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CENTRO EDUCACIONAL PRESIDENTE CASTELO BRANCO

TURMA: 9º ANO
PROFESSORA: SOCORRO DAMASCENO
COMP. CURRICULAR: ENSINO RELIGIOSO

RELIGIÃO: CONCEITO, ETIMOLOGIA, DEFINIÇÃO E MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS.


RELIGIÃO (do latim religio, -onis) é um conjunto de sistemas culturais e de crenças, além de visõ es de
mundo, que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e seus
pró prios valores morais. Muitas religiõ es têm narrativas, símbolos, tradiçõ es e histó rias sagradas que se
destinam a dar sentido à vida ou explicar a sua origem e do universo. As religiõ es tendem a derivar
a moralidade, a ética, as leis religiosas ou um estilo de vida preferido de suas ideias sobre o cosmos e
a natureza humana.
A palavra religiã o é utilizada muitas vezes como sinô nimo de fé ou sistema de crença, mas a religiã o difere
da crença privada na medida em que tem um aspecto pú blico. A maioria das religiõ es tem comportamentos
organizados, incluindo hierarquias clericais, uma definiçã o do que constitui a adesã o ou filiaçã o,
congregaçõ es de leigos, reuniõ es regulares ou serviços para fins de veneraçã o ou adoraçã o de
uma divindade ou para a oraçã o, lugares (naturais ou arquitetô nicos) e/ou escrituras sagradas para seus
praticantes. A prá tica de uma religiã o pode também incluir sermõ es, comemoraçã o das atividades de
um deus ou deuses, sacrifícios, festivais, festas, transe, iniciaçõ es, serviços funerá rios, serviços
matrimoniais, meditaçã o, mú sica, arte, dança, ou outros aspectos religiosos da cultura humana.
O desenvolvimento da religiã o assumiu diferentes formas em diferentes culturas. Algumas religiõ es
colocam a tô nica na crença, enquanto outras enfatizam a prá tica. Algumas religiõ es focam na experiência
religiosa subjetiva do indivíduo, enquanto outras consideram as atividades da comunidade religiosa como
mais importantes. Algumas religiõ es afirmam serem universais, acreditando que suas leis e cosmologia sã o
vá lidas ou obrigató rias para todas as pessoas, enquanto outras se destinam a serem praticadas apenas por
um grupo bem definido ou localizado. Em muitos lugares, a religiã o tem sido associada com instituiçõ es
pú blicas, como escolas , hospitais, família, governo e hierarquias políticas. Alguns acadêmicos que estudam
o assunto têm dividido as religiõ es em três categorias amplas: religiõ es mundiais, um termo que se refere à
crenças transculturais e internacionais, religiõ es indígenas, que se refere a grupos religiosos menores,
oriundos de uma cultura ou naçã o específica e o novo movimento religioso, que refere-se a crenças
recentemente desenvolvidas .Uma teoria acadêmica moderna sobre a religiã o, o construtivismo social, diz
que a religiã o é um conceito moderno que sugere que toda a prá tica espiritual e adoraçã o segue um modelo
semelhante ao das religiõ es abraâ micas, como um sistema de orientaçã o que ajuda a interpretar a realidade
e definir os seres humanos. E assim, a religiã o, como um conceito, tem sido aplicado de forma inadequada
para culturas nã o ocidentais que nã o sã o baseadas em tais sistemas ou em que estes sistemas sã o uma
construçã o substancialmente mais comum.
ETIMOLOGIA

Historicamente foram propostas vá rias etimologias para origem de religio. Cícero, na sua obra De natura
deorum, (45 a.C.) afirma que o termo se refere a relegere, reler, sendo característico das pessoas religiosas
prestarem muita atençã o a tudo o que se relacionava com os deuses, relendo as escrituras. No livro "A
Cidade de Deus" Agostinho de Hipona (século IV d.C.) afirma que religio deriva de religere, "reeleger".
Através da religiã o a humanidade reelegia de novo a Deus, do qual se tinha separado. Mais tarde, na obra De
vera religione, Agostinho retoma a interpretaçã o de Lactâ ncio, que via em religio uma relaçã o com "religar"
Macró bio (século V d.C.) considera que religio deriva de relinquere, 'deixar para trá s'.
A palavra "religiã o" foi usada durante séculos no contexto cultural da Europa, marcado pela presença do
cristianismo que se apropriou do termo latino religio. Em outras civilizaçõ es nã o existe uma palavra
equivalente. O hinduísmo antigo utilizava a palavra rita que apontava para a ordem có smica do mundo, com
a qual todos os seres deveriam estar harmonizados e que também se referia à correta execuçã o dos ritos
pelos brâ manes. Mais tarde, o termo foi substituído por dharma, termo que atualmente é também usado
pelo budismo e que exprime a ideia de uma lei divina e eterna.
PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕ ES RELIGIOSAS

Há muito tempo se discute, qual teria sido a primeira religiã o da humanidade, do ponto de vista histó rico, os
primeiros registros de manifestaçõ es religiosas datam da antiguidade, na Mesopotâ mia, pois estes foram os
primeiros povos a registrar sua histó ria através da escrita, porem as manifestaçõ es religiosas sã o muito
mais antigas, e eram praticadas por diversos povos ao redor do mundo antes mesmo dos mesopotâ mios
registrarem as suas, como atesta a arqueologia.
Muitas teorias têm tentado explicar qual seria a primeira religiã o, até o século XVIII, incentivado
pelo cristianismo era comum a ideia de que a primeira religiã o do mundo era monoteísta, centrada em um
ú nico Deus. Outros pesquisadores no entanto argumentam que o politeísmo já era praticado desde a pré-
histó ria, pelo mais diversos povos, antes do monoteísmo. A partir da década de 70, surgiu a teoria
do matriarcado pré-histó rico, segundo essa teoria, os povos primitivos do neolítico, cultuavam uma deusa,
ou grupo de deusas. Embora essa teoria tenha ganhado espaço entre grupos ideoló gicos feministas e na
mídia, ela nã o encontra respaldo e nã o é mais aceita entre os pesquisadores modernos, pois a maioria
absoluta das evidências arqueoló gicas, apontam para a inexistência de um matriarcado pré-histó rico.
Atualmente acredita-se que a crença na vida apó s a morte, e o culto aos animais e as forças da natureza,
foram as primeiras formas de manifestaçõ es religiosas, realizadas pelos seres humanos, e que cada povo
com o passar do tempo foi desenvolvendo sua pró pria religiã o, adequando as sua pró prias necessidades.
CONCEITOS

Existem termos que sã o ditos/escritos frequentemente no discurso religioso grego, romano, judeu e cristã o.
Entre eles estã o: sacro e seus derivados (sacrar, sagrar, sacralizar, sacramentar,
execrar), profano (profanar) e deus(es). O conceito desses termos varia bastante conforme a época e a
religiã o de quem os emprega. Contudo, é possível ressaltar um mínimo comum à grande parte dos conceitos
atribuídos aos termos.
Para grande parte das religiõ es, as coisas e as açõ es se dividem entre sacras e profanas. Sacro é aquilo que
mantém uma ligaçã o/relaçã o com o(s) deus(es). Frequentemente está relacionado ao conceito de
moralidade. Profano é aquilo que nã o mantém nenhuma ligaçã o com o(s) deus(es). Da mesma forma, para
grande parte das religiõ es a imoralidade e o profano sã o correspondentes. Já o verbo "profanar" (tornar
algo profano) é sempre tido como uma açã o má pelos religiosos.
DEFINIÇÃ O

Dentro do que se define como religião podem-se encontrar muitas crenças e filosofias diferentes. As


diversas religiõ es do mundo sã o de facto muito diferentes entre si. Porém ainda assim é possível estabelecer
uma característica em comum entre todas elas. É facto que toda religiã o possui um sistema de crenças no
sobrenatural, geralmente envolvendo divindades, deuses e demó nios. As religiõ es costumam também
possuir relatos sobre a origem do Universo, da Terra e do Homem, e o que acontece apó s a morte. A maior
parte crê na vida apó s a morte.
A religiã o nã o é apenas um fenô meno individual, mas também um fenô meno social. Exemplos de doutrinas
que exigem nã o só uma fé individual, mas também adesã o a um certo grupo social, sã o as doutrinas
da Igreja Cató lica, do judaísmo, dos amish. A ideia de "religiã o", com muita frequência, contempla a
existência de seres superiores que teriam influência ou poder de determinaçã o no destino humano. Esses
seres sã o principalmente deuses, que ficam no topo de um sistema que pode incluir vá rias
categorias: anjos, demô nios, elementais, semideuses, etc.
Ateísmo é a ausência de crença em qualquer tipo de deus, muitas vezes se contrapondo à s religiõ es
teístas. Agnosticismo é a postura filosó fica que afirma ser impossível saber racionalmente sobre a existência
ou inexistência de deuses e sobre a veracidade de qualquer religiã o teísta, por falta de provas favorá veis ou
contrá rias. Deísmo é a crença na existência de um Deus criador, mas questiona a ideia de revelaçã o divina.
CARACTERÍSTICAS

Embora cada religiã o apresente elementos pró prios, é também possível estabelecer uma série de elementos
comuns à s vá rias religiõ es e que podem permitir uma melhor compreensã o do fenô meno religioso. As
religiõ es possuem grandes narrativas, que explicam o começo do mundo ou que legitimam a sua existência.
O exemplo mais conhecido é talvez a narrativa do Génesis na tradiçã o judaica e cristã . Quanto à legitimaçã o
da existência e da validade de um sistema religioso, este costuma apelar a uma revelaçã o ou à obtençã o de
uma sabedoria por parte de um fundador, como sucede no budismo, onde o Buda alcançou a iluminaçã o
enquanto meditava debaixo de uma figueira ou no Islã o, em que Muhammad recebeu a revelaçã o
do Corã o de Deus.
FILOSOFIA DA RELIGIÃ O

A expressã o "filosofia da religiã o" nã o entrou em uso geral até o século XIX, quando foi empregada para se
referir à articulaçã o e crítica da consciência religiosa da humanidade e suas expressõ es culturais em
pensamento, linguagem, sentindo e prá tica. Historicamente, a reflexã o filosó fica sobre temas religiosos teve
dois focos:, atitudes, sentimentos e prá ticas que se acreditava em primeiro
lugar, Deus ou Brahma ou Nirvana ou qualquer outra coisa que seria o objeto do pensamento religioso , e,
em segundo lugar, o tema religioso humano, isto é, os pensamentos, atitudes, sentimentos e a prá tica. O
primeiro tipo de reflexã o filosó fica tem uma longa histó ria.

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