percurso de Nise Silveira durante o seu período em um Hospital Psiquiátrico da rede pública do Rio de Janeiro. Logo na primeira cena somos apresentados tanto às condições desumanas que os pacientes vivem, quanto a forma de tratamento padronizado e agressivo do hospital mesmo os pacientes tendo diferentes transtornos psicológicos. Ao decorrer do filme, presenciamos juntamente com Nise, uma grande negligência por parte dos funcionários em ajudar no tratamento dos pacientes. Talvez por medo ou talvez pelo próprio descaso dos psicólogos, os funcionários do hospital são rudes e violentos, sendo eles muitas vezes responsáveis pelo agravamento das crises dos pacientes. É em meio a esse caos que Nise decidiu estabelecer um departamento de terapia ocupacional, ela utiliza técnicas de tratamento mais humanas e alternativas, como pintura, passeios fora do hospital e terapia com animais, mostrando a todos que os doentes eram capazes de fazer coisas extraordinárias sozinhos. As técnicas de terapia ocupacional foram decisivas para a melhora dos pacientes, o filme mostra como uma psiquiatria mais humanizada é benéfica para o tratamento de diversos transtornos. Desta forma a capacidade de ver o paciente (ou cliente como Nise os chamava), além do seu diagnóstico e sim como um ser humano, abre possibilidade compreendermos melhor as diferentes psicopatologias existentes, aumentando assim, as chances de encontrarmos maneiras mais vantajosas de proporcionarmos o bem-estar a todos que vivem com uma psicopatologia.