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TURMA: 9º ANO
PROFESSORA: SOCORRO DAMASCENO
COMP. CURRICULAR: ENSINO RELIGIOSO
Historicamente foram propostas vá rias etimologias para origem de religio. Cícero, na sua obra De natura
deorum, (45 a.C.) afirma que o termo se refere a relegere, reler, sendo característico das pessoas religiosas
prestarem muita atençã o a tudo o que se relacionava com os deuses, relendo as escrituras. No livro "A
Cidade de Deus" Agostinho de Hipona (século IV d.C.) afirma que religio deriva de religere, "reeleger".
Através da religiã o a humanidade reelegia de novo a Deus, do qual se tinha separado. Mais tarde, na obra De
vera religione, Agostinho retoma a interpretaçã o de Lactâ ncio, que via em religio uma relaçã o com "religar"
Macró bio (século V d.C.) considera que religio deriva de relinquere, 'deixar para trá s'.
A palavra "religiã o" foi usada durante séculos no contexto cultural da Europa, marcado pela presença do
cristianismo que se apropriou do termo latino religio. Em outras civilizaçõ es nã o existe uma palavra
equivalente. O hinduísmo antigo utilizava a palavra rita que apontava para a ordem có smica do mundo, com
a qual todos os seres deveriam estar harmonizados e que também se referia à correta execuçã o dos ritos
pelos brâ manes. Mais tarde, o termo foi substituído por dharma, termo que atualmente é também usado
pelo budismo e que exprime a ideia de uma lei divina e eterna.
PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕ ES RELIGIOSAS
Há muito tempo se discute, qual teria sido a primeira religiã o da humanidade, do ponto de vista histó rico, os
primeiros registros de manifestaçõ es religiosas datam da antiguidade, na Mesopotâ mia, pois estes foram os
primeiros povos a registrar sua histó ria através da escrita, porem as manifestaçõ es religiosas sã o muito
mais antigas, e eram praticadas por diversos povos ao redor do mundo antes mesmo dos mesopotâ mios
registrarem as suas, como atesta a arqueologia.
Muitas teorias têm tentado explicar qual seria a primeira religiã o, até o século XVIII, incentivado
pelo cristianismo era comum a ideia de que a primeira religiã o do mundo era monoteísta, centrada em um
ú nico Deus. Outros pesquisadores no entanto argumentam que o politeísmo já era praticado desde a pré-
histó ria, pelo mais diversos povos, antes do monoteísmo. A partir da década de 70, surgiu a teoria
do matriarcado pré-histó rico, segundo essa teoria, os povos primitivos do neolítico, cultuavam uma deusa,
ou grupo de deusas. Embora essa teoria tenha ganhado espaço entre grupos ideoló gicos feministas e na
mídia, ela nã o encontra respaldo e nã o é mais aceita entre os pesquisadores modernos, pois a maioria
absoluta das evidências arqueoló gicas, apontam para a inexistência de um matriarcado pré-histó rico.
Atualmente acredita-se que a crença na vida apó s a morte, e o culto aos animais e as forças da natureza,
foram as primeiras formas de manifestaçõ es religiosas, realizadas pelos seres humanos, e que cada povo
com o passar do tempo foi desenvolvendo sua pró pria religiã o, adequando as sua pró prias necessidades.
CONCEITOS
Existem termos que sã o ditos/escritos frequentemente no discurso religioso grego, romano, judeu e cristã o.
Entre eles estã o: sacro e seus derivados (sacrar, sagrar, sacralizar, sacramentar,
execrar), profano (profanar) e deus(es). O conceito desses termos varia bastante conforme a época e a
religiã o de quem os emprega. Contudo, é possível ressaltar um mínimo comum à grande parte dos conceitos
atribuídos aos termos.
Para grande parte das religiõ es, as coisas e as açõ es se dividem entre sacras e profanas. Sacro é aquilo que
mantém uma ligaçã o/relaçã o com o(s) deus(es). Frequentemente está relacionado ao conceito de
moralidade. Profano é aquilo que nã o mantém nenhuma ligaçã o com o(s) deus(es). Da mesma forma, para
grande parte das religiõ es a imoralidade e o profano sã o correspondentes. Já o verbo "profanar" (tornar
algo profano) é sempre tido como uma açã o má pelos religiosos.
DEFINIÇÃ O
Embora cada religiã o apresente elementos pró prios, é também possível estabelecer uma série de elementos
comuns à s vá rias religiõ es e que podem permitir uma melhor compreensã o do fenô meno religioso. As
religiõ es possuem grandes narrativas, que explicam o começo do mundo ou que legitimam a sua existência.
O exemplo mais conhecido é talvez a narrativa do Génesis na tradiçã o judaica e cristã . Quanto à legitimaçã o
da existência e da validade de um sistema religioso, este costuma apelar a uma revelaçã o ou à obtençã o de
uma sabedoria por parte de um fundador, como sucede no budismo, onde o Buda alcançou a iluminaçã o
enquanto meditava debaixo de uma figueira ou no Islã o, em que Muhammad recebeu a revelaçã o
do Corã o de Deus.
FILOSOFIA DA RELIGIÃ O
A expressã o "filosofia da religiã o" nã o entrou em uso geral até o século XIX, quando foi empregada para se
referir à articulaçã o e crítica da consciência religiosa da humanidade e suas expressõ es culturais em
pensamento, linguagem, sentindo e prá tica. Historicamente, a reflexã o filosó fica sobre temas religiosos teve
dois focos:, atitudes, sentimentos e prá ticas que se acreditava em primeiro
lugar, Deus ou Brahma ou Nirvana ou qualquer outra coisa que seria o objeto do pensamento religioso , e,
em segundo lugar, o tema religioso humano, isto é, os pensamentos, atitudes, sentimentos e a prá tica. O
primeiro tipo de reflexã o filosó fica tem uma longa histó ria.