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Gestantes e os

processos
emocionas
A importância do acompanhamento psicológico
para gestantes e puérperas

Pré-natal

Através do pré-natal são observados o desenvolvimento do bebê e a saúde da mãe


ao longo da gestação. Esse processo inclui análise por meio de exames que
monitoram riscos, diagnósticos e, assim, auxiliam tirando dúvidas e orientando no
planejamento da chegada do bebê no decorrer de cada etapa.

O parto

O parto é uma das experiências mais marcantes na vida de uma mulher, e a forma
como ele é experienciado é influenciado em grande parte pelas expectativas que a
gestante cria ao longo da gravidez. É bastante comum que a futura mãe tenha
sentimentos de medo e insegurança, considerando que as fontes de informação
mais recorrentes são as conversas com outras pessoas, informações vindas da
mídia e materiais informativos, e que geralmente o parto é associado a dor e
sofrimento. É essencial que a mulher tenha acesso a informações de qualidade e
uma boa orientação com relação ao parto para que possa adquirir confiança ao
longo da gravidez, e vivenciá-lo de forma plena e tranquila quando o tão esperado
dia chegar.

Puerpério

O puerpério é um período pós-parto, também conhecido como resguardo ou quarentena,


que é marcado por mudanças emocionais, psíquicas, e a importante adaptação. Também
é uma fase em que o corpo da mulher reconhece o novo ser que já foi gerado e agora se
prepara para amamentar, cuidar, proteger, sobretudo se transformar para uma nova
realidade. É comum que dentro desse período, marcado pelos primeiros 45 dias após o
parto, a mulher se sinta cansada mentalmente e fisicamente, afinal, o corpo se prepara
para proteger o feto, e em seguida precisa voltar ao seu estado natural até que de fato
retome suas condições existentes antes da gravidez.
Mudanças físicas e emocionais

Sangramentos, mudança nos seios, nos cabelos e barriga, e marcas na pele são os
sintomas físicos mais comuns. Com relação ao emocional, muitas mamães passam
pelo conhecido "baby blues", semelhante à depressão em sua tristeza, porém, sem a
ocorrência de pensamentos suicidas, ou um sofrimento que seja extremamente
profundo. Com tantas mudanças, a mulher se sente insegura, e pode não reconhecer a
si própria como um ser humano com necessidades, tendo em vista que toda sua
atenção está voltada ao bebê. Esse tipo de sentimento pode surgir com a falta de
apetite e chegar até ao desinteresse pela maternidade, sendo restabelecido por meio
de cuidado profissional.

A importância da rede de apoio

O nascimento de uma criança proporciona uma mudança bastante grande na vida da


mulher, que se inicia durante a gestação, mas que se estende para além do momento do
parto. Após o nascimento do bebê, a vida de uma mãe passa a ser regida em função das
diversas necessidades do recém-nascido, que a solicita quase que de forma ininterrupta ao
longo do dia, dificultando a criação de uma rotina e criando uma sobrecarga física, mental e
emocional na mulher. É essencial criar uma rede de apoio para essa mulher desde o
momento da gestação até o momento do retorno ao trabalho, passando pelo pós-parto e
pelo puerpério. Geralmente essa rede é formada por membros da própria família, pessoas
próximas como amigos e colegas de trabalho, mas também por elementos presentes na
comunidade, como serviços prestados em unidades de saúde ou mesmo religiosas. O
fundamental ao se tornar parte dessa rede é demonstrar disponibilidade, dando pelo menos
um tipo de apoio à mãe, seja ele emocional, informacional ou instrumental, de modo a
garantir a essa mulher segurança para recorrer a algum dos membros a cada situação em
que se sente sobrecarregada e precisando de determinado tipo de apoio.

@s para seguir e se informar Referências


ainda mais
Tostes, Natalia Almeida, & Seidl, Eliane Maria Fleury. (2016).
Expectativas de gestantes sobre o parto e suas percepções
acerca da preparação para o parto. Temas em Psicologia, 24(2),
681-693. https://dx.doi.org/10.9788/TP2016.2-15

@doulaaiuna Saraiva, Evelyn Rúbia de Albuquerque, & Coutinho, Maria da Penha


de Lima. (2008). O sofrimento psíquico no puerpério: um estudo
@doulaquepariu psicossociológico. Revista Mal Estar e Subjetividade, 8(2), 505-527.
Recuperado em 16 de outubro de 2021, de
@_doulabrasil http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-
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Rapoport, Andrea, & Piccinini, Cesar Augusto. (2006). Apoio social
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