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PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E DA SAÚDE

CURSO DE ENFERMAGEM

AMANDA GABRIELLY DE ALMEIDA BORGES

BEATRIZ CARVALHO ATAIDES

ISABELLY CRISTINNY

LAYSA TIRZA SOARES MESCOITO

MARIANA LIMA MARTINS

SÍNDROME DE BURNOUT: EFEITO DA SOBRECARGA DE TRABALHO NOS


PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

GOIÂNIA, 2023/2

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SÍNDROME DE BURNOUT: EFEITO DA SOBRECARGA DE TRABALHO NOS
PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

Trabalh
o apresentado com um dos requisitos para
avaliação parcial da unidade ENF1075 –
ATIVIDADE INTEGRADORA IV da
Escola de Ciências Sociais e da Saúde
Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

Orientador: Prof. ª. Gabriela Butrico

GOIÂNIA, 2023/2

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................04
OBSERVAÇÃO DA REALIDADE.................................................................05
PONTO CHAVE................................................................................................06
TEORIZAÇÃO..................................................................................................07
HIPÓTESE DE SOLUÇÃO..............................................................................10
APLICAÇÃO À REALIDADE........................................................................
CONCLUSÃO.....................................................................................................
BIBLIOGRAFIA...............................................................................................

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho será discutido uma pesquisa de campo com o objetivo de trazer
melhorias para o Hospital de Câncer Araújo Jorge, em Goiânia. Nesta pesquisa será discutido
sobre a síndrome de burnout que pode acometer os profissionais de enfermagem devido à
sobrecarga de trabalho, problema esse que foi observado durante a visita técnica ao HAJ no
dia 06/09/2023 onde haviam grande demanda de pacientes e foram vistos poucos profissionais
em atuação durante aquele turno. Essa pesquisa foi realizada pela turma de enfermagem do
quarto período da Escola de Ciências Sociais e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica
de Goiás PUC-GO. O tema problematizado será abordado e solucionado com base nos passos
do Arco de Maguerez, e desenvolvido de forma teórica com embasamento em artigos,
pesquisas e leituras sobre o assunto.

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OBSERVAÇÃO DA REALIDADE

Foram observados os pontos problemas do Hospital de Câncer Araújo Jorge. Durante


a observação, foi percebido a grande demanda de pacientes necessitando de atendimento e
uma deficiência de profissionais de enfermagem para conseguir atender a todos de forma
qualificada, rápida e eficiente, levando em consideração a vida dos pacientes e a qualidade de
vida e trabalho dos profissionais de enfermagem que estavam em labor naquele dia/turno.

Sendo assim, cabe salientar a importância de certos limites dentro de um ambiente de


trabalho que devem ser seguidos para que se possa manter a saúde física, e não menos
importante, a mental dos profissionais em exercício, visto que, quando esse limite é
desconsiderado existe o risco de sobrecarga de trabalho que pode desencadear diversos
problemas, dentre eles, a síndrome de burnout.

A síndrome de burnout, que é caracterizada como um distúrbio emocional com


sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de
trabalho desgastantes, sendo a principal causa da doença o excesso de trabalho, essa síndrome
é comum em profissionais que atuam diretamente sob pressão e com responsabilidades
constantes (Ministério da saúde, GOV). (BRASIL, ANO).

Sendo assim desenvolveremos um trabalho a fim de investigar e apontar os possíveis


riscos de tal síndrome nos profissionais de enfermagem do Hospital de Câncer Araújo Jorge
com a finalidade de buscar melhorias para esses trabalhadores em exercício.

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PONTOS CHAVE

 Sala de espera de usuário inapropriada;


 Superlotação;
 Recursos humanos diminuídos;

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TEORIZAÇÃO

A profissão de enfermagem desempenha um papel vital na prestação de cuidados de


saúde, muitas vezes exigindo um comprometimento físico e emocional extremo (SANCHEZ,
2016). Os enfermeiros são frequentemente a linha de frente no atendimento a pacientes em
hospitais, clínicas e outros ambientes de saúde, o que pode ser incrivelmente gratificante, mas
também extremamente desgastante (SANCHEZ, 2016). Em meio a essa realidade, a síndrome
de burnout se tornou um desafio significativo para muitos enfermeiros.
O grande problema observado hoje em unidades de saúde são os inúmeros
diagnósticos da síndrome de burnout, que nada mais é que a resposta emocional às situações
de estresse crônico em razão de relações intensas de trabalho com outras pessoas, ou de
profissionais que apresentem grandes expectativas com relação a seu desenvolvimento
profissional e dedicação à profissão e não alcançam o retorno esperado (JODAS, 2009). O
trabalhador perde o sentido da sua relação com o trabalho e faz com que as coisas já não
tenham mais importância. Portanto, é extremamente inviável manter o profissional a cargas
horárias pesadas ou a demanda tão altas como é relatado pelos indivíduos do Hospital de
Câncer Araújo Jorge.

Burnout, como já mencionado, retrata uma síndrome causada por estresses


ocupacionais, em que as características de personalidade e do trabalho podem favorecer ou
não o seu desenvolvimento (SANCHEZ, 2016). A organização do trabalho da enfermagem,
em seus aspectos estruturais, organizacionais e relacionais, tem sido fatores de risco para o
processo de desgaste desses profissionais (SANCHEZ, 2016). Mediar o trabalho e gerenciar
ações na área da saúde é uma das tantas competências que o enfermeiro deve possuir,
frequentemente o enfermeiro sofre as exigências do mercado para que seu trabalho seja, além
de qualificado, organizado, estando, portanto, submetido a constantes estados de tensão que é
uma das principais características mediadoras e desencadeadoras da síndrome (SANCHEZ,
2016).

A insalubridade e a penosidade do trabalho dos profissionais de saúde também são um


dos fatores para afetar o físico e o psíquico desses trabalhadores, pois geram exposição
permanente a um ou mais fatores que podem levar a doenças ou sofrimento, decorrentes da
própria natureza do trabalho e de sua organização, evidenciados por sinais e sintomas
orgânicos e psíquicos inespecíficos dentre os trabalhadores da saúde (SILVA et al., 2015).
Isso porque as condições de trabalho também são responsáveis pelo desencadeamento da
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Síndrome de Burnout e esta ocasiona prejuízos ao indivíduo e à instituição, o que pode
comprometer a qualidade dos serviços prestados à população (SILVA et al., 2015). Sendo
assim, é mister salientar que uma pesquisa realizada ressaltou maior risco de doenças
relacionadas ao estresse, como a síndrome de burnout, em enfermeiros que trabalham em
hospitais privados devido ao fato de terem múltiplos empregos, quando comparado com
profissionais da área pública que geralmente possuem maiores salários, mais rotatividade de
escalas e maior segurança no emprego (MOUZINHO et al., 2023).

Os efeitos do burnout em enfermeiros são preocupantes, tanto para os profissionais de


saúde quanto para os pacientes. Os enfermeiros que sofrem de burnout podem experimentar
fadiga extrema, irritabilidade, apatia e sentimentos de desesperança. Isso não apenas afeta seu
bem-estar pessoal, mas também pode comprometer a qualidade dos cuidados que oferecem
aos pacientes. A despersonalização, por exemplo, pode levar a uma comunicação prejudicada
com os pacientes, o que, por sua vez, pode afetar negativamente a experiência do paciente
(SANCHEZ, 2016).

Uma pesquisa realizada pelo Coren-MT durante a pandemia, no ano de 2020 com
profissionais de enfermagem de um hospital, foi observada uma alta incidência da síndrome
de burnout devido a tamanha sobrecarga e desgaste de trabalho (COREN, 2020). Portanto,
observa-se que tamanha pressão que é exercida sobre os profissionais que estão na linha de
frente do cuidado ao paciente pode-se evoluir para problemas de saúde nesses trabalhadores.
Os resultados da pesquisa foram os seguintes:

Considerando o total da pesquisa, incluindo os profissionais que estão e os


que não estão na linha de frente, a Síndrome do Burnout apareceu em 79% dos
médicos; 74% dos enfermeiros; e 64% dos técnicos de enfermagem. Os dados
também apontam que, quanto mais jovem o profissional, maior a chance de
esgotamento, e que a síndrome aparece mais em mulheres (COREN, 2020).

Sendo assim, entende-se o estresse como um fator que altera drasticamente o estado de
equilíbrio do indivíduo o que interfere na vida pessoal e profissional, implicando na
percepção do ambiente traduzindo em alto grau de ansiedade, bem como nas atividades
assistenciais e gerenciais do enfermeiro (OLIVEIRA et al., 2013). Sobre os sintomas de
estresse, destaca-se as alterações cardiovasculares, em detrimento às alterações
gastrintestinais, e ao sono e repouso e, além disso, é importante considerar os níveis de
estresse comparando-os com os tipos de setores/atividade exercido por esses profissionais
(OLIVEIRA et al., 2013).
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Durante as pesquisas para o presente trabalho, foram analisados diversos artigos de
estudos que trouxeram resultados sobre a prevalência de estresse relacionado ao trabalho e
síndrome de burnout em profissionais da saúde que podem variar de acordo com a área de
atuação.

Foi observado em um hospital do Mato Grosso do Sul, uma maior incidência do


problema apresentado, em enfermeiros jovens e com menos de 5 anos de experiência na UTI
que eram responsáveis por pacientes de alta complexidade (VASCONCELOS et al, 2018).

Outro estudo foi observado que na área de atuação de oncologia os profissionais mais
velhos e com mais experiência prática na área, são mais prováveis de serem expostos a
maiores estressores (ALVES, et al, 2021). Além disso, fatores como atendimento de alta
complexidade, tomada de decisões extremas, contato com agressões físicas e verbais do
paciente e da família, contato com medicamentos antineoplásicos utilizados no tratamento de
pacientes com câncer que não afetam apenas os pacientes tratados, mas também afetam
negativamente os enfermeiros durante o preparo-administração e as iniciativas de cuidado
posteriores, são indicadores que podem contribuir para a incidência da síndrome (RUJNAM,
2014).

É importante analisar que a qualidade da assistência está diretamente relacionada com


sua integridade psicológica, uma vez que, não havendo condições plenas de atenção e
calmaria, aumentam consideravelmente a possibilidade de erro nas atividades/procedimentos
de enfermagem, onde este perfil psicológico afeta e potencializa o estresse no trabalho em
saúde (OLIVEIRA et al., 2013). Conclui-se então que o estresse causado por um conjunto de
fatores relacionados ao trabalho, é uma característica da Síndrome de Burnout (OLIVEIRA et
al., 2013).

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HIPÓTESE DE SOLUÇÃO

Construir um documento orientador sobre dimensionamento da equipe de enfermagem


conforme demanda.

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