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FACULDADE DE ENSINO DE MINAS GERAIS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

CLEIDE GOMES FERREIRA


EDSON ESTEVAM DA SILVA

CUIDADOS PALIATIVOS

BELO HORIZONTE
2020
CLEIDE GOMES FERREIRA
EDSON ESTEVAM DA SILVA

CUIDADOS PALIATIVOS

Projeto de pesquisa apresentado para obtenção


parcial de crédito na disciplina Projeto
Técnico Científico Interdisciplinar, vinculado
ao curso de graduação Bacharelado em
Enfermagem da Faculdade de Ensino de
Minas Gerais - FACEMG.

Orientadora: Prof. Ms. Siomara Jesuína de


Abreu Rodrigues

BELO HORIZONTE

2020
CLEIDE GOMES FERREIRA
EDSON ESTEVAM DA SILVA

CUIDADOS PALIATIVOS

Projeto de pesquisa apresentado para obtenção


parcial de crédito na disciplina Projeto
Técnico Científico Interdisciplinar, vinculado
ao curso de graduação Bacharelado em
Enfermagem da Faculdade de Ensino de
Minas Gerais - FACEMG.

COMISSÃO EXAMINADORA:

__________________________________________
Orientador(a)

__________________________________________
Orientador(a)

__________________________________________
Orientador(a)
RESUMO

Os cuidados paliativos compreendem uma abordagem de assistência ao


paciente que se encontram sem possibilidades de cura, onde o principal objetivo é
melhorar a qualidade de vida deste paciente, para isto a boa comunicação é
essencial, pois é por meio da conversa que é identificada os desejos e as aflições
deste indivíduo. Cuidar é o principal instrumento de Enfermagem, quando
observamos o cuidado percebemos que não é somente o corpo que adoece, mas
sim o ser em sua totalidade. Este estudo reflete sobre as ações de enfermagem
diante da assistência em cuidados paliativos possibilitando enxergar as principais
formas de implementação do cuidado aos pacientes e familiares e os benefícios de
sua prática, visto que a mudança do perfil de adoecimento da população é algo real
diante de situações onde não existe a possibilidade de cura. Objetivo: Esclarecer e
instruir as ações de enfermagem diante da assistência em cuidados paliativos.
Método: Revisão integrativa de literatura. A busca foi realizada nas bases de dados
LILACS, SCIELO, BVS E MEDLINE, com artigos publicados sobre o tema no
período de 2015 a 2021. Resultados: Evidencia-se que as Ações de enfermagem em
cuidados paliativos estão voltadas principalmente para o controle da dor e a
comunicação ativa. Conclusão: Formar profissionais de saúde capacitados para
atuar de forma holística e multidisciplinar nos cuidados em pacientes e familiares do
paliativismo.
ABSTRACT
Palliative care comprises an approach to assisting the patient who is unable to cure,
where the main objective is to improve the quality of life of this patient. For this, good
communication is essential, as it is through conversation that the desires are
identified. and the afflictions of this individual. Caring is the main instrument of
Nursing, when we observe care we realize that it is not only the body that gets sick,
but the whole being. This study reflects on nursing actions in the face of palliative
care assistance, making it possible to see the main ways of implementing care for
patients and family members and the benefits of their practice, since changing the
profile of the population's illness is something real in the face of situations where
there is no possibility of cure. Objective: To clarify and instruct nursing actions in the
face of palliative care assistance. Method: Integrative literature review. The search
was carried out in the LILACS, SCIELO, BVS AND MEDLINE databases, with articles
published on the theme from 2015 to 2021. Results: It is evident that the Nursing
Actions in palliative care are mainly focused on pain control and active
communication. Conclusion: Train health professionals trained to act in a holistic and
multidisciplinary way in the care of patients and relatives of palliative care.
SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO........................................................................................................4

1.1 OBJETIVOS..........................................................................................5

1.1.1 Objetivo Geral...................................................................................5

1.1.2 Objetivos Específicos.......................................................................5

1.2 Justificativa .........................................................................................6


2- MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................................8

3- CRONOGRAMA...................................................................................................... 9

4-DISCUSSÃO...........................................................................................................10
4.1 HISTORIA DO CUIDADO PALIATIVO ....................................................12
4.2 DEFINIÇÃO DE CUIDADOS PALIATIVOS...............................................12
4.3 PROFISSIONAIS E O
PALIATIVISMO...............................................................................................13
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................15
7-REFERÊNCIA.........................................................................................................16
1- INTRODUÇÃO

Os primeiros modelos sobre o papel dos cuidados paliativos expressaram a


separação ideológica e cronológica entre os cuidados que prolongam a vida e os
cuidados paliativos. Muitas vezes, os cuidados paliativos estão erroneamente
relacionados aos cuidados prestados no final da vida. Na prática, isso levou que os
cuidados paliativos sejam prestados tardiamente, quando as intervenções
modificadoras da doença não são mais uma opção ou o paciente não as quer mais
(CAPELAS, 2016)

O sucesso de cuidados paliativos é baseado na comunicação que deve


existir entre o paciente, sua família e o profissional em uma atmosfera de
cordialidade, respeito e confiança, bem como a perfeita compreensão dos objetivos,
o estado da doença e paciente deseja principalmente (GOMES et al. 2016).

Os cuidados paliativos são uma série de discursos e práticas de fim de vida


para pacientes sem opções de tratamento terapêutico. Essa nova especialização em
saúde reflete a mudança de paradigma e os conceitos em torno do corpo humano,
doença e morte. Os cuidados paliativos não se destinam a tratar, prolongar ou
apressar a morte de um paciente, pois se concentram no controle dos sintomas
físicos e mentais e nos sintomas típicos dos estágios finais de uma doença incurável
e na melhoria da qualidade de vida (GOMES et al. 2016).

Os cuidados paliativos foram definidos pela Organização Mundial da Saúde


em 1990 e recomendados para todos os países como parte do cuidado integral ao
ser humano. Propondo uma linha de cuidados aos doentes crônicos, cuja doença
está progredindo e ameaça a continuidade da vida. (COSTA et al. 2016).
De fato, os objetivos dos cuidados paliativos, como melhorar a qualidade de
vida através do gerenciamento extensivo de sintomas e apoio ao paciente e à
família, aplicam-se muito bem durante todo o curso de uma doença grave. Um foco
intensivo no manejo dos sintomas, no apoio psicossocial e no planejamento
antecipado dos cuidados prestados pelos primeiros cuidados paliativos proporciona
benefícios aos pacientes, familiares e cuidadores (GOMES et al. 2016).

Do ponto de vista da relação trabalho, paciente e família, o foco não deve ser
apenas na pessoa em processo de conclusão, mas em todo o grupo familiar, visto
que a família também deve ser cuidada devido ao seu papel. Portanto, podemos
dizer que, neste momento, o olhar da equipe de saúde também deve estar voltado
para a família enquanto se prepara para a perda do ente querido. (DELALIBERA et
al. 2018).

Os cuidados paliativos são muito importantes como a forma mais humanizada


de atendimento ao doente terminal. Tendo em vista que as práticas paliativas
desses enfermeiros, baseadas em competências clínicas e relacionais, ainda não
estão difundidas no universo da saúde brasileiro, é importante disseminar
informações adequadas e constituir equipes profissionais capacitadas e
interessadas para validar os princípios básicos dos cuidados paliativos e da saúde
cuidado especialmente a demonstração dos resultados positivos das abordagens
terapêuticas (DELALIBERA et al. 2018).

A equipe de cuidados paliativos deve se concentrar no paciente, não na


doença. Além disso, a OMS (2012) recomenda que as famílias tenham atenção
especial e busquem a excelência constante no controle dos sintomas e prevenção
de doenças.

Desse modo, o presente estudo busca abordar sobre o tema de cuidados


paliativos, buscando por bibliografias que comprovem a integração precoce de
cuidados paliativos, incluindo a gestão de sintomas ativos.
Diante deste contexto interroga-se: O que pode ser feito para o paciente em
cuidados paliativos enquanto assistência de enfermagem?
1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Descrever quais os principais cuidados de enfermagem podem ser realizados ao


paciente em cuidados paliativos.

1.1.2 Objetivos Específicos

 Destacar as principais necessidades do paciente em cuidados paliativos e de


seus familiares.

 Descrever as principais abordagens terapêuticas direcionados aos pacientes


em cuidados paliativos;
 Relatar as principais limitações da equipe de enfermagem em prestar
assistência ao paciente em cuidados paliativos.

1.1.3 JUSTIFICATIVA

Existem um amplo conjunto de doenças que podem exigir a aplicação de


cuidados paliativos, pois é um ramo da medicina que suporta ambos os pacientes
com a doença em estágios muito graves, bem como aqueles com a natureza de seu
cuidado com a doença são de tratamento fora do habitual ou convencional.
(CAPELAS, 2016)

Exemplos de doenças que em algum momento na maioria das vezes


necessitam de cuidados paliativos são: câncer, síndrome de imunodeficiência
adquirida, doenças cardíacas avançadas, doença pulmonar obstrutiva crônica,
doença renal crônica, doenças neurológicas avançadas (COSTA et al. 2016).

Os cuidados paliativos, entendidos como uma modalidade interdisciplinar


composta por um médico, uma enfermeira, um auxiliar espiritual e um voluntário, são
concebidos para que os pacientes possam aceitar a própria morte e se preparar da
forma mais completa possível (CRISTOFF, 2017)

As principais áreas de atividade são o alívio da dor, o apoio psicológico e


espiritual, o apoio a uma vida ativa e criativa até ao fim e a promoção da integridade
pessoal e da autoestima. O pressuposto dessa terapia é que o direito a uma morte
digna é o direito de vivenciar a própria morte de maneira humana (DELALIBERA et
al. 2018).

Entender as doenças e como se portar dentro de um tratamento paliativo é


um grande diferencial para o profissional de enfermagem, tendo em vista a
necessidade constante de cuidados com o paciente acometido por alguma doença
que demande o tratamento paliativo. (OMS, 2012)

Discorrer sobre essa temática, pautado no conhecimento científico que


trabalhem de forma clara, técnica e objetiva as principais doenças e os tipos de
tratamento paliativo a serem aplicados em cada fase ou em cada sintoma
apresentado no decorrer do tratamento faz se necessário para os profissionais de
saúde que podem recorrer a bibliografia para sanar suas dúvidas, para as famílias
que tem informações técnicas de como auxiliar o paciente e também para o paciente
que poderá contar com o profissional capacitado para prestar-lhe o cuidado
(CRISTOFF, 2017)
2 - MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de revisão integrativa da literatura realizada por meio de pesquisas


nas bases de dados coletados na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Biblioteca
Eletrônica Científica Online (SCIELO), Literatura Latino Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem
Online (MEDLINE).
Será utilizado a revisão integrativa para responder à pergunta: O que pode ser
feito para o paciente em cuidados paliativos enquanto assistência de enfermagem?
A revisão integrativa foi conceituada como um método que permite a busca, a
avaliação crítica e a síntese das evidências disponíveis do tema investigado, sendo
o seu produto final o estado atual do conhecimento do tema investigado, a
implementação de intervenções efetivas na assistência à saúde e a redução de
custos, bem como a identificação de lacunas que direcionam para o
desenvolvimento de futuras pesquisas. O enfermeiro precisa saber como obter,
interpretar e integrar as evidências com os dados clínicos e preferências do paciente
em tomada de decisões na assistência de enfermagem aos pacientes e seus
familiares (MENDES et al, 2008).

Os dados que oferecem suporte para essa pesquisa foram obtidos por meio
de informações em publicações de produções de autores diversos, em diferentes
bases de dados, bem como documentos oficiais que regulamentam a profissão e a
atuação do enfermeiro na assistência aos pacientes em cuidados paliativos.
Os critérios de inclusão serão artigos disponíveis na íntegra em língua
portuguesa, publicados a partir de 2015 até 2021, e gratuitos. Os critérios de
exclusão, serão teses, monografias, resumos, dissertações e artigos que não
atenderam a temática em estudos.
Dos artigos selecionados serão lidos o título e o resumo, aqueles que
atenderem os objetivos dos estudos serão analisados na íntegra para o
levantamento das categorias a serem discutidas. Esses artigos selecionados serão
apresentados em um quadro contendo os o nome do periódico, indexação da revista
na Qualis Capes, título do artigo, nome dos autores, tipo da pesquisa utilizada no
estudo, objetivos do estudo.
Para a busca de artigos nas bases de dados serão utilizados os seguintes
descritores: Cuidados Paliativos, Cuidados com paciente, Envolvimento familiar.
Foram realizados em etapas, sendo: Etapa 1- Identificação do tema da
pesquisa: O que pode ser feito para o paciente em cuidados paliativos enquanto
assistência de enfermagem?
Etapa 2– Estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos e
busca na literatura. Publicações disponíveis na íntegra, bases de dados nacionais,
publicações em português de 2015 a 2021. Critérios de exclusão: publicação com
tema em duplicidade, revisões bibliograficas, resumos, monografias.
Etapa 3 – Definição das informações a serem extraídas dos estudos
selecionados e categorização dos estudos atraves dos fichamentos.
Etapa 4 – Avaliação dos estudos incluídos, e inicio da discussão e
comparação dos dados avaliados.
Etapa 5 - Apresentação da revisão e síntese do conhecimento
3 - CRONOGRAMA

Quadro 1 – Cronograma de execução do Trabalho de Conclusão de Curso.

2020/2 2021/1
ATIVIDADES JUL AGO JUL AGO JUL AGO JUL AGO JUL AGO JUL AGO

Escolha do tema. Definição do problema X X X X


de pesquisa
X X X
Definição dos objetivos, justificativa. X
Definição da metodologia. X X
Pesquisa bibliográfica e elaboração da X X
fundamentação teórica.
Entrega da primeira versão do projeto. X
Entrega da versão final do projeto. X X
Revisão das referências para elaboração
X X X X X X
do TCC.
Elaboração do Capítulo 1. X X X X X X
Revisão e reestruturação do Capítulo 1 e X X X X X X
elaboração do Capítulo 2.
Revisão e reestruturação dos Capítulos 1 X X X X X X
e 2. Elaboração do Capítulo 3.
Elaboração das considerações finais.
X X X X X X
Revisão da Introdução.
Reestruturação e revisão de todo o texto. X X X X X X
Verificação das referências utilizadas.
Elaboração de todos os elementos pré e X X X X X X
pós-textuais.
Entrega da monografia. X X X X X X
Defesa da monografia. X X X X X X
4- DISCUSSÃO

Trata-se de uma revisão bibliográfica com a a finalidade de reunir e sintetizar


resultados de pesquisas sobre um delimitado assunto de maneira estruturada
contribuindo para o conhecimento sobre o tema investigado.
“Proteger. Esse é o significado de paliar,
derivado do latim pallium, termo que nomeia o manto
que os cavaleiros usavam para se proteger das
tempestades pelos caminhos que percorriam.
Proteger alguém é uma forma de cuidado, tendo
como objetivo amenizar a dor e o sofrimento, sejam
eles de origem física, psicológica, social ou espiritual.
Por esse motivo, quando ouvir que você ou alguém
que conhece é elegível a cuidados paliativos, não há
o que temer” (ANCP,2018)

Os cuidados paliativos são destinados a pacientes diagnosticados com


patologias que colocam em risco a vida do ser humano, por isso os cuidados tem
como finalidade aliviar o sofrimento e promover qualidade a vida e ao processo de
morrer; sendo assim promover o controle da dor e outros sintomas físicos, sociais,
psicológicos e espirituais, baseados na bioetica.(Capelas, 2016).

O controle dos sintomas constitui um dos principais objetivos para o doente,


procurando aliviar a dor e outros sintomas indesejáveis, através de medidas
farmacológicas e não farmacológicas. Trabalhar com os medos sobre o fim de
vida,buscando capacitá-lo para lidar com os seus principais receios, dando resposta
às questões que o perturbam. É o objetivo dos profissionais é fazer com que
entendam a condição que estão e a melhor forma de é conseguir viver esta
condição de doente da forma mais tranquila possível.
A não-maleficência visa causar o menor prejuízo ao indivíduo, a beneficência,
de maximizar o benefício e minimizar o prejuízo, a autonomia que deve sempre
promover aos indivíduos capacitados de deliberarem sobre suas escolhas pessoais,
sendo tratados com respeito pela sua capacidade de decisão. Devemos sempre
ressaltar que todas as pessoas têm o direito de decidir sobre as questões
relacionadas ao seu corpo e à sua vida.
Os profissionais da saúde de forma multidisciplinar devem ter este olhar
holistico, de forma integralizada para esse cuidado com paciente e familiares,
buscando ter percepção para o conforto na hora de dor e proporcionar a reflexão
necessária para o confronto diante daquele momento angustia e tristeza para
aqueles que se encontra em fase final da vida (ANCP,2009).
Através deste artigos vamos ver qual o objetivo dos cuidados paliativos e qual
a melhor forma de introduzi-los no cotidiano dos profissionais da saude, alem de
como isso faz total diferença para os pacientes.

4.1 Historia Dos Cuidados Paliativos

Na área da saúde foram introduzidos na decada de 1960, no Reino Unido


com a médica, Enfermeira, Cicely Saunders, criando um centro que oferecia um
cuidado integral aos pacientes, controlando sintomas, aliviando suas dores e
sofrimentos, não apenas físicos como também psicológicos.(Figueiredo, 2006;
Maciel, 2006).

Essa prática foi inserida no Brasil, na década de 80, primeiro nos estados do
RIo Grande do Sul, depois surgiram em Florianópolis (1989) e no Rio de Janeiro
(1989) unidades de Cuidados Paliativos. As primeiras unidades de cuidados
paliativos existiam sem vínculos entre si e sem a elaboração de protocolos ou
manuais para sua prática efetiva.

4.2 Definição De Cuidados Paliativos

Podemos definir cuidados paliativos, de acordo com os dados da Organização


Mundial da Saúde (OMS), todo cuidado que promove a qualidade de vida do
paciente e de seus familiares através da prevenção e alívio do sofrimento, da
identificação precoce de situações possíveis de serem tratadas, da avaliação
cuidadosa e minuciosa e do tratamento da dor e de outros sintomas físicos, sociais,
psicológicos e espirituais.(ANCP, 2009).

Existe uma diferenca entre medicina curativa que é definida como a


resolutibilidade da doença e o cuidado paliativo, determinado pela prevenção e
controle de sintomas e sinais para todos os pacientes e familiares.(Figueiredo, 2006;
Maciel,2006).

A concepção de cuidados paliativos consistem em uma forma de assistência


na área da saúde que se diferencia da medicina curativa. Este cuidado paliativo
começou na Idade Média, onde mulheres cuidavam de famintos, leprosos e pobres,
de forma comum e rotineira em busca de um alívio e cura dos sofrimentos destes.

Os cuidados paliativos proporcionam a qualidade de vida ao paciente quando


ocorre a identificação quanto antes, abrangendo todas as dimensões de cuidado, na
busca pela dissolução de seus mais variados problemas, embates pessoais e
conflitos familiares. É preciso olhar de forma holistica, como um ser de extrema
vulnerabilidade que precisa de atenção. E caso não ocorra esta atenção o
acolhimento pode ser perdido, afetando o atendimento dos profissionais e a melhora
do paciente. (Gomes,2016).

Paliativismo vem através de principios como promover o alivio da dor e outros


sintomas desagradáveis; Afirmar a vida e considerar a morte como um processo
normal da vida; Não acelera e não adiantar a morte; Integrar os aspectos
psicológicos e espirituais no cuidado do paciente, entre outros servir de estimulo
para pacientes e familiares para enfrentarem a doença terminal, de forma mais
adequada e menos dolorosa possível.(Gomes, 2016).

4.3 Profissões e paliativismo

Uma equipe de multiprofissionais composta por médicos, enfermeiros e


psicólogos são a base para aprasar um plano de cuidados paliativos, onde
abrangeriam o biopsicosocial de cada paciente, assim como de seus familiares e
amigos, buscando proporcionar uma assistencia que ira atender em todos os seus
aspectos, atraves de observação, análise e orientação de pontos positivos e
negativos, durante a evolução do paciente de forma individualizada.
(CAPELAS,2016).
Na equipe multidisciplinar, a Medicina vem buscar uma melhoria da doença,
um tratamento e um diagnostico preciso sobre aquela patologa que acomete o
paciente. Logo o cuidado paliativo não tem como foco principal a doença, mas sim o
paciente doente, pois a medicina atua sempre orientando sem constranger e
mostrando-lhes os benefícios e malefícios de cada tratamento de forma aberta a seu
entendimento.
Nos cuidados paliativos os psicologos vem desenvolver um papel de
facilitador e contraponto entre paciente e a aceitação desta condição que o paciente
e os familiares se encontram. A função primordial e dar um novo direcionamento aos
critérios concernentes à qualidade, ao valor e ao significado da vida. É dar
condições ao doente de lidar com essa situação, abrir o sentido da vida no momento
vivenciado por ele. Eles facilitam para que todos falem sobre a doença fornecendo
aos mesmos dados necessários ao tratamento, evitando a negação familiar, algo
recorrente, denominada na Psicologia de conspiração do silencio. (COSTA,2016).
Alem da Medicina e da Psicologia, a Assistencia Social, está presente no
processo de acolhimento dawueles que estao lidando com processo de morte e
morrer. Essa vertente da equipe multidisciplinar vem para ouvir o paciente e seus
familiares, permitindo que estes extravazem, aceitem as dificuldades e providenciem
para que os suportes necessarios sejam organizados para que se possa ter uma
morte digna (COSTA,2016).
Profissionais como os farmaceuticos, que conseguem analisar as informacoes
dos profissionais de enfermagem, para ter dominio e controle de medicações a
serem dispensadas, atraves da prescrição médica, os nutricionistas responsaveis
pela dietaterapia adequada nos diferentes tipos de tratamentos elaborando as dietas
de acordo com as terapêuticas aplicadas, de forma individualizada, ainda tem a
equipe de fonoaudiologia e fisioterapeutas contribuem de forma especifica nos
cuidados paliativos, seus cuidados são em técnicas para alivio da dor, fadiga,
melhorias respiratórias.(CAPELAS,2016).
E não menos importante da equipe mutidisciplinar temos a equipe de
enfermagem. Essa é denominada a “cola” da equipe multidisciplinar, uma veza que
interage com todas as áreas de suporte da instituição, tendo papel importante na
melhoria contínua da qualidade, do atendimento aos pacientes e do desempenho
organizacional. (GOMES,2016).
Os profissionais da enfermagem lidam diretamente com os clientes todos os
dias, o que os tornam um elo importante na corrente de comunicação com toda
equipe multiprofissional na busca do melhor atendimento, dessa forma a
preocupação da equipe em seguir à risca os regulamentos internos, protocolos e
rotinas é premissa para a qualidade assistencial da instituição, mas sempre
buscando oferecer um cuidado profissional que reduza o sofrimento e promova o
conforto e a dignidade do paciente e da família, atendendo as necessidades básicas
de saúde física, emocional, espiritual e social. Os enfermeiros têm, nos cuidados
paliativos, a qualidade de vida como o principal objetivo, oferecendo meios que
garantam mais vidas aos anos, ao invés de anos à vida. (GOMES,2016).
Por isso, uma comunicação aberta, eficaz e ativa entre todos os profissionais
da saúde de uma unidade de cuidados paliativos é de extrema importancia. Através
desta comunicação, o paciente ficará assistido em todos os âmbitos e por completo,
não fazendo dele uma colcha de retalhos, onde cada um cuida da sua área, de sua
competência e ao final de tudo o cuidado não se torna eficaz e humanizado.
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

O acelerado envelhecimento populacional no Brasil altera alterações no perfil


de crescimento da população, com aumento de doencas terminais, que envolvem
atenção à saúde de forma integral, considerando os aspectos físicos, psicológicos,
espirituais e sociais. O mesmo vale para seus familiares e membros da equipe de
cuidados.
Os Cuidados Paliativos são parte integrante do sistema de saúde. São
cuidados que previnem o sofrimento e reduzem o risco de luto patológico. Ajudam os
doentes com doenças crónicas e incuráveis a viver com qualidade, e tão ativamente
quanto possível, durante o tempo que a evolução da doença permitir. A formação
dos profissionais de saúde é fundamental.
O fim de vida deverá constituir um momento em que o doente se encontra
consigo próprio, supera barreiras e obtém pequenas conquistas. São tarefas
importantes facilitar a definição de objetivos realistas e alcançáveis, e ajudar a
resolver questões importantes sobretudo de natureza familiar para não ficarem
pendentes, facilitando, assim, o processo de luto.
O grande propósito da assistência de enfermagem é encontrar no cuidado,
junto aos que recebem cuidados paliativos, um equilíbrio harmonioso entre a razão e
a emoção. A realização do estudo ficou perceptível que a estruturação na
assistência de forma que ela seja realizada de modo sistematizado sendo
direcionada aos princípios do cuidado paliativo, tornaria possível um cuidado integral
e individualizado para cada individuo, ou seja, baseado nas necessidades de cada
paciente, alcançando de forma promissora o ideal dos cuidados paliativos.
6 - REFERENCIAS

ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS. Análise situacional e


recomendações para estruturação de programas cuidados paliativos no Brasil.
(ASREPCPB) São Paulo. Brasil. 2018. Disponível em:. Acesso em: 22/03/2021.

BRASIL. Resolução CFM Nº 1973, de 14 de julho de 2011. Dispõe sobre a nova


redação do Anexo II da Resolução CFM Nº 1.845/08, que celebra o convênio de
reconhecimento de especialidades médicas firmado entre o Conselho Federal de
Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Comissão Nacional de
Residência Médica (CNRM).

CAPELAS, Manuel Luis. Terapia da Dignidade nos cuidados paliativos. Cuidados


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<http://educacao.heufpel.com.br/wp-content/uploads/sites/2/2017/08/
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CP_2017-2018-1-1.pdf

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