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Alfenas/MG
2022
TÉCNICO EM ENFERMAGEM
PSICOSE PUERPERAL
Adriana de Paula C. Lima, Ana Laura B. dos Santos, Ana Lúcia Garcia, Camila de S.
Ruela, Cintia Valquíria Dias, Helenice Barbosa A. Ribeiro, Kevyllyn P. Moraes, Kléria
Karoliny de S. Soares, Natalia Francisca Chagas e Vanessa Aparecida da Silva.
Alfenas/MG
2022
Conceito
A psicose pós-parto, ou psicose puerperal, é o transtorno psiquiátrico mais grave e menos
frequente que pode acometer a mãe após o nascimento do bebê. Tem início súbito e
costuma aparecer no segundo ou terceiro dia depois de ela dar à luz.
Sinais e Sintomas
Os sintomas da psicose puerperal em muitos casos ocorrem logo após o parto. Os aspectos
mais comuns estão:
Diagnostico
Quanto ao prognóstico, Cantilino et al (2010) observa que cerca de 20% têm remissão
completa do quadro e não apresentam recorrências. Estudos sugerem que há recorrência
de novo episódio de psicose pós-parto em 18% a 37% das mulheres e que pode haver
episódio subsequente, fora do pós-parto, de algum transtorno psicótico ou afetivo em 38% a
81% das mulheres. Estudos indicam uma grande recorrência dos quadros psicóticos na
psicose puerperal, de aproximadamente um a cada três casos. (Botega, 2002). Na
experiência como médica, Escosteguy (2003) observou raros casos que apresentaram o
quadro na segunda gestação. O resultado favorável está associado a rede de apoio familiar.
Aconselha-se que as próximas gestações sejam acompanhadas por um psiquiatra como
medida de prevenção.
Tratamento
O tratamento para psicose pós-parto é feito pelo psiquiatra, com medicamentos de acordo
com os sintomas de cada mulher, podendo ser com antidepressivos, como amitriptilina, ou
anticonvulsivantes, como carbamazepina e os estabilizadores de humor. Alguns destes
medicamentos são excretados pelo leite materno o que obriga a suspensão do aleitamento
materno. Em alguns casos, pode ser necessária a realização de eletrochoques, que é a
eletroconvulsoterapia, e a psicoterapia pode ajudar mulheres que tem a psicose associada a
uma depressão pós-parto. É a forma de prevenir consequências muito mais trágicas, como
suicídio ou filicídio.
A eletroconvulsiva terapia é uma opção terapêutica eficaz na abordagem desta psicose, em
particular nos casos graves e refratários à terapêutica farmacológica. Esta permite a
continuidade da amamentação e uma recuperação mais rápida e, desta forma, uma redução
da duração da descompensação psicótica e do internamento. Durante o tratamento, a
convivência persistente entre a mãe e o filho deve ser permitida de forma a estimular e
fortalecer a vinculação mãe-filho, essencial para a recuperação da saúde mental da mãe e
para o desenvolvimento.
Geralmente, é necessário que a mulher fique internada nos primeiros dias, até apresentar
melhora, para que não haja risco para sua saúde e nem a do bebê. O apoio da família, seja
com ajuda aos cuidados da criança, como apoio emocional, é fundamental para ajudar na
recuperação desta doença, e a psicoterapia também é importante para ajudar a mulher a
compreender o momento. Com o tratamento, a mulher pode ficar curada e voltar ao convívio
com bebê e a família, entretanto, se o tratamento não for logo realizado, é possível que
tenha sintomas cada vez piores, à ponto de perder totalmente a consciência da realidade,
podendo pôr em risco a sua vida e a vida do bebê. Também existe uma terapia que está se
mostrando eficaz. Trata-se da terapia mediante vídeo-feedback, de forma que mães com
transtornos afetivos ou psicóticos possam aumentar a sensibilidade e os bebês possam
diminuir sua passividade, favorecendo comportamentos cooperativos. A adoção precoce do
papel materno pela mãe em relação ao bebê é essencial para acelerar a recuperação.
REFERÊNCIAS