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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRÍ

GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

JAMYLLE SOUZA SIQUEIRA

BURNOUT ACADÊMICO E ESTRESSE AUTOPERCEBIDO EM UNIVERSITÁRIOS


DA SAÚDE

SANTA CRUZ- RN

2022
JAMYLLE SOUZA SIQUEIRA

BURNOUT ACADÊMICO E ESTRESSE AUTOPERCEBIDO EM UNIVERSITÁRIOS


DA SAÚDE

Artigo científico apresentado à


Universidade Federal do Rio Grande do
Norte - UFRN, campus da Faculdade de
Ciências da Saúde do Trairi - FACISA,
como requisito parcial para obtenção de
título de Bacharel em Fisioterapia

Orientadora: Profª. Dra. Adriana Gomes


Magalhães.

SANTA CRUZ- RN

2022
ESPAÇO DESTINADO PARA FICHA CATALOGRÁFICA
JAMYLLE SOUZA SIQUEIRA

BURNOUT ACADÊMICO E ESTRESSE AUTOPERCEBIDO EM UNIVERSITÁRIOS


DA SAÚDE

Artigo científico apresentado à Faculdade


de Ciências da Saúde do Trairi da
Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, como requisito parcial para
obtenção do título de bacharel em
Fisioterapia.

Aprovado em: ___de ____ de ____.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________
Profa. Dra. Adriana Gomes Magalhães ─ Orientadora
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_________________________________________________
Profa. Dra. Laiane Santos Eufrásio ─ Membro da banca
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_________________________________________________
Prof. Dr. José Jailson de Almeida Junior ─ Membro da banca
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Dedico este trabalho aos meus pais, irmãos, amigos e familiares que estiveram ao
meu lado durante toda a minha trajetória de vida e acadêmica.

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, pois foi ele que me colocou aqui e tornou em
realidade sonhos que eu nem ousava falar.

Aos meus pais, meu poema e minha alegria; obrigada Cida e João Siqueira por serem
a minha fortaleza, vocês são a minha estrutura.

A família que a Universidade me deu, jamais terei palavras suficientes para destacar
a importância que o “The Bonde” tem na minha vida, jamais esquecerei dos nossos
momentos.

Aos meus amigos e familiares que ficaram longe de mim por 5 anos, porém sempre
me recebem de braços abertos quando vou para casa, vocês estão sempre comigo,
não importa a distância.

Ao corpo docente da UFRN/FACISA, encontrei na faculdade grandes exemplos de


profissionais que serão sempre o meu modelo a seguir, em especial a minha
orientadora Adriana Magalhães, que sem a paciência e o amor dela, não sei como
teria chegado até aqui.

Por fim aos meus pacientes que tive o prazer de atender durante a graduação. Vocês
fizeram a profissional que estou me formando e para sempre estarão marcados na
minha memória e coração.
“O ser humano é aquilo que a educação faz dele”

Immanuel Kant
RESUMO

Introdução: A síndrome de Burnout é uma resposta após uma exposição crônica a


estressores relacionados ao trabalho. O Burnout acadêmico é a síndrome de Burnout
em estudantes. Em discentes da área da saúde ainda pode haver uma
despersonalização da profissão, com diminuição da empatia e do profissionalismo,
tendo potencial de prejudicar o paciente em seu atendimento. Objetivo: Investigar a
prevalência de Burnout acadêmico e estresse percebido entre estudantes
universitários da saúde. Métodos: Estudo do tipo transversal, realizada com o
preenchimento de instrumentos online contendo questões sobre dados
sociodemográficos, estresse percebido e Burnout acadêmico, durante maio e junho
de 2022. Foram incluídos 126 alunos do curso de enfermagem, fisioterapia e nutrição
da UFRN/FACISA. Resultados: 126 graduandos participaram do estudo, dos cursos
de enfermagem, fisioterapia e nutrição. Foi observado níveis moderados de estresse
e elevados de privação no tempo de descanso, tempo e qualidade do sono em todos
os cursos. Conclusão: A síndrome de Burnout e os elevados níveis de estresse
podem se iniciar ainda na universidade e levar a um adoecimento mental e psicológico
advindo de condições adversas relacionadas ao trabalho. Novos estudos precisam
ser feitos nessa temática, para que esse adoecimento em estudantes universitários
da saúde possa ser bem compreendido.
Palavras-chave: Educação em saúde. Saúde do Estudante. Esgotamento
Psicológico.
ABSTRACT

Introduction: Burnout syndrome is a response after chronic exposure to work-related


stressors. academic burnout is the burnout syndrome in students. In health students,
there may be a depersonalization of the profession, with an increase in empathy and
professionalism, with the potential to harm the patient in health care. Objective: To
investigate the prevalence of academic burnout and perceived stress among university
health students. Methods: Cross-sectional study, carried out by filling out online
instruments containing questions about sociodemographic data, perceived stress and
academic burnout, during May and June of 2022. 126 students from the nursing,
physiotherapy and nutrition course at UFRN/FACISA were included. Results: 126
undergraduates participated in the study, in the nursing, physiotherapy and nutrition
courses. Moderate levels of stress and high levels of deprivation in rest time, sleep
time and quality were observed in all courses. Conclusion: Burnout syndrome and
high levels of stress can start at university and lead to mental and psychological illness
resulting from adverse conditions related to work. New studies need to be carried out
on this topic, so that this illness in university health students can be well understood.

Keywords: Health education. Student Health. Psychological Burnout.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................1

MÉTODOS..................................................................................................................2

RESULTADOS...........................................................................................................4

DISCUSSÃO..............................................................................................................6

CONCLUSÃO............................................................................................................8

REFERÊNCIAS.........................................................................................................9

APÊNDICES.............................................................................................................12

ANEXOS...................................................................................................................21
1

INDRODUÇÃO

A Síndrome de Burnout é uma resposta após uma exposição crônica a


estressores relacionados ao trabalho; quando há um esgotamento mental, o trabalho
já não faz mais sentido e a eficácia profissional é reduzida1. Para Jaqueline Brito Vidal
Batista et al2, “O Burnout é constituído de três dimensões: exaustão emocional,
despersonalização e baixa realização profissional”.

A Síndrome de Burnout era somente pesquisada em profissionais


assistencialistas inicialmente. As pesquisas atuais, no entanto, englobam todos
grupos ocupacionais, incluindo estudantes3. Apesar de estudantes não serem
considerados trabalhadores, suas atividades podem ser consideradas como um
trabalho numa perspectiva psicológica, já que são envolvidos em atividades
obrigatórias e estruturadas, numa estrutura organizacional, com objetivos específicos,
como conseguir um diploma, por exemplo4.

O Burnout acadêmico é a Síndrome de Burnout em estudantes, sendo uma


variável para pesquisar o bem-estar psicológico relacionado aos estudos, já que os
universitários, dependendo do meio acadêmico, são pressionados com altas
demandas de atividades estressoras, tal como trabalhadores formais5. O Burnout
acadêmico é estabelecido em três dimensões: exaustão emocional, descrença e baixa
eficácia6. No ambiente universitário, o estudante se depara com um ambiente
competitivo, alta demanda de atividades e responsabilidades, exigência psicológica e
social, além do gasto financeiro e incertezas profissionais7.

A insegurança do paciente surge a partir de sequências de ações e desfechos.


Uma carga de trabalho em excesso constitui um fator importante para o aparecimento
da síndrome de Burnout e estresse profissional, sendo o absenteísmo uma
consequência direta desses fatores, tendo potencial para gerar um déficit na
assistência em saúde8.

Os fatores estressores que os estudantes estão sujeitos podem afetar de forma


considerável seu bem-estar geral, produtividade e socialização, em estudantes da
saúde ainda pode haver uma despersonalização da profissão, com diminuição da
empatia e do profissionalismo, tendo potencial de prejudicar o paciente em seu
atendimento9.
2

Segundo revisão sistemática de Louise H. Hall et al.13, o “bem-estar


insatisfatório e níveis moderados a altos de Burnout estão associados, na maioria dos
estudos revisados, a resultados insatisfatórios para a segurança do paciente”, o que
corrobora com Cíntia de Lima Garcia et al.14, que concluiu em seu estudo que “a
presença de Burnout entre os profissionais de saúde está associada à piora na
segurança do paciente”.

É indispensável que as instituições de ensino, professores e gestores tenham


conhecimento sobre a prevalência e causas da síndrome de Burnout e estresse em
estudantes, bem como as consequências do adoecimento mental no meio acadêmico,
para que estratégias de prevenção possam ser realizadas15. Alunos bem adaptados
à universidade apresentam menores índices de Burnout acadêmico, maior
aprendizagem e melhor desempenho acadêmico16.

Antes da pandemia causada pela doença do Coronavírus (COVID-19), um


quinto dos estudantes universitários experimentou um ou mais transtornos mentais
diagnosticáveis em todo o mundo17. A UNESCO estima que centenas de milhões de
estudantes no mundo (mais de um bilhão entre final de março e início de maio de
2020), foram e ainda estão sendo afetados com o fechamento temporário de
instituições educacionais pela pandemia18. O bem-estar geral dos estudantes tem sido
afetado e os efeitos psicológicos decorrentes de problemas de saúde mental podem
ser acentuados19.

Diante do exposto, o objetivo desta pesquisa destina-se estudar a prevalência


de Burnout acadêmico e estresse percebido entre estudantes universitários da saúde.

MÉTODOS

Foi realizada uma pesquisa de corte transversal, baseado na diretriz


STROBE20. As coletas do estudo foram realizadas de forma virtual, por meio de
questionários eletrônicos utilizando a plataforma online Google Forms®. A amostra foi
composta por 126 estudantes universitários da saúde, dos cursos de graduação em
enfermagem, fisioterapia e nutrição, que estavam em prática assistencial com
pacientes na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), campus
Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA), em Santa Cruz/RN.
3

Foram incluídos no estudo discentes da UFRN/FACISA maiores de 18 anos;


dos cursos de enfermagem, fisioterapia ou nutrição, enquanto que os critérios de
exclusão consistiam em desistência em qualquer fase do estudo ou não responder
todos os questionários. Todos os participantes do estudo assinaram o Registro de
Consentimento Livre e Esclarecido – RCLE.
O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa para Seres Humanos
da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA) e aprovado pelo Comitê de
Ética e Pesquisa da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi sob o CAAE
49021121.5.0000.5568.
A avaliação foi composta por 3 instrumentos, sendo uma ficha
sociodemográfica contendo questões sobre idade, raça, período da graduação,
situação de moradia, atividades de lazer, tempo de descanso, prática de exercícios,
sono, renda familiar e apoio institucional.
Para avaliação do Burnout acadêmico foi utilizada a Escala de Burnout de
Maslach para estudantes (MBI-SS), que foi traduzida e validada para o Brasil6, é uma
escala do tipo Likert com sete pontos, as categorias de resposta vão de “nunca” ou
“nenhuma vez” a “sempre” ou “todos os dias”; o questionário é subdividido em três
dimensões, a saber: exaustão mental, com cinco itens; eficácia profissional, com seis
itens e descrença, com quatro itens21. A classificação de Burnout acadêmico seguiu o
estudo de Juliana Alvares Duarte Bonini Campos et al.21 e foi considerado com
burnout acadêmico, o participante que obtive altos escores em exaustão emocional e
descrença e baixos escores em eficácia profissional (esta subescala é inversa).
Para avaliação do estresse foi utilizada a Escala de Estresse Percebido, que
foi inicialmente traduzida e validada para o Brasil para aplicação em idosos
brasileiros22. A escala não contém questões específicas de contexto, podendo ser
utilizada em diversos grupos etários, sendo também validada no Brasil para uso em
universitárias23. É composta por catorze perguntas relativas ao último mês, as cinco
categorias de resposta vão de “0=nunca” a “4=sempre”, as questões positivas (4, 5,
6, 7, 9, 10 e 13) são somadas de forma invertida, sendo: 0=4, 1=3, 2=2, 3=1 e 4=0, as
outras questões são negativas e devem ser somadas diretamente. As catorze
questões somadas dão o total da escala com escores podendo variar de 0 a 56,
quanto maior o escore, maiores os níveis de estresse; sendo considerado com
estresse de alto nível, o participante que obter escore acima de 42 pontos 23.
4

Quanto a análise de dados, as análises estatísticas foram executadas por meio


do Statistical Package for the Sociais Sciences - SPSS, versão 20.0. Foi realizada
análise estatística descritiva dos dados, através de medidas de tendência central e
dispersão, e frequências absolutas e relativas. Após isso, foi efetuada a estatística
inferencial por meio do teste de correlação de Spearman, para investigar correlação
entre o Burnout acadêmico e estresse percebido (variáveis independentes) e os
resultados dos erros na assistência em saúde (variável dependente). Para todas as
análises inferenciais irá se considerar um nível de significância (α) igual a 0,05.

RESULTADOS

Dos 126 participantes do estudo, 60,3% estavam cursando entre o 8º e 10º


período da graduação; 64,3% relatou não possuir um tempo de descanso adequado;
76,2% não considera suas horas e qualidade de sono adequadas e 72,2% dos
participantes é dependente financeiramente da família (total ou parcialmente).
Demais informações sobre raça, período da graduação, renda, situação de
moradia, atividades de lazer, exercícios físicos, apoio institucional e participação na
renda familiar podem ser observadas na tabela 1.

Tabela 1- Caracterização sociodemográfica, atividades de lazer, exercícios físicos,


tempo de descanso e sono (n=126).

Variáveis n %
Raça:
Amarela 2 1,6
Branca 66 52,4
Parta 48 38,1
Preta 10 7,9
Período da graduação:
1º - 4º 8 6,4
5º - 7º 42 33,4
8º - 10º 76 60,3
Renda familiar per capita:
Menos de 1 salário mínimo 46 36,5
De 1-2 salários 54 42,9
De 3-4 salários 20 15,9
De 5-6 salários 6 4,8
Situação atual de moradia:
Com a família ou parentes 34 27
Em residência universitária ou república 7 5,6
Amigos ou parentes dividindo despesas 45 37,5
Sozinho 40 31,8
Atividades de lazer:
Não tem 6 4,8
Esportes incluindo musculação 21 16,7
Socializar com amigos ou familiares 16 12,7
2 atividades de lazer 25 19,9
3 atividades de lazer ou mais 39 31
Outros 7 5,6
Assistir/jogos eletrônicos/viajar/música/cozinhar 12 9,6
5

Tempo de descanso adequado?


Sim 45 35,7
Não 81 64,3
Realiza exercícios físicos?
Não 38 30,2
Sim e considero suficiente 49 38,9
Sim e não considero suficiente 39 31
Horas e qualidade de sono adequadas?
Sim 30 23,8
Não 96 76,2
Recebe algum apoio institucional da UFRN?
Não 26 20,6
Residência e auxílio alimentação 13 10,3
Auxílio moradia e alimentação 54 42,9
Auxílio alimentação 8 6,3
Auxílio transporte 6 4,8
Bolsa de pesquisa/monitoria/extensão 19 15,1
Sua participação na renda familiar:
É dependente total ou parcialmente da família 91 72,2
Contribui com o sustento da família 12 9,5
Se mantém sozinho 23 18,3
NOTA: Valor do salário mínimo no momento da
pesquisa: R$ 1.212,00

A tabela 2 traz valores referentes a média de idade e dos instrumentos


específicos da pesquisa, divididos nos 3 cursos de graduação estudados nessa
pesquisa. Dos 126 participantes do estudo, 31 eram do curso de enfermagem, 72
eram do curso de fisioterapia e 23 do curso de nutrição. Apesar de nenhum dos 3
cursos de graduação apresentarem 42 pontos na escala de estresse percebido (o que
classificaria estresse de alto nível), todos pontuaram mais de 50% da escala, com o
curso de nutrição mostrando a maior pontuação e assim, a maior média de estresse
percebido
Quanto a observação do Burnout acadêmico, ao analisar apenas as
subescalas, foi observado que o curso de nutrição possui as maiores médias nas
subescalas de descrença e exaustão, porém também é o curso com a maior
pontuação na subescala de eficácia.

Tabela 2- Médias de idade dos participantes e instrumentos específicos utilizados na


avaliação de estresse percebido e burnout acadêmico.

Enfermagem (n=31) Fisioterapia (n=72) Nutrição (n=23)


Média (desvio padrão) Média (desvio padrão) Média (desvio padrão)
Idade 23 (2.3) 23,4 (2,8) 23,6 (3)
Escala de estresse 35 (7) 32,5 (6,6) 36 (5,2)
autopercebido
6

Subescala eficácia da 18,9 (5,2) 19,3 (5,2) 21,3 (4,9)


escala de Burnout de
Maslash
Subescala descrença 12,4 (3,3) 13,4 (3,6) 14,4 (3,8)
da escala de Burnout de
Maslash
Subescala Exaustão da 18,6 (4,1) 20,1 (4,2) 21,3 (4,1)
escala de Burnout de
Maslash

Em relação ao Burnout acadêmico, não foi encontrado correlação entre os


dados, já que nenhum dos cursos apresentou pontuações elevadas nas subescalas
de descrença e exaustão e baixas pontuações na subescala de eficácia, que seria o
pré-requisito para se caracterizar Burnout acadêmico.

DISCUSSÃO

O presente estudo avaliou a ocorrência de Burnout acadêmico em estudantes


universitários da saúde, na amostra estudada não foi observada a presença de
Burnout acadêmico nos estudantes dos 3 cursos de graduação, já que não foi
observado pontuações elevadas nas subescalas de descrença e exaustão e baixas
pontuações na subescala de eficácia, que seria o pré-requisito para se caracterizar
Burnout acadêmico segundo o estudo de Juliana Alvares Duarte Bonini Campos 21.

O presente estudo avaliou também a ocorrência de estresse nos participantes da


pesquisa, através da escala de estresse percebido; o estudo de Hakime Aslan e Hatice
Pekince27 também utilizou a escala do estresse percebido em sua pesquisa,
encontrando dados semelhantes a esta; 662 estudantes de enfermagem responderam
a escala resultando numa média de 31,69% de estresse percebido, sendo indicativo
de moderado nível de estresse percebido.

O estudo de Yolanda Márcen-Román et al.25 avaliou o estresse percebido em


estudantes universitários de ciências da saúde depois de um ano do início da
pandemia do coronavírus, onde foi observado uma frequência de 13,1%, sendo uma
frequência inferior a encontrada nesse estudo; o estudo de Mohammed A. Alsaleem
7

et al.26 que também avaliou o estresse percebido, em 2.467 estudantes, encontrando


uma prevalência de 13,6% de alto estresse em graduandos da saúde.

Para Abdullah I. Almojali et al.32 elevados níveis de estresse compromete a


saúde mental e física de acadêmicos de medicina, podendo influenciar fatores como
desempenho acadêmico, concentração e funcionamento cognitivo; sendo o estresse
elevado, uma das queixas mais citados entre acadêmicos de medicina através do
mundo.

Na ficha de dados sociodemográficos usada nesta pesquisa foi observado que


64,3% relatou não possuir um tempo de descanso adequado e 76,2% não considera
suas horas e qualidade de sono adequadas, esses dados se correlacionam com a
pesquisa de Abdullah Murhaf Al-Khani et al.24, que estudou a qualidade de sono,
saúde mental e desempenho acadêmico em estudantes de medicina, sendo
encontrado uma prevalência de 63,2% de sono ruim e ainda, a qualidade de sono teve
associação significativa com ansiedade, estresse e depressão.

Para compensar o curto espaço de tempo para cumprir demandas da


universidade, estudantes podem se privar do sono para que as atividades acadêmicas
sejam cumpridas, fazendo com que a qualidade do sono não seja uma prioridade na
rotina acadêmica desses estudantes, principalmente em épocas de processos
avaliativos32.

72,2% dos participantes desta pesquisa estavam dependentes financeiramente


da família (total ou parcialmente). Segundo a pesquisa a Thomas Richardson et al
(ano?) há uma relação íntima entre a piora em problemas de saúde mental (como o
estresse e ansiedade) e dificuldades financeiras, podendo ser uma relação recíproca.

30,2% dos participantes do estudo não praticam exercícios físicos e dos 69,9%
que praticam, 31% considera sua prática de exercícios insuficiente, Nicole A. VanKim
e Toben F. Nelson30 fizeram um estudo com 14,706 alunos de graduação com o
objetivo de observar associações entre atividade física vigorosa com estresse
percebido, socialização e saúde mental, foi observado que os estudantes que
mantinham a prática de exercícios físicos vigorosos eram menos propensos a relatar
estresse percebido e problemas de saúde mental, quando comparados com os alunos
que não mantinham o mesmo nível de exercício físico. Eunmi Lee e Yujeong Kim31
fizeram uma pesquisa com 244 alunos universitários e encontraram que a quantidade
8

de tempo médio em sedestação foi proporcional aos níveis de ansiedade, estresse e


depressão, quanto mais horas passadas em sedestação, pior era o estado mental e
psicológico dos participantes.
O estudo de Francisco Luciano et al.33 traz que os estudantes de nível
universitário são população de risco para elevados níveis de sedentarismo devido
currículos demorados, principalmente durante os primeiros anos de faculdade, que
são voltados ao ensino básico da graduação e possuem atividades estudantis
estressantes; além de haver a rotação clínica nos estágios finais da graduação,
gerando altas demandas. Nesse estudo de Francisco Luciano et al., 714 estudantes
de medicina foram avaliados antes (em 2019) e 1.470 durante (em 2020) o bloqueio
causado pela pandemia do Coronavírus na Itália, com o estudo foi observado que os
alunos de medicina aumentaram o tempo sentados durante a pandemia, sendo uma
média de 8h/dia antes da pandemia e 10h/dia durante a pandemia, além de 65% dos
estudantes relataram redução da atividade física total.
Quanto as limitações desse estudo, destacasse a baixa adesão dos alunos de
enfermagem e nutrição nessa pesquisa, tornando mais difícil que os fatores
encontrados nesse estudo sejam realmente fidedignos aos pensamentos da maioria
desses cursos, diferente de fisioterapia, onde houve participação significativa dos
acadêmicos.

CONCLUSÃO

No presente estudo foi observado sobre o adoecimento que o Burnout


acadêmico e estresse podem causar em estudantes universitários da saúde. É
importante que esses aspectos sejam sempre avaliados para melhorar a saúde dos
estudantes. Espera-se que a partir desta pesquisa sejam estimulados novos olhares
para a saúde mental dos acadêmicos, bem como espera-se que pesquisas como essa
sejam realizadas de forma mais profunda.
Apesar de ainda não muito estudado, o adoecimento mental e psicológico de
estudantes universitários da saúde e as consequências que esse adoecimento pode
trazer aos pacientes atendidos devem ser vistos e debatidos. A partir desses
resultados, os dados contribuirão para a literatura corrente e podem servir de respaldo
para a comunidade acadêmica, podendo ser um ponto de partida para que estratégias
de prevenção possam ser implementadas.
9

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11

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A. P., & AbuAlhommos, A. K. (2020). Attitudes of pharmacy students towards patient
safety: a cross-sectional study from six developing countries. BMJ open, 10(12),
e039459. https://doi.org/10.1136/bmjopen-2020-039459
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stress, anxiety, and depression. Perspectives in psychiatric care, 55(2), 164–169.
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32. Almojali AI, Almalki SA, Alothman AS, Masuadi EM, Alaqeel MK. The prevalence
and association of stress with sleep quality among medical students. J Epidemiol Glob
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sedentary behaviour and sleep in Italian medicine students. Eur J Sport Sci. 2021
Oct;21(10):1459-1468. doi: 10.1080/17461391.2020.1842910. Epub 2020 Dec 6.
PMID: 33108970.
12

APÊNDICES

APÊNDICE A - REGISTRO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO –


RCLE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN


FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRÍ

REGISTRO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – RCLE


(Para Maiores de 18 anos)

Esclarecimentos
Este é um convite para você participar da pesquisa: “Burnout acadêmico e
estresse percebido em universitários da saúde e sua relação com a segurança do
paciente”, que tem como pesquisadora responsável Adriana Gomes Magalhães.
Trata-se de uma pesquisa relevante, que pretende identificar a associação
entre segurança do paciente e a prevalência de Burnout acadêmico e/ou estresse
percebido entre estudantes universitários da saúde. O Burnout acadêmico é a
síndrome de Burnout em estudantes, sendo uma resposta após uma exposição
crônica a estressores, estando relacionado à exaustão emocional, descrença e baixa
eficácia.
O motivo que nos leva a fazer este estudo é pela necessidade de pesquisar a
ocorrência de Burnout acadêmico e estresse percebido em estudantes universitários
da saúde e as consequências que esse adoecimento mental e psicológico podem
trazer aos pacientes que são atendidos por esses estudantes.
O presente estudo avaliará a prevalência de síndrome de Burnout por meio da
escala de Burnout de Maslach para estudantes (MBI-SS) (sendo uma escala utilizada
para avaliar o nível de Burnout que o indivíduo apresenta) e a prevalência do estresse
pela Escala de estresse percebido. Também serão avaliadas questões sobre dados
sociodemográficos e erros durante a prática assistencial com pacientes através de
instrumentos desenvolvidos exclusivamente para esse estudo.
Caso decida participar, você deverá responder os instrumentos e poderá levar
o tempo que considerar necessário para realizar a avaliação, em média, toda a
pesquisa pode ser respondida em torno de 20 minutos.
13

Durante a realização da pesquisa poderão ocorrer eventuais desconfortos e


possíveis riscos, como constrangimento pela presença de perguntas pessoais ou
desconforto pelo tempo necessário para realizar toda a avaliação, para minimizá-los,
busque responder a pesquisa em um lugar reservado e tranquilo e com relação ao
tempo de resposta, você pode parar de responder para descansar e continuar depois
quando achar melhor.
Como benefícios da pesquisa você receberá os resultados encontrados na
avaliação, conhecerá seu nível de estresse percebido e saberá se apresenta ou não
Burnout acadêmico, você ainda receberá uma cartilha em saúde e um fluxograma de
serviços que podem recebê-lo em caso de adoecimento mental e/ou psicológico.
Em caso de complicações ou danos à saúde que você possa ter relacionado
com a pesquisa, compete ao pesquisador responsável garantir o direito à assistência
integral e gratuita, que será prestada de acordo com cada caso.
Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para
Profª Adriana Gomes Magalhães. E-mail: adriana_fsm@yahoo.com.br. Telefone: 84
99970-4757.
Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em
qualquer fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você; você também tem o
direito de não responder qualquer questão, sem necessidade de explicação ou
justificativa para isso.
Os dados que você irá nos fornecer serão confidenciais e serão divulgados
apenas em congressos ou publicações científicas, sempre de forma anônima, não
havendo divulgação de nenhum dado que possa lhe identificar. Esses dados serão
guardados pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em local seguro e por um
período de 5 anos.
Alguns gastos pela sua participação nessa pesquisa, eles serão assumidos
pelo pesquisador e reembolsado para você. Se você sofrer qualquer dano decorrente
desta pesquisa, sendo ele imediato ou tardio, previsto ou não, você será indenizado.
Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê
de Ética em Pesquisa da FACISA UFRN – instituição que avalia a ética das pesquisas
antes que elas comecem e fornece proteção aos participantes das mesmas – da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, nos telefones (84) 3342 2287 Ramal
243 ou (84) 9.9224 0009, e-mails: cepfacisa@gmail.com ou cep@facisa.ufrn.br. Você
ainda pode ir pessoalmente à sede do CEP, de segunda a sexta, das 07h00min às
14

13h00min, na Rua Vila Trairi, s/n. Centro, Bloco II, FACISA UFRN. Santa Cruz-RN.
CEP: 59200-000.
Uma via deste documento ficará com os pesquisadores responsáveis e outra
será enviada para o seu e-mail, é muito importante que você guarde uma cópia desse
documento eletrônico para eventuais necessidades.

Consentimento Livre e Esclarecido


Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os
dados serão coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e
benefícios que ela trará para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos,
concordo em participar da pesquisa “Burnout acadêmico e estresse percebido em
universitários da saúde e sua relação com a segurança do paciente”, e autorizo a
divulgação das informações por mim fornecidas em congressos e/ou publicações
científicas desde que nenhum dado possa me identificar.

( ) Aceito ( ) Não aceito

Declaração do pesquisador responsável


Como pesquisador responsável pelo estudo “Burnout acadêmico e estresse
percebido em universitários da saúde e sua relação com a segurança do paciente”,
declaro que assumo a inteira responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos
metodologicamente e direitos que foram esclarecidos e assegurados ao participante
desse estudo, assim como manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do
mesmo.
Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora assumido
infringirei as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do Conselho
Nacional de Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo o ser humano.

_________________________________
Assinatura do(a) pesquisador(a) responsável
15

APÊNDICE B - FICHA SOCIODEMOGRÁFICA

1- Nome: ______________________________________________

2- E-mail: ______________________________________________

3- Sexo:

( ) Masculino ( ) Feminino

4- Informe sua idade:

a) 18

b) 19

c) 20

d) 21

e) 22

f) 23

g) 24

h) 25

i) 26

j) 27

k) 28

l) 29

m) 30+

5- Informe sua raça:


16

a) Amarela

b) Branca

c) Indígena

d) Parda

e) Preta

6- Informe seu período/semestre atual na graduação:

a) 1º

b) 2º

c) 3º

d) 4º

e) 5º

f) 6º

g) 7º

h) 8º

i) 9º

j) 10º

7- Informe sua situação atual de moradia:

a) Com a família

b) Com parentes (Exemplo: Tia (o), Madrinha, Padrinho...)

c) Em casa de Estudante ou República

d) Em Residência Universitária
17

e) Em pensão, hotel ou pensionato

f) Com amigos ou parentes dividindo despesas

g) Sozinho mantido pela família

h) Sozinho, com recursos próprios

i) No local de trabalho

j) Outro

8- Informe suas atividades de lazer:

____________________________________

*( ) Não tenho atividades de lazer

9- Possui um tempo de descanso adequado?

( ) Não ( ) Sim Quanto tempo? ____________

10- Realiza exercícios físicos?

( ) Não ( ) Sim

*Se sim, considera sua prática de exercícios físicos suficiente?

( ) Não ( ) Sim

11- Considera suas horas e qualidade de sono adequadas?

( ) Não ( ) Sim

12- Informe sua renda familiar per capita (soma a renda de todos os integrantes
do seu grupo familiar e divida pela quantidade se integrantes):

a) Menos de 1 salário mínimo

b) 1-2 salários mínimos

c) 3-4 salários mínimos


18

d) 5-6 salários mínimos

e) 7-8 salários mínimos

f) 9-10 salários mínimos

g) +10 salários mínimos

13- Recebe algum apoio institucional da UFRN?

a) Não

b) Residência e alimentação

c) Auxílio moradia e alimentação

d) Bolsa alimentação

e) Auxílio transporte

f) Auxílio óculos

g) Auxílio Creche

h) Auxílio atleta

i) Abolsa de apoio técnico administrativo

j) Bolsa permanência

k) Bolsa mérito

l) Bolsa de extensão

m) Bolsa de pesquisa

n) Bolsa de monitoria/tutoria

o) Bolsa de acessibilidade

p) Auxílio instrumental
19

q) Outro tipo de apoio institucional

14- Sua participação na renda familiar:

a) Não trabalho e sou dependente da família/cônjuge/companheiro

b) Não trabalho e não dependo da família/cônjuge/companheiro

c) Trabalho e recebo ajuda da família

d) Trabalho e contribuo para o sustento familiar

e) Trabalho e sou responsável pelo próprio sustento

f) Trabalho e sou o principal responsável pelo grupo familiar

g) Sou bolsista e não contribuo com as despesas familiares

h) Sou bolsista e contribuo com as despesas familiares

i) Sou bolsista e me mantenho apenas com o recurso da bolsa

APÊNDICE C- QUESTIONÁRIO SOBRE ERROS NA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE

Erros na assistência em saúde ocorrem quando há incidentes que causam danos


diretos ou indiretos ao paciente, prejudicando sua segurança. São exemplos de erros
na assistência em saúde: erro na identificação do paciente; falha na comunicação;
erro de medicação; queda do paciente; falha em materiais/equipamentos; falha na
higiene das mãos; erro, ausência ou atraso no diagnóstico e erro de procedimento.

As afirmações seguintes são referentes a ocorrência de erros durante a prática


assistencial com pacientes. Leia cuidadosamente cada afirmação e decida sobre a
frequência em que esses eventos ocorrem, de acordo com o quadro seguinte:

Nunca Quase Às vezes Regularmente Frequentemente Quase Sempre


nunca sempre

0 1 2 3 4 5 6
20

Nenhuma Algumas Uma vez Algumas vezes Uma vez por Algumas Todos
vez vezes por ou menos por mês vezes os dias
ano por mês semana
por
semana

1 __ Eu cometo erros na minha prática assistencial com pacientes;

2__ Meu estado emocional/psicológico faz com que eu cometa mais erros na minha
prática assistencial com pacientes;

3__ Meus professores e colegas compartilham rotineiramente informações sobre


erros durante a prática assistencial e o que os causou;

4__ Eu sinto que cometo mais erros que meus colegas, durante minha prática
assistencial com pacientes;

5__ Eu digo aos meus colegas quando cometo erro na prática assistencial com
pacientes;

6__ Eu digo aos meus professores/supervisores quando cometo erro na prática


assistencial com pacientes;

7__ Recebo apoio dos meus professores/supervisores quando cometo erro na prática
assistencial com pacientes;

8__ Eu me sinto muito culpado(a) quando cometo erros na minha prática assistencial
com pacientes;

9__ A cultura dos locais onde realizo práticas assistenciais, torna mais fácil para os
discentes lidarem de forma construtiva com os erros;

10__ Duvido das minhas habilidades clínicas e sinto que falhei com minhas
responsabilidades, quando cometo erro na prática assistencial com pacientes.
21

ANEXOS
ANEXO A – ESCALA DE BURNOUT DE MASLACH PARA ESTUDANTES

Maslach Burnout Inventory - Student Survey (MBI-SS)

Adaptação da MBI-SS de Schaufeli et al. (2002)


Trad.: Mary Sandra Carlotto e Sheila Gonçalves Câmara - 2006

Escala de Burnout de Maslach para estudantes

As afirmações seguintes são referentes aos sentimentos/emoções de estudantes em


contexto escolar. Leia cuidadosamente cada afirmação e decida sobre a frequência
com que se sente da forma descrita e de acordo com o quadro seguinte:

Nunca Quase Às vezes Regularmente Frequentemente Quase Sempre


nunca sempre

0 1 2 3 4 5 6

Nenhuma Algumas Uma vez Algumas vezes Uma vez por Algumas Todos
vez vezes por ou menos por mês semana vezes os dias
ano por mês por
semana

Exaustão emocional
1. ____ Sinto-me emocionalmente esgotado pelos meus estudos.
2. ____ Eu questiono o sentido e a importância de meus estudos.
3. ____ Tenho aprendido muitas coisas interessantes no decorrer dos meus estudos
4. ____ Sinto-me esgotado no fim de um dia em que tenho aula.
5. ____ Durante as aulas, sinto-me confiante: realizo as tarefas de forma eficaz.

Eficácia profissional
6. ____ Sinto-me cansado quando me levanto para enfrentar outro dia de aula.
7. ____ Sinto-me estimulado quando concluo com êxito a minha meta de estudos.
8. ____ Estudar e frequentar as aulas são, para mim, um grande esforço.
9. ____ Tenho me tornado menos interessado nos estudos desde que entrei nesta
universidade.
10. ____ Tenho me tornado menos interessado nos meus estudos.
11. ____ Considero-me um bom estudante.
22

Descrença
12. ____ Sinto-me consumido pelos meus estudos.
13. ____ Posso resolver os problemas que surgem nos meus estudos.
14. ____ Tenho estado mais descrente do meu potencial e da utilidade dos meus
estudos.
15. ____ Acredito que eu seja eficaz na contribuição das aulas que frequento.

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