso religioso grego, romano, judeu e cristão. En-
humanos a Deus.
tre eles estão: sacro e seus derivados (sacrar, sagrar,
No livro “A Cidade de Deus” Agostinho de Hipona sacralizar, sacramentar, execrar), profano (profanar) e
(século IV d.C.) afirma que religio deriva de religere, “ree- deus(es).[9] O conceito desses termos varia bastante con-
leger”. Através da religião a humanidade reelegia de novo forme a época e a religião de quem os emprega. Contudo,
a Deus, do qual se tinha separado. Mais tarde, na obra De é possível ressaltar um mínimo comum à grande parte dos
vera religione Agostinho retoma a interpretação de Lac- conceitos atribuídos aos termos.[10]
tâncio, que via em religio uma relação com “religar”.
Os religiosos gregos e romanos criam na existência de vá-
Macróbio (século V d.C.) considera que religio deriva de rios deuses; os judeus, muçulmanos e cristãos acreditam
relinquere, algo que nos foi deixado pelos antepassados. que há apenas uma divindade, um ser impossível de ser
A palavra “religião” foi usada durante séculos no contexto sentido pelos sensores humanos e que é capaz de provo-
cultural da Europa, marcado pela presença do cristia- car acontecimentos improváveis/impossíveis [10]
que podem
nismo que se apropriou do termo latino religio. Em outras favorecer ou prejudicar os homens. Para grande parte
[9]
civilizações não existe uma palavra equivalente. O hin- das religiões, as coisas e as ações se dividem entre sa-
duísmo antigo utilizava a palavra rita que apontava para cras e profanas. Sacro é aquilo que mantém uma liga-
a ordem cósmica do mundo, com a qual todos os seres ção/relação com o(s) deus(es). Frequentemente [9]
está re-
deveriam estar harmonizados e que também se referia à lacionado ao conceito de moralidade. Profano é aquilo
correcta execução dos ritos pelos brâmanes. Mais tarde, o que não mantém nenhuma ligação com o(s) deus(es). Da
termo foi substituído por dharma, termo que atualmente mesma forma, para grande parte das religiões a imorali-
é também usado pelo budismo e que exprime a ideia de dade e o profano são correspondentes. Já o verbo “profa-
uma lei divina e eterna. Rita relaciona-se também com nar” (tornar algo profano) [10]
é sempre tido como uma ação
a primeira manifestação humana de um sentimento reli- má pelos religiosos.
gioso, a qual surgiu nos períodos Paleolítico e Neolítico,
e que se expressava por um vínculo com a Terra e com
a Natureza, os ciclos e a fertilidade. Nesse sentido, a 3 Definição
adoração à Deusa mãe, à Mãe Terra ou Mãe Cósmica
estabeleceu-se como a primeira religião humana. Em Dentro do que se define como religião podem-se encon-
torno desse sentimento formaram-se sociedades matriar- trar muitas crenças e filosofias diferentes. As diversas
cais centradas na figura feminina e suas manifestações.[6] religiões do mundo são de facto muito diferentes entre si.
Ainda entre os hindus destaca-se a deusa Kali ou A ne- Porém ainda assim é possível estabelecer uma caracte-
gra como símbolo desta Mãe cósmica. Cada uma das ci- rística em comum entre todas elas. É facto que toda reli-
vilizações antigas representaria a Deusa, com denomina- gião possui um sistema de crenças no sobrenatural, geral-
ções variadas: Têmis (Gregos), Nu Kua (China) e Tiamat mente envolvendo divindades, deuses e demónios.[11] As
(Babilônia). Segundo o mitologista Joseph Campbell a religiões costumam também possuir relatos sobre a ori-
mudança de uma ideia original da Deusa mãe identifi- gem do Universo, da Terra e do Homem, e o que acontece
cada com a Natureza para um conceito de Deus deve-se após a morte. A maior parte crê na vida após a morte.[11]
aos hebreus e à organização patriarcal desta sociedade.
A religião não é apenas um fenômeno individual, mas
O patriarcalismo formou-se a partir de dois eventos fun-
também um fenômeno social. Exemplos de doutrinas que
damentais: a atividade belicosa de pastoreio de gado bo-
exigem não só uma fé individual, mas também adesão a
vino e caprino [7] e às constantes perseguições religiosas
um certo grupo social, são as doutrinas da Igreja Católica,
que desencadeavam o nomadismo e a perda de identidade
do judaísmo, dos amish.
territorial.[8] Herdado da cultura hebraica, patriarcado é
uma palavra derivada do grego pater, e se refere a um A ideia de “religião”, com muita frequência, contempla
território ou jurisdição governado por um patriarca; de a existência de seres superiores que teriam influência ou
onde a palavra pátria. Pátria relaciona-se ao conceito de poder de determinação no destino humano. Esses seres
país, do italiano paese, por sua vez originário do latim pa- são principalmente deuses, que ficam no topo de um sis-
gus, aldeia, donde também vem pagão. País, pátria, patri- tema que pode incluir várias categorias: anjos, demônios,
arcado e pagão tem a mesma raiz. Independente da ori- elementais, semideuses etc.
gem, o termo é adotado para designar qualquer conjunto Outras definições mais amplas de religião dispensam a
de crenças e valores que compõem a fé de determinada ideia de divindades e focalizam os papéis de desenvol-
4.1 Mundo contemporâneo 3

vimento de valores morais, códigos de conduta e senso em critérios geográficos, como a concentração numa de-
cooperativo em uma comunidade.[11] terminada região ou o facto de certas religiões terem nas-
Ateísmo é a ausência de crença em qualquer tipo de cido na mesma região do mundo. As categorias mais em-
deus, muitas vezes se contrapondo às religiões teístas. pregues são as seguintes:
Agnosticismo é a postura filosófica que afirma ser im-
possível saber racionalmente sobre a existência ou ine- • Religiões abraâmicas: judaísmo, cristianismo,
xistência de deuses e sobre a veracidade de qualquer reli- islamismo, espiritismo, fé bahá'í;
gião teísta, por falta de provas favoráveis ou contrárias.[9]
Deísmo é a crença na existência de um Deus criador, mas • Religiões da Ásia Oriental: confucionismo, taoismo,
questiona a ideia de revelação divina. budismo mahayana e xintoísmo;
Algumas religiões não consideram deidades, e podem ser • Religiões da Índia: hinduísmo, jainismo, budismo e
consideradas como ateístas (apesar do ateísmo não ser siquismo;
uma religião, ele pode ser uma característica de uma re-
ligião). É o caso do budismo, do confucionismo e do • Religiões africanas: religiões dos povos tribais da
taoísmo. Recentemente surgiram movimentos especifi- África Negra;
camente voltados para uma prática religiosa (ou simi-
lar) da parte de deístas, agnósticos e ateus - como exem- • Religiões da Oceania: religiões dos povos das ilhas
plo podem ser citados o Humanismo Laico e o Unitário- do Pacífico, da Austrália e da Nova Zelândia;
Universalismo. Outros criaram sistemas filosóficos al-
ternativos como August Comte, fundador da Religião da • Religiões da Antiga Grécia e Roma.
Humanidade.
• zoroastrismo
As religiões que afirmam a existência de deuses po-
dem ser classificadas em dois tipos: monoteísta ou po-
Esta classificação não se refere à forma como tais reli-
liteísta. As religiões monoteístas (monoteísmo) admitem
giões estão distribuídas hoje pela Terra, mas às regiões
somente a existência de um único deus, um ser supremo.
onde elas surgiram. Fundamenta-se no fato de que as re-
As religiões politeístas (politeísmo) admitem a existência
ligiões nascidas em regiões próximas mantém também
de mais de um deus.
proximidades em relação aos seus credos, por exemplo:
Atualmente, as religiões monoteístas são dominantes no as religiões nascidas no Oriente Médio em geral são mo-
mundo: judaísmo, cristianismo e islamismo, juntos, agre- noteístas e submetem seus crédulos a forte regime de
gam mais da metade dos seres humanos e quase a totali- proibições e obrigações, sempre se utilizando de ameaças
dade do mundo ocidental. Além destas, o zoroastrismo, pós-morte como a do inferno cristão. Já as religiões nas-
a fé bahá'i, o espiritismo e bnei noah são religiões mono- cidas no Oriente Distante são politeístas ou espiritualis-
teístas. tas (não pregam a existência de nenhum deus, mas acre-
ditam em forças espirituais) e são mais flexíveis quanto
suas normas morais.
A distribuição atual das religiões não corresponde às suas
4 Movimentos religiosos origens, já que algumas perderam força em suas regiões
nativas e ganharam participação em outras partes do pla-
Ver artigo principal: Principais grupos religiosos neta, um exemplo básico é o cristianismo, que é mino-
Esta classificação procura agrupar as religiões com base ritário no Oriente Médio (onde surgiu) e majoritário em
todo o Ocidente e na Oceania (para onde migrou).

4.1 Mundo contemporâneo

Desde os finais do século XIX, e em particular desde a


segunda metade do século XX, o papel da religião, bem
como seu número de aderentes, se tem alterado profun-
damente.
Alguns países cuja tradição religiosa esteve historica-
mente ligada ao cristianismo, em concreto os países da
Este mapa mostra as religiões predominantes que caracterizam Europa, experimentaram um significativo declínio da re-
cada país no mundo. Em muitos casos, duas religiões com exten- ligião. Este declínio manifestou-se na diminuição do
sões de difusão semelhante, na mesma área, são representados número de pessoas que frequenta serviços religiosos ou
por uma textura listrada que alterna tanto as cores associadas do número de pessoas que desejam abraçar uma vida
com os dois sistemas religiosos (em inglês). monástica ou ligada ao sacerdócio.
4 6 CARACTERÍSTICAS

Em contraste, nos Estados Unidos, na América Latina


e na África subsariana, o cristianismo cresce significati-
vamente; para alguns estudiosos estes locais serão num
futuro próximo os novos centros desta religião. O is- 5 Mídia
lão é actualmente a religião que mais cresce em número
de adeptos, que não se circunscrevem ao mundo árabe,
mas também ao sudeste asiático, e a comunidades na Eu- Em 23 de dezembro de 1999 em seu número especial
ropa e no continente americano. O hinduísmo, o bu- por ocasião da mudança do milênio, a revista The Eco-
dismo e o xintoísmo têm a sua grande área de influência nomist publicou uma nota necrológica de Deus,[18] e afir-
no Extremo Oriente, embora as duas primeiras tradições mou mais tarde ter agido precipitadamente. Num longo
influenciem cada vez mais a espiritualidade dos habitan- noticiário de 3 de novembro de 2007, reconhece que ape-
tes do mundo ocidental. A Índia, onde cerca de 80 por sar do prognóstico laicista ou secularista, a fé sobrevive.
cento da população é hindu, é um dos países mais re- O noticiário concluiu que para um político ou estadista
ligiosos do mundo, ficando em segundo lugar, após os seria um erro muito perigoso ignorar ou legar a um se-
Estados Unidos. As explicações para o crescimento das gundo plano a religião.[19] A temática em torno de religião
religiões nestas regiões incluem a desilusão com as gran- e sobre Deus também tomou conta do debate político na
des ideologias do século XIX e XX, como o nacionalismo África em 2010 e ganhou espaço na campanha eleitoral,
e o socialismo. O protestantismo, que vem crescendo nos candidatos são obrigados a responder perguntas sobre re-
países da América Latina, iniciou-se com Martinho Lu- ligião e se veem compelidos a participar de cultos.[20]
tero, na reforma protestante do século XVI.
Por outro lado, o mundo ocidental é marcado por práticas
religiosas sincréticas, ligadas a uma “religião individual”
6 Características
de cada um faz para si e ao surgimento dos chamados
“novos movimentos religiosos”. Embora nem todos esses Embora cada religião apresente elementos próprios, é
movimentos sejam assim tão recentes, o termo é usado também possível estabelecer uma série de elementos co-
para se referir a movimentos neocristãos (Movimento de muns às várias religiões e que podem permitir uma me-
Jesus), judaico-cristãos (Judeus por Jesus), movimentos lhor compreensão do fenômeno religioso.
de inspiração oriental (Movimento Hare Krishna) e a gru- As religiões possuem grandes narrativas, que explicam
pos que apelam ao desenvolvimento do potencial humano o começo do mundo ou que legitimam a sua existên-
através por exemplo de técnicas de meditação (Meditação cia. O exemplo mais conhecido é talvez a narrativa do
Transcendental). Génesis na tradição judaica e cristã. Quanto à legitima-
ção da existência e da validade de um sistema religioso,
este costuma apelar a uma revelação ou à obtenção de
uma sabedoria por parte de um fundador, como sucede no
budismo, onde o Buda alcançou a iluminação enquanto
meditava debaixo de uma figueira ou no Islão, em que
Muhammad recebeu a revelação do Corão de Deus.
As religiões tendem igualmente a sacralizar determinados
locais. Os motivos para essa sacralização são variados,
podendo estar relacionados com determinado evento na
história da religião (por exemplo, a importância do Muro
Percentagem de cidadãos por país que consideram a religião das Lamentações no judaísmo ou da Igreja do Santo Se-
“muito importante” (em inglês). pulcro no cristianismo) ou porque a esses locais são asso-
ciados acontecimentos miraculosos (santuários católicos
Também presente na Europa e nos Estados Unidos da de Fátima ou de Lourdes) ou porque são marcos de even-
América é aquilo que os investigadores designam como tos religiosos relacionados à mitologia da própria religião
uma “nebulosa místico-esotérica”, que apela a práticas (monumentos megalíticos, como Stonehenge, no caso das
como o xamanismo, o tarot, a astrologia, os mistérios e religiões pagãs). Na antiga religião grega, os templos não
cuja actividades giram em torno da organização de con- eram locais para a prática religiosa, mas sim locais onde
ferências, estágios, revistas e livros. Algumas das carac- se acreditava que habitava a divindade, sendo, por isso,
terísticas desta nebulosa místico-esotérica são as centra- sagrados.
lidades do indivíduo que deve percorrer um caminho pes- As religiões estabelecem que certos períodos temporais
soal de aperfeiçoamento através da utilização de práticas são especiais e dedicados a uma interacção com o di-
como o ioga, a meditação, a ideia de que todas as reli- vino. Esses períodos podem ser anuais, mensais, se-
giões podem convergir , o desejo de paz mundial e do manais ou podem mesmo se desenrolar ao longo de um
surgimento de uma nova era marcada por um nível supe- dia. Algumas religiões consideram que certos dias da se-
rior de consciência. mana são sagrados (Shabat no judaísmo ou o Domingo
7.1 História do estudo da religião 5

no cristianismo), outras marcam esses dias sagrados de grega e a religião dos outros povos, tentou identificar al-
acordo com fenômenos da natureza, como as fases da lua, guns deuses das culturas estrangeiras com os deuses gre-
na religião Wicca, em que todo primeiro dia de lua cheia gos. O sofista Protágoras declarou desconhecer se os deu-
(esbat) é considerado sagrado. As religiões propõem fes- ses existiam ou não, posição que teve como consequên-
tas ou períodos de jejum e meditação que se desenvolvem cias a sua expulsão de Atenas e o queimar de toda a sua
ao longo do ano. obra. Crítias defendeu que a religião servia para disci-
plinar os seres humanos e fazer com que estes aderissem
aos ideais da virtude e da justiça. Júlio César e o historia-
dor Tácito descreveram nas suas obras as práticas religio-
7 O estudo da religião sas dos povos que encontraram durante as suas conquistas
militares.
7.1 História do estudo da religião Nos primeiros séculos da era atual, os autores cristãos
produziram reflexões em torno da religião fruto dos ata-
Ver artigo principal: História das religiões ques que experimentaram por parte dos autores pagãos.
As primeiras reflexões sobre a religião foram feitas pelos Estes criticavam o facto desta religião ser recente quando
comparada com a antiguidade dos cultos pagãos. Como
resposta a esta alegação, Eusébio de Cesareia e Agosti-
nho de Hipona mostraram que o cristianismo se inseria na
tradição das escrituras hebraicas, que relatavam a origem
do mundo. Para os primeiros autores cristãos, a humani-
dade era de início monoteísta, mas tinha sido corrompida
pelos cultos politeístas que identificavam como obra de
Satanás.
Durante a Idade Média, os pensadores do mundo muçul-
mano revelaram um conhecimento mais profundo das re-
ligiões que os autores cristãos. Na Europa, as viagens de
Marco Polo permitiram conhecer alguns aspectos das re-
ligiões da Ásia, porém a visão sobre as outras religiões
era limitada: o judaísmo era condenado pelo facto dos
judeus terem rejeitado Jesus como messias e o islão era
visto como uma heresia.
O Renascimento foi um movimento cultural e artístico
que procurava reviver os moldes da Antiguidade. Assim
sendo, os antigos deuses dos gregos e dos romanos dei-
xaram de ser vistos pela elite intelectual e artística como
demónios, sendo representados e estudados pelos artistas
que os representavam. Nicolau de Cusa realizou um es-
tudo comparado entre o cristianismo e o islão em obras
como De pace fidei e Cribatio Alcorani. Em Marsílio Fi-
cino encontra-se um interesse em estudar as fontes das
diferentes religiões; este autor via também uma continui-
dade no pensamento religioso. Giovanni Pico della Mi-
randola interessou-se pela tradição mística do judaísmo,
a Cabala.
As descobertas e a expansão européia pelos continentes,
tiveram como consequência a exposição dos europeus a
culturas e religiões que eram muito diferentes das suas.
Os missionários cristãos realizaram descrições das várias
religiões, entre as quais se encontram as de Roberto de
Vênus de Willendorf, do Paleolítico Nobili e Matteo Ricci, jesuítas que conheceram bem as
culturas da Índia e da China, onde viveram durante anos.
antigos Gregos e Romanos. Xenofonte relativizou o fe-
Em 1724, Joseph François Lafitau, um padre jesuíta, pu-
nómeno religioso, argumentando que cada cultura criava
blicou a obra Moeurs des sauvages amériquains compa-
deuses à sua semelhança. O historiador grego Heródoto
rées aux moeurs des premiers temps, na qual comparava
descreveu nas suas Histórias as várias práticas religiosas
as religiões dos índios, a religião da Antiguidade Clássica
dos povos que encontrou durante as viagens que efetuou.
e o catolicismo, tendo chegado à conclusão de que estas
Confrontado com as diferenças existentes entre a religião
6 7 O ESTUDO DA RELIGIÃO

religiões derivavam de uma religião primordial.


Nos finais do século XVIII e no início do século XIX
parte importante dos textos sagrados das religiões ti-
nham já sido traduzidos nas principais línguas euro-
péias. No século XIX ocorre também a estruturação da
antropologia como ciência, tendo vários antropólogos se
dedicado ao estudo das religiões dos povos tribais. Nesta
época os investigadores refletiram sobre as origens da
religião, tendo alguns defendido um esquema evolutivo,
no qual o animismo era a forma religiosa primordial,
que depois evoluía para o politeísmo e mais tarde para
o monoteísmo.

7.2 Abordagens disciplinares

O estudo científico da religião é, atualmente, realizado


por várias disciplinas das ciências sociais e humanas. A
história das religiões, nascida na segunda metade do sé-
culo XIX, estuda a religião recorrendo aos métodos da
investigação histórica. Ela estuda o contexto cultural e
político em que determinada tradição religiosa emergiu.
A sociologia da religião analisa as religiões como fenó-
Tomás de Aquino
menos sociais, procurando desvendar a influência dela na
vida do indivíduo e da comunidade. A Sociologia da Re-
ligião tem como principais nomes Emile Durkheim, Karl 7.2.1 Filosofia da Religião
Marx,Ernst Troeltsch, Max Weber e Peter Berger.
A antropologia, tradicionalmente centrada no estudo dos A filosofia da religião como uma disciplina distinta é uma
povos sem escrita (embora os seus campos de estudo pos- inovação dos últimos 200 anos, mas seus temas centrais
sam ser também as modernas sociedades capitalistas), como a existência e a natureza do divino, a humanidade
desenvolveu igualmente uma área de estudo da religião, da relação do homem para com ele, a natureza da reli-
na qual se especulou sobre as origens e funções da reli- gião, e o lugar da religião na vida humana, tem estado
gião. John Lubbock, no livro The Origin of Civilization com o ser humano desde o início da filosofia. Os filóso-
and the Primitive Condition of Man apresentou um es- fos têm examinado tempo a verdade e a justificação ra-
quema evolutivo da religião: do ateísmo (entendido como cional para as alegações, e têm explorado tais fenômenos
ausência de ideias religiosas), passa-se para o xamanismo,filosoficamente interessantes como a fé, a experiência re-
o antropomorfismo, o monoteísmo e finalmente para o ligiosa, e os traços distintivos do discurso religioso. A
monoteísmo ético. Esta visão evolucionista foi colocada segunda metade do século XX foi um período especial-
em questão por outros investigadores, como E.B. Taylor mente frutífero, com os filósofos que utilizam novos de-
que considerava o animismo como a primitiva forma de senvolvimentos em lógica e da epistemologia para montar
religião. as duas defesas sofisticadas, e ou os ataques às afirmações
[21]
A fenomenologia da religião, que deriva da filosofia feno- religiosas.
menológica de Edmund Husserl, tenta captar o lado único A expressão “filosofia da religião” não entrou em uso ge-
da experiência religiosa. Utiliza como principal método ral até o século XIX, quando foi empregada para se re-
científico a observação, explicando os mitos, os símbolos ferir à articulação e crítica da consciência religiosa da
e os rituais. Ela procura compreender a religião do ponto humanidade e suas expressões culturais em pensamento,
de vista do crente, bem como o valor dessas crenças na linguagem, sentindo, e prática. Historicamente, a refle-
vida do mesmo. Por estas razões evita os juízos de va- xão filosófica sobre temas religiosos teve dois focos:, ati-
lores (conceito de epoje ou abandono de qualquer juízo tudes, sentimentos e práticas que se acreditava em pri-
de valor). Os principais nomes ligados à Fenomenolo- meiro lugar, Deus ou Brahma ou Nirvana ou qualquer
gia da Religião são Nathan Soderblom, Garardus van der outra coisa que seria o objeto do pensamento religioso
Leeuw, Rudolf Otto, Friedrich Heiler e Mircea Eliade. , e, em segundo lugar, o tema religioso humano, isto é,
9.1 Bibliografia 7

os pensamentos, atitudes, sentimentos e a prática. O pri- [3] Harvey, Graham (2000). Indigenous Religions: A Com-
meiro tipo de reflexão filosófica tem uma longa história. panion. (Ed: Graham Harvey). London and New York:
No Ocidente, por exemplo, as discussões da natureza de Cassell. Page 06.
Deus (se ele é imutável, digamos, ou conhece o futuro, se
[4] Vergote, Antoine, Religion, belief and unbelief: a psycho-
a sua existência pode ser racionalmente demonstrada, e logical study, Leuven University Press, 1997, p. 89
afins) são incorporadas em tratados teológicos tais como
Proslogion de Anselmo e Monologion, Summas de Tomás [5] Dictionnaire Étymologique de la Langue Latine, de Er-
de Aquino, o Guia de Maimônides , e Incoerência dos nout e Meillet
Filósofos de al-Ghazali. Também fazem parte de siste-
[6] UFPB, Revista Artemis
mas metafísicos influentes como Platão, René Descartes
e Leibniz. [7] Tu és isso

[8] Desvendando a sexualidade, César A. Nunes


8 Ver também [9] Ana Lucia Santana (8 de março de 2009). «Filosofia da
Religião». InfoEscola. Consultado em 6 de agosto de
• Agnosticismo 2012.

• Ateísmo [10] «Conceito de Religião». Conceito.de. Consultado em 6


de setembro de 2012.
• Ciência da religião
[11] «O que é religião». Grupo Escolar. 25 de junho de 2008.
• Crítica da religião Consultado em 6 de setembro de 2012.

• Educação religiosa [12]

• Estado Laico [13]

• Existência de Deus [14]

• Impacto do cristianismo na civilização [15]

• Metafísica [16]

• Irreligião [17]

• Lista de religiões e tradições espirituais [18] «After a lengthy career, the Almighty recently passed into
history. Or did he?». The Economist. 23 de Dezembro de
• Mitologia 1999. Consultado em 21 de novembro de 2008.
• Principais grupos religiosos [19] «In God’s name». The Economist. 1 de Novembro de
2007. Consultado em 21 de novembro de 2008.
• Relação entre religião e ciência
[20] «Deus domina o debate político». Le Monde. 26 de De-
• Religião em Portugal
zembro de 2007. Consultado em 21 de novembro de
• Religião no Brasil 2008.

• Templo [21] > J. Wainwright, William (2013). William J. Wainwright,


: . Filosofia da Religião de Oxford (PDF) (em inglês) 1
• Igreja ed. University of Wisconsin, Milwaukee [S.l.] p. 1.

9 Referências 9.1 Bibliografia


• FILORAMO, Giovanni; PRANDI, Carlo. As Ciên-
[1] «religion etymology» (em inglês). Online Etymology Dic-
cias das Religiões. São Paulo: Paulus, 1999. ISBN
tionary. Consultado em 02 de outubro de 2012.
85-349-1460-5
[2] Embora a religião seja difícil de definir, um modelo pa-
drão de religião, usado em cursos de estudos religiosos, foi • DELUMEAU, Jean (dir.). As Grandes Religiões do
proposto por Clifford Geertz, que simplesmente a consi- Mundo. Lisboa: Editorial Presença, 1997. ISBN
derara um “sistema cultural” (Clifford Geertz, ""Religião 972-23-2241-9
como Sistema Cultural, 1973). A crítica do modelo de Ge-
ertz por Talal Asad categorizou a religião como “uma ca- • MARQUES, Leonado A. História das Religiões e
tegoria antropológica" (Talal Asad,A Construção da Reli- a Dialética do Sagrado. Madras, 2005. ISBN 85-
gião como umacategoria antropológica, 1982.) 7374-952-0
8 10 LIGAÇÕES EXTERNAS

10 Ligações externas
• Possíveis definições de religião propostas pelos es-
tudiosos (em inglês)
• Fatos de religião do mundo (em inglês)

• As dificuldades da definição de religião no direito


internacional (em inglês)
• A definição de religião segundo Austin Cline (em
inglês)
• Para uma definição antropológica de religião (em
inglês)
• Mais discussão sobre o assunto (em inglês)

• Religião, orientação de vida e propósito (em inglês)


• Textos sagrados de diversas religiões (em inglês)
9

11 Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem


11.1 Texto
• Religião Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o?oldid=45789899 Contribuidores: Youssefsan, JoaoMiranda,
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GOE, Aramaicus, Poweruman, PipepBot, Chronus, Leandro Drudo, Kim richard, Heiligenfeld, LeoBot, Beria, Alexandrepastre,
Juizdecide, Georgez, LvxSinistrae, Jobs1, Alexbot, RadiX, Igreja Apostólica, MelM, Pietro Roveri, Vitor Mazuco, Rsrocha2004, Maurício
I, Louperibot, CarsracBot, Brunocucco, Numbo3-bot, LinkFA-Bot, HerculeBot, Marclophen, Lucia Bot, Pleclown, Ptbotgourou, Van
Dijck, Eamaral, Luiz F. Fritz, Dálmata, Vanthorn, Salebot, Yonidebot, ArthurBot, DumZiBoT, Jackiestud, RamissesBot, Dielson Sales,
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Freitas, Aleph Bot, EmausBot, ZéroBot, Érico, Renato de carvalho ferreira, Salamat, Jbribeiro1, Diego Grez Bot, Caverna06, Averaver,
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Jordeň, Pietro Mattos, Anaovelhoaa, Athena in Wonderland, Pedlvasconcellos, Gerlyude Anancibio de Jesun, Geovannah, Tiitanium,
Ixocactus, Nakinn, Wellington Zirploide, O revolucionário aliado, Mbassis, Adrielly Macedo, Gato Preto, Fsjhfshfs e Anónimo: 472

11.2 Imagens
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10 11 FONTES, CONTRIBUIDORES E LICENÇAS DE TEXTO E IMAGEM

11.3 Licença
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