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CAMPO GRANDE, MS
2017
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CAMPO GRANDE, MS
2017
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Resultado: Aprovada.
PRESIDENTE DA BANCA
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Professora Drª. Maria Angélica Marcheti
(Instituto Integrado de Saúde/UFMS)
BANCA EXAMINADORA
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Profª. Drª. Maria Angélica Marcheti – Orientadora
(Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/ UFMS)
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Profª. Drª. Fernanda Baptista Marques
(Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/ UFMS)
________________________________________________________
Profª. Drª. Margarete Knoch
(Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/ UFMS)
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 8
2 MÉTODO ........................................................................................................ 11
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................... 12
3.1 O conceito de Educação em Saúde ............................................................. 13
3.2 A Característica da população adolescente e planejamento das ações
educativas .......................................................................................................... 14
3.3 Estratégias educativas para abordagem dos adolescentes ........................... 17
3.4 Dificuldades e/ou limitações do enfermeiro para trabalhar com
adolescentes ...................................................................................................... 20
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 23
5 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 23
APÊNDICE I ................................................................................................... 27
APÊNDICE II .................................................................................................. 29
ANEXOS .......................................................................................................... 30
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LISTA DE SIGLAS
1. INTRODUÇÃO
A Educação em Saúde é uma estratégia utilizada para promover saúde e prevenir
doenças, por meio da construção compartilhada de conhecimentos científicos e
populares. Também pode ser considerada como uma oportunidade de reflexão e troca de
informações entre as pessoas, propiciando mudanças de comportamento e atitudes
perante as situações de vida e condições de saúde (REIS et al., 2013).
Desse modo, o modelo educativo a ser adotado busca compreender o ser humano
dentro do seu contexto social como sujeito (protagonista) de sua própria formação. Esta
ocorre por meio da contínua reflexão de cada um sobre sua realidade.
Essa iniciativa certamente contribuirá para que a promoção da saúde seja uma
realidade no Brasil, pois é capaz de instrumentalizar a população e as equipes de saúde
para lidarem de maneira mais adequada com os determinantes do processo saúde-
doença (RODRIGUES; SANTOS, 2010).
Entretanto, uma das fragilidades da Atenção Básica, tem sido a falta de uma
assistência que considere as particularidades e especificidades dos adolescentes e
jovens, sendo necessária a organização do processo de trabalho das Equipes de Saúde
para fortalecer a política voltada à saúde dos adolescentes (VIEIRA et al., 2011).
2. MÉTODO
Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa. Foi
realizada uma entrevista semiestruturada, com Enfermeiros atuantes há mais de dois
anos na ESF, estabelecido por se acreditar necessário o conhecimento da área de
abrangência e um tempo mínimo de experiência na área de Atenção Básica.
Foram selecionadas 13 Unidades Básicas de Saúde, que possuem Estratégia de
Saúde da Família, do Distrito Sul de Campo Grande/MS, no mês de novembro de 2017,
que contém um total de 33 Enfermeiros, sendo que 4 deles estavam de atestado médico/
licença maternidade, 6 apresentavam menos de dois anos na ESF. Foram Entrevistados
20 Enfermeiros, 3 não realizaram a entrevista devido a sobrecarga de trabalho e 2
entrevistas não foram realizadas, pois a UBSF estava em reforma, obrigando as equipes
a se dividirem em outras Unidades. Desse modo, foi analisado o total de 15 entrevistas.
A escolha das unidades foi devido ao fato de que a ESF é considerada o eixo
articulador do sistema de saúde e pressupõe a mudança do modelo assistencial curativo
para o atendimento das necessidades de saúde da população.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Visto que o termo orientação signifique direcionar, guiar para algo (FERREIRA,
2004), pode-se concluir que os profissionais apresentam a consciência de que a
educação em saúde é utilizada para a construção de um conhecimento através de um
direcionamento, que ocorre por meio de suas falas durante o seu cotidiano de trabalho,
resultando em promoção da saúde e prevenção de doenças.
Os mesmos também definiram que educação em saúde é um meio de promover a
qualidade de vida/saúde, transmitir, compartilhar e obter conhecimento, para este
público adolescente em sua rotina de trabalho.
Esse ano mesmo tivemos uma proposta de dose temas pra trabalhar
SPE, ai entre esses doze temas a gente tinha que escolher cinco que a
gente achasse que combinasse mais com o perfil, com as necessidades
dos nossos adolescentes, ai a gente escolheu baseado nisso. (E2)
saúde, por meio de práticas educativas lúdicas, em ambiente adequado, onde há uma
maior concentração deste público, as escolas, tendo em vista que a maioria dos
profissionais abordados participaram ou participam da capacitação oferecida pelo
Ministério da Saúde, o SPE.
Entretanto, o adolescente ainda é objeto das políticas públicas por uma ótica de
riscos e vulnerabilidades, pois o conceito de adolescência para as mesmas não é só
apenas estigma de natureza psicológica ou patológica, mas incorpora o estereótipo que
designa aqueles que ameaçam a sociedade, sendo que a forma como compreendemos
esse sujeito repercute diretamente na estruturação das ações que os envolve (HORTA e
SENA, 2010).
Alguns autores citam que, os programas destinados a essa população apresenta
baixa capacidade de induzir mudanças, pois é necessário ampliar a discussão sobre a
juventude, avançar em dialogo, com a finalidade de compreender os jovens em seus
espaços sociais, como sujeitos e atender suas necessidades, além de um foco de
problema e riscos. Ou seja, as políticas públicas devem considerar o adolescente como
um sujeito social e de direitos, compreender o processo saúde- doença, além de riscos,
não enxerga-lo apenas como ser vulnerável, somente no campo de riscos, mas
compreender o conceito de adolescência, ele quanto sujeito reflexivo, transformador
social de um futuro (HORTA e SENA, 2010).
Porém, para que isso se torne realidade é preciso também à aproximação do
contexto de vida dos mesmos, do cotidiano de suas vidas, fator este que pode ser
alcançado através da ESF, aliado a qualificação dos profissionais de saúde, para que
sejam sensibilizados e despertados para um olhar integral ao adolescente (HORTA e
SENA, 2010).
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo desperta para a reflexão das práticas pedagógicas utilizadas pelo
enfermeiro durante ações educativas e a necessidade de mudanças perante a assistência
prestada ao adolescente na Atenção Básica de Saúde.
Pode-se perceber que os profissionais entendem por educação em saúde não só
como um meio de compartilhar conhecimento, mas transmiti-lo, demonstrando que os
mesmos não reconhecem a definição e finalidade da educação em saúde, atribuindo a
ela apenas a função de informar e não de um sujeito autônomo.
Outro fator observado é que os profissionais só realizam ações educativas,
devido a exigência do PSE e não em decorrência do atendimento da ESF. Também foi
possível observar que há a necessidade de maior compreensão e conhecimento sobre
adolescência por parte dos profissionais e das políticas públicas.
Durante a pesquisa, os enfermeiros também relataram diversas dificuldades no
desenvolvimento de ações junto a esse grupo populacional, porém todas com
possibilidade de ter soluções.
Desse modo, recomenda- se ao enfermeiro o acesso ao conhecimento,
investimentos governamentais para a capacitação dos profissionais sobre educação em
saúde e o período da adolescência, implementação de outros programas voltados para a
saúde do adolescente, por fim a criação e implantação de políticas públicas que
compreendam o conceito de adolescência e melhor organização do serviço para prestar
uma assistência com qualidade.
Ainda existe um caminho a ser trilhado, para que esses fatores sejam
implementados deve-se investir em educação permanente, criação e implantação de
políticas públicas, programas voltados para esse público e investimento em recursos
humanos e materiais, como manuais, documentos que auxiliam no serviço.
5. REFERÊNCIAS
BUSS, P.M.; FILHO, A.P. A saúde e suas determinantes sociais. PHYSIS Rev. Saúde
Coletiva, Rio de Janeiro. 2007. 77-93 p. Disponível em:
http://www.uff.br/coletiva1/DETERMINANTES_SOCAIS_E_SAUDE.pdf. Acesso em:
17. Dez. 2017.
SALCI, A. M.; MACENO, P.; ROZZA, S. G.; SILVA, D. M. G. V.; BOEHS, A. E.;
HEIDEMANN, I. T. S. B. Educação em saúde e suas perspectivas teóricas: algumas
reflexões. Rev. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, 2013. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/tce/v22n1/pt_27>. Acesso em: 08. Mar. 2017.
Prezado(a) Enfermeiro(a),
Convido você a participar como voluntária (o) desta pesquisa. Sua participação
ocorrerá por meio de uma entrevista em ambiente privativo, em horário e dia
combinado, onde refletiremos sobre o cotidiano do trabalho educativo desenvolvido
com adolescentes. A mesma será gravada, transcrita e depois analisada. As gravações
serão utilizadas exclusivamente para a pesquisa permanecendo com as pesquisadoras
por cinco anos e, após este período, descartadas.
Caso aceite fazer parte deste estudo solicito que assine este documento, em
duas vias. Uma delas é sua e a outra é do pesquisador responsável.
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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Pós Graduação:________________
PERGUNTAS NORTEADORAS
ANEXOS
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