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BEATRIZ PINTO CORDEIRO

LEONARDO HENRIQUE DA SILVA

MARIA LUCIA FERREIRA DE OLIVEIRA


RHAYSSA FERNANDES MENDES

CENTRO EDUCACIONAL CAMPCARE

CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

SAUDE MENTAL DO PROFISSIOAL DE ENFERMAGEM DURANTE


E PÓS-PANDEMIA

CAMPINAS/SP
2022
BEATRIZ PINTO CORDEIRO
LEONARDO HENRIQUE DA SILVA

MARIA LUCIA FERREIRA DE OLIVEIRA


RHAYSSA FERNANDES MENDES

SAUDE MENTAL DO PROFISSIOAL DE ENFERMAGEM DURANTE


E PÓS-PANDEMIA

Trabalho de conclusão de curso apresentado


como exigência parcial para obtenção do Diploma
de Curso Técnico de Nível médio em
Enfermagem, do Centro Educacional Campcare
Orientador: Denise Camilo

CAMPINAS/SP
2022
BEATRIZ PINTO CORDEIRO
LEONARDO HENRIQUE DA SILVA

MARIA LUCIA FERREIRA DE OLIVEIRA


RHAYSSA FERNANDES MENDES

SAUDE MENTAL DO PROFISSIOAL DE ENFERMAGEM DURANTE E PÓS-


PAMDEMIA

Trabalho de conclusão de curso apresentado


como exigência parcial para obtenção do Diploma
de Curso Técnico de Nível médio em
Enfermagem, do Centro Educacional Campcare
Orientador: Denise Camilo

Aprovado em ___ de __________ de 2022

Professor (a) Examinador

___________________________

Centro Educacional Campcare


AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, que permitiu que tivéssemos saúde e determinação para não
desanimar e que nossos objetivos fossem alcançados ao longo dessa trajetória. Aos nossos
familiares que nos apoiaram, mesmo sabendo que não tivemos tempo para estar junto nos
momentos de reuniões, acreditando no nosso potencial e apoiando nas nossas escolhas
profissionais e na realização deste trabalho. A todos os professores e equipe multidisciplinar
que estiveram presentes nesse período de formação, nos dando apoio nas dificuldades e na
maioria das vezes, compreensão por não conseguirmos entender ou estarmos presentes. Aos
nossos amigos, pelo companheirismo e pela amizade incondicional. Pelo tempo dedicado,
compartilhando aprendizados, experiencias pessoais e disciplinares ao longo desses últimos
anos, que nos permitiram crescer não só como pessoa, mas como formandos. Aos nossos
colegas de turma, por compartilharem conosco tantos momentos de descobertas e aprendizados
e por todo o companheirismo ao longo deste percurso. A todas as instituições e profissionais
que nos acolheram nos momentos de estágio, compartilhando seus ensinamentos e experiencias
profissionais nos permitindo enxergar a realidade fora da vida teórica.
Agradecemos em particular os Gestores Adilson e Luiz por terem em algum momento
de suas vidas, escolhido prestar seus conhecimentos e experiencias, a todas as turmas e alunos
que passaram pela instituição CampCare, nos tornando profissionais de muita competência e
humanizados. Às pessoas com quem convivemos ao longo desses anos de curso, que nos
incentivaram e que certamente tiveram impacto na nossa formação acadêmica. A todos que
participaram, direta ou indiretamente do desenvolvimento deste trabalho de pesquisa,
enriquecendo o nosso processo de aprendizado.
Muito obrigado(a).
A Deus dedicamos este trabalho, por nos permitir o ato
de entender e compreender o assunto nele descrito.
Dedicamos este trabalho a todos os familiares, equipe
gestora e pedagógica cujo tiveram impacto diretamente
na nossa formação acadêmica.
Foi pensando nas pessoas que executamos este projeto,
por isso dedicamos este trabalho a todos aqueles a quem
está pesquisa possa ajudar de alguma forma.
RESUMO

Com mais de 32 milhões de casos e 674 mil mortes no Brasil, a pandemia da COVID-
19 já é uma das maiores crises sanitárias do país. Com o aumento exponencial do trabalho dos
profissionais de saúde que atuaram na linha de frente ao combate à COVID-19, a saúde mental
desses profissionais passou a ser uma preocupação. Assim, o objetivo desse estudo está na
compreensão dos impactos da pandemia da COVID-19 no bem-estar e saúde mental dos
trabalhadores da classe de enfermagem que atuaram na linha de frente ao combate à doença.

Palavras-chave: Saúde mental; COVID-19; Profissionais de enfermagem; bem-estar;


transtornos mentais comuns; ambiente de trabalho.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ……………………………………………… 7
2. METODOLOGIA …………………………………………… 9
2.1 Saúde mental no contexto brasileiro durante a pandemia ......... 9
3. CONCLUSÕES FINAIS ......................................................... 11
4. REFÊRENCIAS ....................................................................... 12
1. INTRODUÇÃO

O trabalho é considerado uma ação humana que implica engajamento do corpo, da


mente e das habilidades psíquicas e afetivas. Além de uma ação com finalidade produtiva, é
considerado uma experiência produtora de saúde ou adoecimento físico, mental e social.
No que se refere ao adoecimento mental no trabalho, destacam-se os transtornos mentais
comuns (TMC), que se caracterizam por um grupo de sintomas não psicóticos reconhecidos,
como humor depressivo, ansiedade, insônia, fadiga, irritabilidade, déficit de memória e de
concentração, que resultam em adoecimento mental. Este conjunto de sintomas tem sido
associado aos trabalhadores que prestam e prestaram assistência à saúde durante o período de
pandemia.
Em 2019, o surgimento da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus (COVID-19) e
o desencadeamento do alerta sanitário em nível mundial colocaram em voga a atuação da
enfermagem, sobretudo dos profissionais que atuam na linha de frente na assistência aos
usuários. Este cenário tem sido apontado como potencializador dos impactos sobre a saúde
mental dos trabalhadores, evidenciando importante adoecimento neste âmbito. Estima-se que a
prevalência de TMC no mundo se encontra em torno de 24,6% a 45,3%, e no Brasil, entre 28,7
e 50%.
Estudos recentes, que investigaram a prevalência de TMC em trabalhadores de
enfermagem em contexto hospitalar, apontaram uma oscilação entre 26% e 58% (3–5,8),
aspecto que gera um alerta no sentido da vigilância em saúde. Esses estudos têm destacado um
maior nível de estresse profissional ocasionado pela COVID-19 relacionado ao ritmo acelerado
de disseminação da doença e à reestruturação dos serviços. Citam-se também a elevada carga
de trabalho, o enfrentamento diário de situações de adoecimento e óbito, a possibilidade de auto
contaminação, distanciamento social e a preocupação com os familiares, destacando assim
sintomas como ansiedade, angústia, depressão, medo e alterações do sono.
A enfermagem representa, atualmente, a maior força de trabalho no campo da saúde, em
nível global. O processo de trabalho neste meio apresenta características peculiares e
frequentemente tem sido atrelado ao adoecimento mental, estando este último associado à
complexidade da atuação profissional, às cargas horárias excessivas, à precarização das
condições laborais e à baixa remuneração. O foco do presente trabalho está na compreensão
dos impactos da pandemia da COVID19 no bem-estar e saúde mental dos trabalhadores da
classe de enfermagem que atuaram na linha de frente ao combate à doença. No entanto, a análise
integral do contexto dos profissionais da área da saúde se faz necessária, a fim de consolidar
7
um melhor entendimento do tema proposto. Para isso, alguns pontos irão considerar estudos
que englobam os demais trabalhadores da área, tais como médicos, fisioterapeutas, psicólogos,
entre outros.
A falta de oxigênio em vários hospitais de Manaus, em janeiro de 2021, é um exemplo
de tragédia anunciada no contexto da pandemia, já que aconteceu mesmo com o alerta e
denúncia dos profissionais de saúde do estado, revelando a grave negligência que persiste na
saúde do país, mesmo em tempos pandêmicos. A sobrecarga, a falta de insumos médicos e
equipamentos de proteção individual (EPIs), longas jornadas de trabalho sem descanso e
exposição ao vírus são apenas algumas das condições que os profissionais de saúde da linha de
frente ao combate à pandemia enfrentam diariamente, a mais de um ano (Prado et al., 2020;
Pereira, Oliveira, et al., 2020). Ainda, estudos expõem que mulheres da área de enfermagem –
técnicas, auxiliares ou enfermeiras – são as que mais sofrem mentalmente com os efeitos da
pandemia, havendo indícios de estresse, sobrecarga, angústia e ansiedade.
Como figuras essenciais ao combate à COVID-19, é fundamental a investigação dos
impactos da pandemia no bem-estar e saúde mental dos trabalhadores da área de enfermagem
que atuaram na linha de frente, de modo a aguçar a reflexão e composição de estratégias efetivas
para lidar com essa situação. O objetivo geral do presente trabalho é compreender os impactos
da pandemia da COVID-19 no bem-estar e saúde mental dos trabalhadores da classe de
enfermagem, que atuaram na linha de frente ao combate à doença. Ademais, os resultados da
pesquisa podem contribuir na proposição de melhorias realizáveis e coerentes com a realidade
de trabalho desses profissionais.

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2. METODOLOGIA

2. 1 Saúde mental no contexto brasileiro durante a pandemia

Compreender a saúde mental no Brasil é um grande desafio, visto que os dados sobre a
frequência e o impacto das doenças psíquicas na população são muito escassos. Infelizmente,
ainda não há uma preocupação governamental para reunir informações sobre o assunto com
estudos de larga escala. Sabemos que nosso cenário deve ser muito parecido com os dados
mundiais. Os números são possivelmente um pouco maiores para doenças que surgem em
contextos socioeconômicos mais hostis.
As doenças mentais são um problema que todos sabem que está na nossa porta, mas
ainda não há políticas de saúde pública bem definidas. Inclusive, os investimentos são cada vez
menores. Na rede privada, há uma preocupação crescente, especialmente nos planos de saúde
que observam atentamente a saúde mental dos usuários. Há uma percepção de que, cada vez
mais, as pessoas chegam aos médicos com queixas relacionadas ao estado psicológico.
As suas consequências financeiras desencadeiam preocupações e dificuldades de acessar
os bens mais essenciais para a saúde, como a alimentação. Além disso, muitas pessoas param
de se exercitar e de tomar alguns minutos de sol todos os dias. Nesse sentido, alguns grupos
estão ainda mais vulneráveis a doenças psíquicas.
A infância é a fase em que o contato social é mais importante. Uma das necessidades
básicas é a interação com os amigos para o desenvolvimento psicossocial e pleno. As
brincadeiras ajudam os jovens e extravasar e energia e lidar com seus próprios conflitos. Com
a suspensão das aulas e a redução do contato com outras fazem com que a as crianças fiquem
mais predisposta a depressão e ansiedade.
Pelo fato de a área da enfermagem estar à frente do cuidado e do contato com o paciente,
foi uma das classes profissionais que mais sentiu impacto com a COVID-19 e as mudanças na
rotina de trabalho, que intensificaram questões já problematizadas pela área, como a sobrecarga
de trabalho, a desvalorização dos profissionais, a baixa remuneração e a 23 falta de recursos
(Moreira & Lucca, 2020; Santos et al., 2022). Tais fatores podem ser compreendidos como
iminentes para o adoecimento psíquico dos profissionais de saúde e especificamente da área de
enfermagem.
Além disso, ter dois empregos também é uma realidade na área da enfermagem, podendo
haver diferentes configurações. Por exemplo, ser professor (a) em curso técnico de enfermagem

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e trabalhar como enfermeiro (a) ou trabalhar como enfermeiro (a) em dois locais. Isso pode ser
considerado uma consequência da baixa remuneração e da desvalorização profissional que a
categoria enfrenta até hoje, condições que já foram evidenciadas em diversos estudos

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho cumpriu o objetivo principal em compreender os impactos da


pandemia da COVID-19 no bem-estar e saúde mental dos trabalhadores da classe de
enfermagem que atuaram na linha de frente ao combate à doença.
Com base nas informações coletadas, os resultados expõem diversas manifestações de
sofrimento a partir do início da pandemia no Brasil, com relatos contínuos de exaustão e
desgaste físico e mental, estresse, ansiedade, insônia e angústia. Com um número elevado de
pacientes e óbitos, falta de medicamentos e uma grave crise sanitária vivenciada no sistema de
saúde do país, é importante considerar que a pandemia acentuou os problemas que já existiam
no contexto dos profissionais da área de enfermagem, como sobrecarga de trabalho, longas e
exaustivas cargas horárias, baixa remuneração e desvalorização profissional. As diversas
categorias apontam repercussões nas esferas psíquica, laboral, familiar e política. A partir de
ações como a oferta de atendimentos psicológicos (virtuais e presenciais), orientações para o
cuidado da saúde mental e intervenções de grupo, como rodas de conversa.
Os profissionais de enfermagem estão acostumados a lidar com situações de estresse e
necessidade de tomada rápida de decisão, contudo neste momento deve-se visar a priorização
da sua própria saúde mental, pois possivelmente essas situações irão deixar marcas irreparáveis
em muitos profissionais que estão trabalhando na linha de frente.
Se por um lado há riscos para a integridade física e emocional desses profissionais, por
outro, esse contexto de desafios também permite desenvolver novas competências e habilidades
para adquirir forças para continuar e reagir.

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4. REFÊRENCIAS

TCM associado a enfermagem durante a pandemia

https://www.scielo.br

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Brasil. Ministério da Saúde (MS). Saúde mental e
atenção psicossocial na pandemia Covid. Recomendações para gestores 2020. Rio de
Janeiro, Brasília: Fiocruz, MS; 2020

https://portal.fiocruz.br/

Emotional Suffering of Nurses I the Hospital Environment in the face of the COVID-19

http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i8.5121

The COVID-19 pandemic, social isolation, consequences on mental health and coping
strategies: an integrative review

https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.493

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