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EDVANIA FERREIRA RAMOS

SINDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAL DE


ENFERMAGEM

Ipatinga
2019
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EDVANIA FERREIRA RAMOS

SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAL DE


ENFERMAGEM

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à faculdade Pitágoras, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Enfermagem.

Orientador: Ana Amorim

Ipatinga
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2019
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EDVANIA FERREIRA RAMOS

SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAL DE


ENFERMAGEM

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à faculdade Pitágoras, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Enfermagem.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Ipatinga-MG, ___de ___de ___


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FERREIRA, Edvania Ramos. Síndrome De Burnout Em Profissional De


Enfermagem. 2019. 21 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
enfermagem)- Faculdade Pitágoras, Ipatinga-mg, 2019.

RESUMO
A Síndrome de Burnout é considerada um dos agravos ocupacionais de
atitude psicossocial de maior importância na sociedade atual, regressando uma
grande importância na saúde pública. Trata-se de algo bastante complexo podendo
evoluir a nível patológico ocasionando o surgimento da Síndrome de Burnout no qual
se característica como uma resultância de altos níveis de estresse relacionado a
profissões que são por vezes muito concorrentes ou que exigem responsabilidade
excessiva. Burnout ocasiona sérios danos à produtividade dos afazeres contribuindo
para um trabalho impotente, colocando em risco a saúde dos profissionais e uma
baixa produtividade nas tarefas do dia a dia. A Síndrome desenvolve características
de três dimensões sendo elas: Exaustão Emocional, Despersonalização e Baixa
Realização Profissional. A exaustão emocional diferencia-se por uma falta ou
carência de energia e um sentimento de esgotamento, a despersonalização quando
o profissional passa a abordar os clientes, os companheiros e a coordenação de
forma diferente e impessoal e a baixa realização profissional caracteriza-se por uma
intenção de se auto-avaliar de forma negativa. As estratégias para enfrentamento da
Síndrome serão definidas pela fonte em que é originada, se vem de um fator isolado
no indivíduo ou se é ocasionada pelo ambiente de trabalho. Dessa maneira, faz-se
necessário que sejam destacadas no ambiente de trabalho, atividades preventivas
do estresse crônico, evitando a sobrecarga de trabalho, a baixa auto-estima, o
cansaço, a ansiedade e demais fatores que influencia para seu surgimento. O
objetivo deste trabalho relata a incidência da síndrome de burnout em profissional de
enfermagem evidenciando os fatores de riscos. Realizou-se a presente pesquisa
através de levantamento bibliográfico resultando em revisão de literatura. Possui
cunho explicativo, considerando que a esta proposta buscou identificar fatores que
contribuem para a ocorrência dos fenômenos. O levantamento de dados e
informações científicas em periódicos online de diversas instituições serviram de
base para construção textual. Admitiu-se publicações disponíveis datadas em 10
anos, A partir desta estratégia, identificou-se 20 artigos, após leitura de todos foram
adotados 13 títulos de 2009 a 2016, pois eram produções com temas diretamente
relacionados. É de suma importância que as instituições estejam cientes dos
agravos que essa doença pode trazer na vida da equipe da enfermagem, trazendo
estratégias preventivas para o objetivo de prevenir para que não ocorra o surgimento
de burnout. Cabe aos responsáveis, tratar e gerenciar de forma eficaz o cuidado e
tratamento do profissional que apresenta sinais da síndrome, obtendo uma atenção
qualificada visando melhorias e resgatando nesse profissional uma satisfação
gratificante de trabalhar.

Palavras-chave: Síndrome de Burnout; estresse; Profissional.


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FERREIRA, Edvania Ramos. Síndrome De Burnout Em Profissional De


Enfermagem. 2019. 21 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
enfermagem)- Faculdade Pitágoras, Ipatinga-mg, 2019.

ABSTRACT
Burnout Syndrome is considered one of the occupational injuries of a
psychosocial attitude of major importance in the present society, returning a great
importance in the public health. This is quite complex and can evolve at a
pathological level causing the emergence of Burnout Syndrome in which it is
characterized as a result of high levels of stress related to professions that are
sometimes very competitive or require excessive responsibility. Burnout causes
serious damage to the productivity of the tasks contributing to an impotent work,
putting at risk the health of the professionals and a low productivity in the tasks of the
day to day. The Syndrome develops characteristics of three dimensions being:
Emotional Exhaustion, Depersonalization and Low Professional Realization.
Emotional exhaustion is distinguished by a lack or lack of energy and a sense of
exhaustion, depersonalization when the professional starts to approach clients,
partners and coordination in a different and impersonal way and low professional
achievement is characterized by a intention to self-evaluate negatively. The
strategies for coping with the Syndrome will be defined by the source in which it
originates, whether it comes from an isolated factor in the individual or is caused by
the work environment. In this way, it is necessary to emphasize in the work
environment preventive activities of chronic stress, avoiding work overload, low self-
esteem, fatigue, anxiety and other factors that influence its emergence. The objective
of this study is to report the incidence of burnout syndrome in nursing professionals
evidencing risk factors. The present research was carried out through a
bibliographical survey resulting in literature review. It has an explanatory character,
considering that this proposal sought to identify factors that contribute to the
occurrence of the phenomena. The collection of data and scientific information in
online journals of several institutions served as a basis for textual construction. It was
accepted publications available in 10 years. Based on this strategy, 20 articles were
identified. After reading all of them, 13 titles were adopted from 2009 to 2016, as they
were productions with directly related themes. It is extremely important that the
institutions are aware of the problems that this disease can bring in the life of the
nursing team, bringing preventive strategies to prevent the occurrence of burnout. It
is up to those responsible to effectively manage and manage the care and treatment
of the professional who presents signs of the syndrome, obtaining a qualified
attention for the improvement and recovering in this professional a gratifying
satisfaction for the work.

Keywords: Burnout Syndrome; stress; Professional.


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ABREVIATURA E SIGLAS DE LISTAS

EE Exaustão Emocional

LILACS Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde

SCIELO Scientific Eletronic Online

SB Síndrome de Burnout
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................8

2. SÍNDROME DE BURNOUT NA ENFERMAGEM................................................10

3. FATORES QUE INFLUENCIAM A SINDROME DE BURNOUT........................13

4. ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO DA SINDROME DE BURNOUT........16

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................19

REFERÊNCIAS...........................................................................................................20
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1. INTRODUÇÃO

O estresse é considerado uma epidemia global, podendo trazer resultados de


conflitos, aflição, medo ou iminência de origem externa ou interna em que consiste
uma preocupação mundial. Trata-se de algo bastante complexo podendo evoluir a
nível patológico ocasionando o surgimento da Síndrome de Burnout (SB) no qual se
característica como uma resultância de altos níveis de estresse relacionado a
profissões que são por vezes muito concorrentes ou que exigem responsabilidade
excessiva. A Síndrome está relacionada ao comportamento e as funções mentais
que se distingue por apresentar três dimensões: exaustão emocional,
despersonalização e baixa realização profissional trazendo vários efeitos que
contribui para a diminuição de sentimento de competência em seu meio de trabalho
(FERRARI; MARIA; MAGALHÃES, 2012).
Este estudo se justifica devido à SB ser considerado um problema de saúde
pública, no qual afeta o trabalhador que exerce constantemente o seu trabalho de
forma direta e emocional com o público acometido pelos profissionais de
enfermagem no qual se torna um elemento escasso em nossa realidade. É relevante
e se faz necessário compreender a natureza e a evolução dos fatores estressores
que os enfermeiros são submetidos quando as relações de trabalho se tornaram
fragilizadas e estressantes, merecendo ser investigado.
O problema desta pesquisa está relacionado aos determinados fatores
desencadeantes para os profissionais de enfermagem que desenvolvem a SB.
Destaca-se a sobrecarga de trabalho que se encontra entre os fatores de risco mais
discutidos, pois ocorre com maior frequência em trabalhos que exigem concentração
e a enfermagem segundo leituras de artigos científicos encontra-se entre as
principais profissões mais desgastantes do serviço público por estar mais
susceptível ao estresse ocupacional, sendo capaz de desencadear uma série de
outras complicações à saúde, inclusive a morte.
Considerando as colocações, o objetivo deste trabalho relata a incidência da
síndrome de burnout em profissional de enfermagem evidenciando os fatores de
riscos e como objetivo especifico descrever sob Síndrome de burnout, fatores que
influenciam no seu desenvolvimento na enfermagem e apontar suas estratégias de
enfrentamento.
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Realizou-se a presente pesquisa através de levantamento bibliográfico


resultando em revisão de literatura. Possui cunho explicativo, considerando que esta
proposta buscou identificar fatores que contribuem para a ocorrência dos
fenômenos. O levantamento de dados e informações científicas em periódicos online
de diversas instituições serviram de base para construção textual. Bases online
foram selecionadas através de descritores da área e relacionadas ao assunto:
síndrome de burnout na enfermagem; fatores de risco que desencadeia a síndrome
de burnout em profissionais da enfermagem e estratégias de enfrentamento da
síndrome. As principais fontes de base de dados foram SCIELO (Scientific Eletronic
Online) e LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde).
Admitiu-se publicações disponíveis datadas em 10 anos, A partir desta estratégia,
identificou-se 20 artigos, após leitura de todos foram adotados 13 títulos de 2009 a
2016, pois eram produções com temas diretamente relacionados.
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2. SÍNDROME DE BURNOUT NA ENFERMAGEM

Segundo Brito et al. (2010) a SB é considerada um dos agravos ocupacionais


de atitude psicossocial de maior importância na sociedade atual, regressando uma
grande importância na saúde pública. Seu período aumenta com o passar dos anos
sendo vagaroso e raramente agudos permanecendo presentes nível de tensão
demorada, excessiva e complexa na identificação de seu estágio inicial.
Burnout ocasiona sérios danos à produtividade dos afazeres contribuindo
para um trabalho impotente, colocando em risco a saúde dos profissionais e uma
baixa produtividade nas tarefas do dia a dia. Para Sandra (2010) essa baixa
produtividade tende a proporcionar fatores como a baixa qualidade no atendimento
ao cliente, insatisfação profissional, e entre outros fatores no que se torna um caso
preocupante.
A SB retrata uma associação própria onde envolve sensações de ineficácia
ao trabalho, produzindo procedência do esgotamento profissional. A adição desta
Síndrome representa ser mais preocupante para a área da saúde, fazendo com que
o profissional em seu local de trabalho desenvolva graves implicações físicas e
mentais originado pelo estresse crônico, ocasionando ameaças a sua própria saúde,
apresentando consequências a qualidade do seu atendimento e tornando
ameaçador o cuidado de seus pacientes. Quando demonstrados a situação de
estresse crônico, sendo constantes e prolongados, os métodos de enfrentamento
são escassos podendo evoluir por diversos riscos e enfermidades (DIAS; DIEGER;
HELENA, 2011).
Souza et al. (2009) cita, que nas instituições de saúde a área da enfermagem
é considerada a quarta profissão mais estressante no setor público de acordo com
indicativos de taxas elevada caracterizada pela SB, entende-se que nesse setor a
um alto índice de ausências no processo de trabalho e desgaste no atributo de
serviços.
A SB nos dias de hoje é avaliada como danos de caráter psicossocial mais
importante da associação atual, podendo levar aos profissionais da saúde o
desenvolvimento de doenças como a depressão, tornando um serio processo que
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envolve a qualidade de vida, prejudicando a saúde física e mental dos trabalhadores


(SANDRA, 2010).
Mesmo a área da enfermagem sendo ponderados por mulheres, de acordo
com as pesquisas de Souza et al. (2009) os homens têm maior prevalência em
desenvolver burnout, apesar disso, considera-se bastante alta o surgimento da
síndrome na enfermagem e mesmo com essa alta taxa, poucas foram análises
sobre a investigação dessa enfermidade enfrentados pela equipe de saúde no
Brasil.
O profissional obtém uma sobrecarga de esforço no qual não vem de um
período para outro. Seus sinais fazem referência ao esgotamento e sentimento de
cansaço imutável, ocorrendo desgaste do vínculo afetivo tornando prejudicial sua
qualidade de vida, acometendo gradativamente a diminuição de suas aptidões e
para os afazeres laborais. Esse processo sobrevém lentamente, até que haja um
ponto em que evolui para uma crise levando ao colapso físico e mental (FÁTIMA;
PATTA, 2010).
Isso demonstra que com esse desenvolvimento que levam a SB, esses
profissionais podem ser afetados de forma que não seja passageiro, levando a
evolução do desgaste profissional e piorando diariamente, apresentando sintomas
físicos e psíquicos. De acordo com Cristina e Carlos (2014) A síndrome de burnout
compromete em maior dimensão aos trabalhos que obtém relação direta e ativo com
outras pessoas, despejando até a última gota sua incapacidade funcional de seus
recursos psicológicos.
Em relação às pesquisas de Fátima e Patta (2010) foi realizado um estudo de
pesquisa de campo em uma instituição de saúde do interior do Rio Grande do Sul
com amostra de 86 funcionários da área da enfermagem na concretização de uma
estimativa da escalados níveis de Burnout e de contentamento no trabalho. Os
resultados obtidos pelos autores supracitados foram comparados as três dimensões
de Burnout em que indicaram não haver presença significativa de risco alto para a
Síndrome, pois não apresentava indicativos elevados em suas amostras. Mas foi
alcançado risco médio e alto em um número pequeno da amostra. Tornando para os
autores resultados intermediários preocupantes cabendo a instituição obter
operações preventivas nesta ocasião, a fim de impedir gravidade dos riscos nesses
profissionais que apresentaram vulnerabilidade ao desenvolvimento do esgotamento
profissional.
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O hospital é o local principal que pode acarretar consequências na atividade


de enfermagem, podendo encontrar diversos casos de doenças relacionadas ao
trabalho devido exposição de vários fatores de riscos, comprometendo-os assim,
sua saúde, tornando grupos de profissões desgastantes em seu ambiente de
trabalho (FÁTIMA; PATTA, 2010).
O período grande de envolvimento e contato direto com pacientes, traz para
os profissionais, pressões emocionais recorrentes, levando ao trabalhador a obter
atitudes no qual na maioria das vezes tentam regular suas próprias emoções quando
estão diante dos desabafos de seus pacientes, expressando somente o necessário e
procurando primeiramente palavras confortáveis para a situação, tudo isso traz
resultado constante para o surgimento e evolução da SB nesses profissionais
(SANDRA, 2010).
Para Souza et al. (2009) os enfermeiros, desenvolvem competências
intensas, seus cuidados por grande parte tem o contato direto com pacientes e
familiares convivendo assim diariamente em confronto com a dor e morte,
convivendo também com a imprecisão do seu papel profissional, a presença de
sobrecarga de trabalho, falta de autonomia, tomada de decisão ineficaz, gerando
tudo isso um estado de estresse crônico.
Para Schwanke; Miladi e Maria (2009) os profissionais que estão expostos ao
desenvolvimento da SB são profissionais que encaram problemas como a
inquietação de lidar com críticas de má atuação de sua prática laboral, tornando
ineficaz nos procedimentos de rotinas, mudança de comportamento e auto-estima
diminuída. Pode-se mencionar que as principais causas para o seu surgimento
enfatizam na sobrecarga de trabalho, na falta de recursos sendo danoso no
desempenho dos cuidados prestados ao paciente, acompanhamento da ansiedade e
angustia dos familiares e o contato contínuo e direto com a dor, e morte.
O ambiente também é um dos fatores que contribui para o surgimento desta
síndrome, sendo o local de trabalho que mais gera estresse, desgaste profissional,
cansaço da rotina repetitiva, e entre outros, gerando uma pressão nos indivíduos,
levando a um convívio negativo entre o local e a equipe de trabalho (SANDRA,
2011).
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3. FATORES QUE INFLUENCIAM A SINDROME DE BURNOUT

A SB de acordo com a Lei que regulamenta a previdência social (Lei n°


3.048/99) é avaliada como uma doença de trabalho associada ao reflexo de
insatisfação conseguido no dia a dia de trabalho, desenvolvendo assim,
características de três dimensões sendo elas: Exaustão Emocional,
Despersonalização e Baixa Realização Profissional (FERRARI; MARIA;
MAGALHÃES, 2012).
Dessa forma, de acordo com Ferrari, Maria e Magalhães (2012) Com o
surgimento do Bunout em profissionais da área de saúde foi evidenciada quedas na
qualidade e produtividade dos serviços prestados devido ausência no processo de
trabalho. Desses profissionais, os setores assistenciais são os mais afetados por
terem uma carga suplementar que incluem trabalhos em turnos e escalas, obtendo
fortes pressões externas e contato com pessoas de diversos problemas físicos e
emocionais.
Mesmo existindo diversos fatores, a sobrecarga de trabalho está entre os
fatores de risco mais debatidos, sendo o mais prevalente e importante ser avaliado.
Pois, através desses desgastes outros fatores são evoluídos como a não aceitação
do problema, a ansiedade conduzida por medo de ir ao trabalho, ocasionando
sentimento até o aparecimento da depressão sendo um dos sintomas mais
perigosos e preocupantes, já que pode levar ao suicídio (SANDRA, 2011).
De acordo com Ferrari; Maria e Magalhães (2012) A equipe de enfermagem
se submerge carinhosamente com seus pacientes, no qual devido a vários fatores
de estresses e desgastes tanto físicos quanto psíquicos, faz com que esses
profissionais não aguentam mais e acabam desistindo, o que levam o surgimento da
SB.

3.1 EXAUSTÃO EMOCIONAL

A Exaustão Emocional (EE) A exaustão emocional refere-se quando o


trabalhador sente que chegaram ao seu limite, as pessoas que apresentam essa
dimensão sentem que suas energias e seus recursos emocionais se esgotaram
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devido ao contato diário e com os problemas do ambiente de trabalho. As


impressões de problemas que originam o estresse estejam ultrapassando suas
capacidades de recursos físicos e emocionais, tornando exausto o seu trabalho,
considerada a primeira dimensão da síndrome (FÉLIX, et al., 2009).
O surgimento do burnout passa a existir nessa fase, quando o trabalhador
não consegue fazer frente à situação de estresse uma forma efetiva onde o mesmo
acaba adoecendo dando característica a importante existência de estressores
organizacionais. Esse adoecimento não é distinguido pelo adoecimento em geral,
mas sim, ligados as atividades realizadas no trabalho que são apontados pelo
sentimento de negatividade e de estranheza consigo mesmo, obtendo assim, o
sentimento de ineficácia do que tudo que está fazendo não seja suficiente em suas
ações (FERRARI; MARIA; MAGALHÃES, 2012).
Seus principais precedentes estão destacados na sobrecarga de trabalho e o
conflito intrapessoal vivente. Isso se explica mesmo em nível afetivo que os
trabalhadores se sentem com sensações de ineficiência a ponto de acreditarem que
não podem dar mais de si, sendo assim, compreendem esgotada a sua energia e os
seus recursos emocionais em motivo do contato com os problemas que são diários
(FÉLIX, et al., 2009).

3.2 DESPERSONALIZAÇÃO

Para Souza et al. (2009) A despersonalização é considerado uma alteração


de personalidade do indivíduo, sendo um processo psíquico caracterizada por deixá-
los negativos em relação às pessoas do seu convívio e passar a tratá-las como
coisas.
Essa segunda dimensão ocorre devida o arrefecimento dos propósitos de
trabalho, do encargo com o resultado, insanidade e comportamento individualista.
Em sua maioria acompanhada de aflição, suscetibilidade e perda de motivação.
Esses percebidos prevalecem sua aparência de modo afetiva, são cercados de
emoções negativas, sendo assim, impossibilitados de suportar seus sentimentos e
as dos outros afetando sua aptidão profissional perdendo assim sua essência
humana (SANDRA, 2011).
De acordo com as obras de Sandra (2010) nas três dimensões citadas acima,
a exaustão emocional e a baixa realização estão presentes a outros tipos de
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síndromes, já a dimensão da despersonalização é considerada elemento especifico


tornando seu diagnóstico fundamental para detecção do Burnout.

3.3 BAIXA REALIZAÇÃO PROFISSIONAL

Para Brito et al. (2010) A baixa realização profissional considerada a terceira


dimensão da Síndrome é distinguida pela geração de problemas de auto estima
baixa e eficiência diminuída no trabalho, insatisfação de reconhecimento pelo
profissional que proporciona várias expectativas, dedicação ao que faz não
recebendo um retorno positivo no qual é esperado. Sendo assim, induzindo a um
trabalho angustiante e sofrido causando diariamente o desanimo e sentimento de
incompetência.
Os problemas de conflitos e confrontos entre os profissionais, resultam ao
estresse e ansiedade contribuintes para surgimento das três dimensões. Isso pode
ser na maioria das vezes fundamentado no rápido desenvolvimento tecnológico, na
divisão do trabalho, na elevação de hierarquia de autoridade e conjunto de normas e
regras, tornando fatores de ocorrência da diminuição da realização profissional
(SANDRA, 2010).
Essa diminuição se cresce separadamente, pois o progresso desse
procedimento se dá de modo sequencial precipitado pela dimensão da EE
transportando ao desenvolvimento da despersonalização (FÉLIX, et al., 2009).
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4. ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO DA SINDROME DE BURNOUT

Para obter de forma adequada o tratamento da SB, deve-se saber que as


estratégias para enfrentamento serão definidas pela fonte em que é originada, se
vem de um fator isolado no indivíduo ou se é ocasionada pelo ambiente de trabalho
(NOVAES et al., 2010).
Do ponto de vista de Sousa et al. (2009) para evitar burnout, deve-se
primeiramente evitar o estresse, no qual se destaca como a primeira etapa do seu
surgimento, e quando já existente é recomendado que seja tratado antes que se
torne um estresse crônico, facilitando assim, sua recuperação.
Quando relacionado a algum fator isolado do indivíduo os programas criados
devem ser focados para ampliar as qualidades e também aprimorar as habilidades
dos profissionais, juntamente com o apoio emocional e social (NOVAES et al.,
2010).
Para prevenir a doença, devem-se adotar medidas ideais como informação
sobre a síndrome, suas características, aparecimentos e decorrências através de
estudos científicos relacionado à doença, e de fato que seja adequado o
compreendimento da profissão no qual se torna mais fácil adotar essas medidas
(PAULA; ROSA 2009).
Para que os resultados de trabalho dos profissionais da enfermagem sejam
satisfatórios, é preciso obter uma qualidade de vida adequada para os mesmos,
sendo indispensável à elaboração de ações específicas voltadas para modificações
na esfera de trabalho (NOVAES et al., 2010).
Com isso, é recomendado que os gestores devam investir em estudos
voltados para análise que considerem a SB uma complicação devastadora, dessa
forma, desenvolvessem programas que favoreçam o incremento de estratégias de
enfrentamento adequado para a intervenção desta doença (FÉLIX, et al., 2009).
Essas ações apresentam prevenções de forma a minimizar os danos à saúde,
evitando estresses laboral, fazendo com que estes profissionais saibam lidar com os
conflitos diários sem prejudicar a si e aos outros, principalmente aos que estão em
seus cuidados, tornando capazes em realizar um trabalho eficaz, melhorando a
qualidade nos serviços prestados (NOVAES et al., 2010).
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Para Sandra (2011) Quando relacionado ao ambiente de trabalho os


programas devem focar mudanças no ambiente, incluindo reformulação de
procedimentos, reorganização de tarefas, visando diminuir a demanda de trabalho
desgastante.
De acordo com as estratégias, é recomendado que as instituições devam
atuar na promoção de uma qualidade de trabalho saudável, sendo imprescindível a
garantia de uma saúde física e mental para sua equipe buscando atitudes no
desempenho de modificações organizacionais (FERRARI; MARIA; MAGALHÃES,
2012).
Para Novaes, et al. (2010) a maneira como o trabalho tem sido constituído
influencia no desempenho profissional necessitando ser verificada, buscando
sempre na geração de bem-estar e satisfação profissional, prevenindo assim, o
surgimento de doenças.
É de grande importância a intervenção vinculada com a saúde mental e
trabalho, devendo realizar ações preventivas em busca de minimizar e abolir fatores
que desenvolve a SB, buscando possíveis mudanças e táticas educativas para
obtenção de melhorias na qualidade de vida desses profissionais, a fim de reduzir
seus efeitos negativos (SANDRA, 2010).
Dessa maneira, faz-se necessário que sejam destacadas no ambiente de
trabalho, atividades preventivas do estresse crônico, evitando a sobrecarga de
trabalho, a baixa auto-estima, o cansaço, a ansiedade e demais fatores que
influenciam para o surgimento da SB, sendo de fato importantíssima a participação
em equipes multidisciplinares, buscando resgatar a afetividade e um ambiente
agradável no serviço (FERRARI; MARIA; MAGALHÃES, 2012).
Já em casos do aparecimento da SB, cabe-se a instituição elaborar sugestões
de acordo com a necessidade de cada individuo, realizando acomodação ambiental
que possa reduzir nos eventos adversos, melhorando a resposta no ambiente de
trabalho (NOVAES, et al., 2010).
É contra indicado o tratamento sem ser diagnosticado como SB, O tratamento
geralmente é feito através de medicamentos antidepressivos, terapia e atividades
físicas no qual vem se destacando com grande eficiência a diminuição do estresse,
servindo como aliada para qualidade de vida física e mental (CÂNDIDO; ROCHA,
2016).
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Para o tratamento da síndrome é utilizado psicoterapia e de acordo com cada


indivíduo pode ser indicado à utilização de medicação, que incluem desde
analgésicos até mesmo ansiolíticos e antidepressivos, relacionados com sinais e
sintomas e particularidades de cada um (SANDRA, 2011).
Para Cândido e Rocha (2016) também ganhando destaque para tratamento
da Síndrome, a técnica terapêutica de acupuntura é de fato muito eficaz. É realizada
através de agulhas que são colocadas estrategicamente em pontos específicos do
corpo servindo para curar enfermidades e provocando efeitos anestésicos.
Para um tratamento adequado é importante rever o que causou a sua
evolução, buscando a contribuição na prevenção de novos casos da SB e ainda na
recuperação dos já acometidos, dando resultado de crescimento da satisfação de
toda equipe, de forma que as insatisfações sejam solucionadas, fazendo com que
evite todas as formas o surgimento do desgaste e adoecimento. (FERRARI; MARIA;
MAGALHÃES, 2012).
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nota-se que a incidência da SB prevalece altamente nos profissionais da


enfermagem devido aos fatores apresentados como ferramenta para evolução desta
doença, trazendo baixa produtividade no trabalho e colocando em risco a saúde do
trabalhador, ocasionando conflitos entre a equipe podendo resultar em um
atendimento prejudicial aos clientes.
Apesar de muito se ler sobre a SB, percebeu-se com os achados
bibliográficos que essa doença é muito pouco conhecida no meio profissional, sendo
de extrema importância obter mais publicações sobre o assunto para que os
profissionais estejam atentos a apresentação destes sintomas, e aprofundarem em
seus conhecimentos.
Além disso, estudos como este permitem expor posicionamentos quanto o
surgimento desta Síndrome, que se da na origem dos estresses crônicos e nas
dimensões que desencadeia sua evolução, principalmente sobre os profissionais da
enfermagem que estão expostos entre diversos fatores de riscos para evolução
desta doença.
É de suma importância que as instituições estejam cientes dos agravos que
essa doença pode trazer na vida da equipe da enfermagem, trazendo estratégias
preventivas para o objetivo de prevenir para que não ocorra o surgimento de
burnout. Cabe aos responsáveis, tratar e gerenciar de forma eficaz o cuidado e
tratamento do profissional que apresenta sinais da síndrome, obtendo uma atenção
qualificada, visando melhorias e resgatando nesse profissional uma satisfação
gratificante de trabalhar.
Conclui-se que os profissionais da enfermagem devem-se evitar desgastes
emocionais e a evolução repetitiva de estresses, podendo contribuir juntamente com
a equipe e a instituição em que trabalha para que seja satisfatório o trabalho de
todos, visando cuidar de sua própria saúde mental e sempre com o objetivo do
cuidado focado ao cliente, buscando um atendimento seguro e de grandes
qualidades.
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REFERÊNCIAS

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