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Introdução

O trabalho tem como base de investigação: A Emergência do Sincretismo Religioso e as


igrejas messiânicas em Moçambique. Reveste-se de grande importância, visto que,
ajuda a compreender a essência do sincretismo e as igrejas messiânicas que são aqueles
fundados com o profeta Messias que é Jesus Cristo. Com este trabalho, pretende-se
fazer uma abordagem sobre o tema acima citado. Indo nos objectivos específicos:
descrever os primeiros sinais da igreja em Moçambique; explicar quais são as igrejas
messiânicas em Moçambique e o que pode ser estas igrejas messiânicas e, enfim fazer
uma abordagem a cerca da origem do Sincretismo Religioso.

Para a efectivação deste trabalho, usou-se o método de interpretação e analise baseada


na leitura de obras consultadas. Desta maneira, o trabalha apresenta a seguinte estrutura:
introdução, tem três Capítulos, sendo o Capitulo I: conceitualização dos termos
Sincretismo e Religião; Capitulo II: A Emergência do Sincretismo Religioso; Capitulo
III: As igrejas Messiânicas em Moçambique, onde encosta os primeiros passos de
Evangelização em Moçambique (1498-1560); conclusão e Bibliografia.
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CAPITULO I: Conceitualização dos termos Sincretismo e Religião

Neste Capitulo, vais se abordar os conceitos básicos das palavras acima citadas e
procurar compreender qual o verdadeiro significados destas palavras.

1.1. Religião

Olhando para esta palavra Religião, entende-se sendo o conjunto de cultos, tradições,
crenças que pratica uma determinada sociedade.

A Religião (do latim religare, significando religação com o divino) é um conjunto de


sistemas culturais e de crenças que estabelece os símbolos que relacionam a
humanidade com a espiritualidade e seus próprios valores morais” (RIBEIRO, 2012:6).

Segundo o dicionário Aurélio (1993: 471), religião é a crença na existência na força ou


forças sobrenaturais; manifestação de tal crença pela doutrina e rituais próprios;
devoção.

A religião possui características que a permite criar regras de comportamento e normas


que visem gerar a harmonia entre os homens. Neste sentido, a Religião tem a
capacidade de unir as pessoas provocando o sentido de companheirismo criando núcleos
sociais e comunitários. Contudo, a Religião é uma instituição fundamental dentro
daquilo que buscamos e cremos como medida socioeducativa e principalmente como
prevenção, junto com a família, a religião exerce um papel importantíssimo para
lutarmos contra todos os factores de risco que socialmente vivemos no nosso país.

1.2. Sincretismo

Sincretismo é a reunião de várias doutrinas, com manutenção embora de traços


perceptíveis das doutrinas originais. Sincretismo é a absorção de um sistema de crenças
por outro. Isso ocorreu, quando o cristianismo absorveu e adaptou conceito das religiões
da Europa, moldando-os de acordo com os interesses da Igreja Católica. Ex: quando um
determinado personagem aparece em duas religiões distintas muitas vezes com nomes
diferentes mais de não deixando de ser a mesma figura. No cristianismo o criador do
céu e da terra é chamado por Deus e no Islamismo é ALLAH
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FERREIRA(1986: 1589) A palavra Sincretismo, deriva do termo sygkretismo, que


significa Reuniao de vários estados da Illha de Creta contra o adversão comum
atyraves do termo francês Syncretisme.

Na óptica de PRADO (2013:2), diz que Sincretismo é formado por doutrinas de origens
diversas, seja no âmbito das crenças religiosas das ou das correntes filosóficas. No
âmbito das religiões, Sincretismo é vista duma maneira diferente como dos correntes
filosóficos.

Afirma PRADO (2013:3), que no campo das Religiões, Sincretismo é composta por
uma intercomunicação de concepções religiosas diferentes, resultando na influência de
uma religião nas práticas de outras.
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CAPITULO II: A Emergência do Sincretismo Religioso

Aqui, vamos abordar o que deve se o sincretismo religioso, a sua historia que contribuiu
na evolução da união de varias doutrinas religiosas. Sendo assim, o Sincretismo
Religioso tem se manifestado em muitas Religiões que fazem parceria uma das outras.

Plutarco cunhou o termo "sincretismo" para designar a união das cidades


cretenses contra inimigos comuns (o prefixo grego syn significa união).
Erasmo de Rotterdam empregou a palavra quando sugeriu a criação de uma
confederação humanista para enfrentar os perigos a que a Reforma e a
Contra-Reforma expunham seus trabalhos. No século XIX, a história
comparada das religiões designou como sincréticos, em tom pejorativo, cultos
híbridos, associados a estágios de decadência das civilizações
(www.spadixbd.com/wsz/, 2004-2005).

Nesta ordem de ideia, o termo "sincretismo" entende-se como a união de varias


doutrinas religiosas que tem a finalidade de proteger se contra os ataques das outras
doutrinas inimigas.

Sincretismo é a fusão de crenças e práticas religiosas distintas,


particularmente frequente no período helenístico. O gnosticismo, sistema
religioso dualista que incorporou elementos dos mistérios orientais, do
judaísmo, do cristianismo e dos conceitos filosófico-religioso dos gregos, é um
típico resultado de sincretismo. A fusão de culturas decorrente das conquistas
de Alexandre o Grande (século IV a.C.) e seus sucessores e da criação do
Império Romano resultaram em forte tendência ao sincretismo religioso. O
sincretismo prospera mais facilmente em religiões politeístas, que não resistem
à ampliação do próprio panteão (www.spadixbd.com/wsz/, 2004-2005).

O Gnosticismo é uma doutrina que resultou do sincretismo em que este provem da


palavra gnose (do grego gnoses, "conhecimento") emprega-se, ao se tratar do
movimento filosófico e religioso a que deu nome, para designar o conhecimento
adquirido não por aprendizagem ou observação empírica, mas por revelação divina.
Dentro dela tinham muitos precursores que tinham tendências no sincretismo religioso.

Como já foi referenciado anteriormente, que Sincretismo etimologicamente significa


conbinar, do grego Syiketizou.

Segundo S. Vasconcelos, a utilização do termo sincretismo, em teologia, como


terminus technicus, é ainda conflitiva e rejeitada pela maioria dos teólogos.
No âmbito das ciências da religião, ao contrário, é fácil encará-lo como
processo natural, inevitável e positivo, do contacto cristão com diferentes
sistemas filosóficos e tradições religiosas. Apoiando-se em H. Brandt,
Vasconcelos afirma que a discussão em torno do sincretismo é um exemplo do
problema da comunicação no cristianismo. Por um lado, os que estão
inseridos na problemática da sua contextualidade e, por outro, os que estão
preocupados com a fidelidade à tradição (SOARES, 2006: 5).
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Nesta perspectiva, o Sincretismo é um termo geralmente cria muitas controvérsias entre


os teólogos. Alguns como no caso de H. Brandt, Vasconcelos, afirma que o Sincretismo
é um dos problemas de comunicação entre os cristãos, mas este problema surge com as
pessoas que estão dentro dela e que esta a crer no cristianismo.

Na visão de ANDRADE (2011), historicamente, remete-nos a união dos crentes numa


espécie de Republica das cidades, somando forças para enfrentar o inimigo comum.
Com isso, o termo Sincretismo passou para a história das Religiões também para o
estudo antropológico, indicando uma combinação de ritos, procedentes de tradições não
homogéneas ate atingir um conjunto de formas religiosas comuns.

Existe três tipos de Sincretismo: Sincretismo Guerreiro, Sincretismo Patriarcal e


popular.

a) Sincretismo Guerreiro – exprime as ânsias, as lutas e as historias dos


portugueses e navegantes durante a colonização;
b) Sincretismo Patriarcal – se instala com a criação e desenvolvimento dos
engenhos de açúcar, fazendas de cacau, etc;
c) Sincretismo Popular - representa a interpretação dada pelos índios, africanos à
religião da classe dominante;

Segundo o escritor Champlin, o Sincretismo pode ser classificado em:

a) Sincretismo Artificial – quando emerge de uma mente preguiçosa, que não


desejando investigar em profundidade, se contenta em juntar as ideias já
existentes nas diversas expressões de fé religiosa, formando uma espécie de
salada de crenças;
b) Sincretismo Profundo – ocorre quando o discernimento de vários sistemas
que contem fragmentos da verdade pode nos levar a obter um quadro melhor
da própria verdade.

Dentre os vários tipos acima referidos importa-nos apenas o Sincretismo Religioso, em


este é entendido como um movimento no qual um sistema de crença absorve ou
influencia mudanças em outro. Por exemplo: o cristianismo fez isto com as religiões
pagas da Europa, absorvendo e adaptando conceitos de acordo com interesses da igreja.
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CAPITULO III: AS Igrejas Messiânicas em Moçambique

Antes de abordar a cerca das igrejas Messiânicas em Moçambique, importa primeiro


descrever os primeiros passos de Evangelização em Moçambique.

3.1. Primeiros passos de Evangelização em Moçambique (1498-1560)

Segundo, SOUSA & CORREIA (1998), afirma que a chegada do evangelho a


Moçambique se refere o Papa João Paulo II na sua homilia proferida na Beira, em
Setembro de 1988. O primeiro sinal do Evangelho, foi a Eucaristia celebrada na Ilha de
S. Jorge mais os outros sinais se lhe seguiram. Tais Sinai, desde 1498 ate 1560,
multiplicam-se, sobretudo junto à costa.

Em 1505, chega a Sofala a embaixada de Pêro de Anaia. Esta é, provavelmente a


primeira igreja de Moçambique e o seu primeiro vigário, o P. Bartolomeu Fernandes. O
P. Bartolomeu começou a ensinaras coisas da fé os naturais da terra e, em 1506,
celebravam-se o Primeiro Baptismo. Em 1507, construíra a segunda igreja na Ilha de
Moçambique, mas que já no ano anterior, em 1506, fixaram na ilha os primeiros
missionários que exerciam o culto na capela de forte,

Em 1522 foi construída a casa da nossa Senhora do Baluarte, assim chamado por ser,
em tempos antigos, um Baluarte. Em fins de Agosto de 1541, chegou à ilha de
Moçambique, onde estava o S. Francisco Xavier com dois companheiros, o sacerdote
Messir Paulo e o jovem português Francisco Mansilhas.

3.2. As Igrejas Messiânicas em Moçambique

Depois de duma abordagem a cerca dos primeiros passos de Evangelização de


Moçambique, em seguida, vamos abordar sobre um dos tipos de igrejas que
encontramos em Moçambique que é as Igrejas Messiânicas. As Igreja.

Em Moçambique encontramos dos tipos de igrejas sendo elas as igrejas seitas e


protestantes. Existe uma diferença entre elas. As igrejas protestantes advogam que a
bíblia é a única fonte de revelação de Deus, enquanto as igrejas seitas são aquelas que
afirmam que alem da Bíblia existem outras fontes de revelação, como no caso ele fazem
orações, cultos, adorações, invocam a Maria como mãe de Jesus.
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No que diz respeito as igrejas messiânicas em Moçambique, podemos entender como


aquelas que igrejas seitas que têm várias inspirações como no caso de Jesus Cristo,
fazem adoração, orações e mais cultos. Dentre elas podemos encontrar a Igreja
católica, Igreja Anglicana, Igreja Evangélica Assembleia de Deus e mais outras igrejas
messiânicas que podemos encontrar em Moçambique.

3.3. Igreja Católica Romana

Declara que sua origem é a morte, ressurreição e ascensão de Jesus Cristo,


aproximadamente 30 d. C. a Igreja católica proclama a si própria como igreja pela qual
Jesus Cristo morreu, a igreja que foi estabelecida e construída pelos apóstolos.

A igreja católica considera-se única igreja de Cristo e por isso, se chama católica. Essa
igreja é Una, santa, católica (universal) e apostólica como sacramento único de salvacao
por vontade de Cristo, tem como característica a indefectibilidade (sob existira ate o fim
do mundo)

A igreja Católica é, pois, apostólica. Foram os apostólicos que estabeleceram por toda a
parte, conforme a ordem e a missão que Jesus lhes deu "Idem, pois, e pregai o
Evangelho a toda criatura", "A todas as nações" (Marcos 16, 15; Mt 28, 19).

3.4. Igreja Anglicana

A Igreja Anglicana é temos seus princípios como a Bíblia, os credos Apostólicos e


Nicenos, os sacramentos, episcopados histórico. Este também tem sacramentos que
compreende o santo Baptismo, santa Eucaristia, Matrimónio, unção e bênção da Saúde,
penitencia e ordenação. A Igreja Anglicana é uma igreja católica, isto é, é ma igreja
universal, é uma igreja bíblica que adora a Deus e entende que a Bíblia é a chave para
compreender a revelação de Deus aos Homens tanto no passado como no presente.

3.5. Igreja Evangélica Assembleia de Deus


A Igreja Assembleia de Deus é uma Igreja crista Evangélica e pentecostal. esta igreja é
o fruto da propagação pentecostal dos sueco-americano Gunnar Vingren e Daniel Berg.
A sua mensagem central é: Jesus salva, cura, baptiza com espírito santo e em breve
voltara.Esta igreja se posiciona como congregação de fé, serviço e adoração, onde o
principal objectivo é proclamar o Evangelho de Cristo e promover espiritual, moral e
socialmente o povo de Deus.
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Esta Igreja confessa que tem a Bíblia como a sua única regra de fé e pratica. A crença
absoluta um só Deus - Eternamente, subsistente em três pessoas: o pai, o filho e Espírito
santo. (Dt 6. 4; Mt 28. 19 e Mc 12. 29).
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Conclusão

Depois de uma abordagem a cerca do tema acima citado, conclui-se que o Sincretismo
Religioso é um processo pelo qual os elementos de uma religião, resultando em uma
mudança na natureza ou princípios fundamentais dessa religião. É a união de um u mais
crenças opostos de modo a forma uma única doutrina que defenda os mesmos
princípios.

As Igrejas Messiânicas em Moçambique, encontramos caracterizados como as Igrejas


Seitas que são aquelas fazem adoração, orações, cultos, tem a Bíblia como fonte de
revelação, fazem sacramentos e mais outras. Contudo, a igreja messiânica em
Moçambique encontra-se em disputa entre as igrejas não messiânicas razão pelo qual
encontramos muitas controvérsias entre os seus princípios que norteiam as doutrinas.
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Bibliografia

FERREIRA, A.B.H. Novo Dicionário da Língua portuguesa. 2a Edição, Rio de Janeiro,

Nova fronteira, 1986.

ANDRADE, Paulo. Sincretismo Religioso. www.professorpauloandrade.blogspot.com.

2011, Data: 27̸08̸2016.

SOUSA, José A. Alves & CORREIA, Francisco A. da Cruz. 500 Anos de

Evangelização em Moçambique. Editora Paulina, Maputo, 1998.

SOARES, Afonso Ligorio: Impasses da Teologia Católica diante do Sincretismo

Religioso Afro- brasileiro. Edições Paulinas, 5a edição, Brasil, 2006.

Enciclopédia de filosofia, www.spadixbd.com/wsz/, 2004-2005.

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