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FACULDADE DE DIREITO
FACULDADE DE DIREITO
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO....................................................................................................... 4
1.3. Problematização........................................................................................................................ 6
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3.1.3. Quanto aos procedimentos .................................................................................................. 21
Bibliografia .................................................................................................................................... 26
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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
O trabalho é uma actividade que pode ocupar grande parcela do tempo de cada indivíduo e do seu
convívio em sociedade. O trabalho nem sempre possibilita realização profissional. Pode, ao
contrário, causar problemas desde insatisfação até exaustão.
O burnout é uma reacção à tensão emocional, um desgaste físico e psicológico, por lidar
excessivamente com pessoas no meio laboral, muitas vezes causado por um sentimento de
frustração. Essa síndrome tem maior incidência em profissionais com maior contacto interpessoal
tais como médicos, psicanalistas, carcereiros, assistentes sociais, comerciários, professores,
atendentes públicos, enfermeiros, funcionários de departamento de pessoal, telemarketing e
bombeiros (Dejours, 1992, p. 21).
No enfoque deste estudo, buscamos, portanto, identificar os principais factores que provocam o
aparecimento do estresse nos profissionais de centro de saúde de Anchilo.
É importante lembrar que os profissionais de saúde são indivíduos que estão sujeitos a muitos
factores stressantes ligados à sua actividade profissional. Essas reacções de estresse podem
desencadear sentimentos que aos poucos interferem e prejudicam a vida desse profissional.
De acordo com Novelli; Jorge (2017), actualmente, os problemas que envolvem a profissão
enfermeiro são inúmeros: Indisciplina dos doentes, violência nos hospitais, insuficiência de apoio
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pelas políticas públicas, falta de condição de trabalhos, desvalorização dos enfermeiros, entre
outros (p. 62).
A enfermagem é uma das principais áreas que aparece essa síndrome. O profissional ao começar
desenvolver o seu trabalho, depara com tanta burocracia que o idealismo inicial se transforma em
decepção, e a falta de reconhecimento, tanto por parte dos superiores e por vezes por parte dos
pacientes, o deixa desmotivado.
Por isso, criar estratégias e condições que facilitem a relação trabalho ou prazer do dos
enfermeiros são acções de suma importância, para que esta relação seja satisfatória, tanto nos
aspectos que envolvem o contexto pessoal, como no seu quotidiano do espaço hospitalar.
1.1. Tema
Para que se possa desenvolver uma pesquisa, faz-se necessário, primeiramente, definir o tema
que se propõe estudar.
Lakatos e Marconi (2009), que diz “o tema é o assunto que se deseja provar ou desenvolver e,
que pode surgir de uma dificuldade prática enfrentada pelo coordenador, da sua curiosidade
científica, de desafios encontrados na leitura de outros trabalhos ou da própria teoria” (p. 102).
Assim, partindo-se da definição do tema e das considerações explanadas, o projecto tem como
tema: Sindrome de Bournet em enfermeiros: Um estudo de caso de centro de Saúde de
Anchilo, cidade de Nampula
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1.3. Problematização
Por outro lado, Problema “é qualquer questão não resolvida e que é objecto de discussão, em
qualquer domínio de conhecimento ”. (Gil, 2002, p. 49).
A profissão do enfermeiro, por exigir um contacto directo com os seus pacientes, está entre as
profissões mais sujeitas ao stress. O trabalho do enfermeiro é marcado pela sobrecarga de tarefas,
falta de recompensa apropriada pelo trabalho, ausência de desenvolvimento profissional
aprendizagem de novos recursos tecnológicos, a submissão a normas e regras da instituição e as
governamentais, gerando assim um desgaste nos profissionais.
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É importante ressaltar que o estresse afecta mais na vida profissional, social e pessoal, segundo a
experiência prática vivida no sector de trabalho.
O estudo do estresse entre enfermeiros teve início por volta dos anos sessenta, quando na
realidade estrangeira surgiu a preocupação com o profissional irritado, desapontado e culpado por
não conseguir lidar com esses sentimentos, descritos por Menzies (1960). Observa-se que houve
um predomínio de trabalhos realizados primordialmente com enfermeiros que actuavam em
unidades de terapia intensiva, pois coincidiu com o início da conquista de novos espaços e novas
tecnologias por esses profissionais.
A partir desse pressuposto, formula-se a seguinte pergunta de partida: Quais os fatores que
provocam o aparecimento do stress ocupacional em enfermeiros?
1.4. Justificativa
De acordo com Marconi e Lakatos (2009) “ justificativa consiste numa exposição sucinta, porém
completa, das razões de ordem teórica ou dos motivos de ordem prática que tornam importante a
realização da pesquisa” (p. 103).
Para Gil (1999), “a justificativa baseia-se na apresentação de forma clara das razões de ordem
teórica e, ou prática que justificam a realização da pesquisa da natureza científica ou académica e
deve indicar os estágios do desenvolvimento dos conhecimentos referentes do tema” (p. 145).
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A profissão de enfermagem se destaca dentre as outras profissões ao desenvolvimento do estresse
ocupacional. Esses profissionais de saúde são os responsáveis directos pela assistência prestada
ao paciente, organização do sector hospitalar e por actividades administrativas e burocráticas
diversas.
A enfermagem é uma das profissões mais sujeitas ao risco de tensão e adoecimento dentro da
instituição hospitalar, pois os profissionais enfrentam condições de trabalho inadequadas, em
ambiente insalubre, com sobrecarga de trabalho e repetição de tarefas.
A saúde e o trabalho, o bem-estar físico e mental são temas relacionados a percepções subjectivas
os quais, nos últimos anos, têm sido explorados por muitos pesquisadores sob a luz do conceito
do estresse. Em geral, não se observa a preocupação com a saúde do trabalhador, principalmente
na área da saúde como um todo e, mais especificamente, na área da saúde mental.
Como enfermeira, deparei-me com alguns enfermeiros, e o que mais me chamava à atenção era o
facto dos mesmos se queixarem bastante de sintomas como cansaço ao final do dia, irritabilidade,
dores de cabeça frequentes, uns chegando ao ponto de serem diagnosticado, o que me inquietava
mais ainda em verificar se os sintomas de stress sentidos tinham relação com a sua profissão, bem
como com suas actividades decorrentes da profissão.
Constatei de igual modo que os enfermeiros são susceptíveis a factores stressantes e as formas de
lhe dar com os estressores podem se diferenciar de enfermeiro para enfermeiro. Na actualidade,
em várias vezes, os enfermeiros optam na selecção de estratégias de gestão do stress muito
prejudicais, preferindo em beber, fumar entre outras formas nocivas de gestão. Este facto faz com
que os enfermeiros faltem aos seus postos de trabalho ou mesmo entrem no serviço, mas sem
vontade de poder trabalhar.
Neste contexto, fica evidente a importância de se estudar o estresse dos enfermeiros, pois o seu
conhecimento pode permitir no desenho de traçar estratégias de combate e controle do mesmo,
propiciando uma melhoria tanto na qualidade de vida do enfermeiro, como um melhor
desempenho no posto de trabalho.
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No processo de organização do trabalho e nos procedimentos com o portador dos diversos tipos
de transtornos mentais no hospital, há evidências de exposição contínua dos enfermeiros a
situações e factores do estresse, nas dimensões técnicas, institucionais e interpessoais que
poderão influenciar no processo de exaustão nesses profissionais.
1.5. Objectivos
1.5.1. Geral
1.5.2. Específicos
Tendo em conta os objectivos específicos estabelecidos acima, esta pesquisa procurou responder
às seguintes perguntas:
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CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Burnout
O termo “Burnout”, de origem inglesa, designa algo que deixou de funcionar por exaustão de
energia. Pode-se dizer que a síndrome de Burnout é uma resposta ao estresse crónico vivenciado
no ambiente de trabalho.
O termo burnout foi utilizado pela primeira vez por um psicólogo clínico familiar, Hebert
Freudenberger pelo ano de 1974. Porém, mesmo sendo Freudenberger a utilizar o termo
burnout pela primeira vez, foi a pesquisadora Christina Maslach, que ficou famosa por
estudar a síndrome mais profundamente, sendo conhecida como um dos pesquisadores
pioneiros sobre burnout e autora do Maslach Burnout Inventory (MBI), que consiste em
um instrumento utilizado para medir o burnout. (p.3)
Explica Freudenberger apud Ferreira (1974), "(...) burnout é falhar, desgastar-se ou sentir-se
exausto devido às demandas excessivas de energia, força ou recursos" (p.3).
O termo burnout é definido, segundo um jargão inglês, como aquilo que deixou de funcionar por
absoluta falta de energia. Metaforicamente é aquilo, ou aquele, que chegou ao seu limite, com
grande prejuízo em seu desempenho físico ou mental.
A síndrome de Burnout incide mais especificamente nos que se ocupam em cuidar dos demais,
estando expostos às frequentes pressões emocionais como é o caso dos trabalhadores da
educação, da saúde, policiais, assistentes sociais, agentes penitenciários, etc.
Envolve também nervosismo, sofrimentos psicológicos e problemas físicos, como dor de barriga,
cansaço excessivo e tonturas. O estresse e a falta de vontade de sair da cama ou de casa, quando
frequentes, podem indicar o início da doença.
Picado (2014), refere que a OMS estabelece 3 pontos fundamentais para a sua caracterização:
Falta de energia e exaustão: Envolve a sensação de que você foi além dos seus limites,
quando você sente que está sem recursos físicos e mentais para lidar com a situação de
trabalho.
Distanciamento mental do trabalho: Refere-se a uma falta de reacção (o profissional se
torna insensível ao que ocorre a sua volta. Também é caracterizado por confusão,
reacções negativas e alienação).
Redução de eficácia: A principal característica dessa síndrome é o estado de tensão
emocional e estresse crónicos provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e
psicológicas desgastantes.
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Benevides-Pereira (2002 p.38), mostra que os sintomas do burnout podem ser subdivididos em
Físicos, Psíquicos, Comportamentais e Defensivo.
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Alterações menstruais nas mulheres: atraso ou até mesmo suspensão da menstruação.
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estado de animo, perda do entusiasmo, levando à disforia que sem a devida intervenção,
pode evoluir para uma depressão.
Desconfiança, paranóia: sentimento de não poder contar com os demais, que as pessoas
se aproveitam de si e de seu trabalho, recebendo muito pouco ou nada em troca. Por
vezes, a desconfiança se acentua levando à paranóia, crendo que os demais armam
situações premeditadas apenas para prejudicá-lo intencionalmente.
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Aumento do consumo de substâncias: há uma tendência ao incremento no consumo de
bebidas alcoólicas ou mesmo “cafezinho”, por vezes, fumo, tranquilizantes, substâncias
lícitas ou até mesmo ilícitas. A farmacodependência não deve ser desprezada em casos de
estresse e burnout.
Comportamento de alto risco: pode vir a buscar actividades de alto risco, procurando
sobressair-se ou demonstrar coragem, como forma de minimizar os sentimentos de
insuficiência. Alguns autores salientam tratar-se de manifestação inconsciente no intuito
de dar fim à vida, que vem sendo sentida como tão adversa.
Suicídio: existe maior incidência de casos de suicídios entre profissionais da área da saúde
do que na população em geral.
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uma “válvula de escape” de seus sentimentos de insatisfação e hostilidade para com os
demais na medida em que atribui aos outros a sensação de mal estar que vem
experimentando em seu trabalho.
A pessoa com a síndrome de burnout não necessariamente deva vir a denotar todos esses
sintomas. O grau, tipo e o número de manifestações apresentados dependerá da
configuração de factores individuais (como predisposição genética, experiências
socioeducacionais), factores ambientais (locais de trabalho ou cidades com maior
incidência de poluição, por exemplo) e a etapa em que a pessoa se encontra no processo
de desenvolvimento da síndrome. (p.44).
Na maioria das vezes, esses sintomas aparecem de forma leve, mas tendem a piorar com o tempo.
Assim, muitas pessoas acreditam que pode ser algo passageiro e acabam não dando tanta
importância para isso.
Ao notar qualquer sinal, é essencial a procura por uma ajuda profissional, de modo a evitar
problemas mais sérios e complicações da doença.
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sintomas, entender a situação e identificar os factores que deram origem ao mesmo e os
mantêm.
Através do uso eficaz das estratégias de enfrentamento, o sujeito procura tolerar, diminuir,
confrontar-se, aceitar ou ignorar a ameaça. Não parece adequado considerar inicialmente uma
estratégia de enfrentamento como boa ou ruim, poderia ser funcional ou disfuncional,
dependendo da eficácia no sentido da consecução dos objectivos de recuperação do equilíbrio.
Desde esta perspectiva as estratégias de enfrentamento são específicas de cada situação
Muitos pontos permanecem não esclarecidos, mas os autores, de forma geral, concordam que o
burnout interfere nos níveis institucional, social e pessoal.
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Para a organização
A instituição tem um aumento em seus gastos (tempo, dinheiro) com a consequente rotatividade
de funcionários acometidos pelo burnout, assim como com o absenteísmo destes (Gil-Monte,
1997; Maslach e Leiter, 1997; Maslach et al., 2001; World Health Organization, 1998).
[...] os indivíduos que estão neste processo de desgaste estão sujeitos a largar o emprego,
tanto psicológica quanto fisicamente. Eles investem menos tempo e energia no trabalho,
fazendo somente o que é absolutamente necessário e faltam com mais frequência. Além
de trabalharem menos, não trabalham tão bem. Trabalho de alta qualidade requer tempo e
esforço, compromisso e criatividade, mas o indivíduo desgastado já não está disposto a
oferecer isso espontaneamente. A queda na qualidade e na quantidade de trabalho
produzido é o resultado profissional do desgaste (p. 27).
Para o indivíduo
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Pode ocorrer o surgimento de agressividade, dificuldade para relaxar e aceitar mudanças; perda
de iniciativa; consumo de substâncias (álcool, café, fumo, tranquilizantes, substâncias ilícitas);
comportamento de alto risco até suicídio.
Para o trabalho
O abandono psicológico e físico do trabalho pelo indivíduo acometido por burnout leva a
prejuízos de tempo e dinheiro para o próprio indivíduo e para a instituição que tem sua produção
comprometida (Maslachet al., 2001).
Para a sociedade
O indivíduo acometido por burnout pode provocar distanciamento dos familiares, até filhos e
cônjuge (Constable e Russell, 2016). Já os clientes mal atendidos arcam com prejuízos
emocionais, físicos e financeiros que podem se estender aos seus familiares e até ao seu ambiente
de trabalho.
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CAPÍTULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA
Neste capítulo, a autora traz as estratégias metodológicas que serão úteis durante todo o trabalho,
desde a classificação da pesquisa, os métodos e técnicas bases que serão determinantes para a
colecta de dados e o dimensionamento da amostra.
Uma pesquisa pode ser classifica em vários tipos, isto dependendo da sua abordagem, seus
procedimentos técnicos, seus objectivos, local e contexto.
Lakatos (1992), considera, agrupados em quatro grandes grupos ou método de uma pesquisa
científica, assim sendo destacam-se:
Quanto à abordagem;
Esta opção foi influenciada por Gil (2002), que afirma dizendo “a pesquisa qualitativa é a busca
de uma visão ampla, tornando necessário uma busca circunstanciada de informações para que de
outro aspecto do problema possam ser alcançados mediante outros procedimentos” (p. 31).
De acordo com a abordagem, pesquisa será qualitativa, visto que irá permitir que a autora analise
as informações obtidas por meio de técnicas indicadas para este tipo de estudo, como é o caso de
entrevista e questionário, de modo a colectar opiniões e sensibilidades dos profissionais de saúde.
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3.1.2. Quanto aos Objectivos
De acordo com o problema levantado e os objectivos formulados, será uma pesquisa descritiva,
com o intuito de trazer com mais detalhes possíveis, as fontes da Sindrome de Burnout (SB), em
enfermeiros do centro de Saúde de Anchilo.
Quanto aos procedimentos, este será um estudo de campo pois, caracteriza-se pelas investigações
na base da colecta de dados junto a pessoas, com o recurso de diferentes tipos de pesquisa, pois
na perspectiva de Gil (1999), estudo de campo “é aquela que consiste em aprofundar uma
realidade específica” (p. 51).
É feita através de observação directa das actividades realizadas das entrevistas para captar
explicações e interpretações do que ocorre na realidade. Com uso deste procedimento a autora
aprofundará a pesquisa de campo, mas na perspectiva de tipo exploratória.
Com vista a concretizar os métodos definidos, serão usadas algumas técnicas para colecta de
dados, tais como entrevista, observação e questionário.
Existem, segundo Bogdan e Biklen (1994), Tuckman (2002) e Quivy e Campenheoudt (2003),
citados por Barbosa (2012), três grandes grupos de métodos de recolha de dados que se podem
utilizar como fontes de informação nas investigações qualitativas: observação, o inquérito, o qual
pode ser oral – entrevista – ou escrito – questionário e análise de documentos.
3.3.1. Entrevista
A entrevista consiste no contacto entre dois ou mais sujeitos, com a finalidade de obter
informações ao respeito de um determinado assunto, mediante uma conversação de
natureza profissional. A entrevista é uma das técnicas usadas na investigação social para a
colecta e tratamento de dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um
problema social (Marconi e Lakatos, 2009, p.195).
A utilização desta técnica será através de um guião contendo questões abertas, que serão dirigidas
aos profissionais da Saúde, que serão envolvidos na pesquisa; Estes serão entregues com uma
antecedência de 24 horas e a entrevista decorrerá de forma separada, de modo a evitar a
influenciação das respostas de cada um. Dada a sua concepção, tratar-se-á de uma entrevista
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semi-estruturada, onde haverá o seguimento rígido das perguntas constantes no guião, sem
recurso a outras complementares.
A entrevista semi-estruturada será realizada de acordo com um formulário elaborado pela autora
e será efectuada exclusivamente para pessoas seleccionadas de acordo com um plano. Neste caso,
a pesquisador será livre para elaborar suas perguntas para aquela situação.
O processo de selecção dos entrevistados será feito em função das questões de interesse do estudo
e também das condições de acesso e permanência no campo e da disponibilidade dos sujeitos
seleccionados.
A observação directa “constitui elemento fundamental para a pesquisa”, pois é a partir dela que é
possível delinear as etapas de um estudo: formular o problema, construir a hipótese, definir
variáveis, colectar dados e etc. (Cfr. Gil, 1999).
o termo observação directa possui um sentido mais amplo, pois não trata apenas de ver,
mas também de examinar e é um dos meios mais frequentes para conhecer pessoas,
coisas, acontecimentos e fenómenos. Também é chamada de estudo naturalista ou
etnográfico em que o pesquisador frequenta os locais onde os fenómenos ocorrem
naturalmente (p. 126).
Nisto, os autores a cima destacados concordam que a observação directa é a aplicação dos
sentidos humanos para obter determinada informação sobre aspectos da realidade.
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Como forma de conciliar as informações fornecidas pelos inquiridos e entrevistados, a autora
optará por usar a observação directa, de modo a entrar em contacto físico com o fenómeno em
estudo, bem como com o relacionamento entre os indivíduos envolvidos na pesquisa.
Para Marconi & Lakato (1999), a utilização da observação directa, consiste na participação real
do conhecimento da vida da comunidade, do grupo ou de uma situação determinada.
Uma vez que esta técnica auxilia a pesquisadora na identificação e a obtenção de provas a
respeito de objectivos pretendidos, este método ajudará a autora a obter respostas directas em
primeira mão e, também permitirá descobrir novos aspectos inerentes ao síndrome de Bournet
nos enfermeiros no centro de saúde de Anchilo.
3.3.3. Questionário
De acordo com Silva (2001), “o questionário constitui de uma forma rápida e relativamente
barata de recolher um determinado tipo de informações ou seja, é uma série ordenada de
perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante” (p. 104).
Porque o questionário constitui um elemento que permite de forma flexível a colecta de dados a
um número elevado de elementos duma amostra, a autora prefere aplicar esta técnica para os
indivíduos participantes da pesquisa.
A escolha desta técnica tem objectivo fundamental de assegurar o anonimato e a liberdade dos
questionados, uma vez que estes preencherão apenas os dados solicitados sem necessidade de
identificação, embora em alguns casos, na presença da pesquisadora. Assim, será usado um
formulário contendo perguntas mistas para que cada um possa exprimir livremente as suas
opiniões bem como para evitar limitar as opiniões dos inquiridos.
3.4.1. Universo
De acordo com Franke (2014), “o universo é o conjunto de elementos sobre os quais se desejam
informações, ou seja, nosso universo de estudo” (p. 3).
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3.4.2. Amostra da pesquisa
De acordo com Silva & Minezes (2002). “uma amostra é todo subconjunto de elementos retirado
de uma população, para obter informações sobre essa população. Para este autor, as amostras são
colectadas e estudadas para trazer informação sobre a população” (p. 3).
Como forma de garantir uma boa representatividade do universo, a amostra do presente estudo
foi formada a partir de grupos estratificados, onde foram envolvidas 10 enfermeiros, cuja a
escolha foi feita de forma aleatória.
3.5. Cronograma
Severino (2002), define cronograma como “a indicação do tempo necessário para desenvolver
cada uma das etapas da pesquisa” (p.5).
Orçamento é a distribuição de vários gastos por itens, que devem ser necessariamente separados
da pesquisa, (Severino, 2002, p.54).
Descrição do material Quantidade Preço unitário Preço total
Esferográficas 01 10,00 10,00
Lápis 01 5,00 5,00
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Afiadores 01 20,00 20,00
Borracha 01 10,00 10,00
Corrector 01 50,00 50,00
Dispositivo (Flash) 01 500,00 500,00
Laptop 12,000 12,000 12000
Papel A4 50 50,00 50,00
Total ---------------------------------------------------------------------------------- 12, 645
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Bibliografia
World Health Organization. (1998). Guidelines for the primary prevention of mental,
neurological and psychosocial disorders: Staff Burnout. In: European Forum of Medical
Associations. Germany.
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