Resenha crítica do Filme – Nise: O coração da loucura.
O filme que interpreta um pouco da vida e da arte de Nise da Silveira - lançado
em 21 de abril de 2016 - Retrata o retorno de seu trabalho em um centro psiquiátrico, onde é a única psiquiatra do sexo feminino, sendo muitas vezes descriminada, sabotada e recebendo pouca credibilidade pelo seu gênero. Essa história dramática se passa no ano de 1940, onde a psiquiatria tratava a saúde mental com violência, choques elétricos que diziam ser curas, prisões e cirurgias mirabolantes que prometiam milagres, mas o verdadeiro milagre era a pessoa sobreviver a aqueles tipos de medicina. Nise da Silveira chegou pensando além do que o resto dos médicos, ela exerceu a medicina com a dedicação que se deve ter – não são pessoas doentes, são pessoas, que tem uma doença. – A visão humanitária e visionária dessa dedicada psiquiatra trouxe evolução aos casos que não tinham cura, utilizando da Arte-terapia e da Musicoterapia, conseguiu transformar novamente aqueles pacientes em pessoas, conhecendo suas histórias através da arte, compreendendo e auxiliando assim as pessoas a se compreenderem. Sem o uso de medicamentos ou curas milagrosas, Nise conseguiu devolver a dignidade a essas pessoas e fazer com que fossem incluídas em um mundo onde eram vistas como indesejáveis, e ensinou a sociedade a admirar o que eles tinham de melhor dentro de si – O sentimento. “Nós estamos pretendendo a recuperação de homens considerados farrapos, para uma vida socialmente útil e talvez mais rica do que a vida anterior que eles levavam.” (Nise da Silveira) Com atitudes de afeto e atenção , restaurou o amor e o carinho em seus clientes, utilizando também os animais, para que esse amor se expressasse de maneira mais espontânea, em muitos que eram condicionados há anos de violência na clínica, os fez amar e sentir novamente sentimentos bons, sensações que por muitas vezes teriam sido esquecidas. Eles se apaixonaram, e aprenderam a se apaixonar pela vida. Analisando de acordo com o código de ética dos profissionais em enfermagem, Nise atuou aprimorando seus conhecimentos técnicos e científicos, e modificando a medicina em prol do bem estar físico e mental de seus pacientes, conforme descreve o art.55 da resolução do COFEN 564/2017. Nise da Silveira transformou a esquizofrenia em arte e revolucionou a psiquiatria, lembrando a todos que toda vida humana é valiosa. “Há dez mil modos de pertencer à vida e de lutar pela sua época.” (Nise da Silveira) Ariel de Oliveira Gayo Carvalho – 2018104356 Ética e Profissionalismo em Enfermagem – Veronica Cardoso