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PSICOSE PUERPERAL

Discentes: Adriana de Paula C. Lima,


Ana Laura B. dos Santos,
Ana Lúcia Garcia,
Camila de S. Ruela,
Cintia Valquíria Dias,
Helenice Barbosa A. Ribeiro,
Kevyllyn P. Moraes,
Kléria Karoliny de S. Soares,
Natalia Francisca Chagas e
Vanessa Aparecida da Silva.

Alfenas/MG
2022
TÉCNICO EM ENFERMAGEM

PSICOSE PUERPERAL

Trabalho apresentado no curso de


Técnico em Enfermagem da Instituição
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial.

Docente: Simone de Oliveira Santos.

Adriana de Paula C. Lima, Ana Laura B. dos Santos, Ana Lúcia Garcia, Camila de S.
Ruela, Cintia Valquíria Dias, Helenice Barbosa A. Ribeiro, Kevyllyn P. Moraes, Kléria
Karoliny de S. Soares, Natalia Francisca Chagas e Vanessa Aparecida da Silva.

Alfenas/MG
2022
Conceito
A psicose pós-parto, ou psicose puerperal, é o transtorno psiquiátrico mais grave e menos
frequente que pode acometer a mãe após o nascimento do bebê. Tem início súbito e
costuma aparecer no segundo ou terceiro dia depois de ela dar à luz.

A psicose puerperal é o mais grave quadro psiquiátrico perinatal, podendo atingir 1 a 2


mulheres em cada 1000 que se encontram no puerpério, ou seja, período que decorre entre
o nascimento do(s) recém-nascido(s) e as 6 semanas após o parto. Geralmente a
sintomatologia inicia-se nas primeiras 2 semanas do puerpério. O quadro clínico caracteriza-
se por alterações do humor, do sono, do comportamento e do pensamento. Quase sempre
exige internamento psiquiátrico para tratamento.

Habitualmente, as mulheres apresentam instabilidade emocional, confusão mental,


desconfiança, nervosismo, delírios, alucinações, choro excessivo, estado de humor maníaco
(pensar e falar extremamente rápido) e desorganização do comportamento, configurando
emergência médica.

Sinais e Sintomas

Os sintomas da psicose puerperal em muitos casos ocorrem logo após o parto. Os aspectos
mais comuns estão:

 Confusão Mental: as mulheres não entendem toda as novidades que estão


acontecendo ao seu redor, ficando confusas com tudo;
 Delírios: se apresentam de forma assustadora, acompanhadas de muita perturbação
e ficam completamente desorientadas;
 Irritabilidade: tudo causa um estresse excessivo, se irrita com tudo e com todos ao
seu redor;
 Desconfianças: elas passam a desconfiar de todos;
 Mudanças bruscas de humor: mudam de humor rapidamente. Em um momento
estão eufóricas, outra hora tristes ou com raiva. Choro e tristeza excessiva;
 Perda da qualidade do sono: geralmente as mulheres apresentam dificuldade em
pegar no sono, elas desenvolvem insônia e lutam para não dormir;
 Raiva da criança; sentimentos destorcidos em relação ao bebê;
 Alucinações auditiva: ouvem vozes, ruídos;
 Hiperatividade: muito comum entre as mulheres com psicose pós-parto, elas
ficam muito agitadas, com muita energia e não conseguem ficar paradas.

Causando grande sofrimento na mulher, pois acabam afastando do filho recém-nascido,


gerando agitação e dor. Em alguns casos mais graves pode colocar a vida do bebê em
risco, e até mesmo levar ao infanticídio. Quanto antes o tratamento, mais rápido a
recuperação e cura da mulher.

Diagnostico

A doença pós-parto mais séria, a psicose pós-parto, ocorre em 1 a 2 de cada mil


nascimentos (O’Hara, 1995). A condição é caracterizada por instabilidade de humor,
agitação, confusão, desorganização do pensamento, alucinações e perturbação do sono. As
mulheres que tiveram um episódio de psicose pós-parto têm um risco de transtorno bipolar
subsequente, sugerindo que ela pode ser uma subcategoria do transtorno bipolar.

Quanto ao prognóstico, Cantilino et al (2010) observa que cerca de 20% têm remissão
completa do quadro e não apresentam recorrências. Estudos sugerem que há recorrência
de novo episódio de psicose pós-parto em 18% a 37% das mulheres e que pode haver
episódio subsequente, fora do pós-parto, de algum transtorno psicótico ou afetivo em 38% a
81% das mulheres. Estudos indicam uma grande recorrência dos quadros psicóticos na
psicose puerperal, de aproximadamente um a cada três casos. (Botega, 2002). Na
experiência como médica, Escosteguy (2003) observou raros casos que apresentaram o
quadro na segunda gestação. O resultado favorável está associado a rede de apoio familiar.
Aconselha-se que as próximas gestações sejam acompanhadas por um psiquiatra como
medida de prevenção.

Tratamento
O tratamento para psicose pós-parto é feito pelo psiquiatra, com medicamentos de acordo
com os sintomas de cada mulher, podendo ser com antidepressivos, como amitriptilina, ou
anticonvulsivantes, como carbamazepina e os estabilizadores de humor. Alguns destes
medicamentos são excretados pelo leite materno o que obriga a suspensão do aleitamento
materno. Em alguns casos, pode ser necessária a realização de eletrochoques, que é a
eletroconvulsoterapia, e a psicoterapia pode ajudar mulheres que tem a psicose associada a
uma depressão pós-parto. É a forma de prevenir consequências muito mais trágicas, como
suicídio ou filicídio.
A eletroconvulsiva terapia é uma opção terapêutica eficaz na abordagem desta psicose, em
particular nos casos graves e refratários à terapêutica farmacológica. Esta permite a
continuidade da amamentação e uma recuperação mais rápida e, desta forma, uma redução
da duração da descompensação psicótica e do internamento. Durante o tratamento, a
convivência persistente entre a mãe e o filho deve ser permitida de forma a estimular e
fortalecer a vinculação mãe-filho, essencial para a recuperação da saúde mental da mãe e
para o desenvolvimento.

Geralmente, é necessário que a mulher fique internada nos primeiros dias, até apresentar
melhora, para que não haja risco para sua saúde e nem a do bebê. O apoio da família, seja
com ajuda aos cuidados da criança, como apoio emocional, é fundamental para ajudar na
recuperação desta doença, e a psicoterapia também é importante para ajudar a mulher a
compreender o momento. Com o tratamento, a mulher pode ficar curada e voltar ao convívio
com bebê e a família, entretanto, se o tratamento não for logo realizado, é possível que
tenha sintomas cada vez piores, à ponto de perder totalmente a consciência da realidade,
podendo pôr em risco a sua vida e a vida do bebê. Também existe uma terapia que está se
mostrando eficaz. Trata-se da terapia mediante vídeo-feedback, de forma que mães com
transtornos afetivos ou psicóticos possam aumentar a sensibilidade e os bebês possam
diminuir sua passividade, favorecendo comportamentos cooperativos. A adoção precoce do
papel materno pela mãe em relação ao bebê é essencial para acelerar a recuperação.
REFERÊNCIAS

 O Infanticídio Decorrente da Psicose Pós-Parto, por Lais Masson e Scheila Beatriz


Sehnem. Disponível em: https://psicologado.com/atuacao/psicologia-juridica/o-
infanticidio-decorrente-da-psicose-pos-parto Acessado em 30 Jun. 2022.
 O que é, como identificar e tratamento, Psicose Puerperal, Tua saúde. Disponível
em: https://www.tuasaude.com/psicose-pos-parto-tem-
cura/#:~:text=O%20tratamento%20para%20psicose%20p%C3%B3s,%2C%20ou%2
0anticonvulsivantes%2C%20como%20carbamazepina Acessado em 30 Jun. 2022.
 Principais Sintomas da Psicose Puerperal, Trocando fraldas. Disponível em:
https://www.trocandofraldas.com.br/psicose-puerperal/ Acessado em 30 Jun. 2022.
 Quais são os sintomas da psicose pós-parto? Hospital Santa Monica. Disponível em:
https://hospitalsantamonica.com.br/como-o-historico-familiar-interfere-na-psicose-
pos-
parto/#:~:text=Os%20sintomas%20da%20psicose%20puerperal,perda%20de%20qu
alidade%20de%20sono Acessado em 30 Jun. 2022.

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