Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BOTUCATU
2015
1
ALICE LOPEZ RAPOSO DE ALMEIDA
2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4
4. OBJETIVOS.............................................................................................................. 9
5. METODOLOGIA ................................................................................................... 10
6. DISCUSSÃO ........................................................................................................... 11
3
1. INTRODUÇÃO
A proposta de deste projeto surgiu a partir das reflexões originadas sobre quais
poderiam ser as consequências para o acompanhante, da internação de crianças por um longo
período de tempo.
1
A proposta inicial era que o projeto fosse desenvolvido pela presente aprimoranda, porém devido ao curto
período de tempo e a dificuldade em relação a não ter um profissional dentro da enfermaria, este não pôde ser
executado. Acreditamos que este seja um projeto importante para proporcionar uma base para intervenções
futuras com mães acompanhantes naquele espaço (Nota da autora).
4
A aprimoranda em Terapia Ocupacional participa da passagem de casos com um
docente da medicina, três médicos do primeiro e segundo ano de residência e três
aprimorandas do programa de Psicologia Hospitalar em Pediatria.
Após a passagem dos casos, é discutido com a equipe sobre cada criança que está
internada na ala B da enfermaria e qual será a conduta adotada em cada um dos casos.
5
2. O PROJETO, A RELAÇÃO COM AS MÃES ACOMPANHANTES E O
IMPACTO DA INTERNAÇÃO
O foco do presente projeto são as mães2 que acompanham seus filhos na enfermaria,
pois a internação traz importantes consequências para toda família da criança. De acordo com
Milanesi et al. (apud SCHNEIDER e MEDEIROS, 2011) a criança estar hospitalizada não
afeta a família apenas pelo fato de existir uma doença, mas gera sofrimento pelo fato de afetar
todo o contexto familiar.
2
Os acompanhantes são, em sua maioria, mães, portanto será utilizada esta linguagem neste trabalho. Isto não
exclui outros acompanhantes de participarem da proposta (pai, avós, tios entre outros).
6
3. CONTEXTUALIZANDO A TERAPIA OCUPACIONAL E O HOSPITAL
A Terapia Ocupacional surgiu em dois eixos principais: a ocupação de doentes
crônicos internados nos hospitais e a recuperação da funcionalidade dos incapazes físicos em
programas de reabilitação (DE CARLO; BARTALOTTI, 2001).
É importante ressaltar que, com o passar dos anos, a Terapia Ocupacional vem
desenvolvendo uma nova perspectiva de assistência hospitalar que vai além do tratamento
somente com a pessoa que está internada. A promoção de qualidade de vida para essa mãe
que permanece com o filho no hospital, o auxílio na reorganização do cotidiano e a proposta
de atividades no espaço hospitalar são alguns dos objetivos da profissão (DE CARLO et al.,
2004).
8
4. OBJETIVOS
- Proporcionar um olhar terapêutico ocupacional voltado para as mães, bem como
discutir a possível atuação da Terapia Ocupacional com esse público;
9
5. METODOLOGIA
Para a construção do referido projeto, a aprimoranda frequentou por quatro horas
semanais, durante o período de um ano, a enfermaria pediátrica do Hospital das Clínicas de
Botucatu, a fim de conhecer o espaço e a dinâmica de funcionamento da enfermaria, bem
como ter contato direto com os profissionais que ali trabalham, criando vínculo com estes e
com os pacientes.
A proposta consiste na realização de atendimentos grupais, dois dias por semana, com
até uma hora e trinta minutos cada dia e um espaço final para avaliação do grupo. Também há
a possibilidade de atendimentos individuais quando necessário.
10
6. DISCUSSÃO
6.1. A hospitalização
Durante o período de internação da criança, consequentemente, a mãe também se
encontra internada, pois faz o papel de acompanhante principal, na maioria dos casos, e
permanece o mesmo tempo que a criança no hospital (KUDO; PIERRI, 1997).
Como já citado anteriormente, as mães acompanhantes que ficam muito tempo com
seus filhos internados enfrentam dificuldades na hospitalização, o que pode gerar stress e
prejudicar o vínculo com os profissionais de saúde que estão responsáveis por seu cuidado,
entres eles o terapeuta ocupacional.
3
As questões discutidas aqui são decorrentes do período de observação em que a aprimoranda frequentou a
enfermaria pediátrica.
11
Outra questão observada neste processo diz respeito à resistência que algumas mães
apresentam às orientações dadas pelos profissionais de saúde que trabalham dentro da
enfermaria, apresentando dificuldade de vinculação com estes.
O trabalho voltado para a mãe é necessário, pois cuidar da saúde mental dos pais é
importante. O apoio emocional e o olhar diferenciado para a própria pessoa são essenciais,
pois na internação somente as crianças ficam em foco.
12
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
É importante destacar a necessidade de ações direcionadas a essa população alvo,
considerando que a hospitalização da criança pode gerar diversas consequências para seus
acompanhantes. Cabe aos profissionais de saúde envolvidos neste contexto que essas ações se
concretizem, possibilitando que o período de internação seja menos impactante.
13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOMES, I.L.V.; CAETANO, R.; JORGE, M.S.B. A criança e seus direitos na família e na
sociedade: uma cartografia das leis e resoluções. Revista Brasileira de Enfermagem,
Brasília , v. 61, n. 1, Fev. 2008.
14
SCHNEIDER, C.M.; MEDEIROS, L.G. Criança hospitalizada e o impacto emocional gerado
nos pais. Unoesc & Ciência-ACHS, v. 2, n. 2, p. 140-155, 2011.
15