Você está na página 1de 10

SISTEMA DE ENSINO SEMI PRESENCIAL CONECTADO

ENFERMAGEM

NOME DO(S) ALUNO(S)

A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE FÍSICA, MENTAL E


PSICOLÓGICA DO TRABALHADOR, DE ACORDO COM
SEU CONTEXTO SOCIAL E CULTURAL, E SEU IMPACTO
NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Brasiléia
2021
ALUNO(S)

A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE FÍSICA, MENTAL E


PSICOLÓGICA DO TRABALHADOR, DE ACORDO COM
SEU CONTEXTO SOCIAL E CULTURAL, E SEU IMPACTO
NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Trabalho de Enfermagem, apresentado à Universidade


Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a
obtenção de média bimestral nas disciplinas de:
Pensamento Científico; Psicologia Aplicada a Saúde;
Sociedade Brasileira e Cidadania; Gestão, Qualidade e
Segurança do Paciente.

Brasiléia
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................4
3 CONCLUSÃO........................................................................................................8
4 REFERÊNCIAS......................................................................................................9
3

1 INTRODUÇÃO

A seguinte Produção Textual Interdisciplinar em Grupo (PTG), foi


elaborada em grupo pelos estudantes de Enfermagem da Universidade Pitágoras
UNOPAR. Apresenta como temática a importância da saúde física, mental e
psicológica do trabalhador, de acordo com seu contexto social e cultural, e seu
impacto na qualidade da assistência à saúde. Possibilitando a aprendizagem
interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas disciplinas desse semestre e,
também, para consolidar a reflexão sobre a prática em sala de aula.

O presente trabalho foi desenvolvido a partir de uma situação


geradora de aprendizagem (SGA), que norteou os alunos para elaborar a produção
textual contemplando todas as reflexões propostas. Apresenta como objetivo:
Estimular a corresponsabilidade do aluno pelo aprendizado eficiente e eficaz;
desenvolver estudos independentes, sistemáticos e o auto aprendizado; promover a
aplicação da teoria e conceitos para a solução de problemas práticos relativos à
profissão; direcionar o estudante para a busca do raciocínio crítico e a emancipação
intelectual.

Entretanto, esta produção acadêmica desenvolvida pelos


acadêmicos trás de modo claro e objetivo, a realidade vivenciada por muitos
profissionais da saúde em nosso país neste cenário da pandemia do Covid-19, os
desafios e possibilidades desta nobre profissão de cuidar para a promoção da
saúde.
4

2 DESENVOLVIMENTO

Atualmente o mundo inteiro enfrenta a preocupante luta contra o


novo COVID-19, que afeta e já tem afetado a vida de muitos indivíduos pelo mundo.
Em diversos países foi adotado o método de isolamento social, a fim de combater a
pandemia e diminuir o número de suas vítimas. Profissionais de diversas áreas se
reinventaram a fim de continuar seus trabalhos mesmo em quarentena, no qual pelo
uso das novas tecnologias muitos puderam trabalhar sem precisar sair de suas
casas.

Porém, os admiráveis profissionais da saúde não puderam isolar-se


socialmente, tiveram que eticamente exercer sua profissão e enfrentar esta temível
pandemia de frente. Com isso, as questões éticas se intensificaram, e o tratamento
dos pacientes e a qualidade de vida do trabalhador tornaram-se, ainda mais, centros
de preocupação.

Vejamos:

Os profissionais de saúde não foram preparados para lidar com perdas,


emoções e limites. Eles não veem isso ao longo da formação, que é muitas
vezes narcisista, de estímulo às vaidades e ao sucesso. Essas pessoas
entram num modo de trabalhar quase automático, não dá para parar, mas
quando a ficha cai, são pessoas que têm desabado. Existe ainda o medo de
ser contaminado. Muitos têm que ficar isolados em casa, sem contato com
os filhos e os pais. E ainda temos relatos de profissionais que sofreram
retaliação. São vistos como heróis, mas ao mesmo tempo temidos, porque
podem contaminar. Ter que lidar com um lado seu que cuida e outro que
pode causar dano é complicado. (XAVIER, 2020. P,32)

Nesse cenário preocupante, muitos profissionais da saúde trabalham


carregados de atividades e preocupações, já que seu campo de trabalho é minado
pelo novo CORONA-VÍRUS. Desfavorecendo o profissional da saúde que deve
continuar exercendo seu trabalho com ética e autonomia.

Após o surgimento da pandemia, a forma de realizar as atividades


das empresas mudou drasticamente, favorecendo o trabalho híbrido. Da noite para o
dia, profissionais de diversas áreas de adaptaram ao home office. Portanto, os
profissionais da saúde continuaram exercendo sua profissão nos hospitais, que
5

agora estão cobertos pelo caos e lotação.

Os trabalhos dos médicos e enfermeiros se intensificaram, além da


exigência de produtividade. Gerando assim profissionais cansados e aflitos que
tentam exercer seus trabalhos ao máximo possível.

Conforme afirmam MIRANDA, SANTANA, PIZZOLATO, SAQUIS,


2020, em uma situação de pandemia:

O desgaste físico e mental é comum entre estes trabalhadores. Torna-se


conflitante o agir com ética e responsabilidade em meio à sobrecarga de
trabalho. As constantes situações de morte e estresse vivenciados em
ambientes, muitas vezes, sobrecarregados de pacientes com alto poder de
transmissibilidade viral, requerem um atendimento de enfermagem preciso e
cauteloso, tanto nos procedimentos técnicos quanto na paramentação e
desparamentação rigorosa, conforme recomendado cientificamente.

Ainda segundo os autores a Enfermagem se configura como o cerne


dos sistemas de saúde em todo o mundo:

Contudo, as jornadas extensas e condições de trabalho diferenciadas, em


razão de diversidades regionais e contratuais, expõem estes profissionais
ao risco de adoecimento físico e mental, podendo afastá-los das suas
atividades laborais.
Diante desse cenário, muitos sentimentos florescem, como medo, angústia,
preocupação, raiva, sentimento de impotência, entre outros. Tais
sentimentos são gerados tanto pela incerteza do que está por vir, como pelo
isolamento social imposto aos familiares, que em meio à situação de risco,
vivenciam o conflito de manterem-se afastados das funções diárias, embora
muitas vezes as condições familiares, financeiras e sociais não os permitam
essa opção. (MIRANDA, SANTANA, PIZZOLATO, SAQUIS. p3. 2020)

Com horas árduas de trabalho desgastante, os profissionais


enfermeiros ficam vulneráveis as enfermidades, tanto física quanto psicológica. pois
sempre trabalham em ambiente de muita tensão. Porém, precisam continuar com
suas atividades profissionais, pois o número de contaminados só aumentam, e a
pandemia não oferece pausas.

Nesse cenário desgastante surge a reflexão acerca de cuidar do


cuidador, já que os profissionais da linha de frente ao combate do Covid-19 sempre
estão cuidando de todos, mesmo que estejam colocando suas vidas em risco não
6

medem esforços para continuar a exercer seus admiráveis trabalhos com sucesso e
exatidão.

Logo é necessário a elaboração e realização de algumas medidas.


Vejamos:

Foi destacada a necessidade de elaborar políticas direcionadas ao cuidado


com os profissionais expostos a longas e exaustivas jornadas, como a
criação de escalas de turnos coerentes para a atuação dos profissionais da
saúde, permitindo descanso e realização de necessidades fisiológicas como
alimentação e uso de sanitários, além do afastamento dos profissionais
classificados como grupo de maior vulnerabilidade à infecção e das
atividades de risco de contaminação. (RIBEIRO, OLIVEIRA, SILVA e
SOUZA, p, 07. 2020)

Além disso, acrescenta-se a realização de capacitações e


treinamentos. Já que os conhecimentos básicos sobre o modo de transmissão e as
medidas de controle de doenças infecciosas em geral não foram suficientes para
frear a disseminação da doença, particularmente entre profissionais de saúde.

A COVID-19 tem desafiado os conhecimentos prévios de diversas


áreas da ciência e da medicina. Então, para que haja um bom cuidado do cuidador é
necessário também, a oferta de preparação das equipes de saúde para enfrentar o
avanço da infecção e a gravidade com que se manifesta em alguns casos.

Ainda conforme os autores:

No que tange às orientações sobre a gestão, segurança e ambiente dos


serviços de saúde, os trabalhos apontam para a necessidade da formação
de equipes exclusivas para atender os pacientes com COVID-19, com
estabelecimento de fluxos bem demarcados. Além disso, recomendam
realizar análise eficaz de insumos especializados, com atualização
constante da estrutura regulatória, desenvolvimento e circulação de
orientações operacionais para os mais diversos setores internos
(profissionais de saúde, administrativos e pacientes) para traduzir
indicações gerais em procedimentos operacionais claros e ferramentas de
implementação a serem adotadas nos locais de trabalho. (RIBEIRO,
OLIVEIRA, SILVA e SOUZA. P9 2020).

Então, os profissionais de saúde não medem esforços para cumprir


com a ética do seu trabalho, devendo, portanto, serem bem acolhidos e cuidados, a
fim de darem continuidade aos seus trabalhos significativos e imprescindíveis para a
7

humanidade em geral.

Vale ressaltar que em decorrência a sobrecarga de trabalho em que


os profissionais de saúde são submetidos, além de as condições de trabalho
frequentemente inadequada, a qualidade de assistência à saúde do paciente pode
ser afetada.

Por essa razão, é importante salientar a cultura de segurança do


paciente. Compreendida como favorável a organização e segurança em
determinado ambiente. Contribuindo para ações coerentes e comportamentos mais
adequados. Garantindo que os profissionais da saúde possam exercer seus
trabalhos sem afetar erroneamente a saúde dos pacientes.

Segundo o The Canadian Patient Safety Dictionary, a segurança do


paciente corresponde à redução e mitigação de atos não seguros, de erros não-
intencionais; aplicação de boas práticas baseadas nas condições de estrutura e
processos de trabalho, dos serviços de saúde, que reduzam os riscos e eventos
adversos no cuidado, em prol de obter resultados satisfatórios para os pacientes.

Para que a cultura do paciente se efetive de maneira positiva,


diversas estratégias podem ser empregadas, tais como: um engajamento em níveis
político, estratégico e operacional do hospital, em uma mobilização integrada, que
envolva a gestão hospitalar e os demais trabalhadores. Todos envolvidos em prol de
um mesmo objetivo, a qualidade do serviço ofertada aos pacientes.

Nesta perspectiva:

A cultura de segurança do paciente se estabelece quando as organizações


de saúde criam um ambiente no qual o comportamento que promove a
segurança do paciente é valorizado como o maior patrimônio da instituição.
(BRASIL. ANVISA, 2013).

Por fim, o cenário vivenciado atualmente exige dos indivíduos


profissionalismo, pois mesmo que os profissionais da saúde estejam exaustos
devem comprometer-se em atender os pacientes da melhor maneira possível.
8

3 CONCLUSÃO

Este trabalho acadêmico realizado em grupo pelos acadêmicos de


Enfermagem, da Universidade UNOPAR, possibilitou a aquisição de inúmeras
aprendizagens sobre o real exercício da profissão na área da saúde. Levando os
estudantes a compreender que, são muitos os desafios a serem encontrados nesta
nobre profissão de enfermeiro, para tanto, necessitam de uma boa formação para
que possam atuar futuramente de modo significativo na saúde.

A partir das leituras indicadas pela proposta da produção textual foi


possível ter um conhecimento muito maior sobre o assunto abordado, dando uma
clareza de ideias, permitindo um aprofundar de conhecimentos acerca do real
exercício da profissão na área da saúde.

A realização deste portfolio acadêmico contribuiu também para que


os estudantes pudessem compreender que, no cenário em que estamos vivenciando
atualmente da pandemia do Covid-19, os profissionais da saúde estão sempre a
frente para cumprir com a ética do seu trabalho, mesmo que estejam sendo
desfavorecidos até mesmo com suas próprias saúdes. Afirmando, que para ser um
bom profissional da área necessita pensar e cuidar do outro, garantindo a oferta de
um atendimento de qualidade.

No entanto, concluímos este trabalho levando em consideração os


inúmeros conhecimentos obtidos, que contribuíram significativamente para a
formação dos acadêmicos da Universidade UNOPAR, como futuros enfermeiros,
atuantes na admirável área da Saúde, contribuindo para o bem estar do próximo.
9

4 REFERÊNCIAS

AMARAL, R. A. MORAES, C. W. OSTERMANN, G. T. “Cuidando do cuidador:


grupo de funcionários no Hospital Geral”. In: Rev. SBPH. Rio de Janeiro, v. 13, n.
2, dez. 2010. p. 270- 281. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rsbph/v13n2/v13n2a09.pdf. Acesso: 05 abr. 2021.

BRASIL. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência Segura:


Uma Reflexão Teórica Aplicada a Prática. Disponível em:
http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/documentos/livros/Livro1-
Assistencia_Segura.pdf. Acesso em: 10 abr. 2021.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Documento de Referência para o Programa


Nacional de Segurança do Paciente Ministério da Saúde; Fundação Oswaldo
Cruz; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/documento_referencia_programa_nacion
al_seguranc a.pdf. Acesso em: 08 abr. 2021.

Miranda FMA, Santana L de L, Pizzolato AC, Saquis LMM. Condições de trabalho


e o impacto na saúde dos profissionais de enfermagem frente a Covid-19.
Cogitare enferm. [Internet]. 2020.. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.5380/ce.v25i0.72702. Acesso em: 06, abr, 2021.

REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE.


Estratégias para a Segurança do Paciente: Manual para Profissionais da
Saúde. Disponível em:
http://www.rebraensp.com.br/pdf/manual_seguranca_paciente.pdf. Acesso em: 11
abr. 2021.

RIBEIRO, Adalgisa. OLIVEIRA, Graziella. SILVA, Luiz. Saúde e segurança de


profissionais de saúde no atendimento a pacientes no contexto da pandemia
de Covid-19: revisão de literatura. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional. ISSN:
2317-6369. Minas Gerais, 2020.

SAMMER, Christine E. et al. What is Patient Safety Culture? A review of the


literature. Disponível em: http://ohiohospitals.org/OHA/media/Images/Patient%
20Safety%20and%20Quality/Documents/OPSI/CoS/4.pdf. Acesso em: 07 abr. 2014.
SOUZA, C. A.; et. al. Cultura de segurança em unidades de terapia intensiva:
perspectiva dos profissionais de saúde. Revista Gaúcha de Enfermagem. Porto
Alegre, v. 40, e20180294, 2019. Disponível em: https://bit.ly/3qKVPJ1. Acesso em:
11 abr. 2021.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para


apresentação de trabalhos. 2. Ed. Curitiba: UFPR, 1992. V. 2.

XAVIER, Alessandra. O grande desafio da pandemia é emocional, ético e social.


ENTREVISTA. RADIS n.213 | JUN 2020.

Você também pode gostar