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BAGÉ
2021
O ENFERMEIRO FRENTE À ASSISTÊNCIA HUMANIZADA AO PORTADOR DE
CARDIOPATIA
Declaro que sou autora deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por
mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos
autorais.
RESUMO - O paciente com cardiopatia, muitas vezes, apresenta vários comprometimentos sistêmicos,
alterando seu estado de saúde, percebendo que sua força física e a força do coração estão limitadas
cada vez mais. Além do físico, ele pode apresentar problemas emocionais e, nesse sentido, o enfermeiro
assume um papel importante e muito expressivo na assistência, humanizando e auxiliando a enfrentar as
múltiplas dificuldades em torno da doença. Além disso, estes pacientes requerem do enfermeiro um
raciocínio clínico e crítico constante, pois uma simples preocupação que apresentem pode colocar em
risco suas vidas. Este estudo científico, possui como objetivos: analisar as produções cientificas sobre
papel do enfermeiro frente à assistência humanizada ao paciente com cardiopatia, demonstrar a
importância da humanização no atendimento ao paciente cardiopata em tratamento; elucidar a
necessidade do enfermeiro em praticar a humanização para melhor adesão do portador de cardiopatia ao
tratamento. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e integrativa, realizada através da coleta de
produções científicas nas bases de dados eletrônica da SciELO e LILACS. Optou-se por coletar dados
como critérios de inclusão: estudos publicados na língua portuguesa, artigos publicados entre o período
de 2010 a 2020 e publicações em revistas brasileiras de enfermagem, foram compilados 8 artigos ao
total. Concluiu-se que o enfermeiro é um profissional essencial no processo de cuidado e tratamento dos
portadores de cardiopatias, seja por prestar orientações coniventes à cada caso individualizado, como
também a rápida tomada de decisões perante o tratamento estabelecido pelo médico, aumentando
assim, a sobrevida desse paciente e diminuindo complicações.
1 DESENVOLVIMENTO
Segundo Arruda (2012), as patologias cardíacas são uma desordem das mais
desafiadoras para a equipe de saúde, devido às múltiplas etiologias e à alta incidência.
A gravidade e as crises de descompensação das doenças cardíacas
permanecem como importantes aspectos preditores destes resultados a médio prazo.
Um dos maiores objetivos do tratamento delas consiste em alcançar e manter a
estabilidade clínica dos pacientes às custas de um tratamento considerado bastante
complexo. Desta forma, a avaliação, o acompanhamento e a prevenção de fatores
precipitantes de descompensação são importantes objetivos do cuidado e manejo
destes pacientes (PADILHA, 2010).
Estudos têm demonstrado que a falta de adesão, tanto ao manejo farmacológico
quanto ao não farmacológico, tem sido relacionada às maiores causas de
descompensação destas doenças. Assim, medidas que visem melhorar a taxa de
adesão de pacientes às prescrições são requeridas e podem contribuir para a redução
de desfechos clínicos em pacientes cardiopatas (BOCHI, 2012).
Programas de educação em saúde, conduzidos por enfermeiros por meio de
ações sistemáticas de acompanhamento, são conceitualmente definidos como
intervenções de enfermagem e, no cenário das cardiopatias, têm trazido benefícios na
redução de mortalidade, de readmissões, de custos e consequente melhora da
qualidade de vida dos pacientes (SILVA, 2014).
O momento de internação hospitalar pode ser útil para iniciar programas de
orientação de pacientes com vistas a melhorar a taxa de adesão ao tratamento, pois
aborda o paciente e sua família em momento de grave e crítica descompensação de
sua doença. A intervenção hospitalar deve ser seguida, obrigatoriamente, de
acompanhamento ambulatorial (MANSUR, 2012).
Uma atenção de qualidade e humanizada é fundamental para a saúde do
paciente cardiopata, enfatizando ações de prevenção e promoção da saúde que se
inicia com uma ferramenta que fornece subsídios para a organização da assistência
denominado, Processo de Enfermagem (NETO, 2010).
O Processo de Enfermagem (PE) é uma ferramenta intelectual de trabalho do
enfermeiro baseada no Método de Solução de Problemas, organizada de forma
sequencial e sistemática que norteia o processo de raciocínio clínico, tomada de
decisão diagnóstica, resultados e intervenções para a clientela assistida e que deve ter
uma base teórica sólida capaz de sustentá-lo (DESLANDES, 2014).
As teorias ensinam o profissional a fazer o que é certo e sendo a prática de
enfermagem uma atividade complexa, se ela não for sustentada por teorias, não
passará de um desempenho decorado de ações baseadas no senso comum. Sendo
assim, acreditamos que a realização do Processo de Enfermagem, alicerçado em
teorias de enfermagem, contribuirá para a melhoria da qualidade da assistência além
de tornar mais visíveis os resultados da prática, conferindo à enfermagem, a
importância social almejada (SIMÕES, 2017).
Vários estudos comprovam esses dados positivos o que demonstra
comprometimento dos enfermeiros na qualidade da atenção e humanização destes
pacientes, logo, trata-se de um conjunto de cuidados, o que torna imprescindível a
necessidade de um esforço coletivo não somente do enfermeiro e de sua equipe, mas
também se estende aos setores governamentais e não governamentais (RIZZOTO,
2012).
O acolhimento do paciente com cardiopatia é um aspecto essencial na atenção à
saúde de forma geral, isso implica no sucesso do Processo de Enfermagem, é nesse
momento que o enfermeiro coleta informações importantes sobre a sua saúde, realiza
uma escuta aberta e qualificada registrando suas queixas, o histórico de patologia atual,
tratamentos, dietas, antecedentes familiares, fatores que contribuem para a detecção
precoce de patologias associativas (DOMINGOS, 2017).
Diante dos cuidados é imprescindível que a equipe esteja completa e estruturada
atuando de forma sistematizada, atenta a qualquer alteração hemodinâmica do
paciente internado, pois quando descompensado, o mesmo se torna imprevisível e,
deve estar sempre preparada para uma situação de urgência ou emergência
(KOLCABA, 2013).
Os cuidados de enfermagem devem seguir um processo sistemático de
pensamento essencial à profissão e a qualidade da assistência ao paciente. O
Processo de Enfermagem é o método ideal para a identificação dos problemas de
pacientes com cardiopatias, estabelecimento de metas e de um plano assistencial para
a resolução dos problemas levantados, implementação e avaliação da eficácia do
plano. Além de uma assistência integrativa, levando em consideração a empatia e
dignidade do paciente atendido (DESLANDES, 2014).
2 CONCLUSÃO
3 REFERÊNCIAS
KOLCABA, K. Comfort theory and practice: a vision for holistic health care and
research. New York: Springer Publishing Company, Inc. p.264, 2013.