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INTRODUÇÃO

A gravidez e o puerpério correspondem a uma fase de grande transformação para a


mulher e para o casal, implicando adaptações a vários níveis (físico, social, psicológico e
relacional). São ainda momentos de especial atenção à saúde (da grávida, do feto, do bebé) e
expectativa e inquietação relativamente ao futuro. As futuras ou recentes mães e os seus
companheiros vivem um período exigente, que também acarreta alguns riscos para a sua
saúde psicológica.
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) a
prevalência de mulheres que poderão apresentar episódio depressivos durante a gestação, nas
semanas ou meses após o parto chega a ser de 3 a 6%, destes, 60% dos episódios depressivos
“pós-parto”, na verdade, começam ainda antes do parto. Assim esses episódios são chamados
colectivamente de episódios do periparto, podendo, outros transtornos ocorrer durante o
periodo puerperal (APA, 2014).
Desta feita a actuação do psicólogo ou a intervenção psicológica ajuda a promover a
saúde da mulher, criando um espaço para compartilharem reflexões e informações acerca das
mudanças que atravessam. A gestação deve ser um momento especial para a mulher, pois está
a gerar um ser humano. O facto de que a gestante deve se cuidar nessa fase favorece seu
filho, pois muitas das alterações físicas e emocionais da mãe são transmitidas para o feto, via
placenta. Assim sendo, o bem-estar materno influencia o fetal. Para que isso ocorra em
harmonia, sugere-se que as gestantes possam participar de programas de intervenção com
esse propósito de melhoria da saúde da gestante e seu filho (SILVA, 2013).
Mudanças na rotina da gestante também são comuns e necessárias, seja ela de sono,
alimentar ou conjugal. O momento do parto também pode ser traumatizante, tanto para a mãe
quanto para o bebê. Sendo assim, ajudar a gestante a se preparar, realizando todos os
cuidados durante o pré-natal, pode evitar interferências na hora do parto (MALDONADO,
1997).
De acordo a OPP (2020, p.10) a psicologia como uma ciência autonoma, tem crescido
cientificamente em diversas áreas, e isto tem feito com que as gestantes diminuam os
problemas do forúm mental através de uma intervenção psicológica. O autor acrescenta que
intervenção psicológica nos problemas de Saúde, tem sido de grande valia para a redução das
consequências a nível mental deixadas por patologia orgânica (por exemplo, neurocognitivas,
ansiedade e depressão), contribuindo não só pelo melhoramento dos paciente mais também
dos seus familiares e profissionais de saúde.

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Contextualização do problema de pesquisa

O processo de tornar - se mãe requer cuidados especiais, pois é atravessado por


alterações hormonais, psicológicas, físicas e relacionais, que passam a acontecer
gradativamente, solicitando da mulher actualizações das vivências. As alterações hormonais e
emocionais em função da gestação podem desencadear no pós-parto alterações de humor, que
geralmente iniciam entre o terceiro e o quinto dia. Durante este período, aparecem sintomas
como: tristeza, angústia, incapacidade de cuidar do filho, irritabilidade, entre outros. Pode-se
considerar que neste estado, a mulher/mãe está fixada em um lugar obscuro, que poderá
dificultar o processo da maternagem (COUTINHO & SARAIVA, 2008).

Em Angola a intervenção psicológica em mulheres gestada tem sido reduzida, por


falta de profissionais de psicologia nas unidades sanitárias, e por outra pelo pouco valor ainda
atribuido pelo ministério de tutela. Grande parte das mulheres, apresentam patologias que
necessitam de uma intervenção breve para a redução dos problemas apresentados tais como:
Eclampsia e pré - eclampsia, ameaças de aborto, depressão pós parto, má formação
congenitas, anemia e outras patologias orgânicas, mais que carecem de uma intervenção
profunda de um profissional de psicologia.

Formulação do problema de pesquisa

O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Dada as situações


elencadas, levantamos a seguinte pergunta de partida:
• Que intervenção psicológica recebem as gestantes dos 18 aos 36 anos atendidas
no Centro de Saúde de Viana II no Iº Semestre de 2023?

Objectivos do estudo

De acordo Lakatos e Marconi (2003), o objectivo de um estudo constitui um enunciado


declarativo que precisa da população alvo, e a orientação metodológica da investigação.

Objectivo geral

• Conhecer os tipos de intervenção psicológica dadas em gestantes dos 18 aos 36 anos


atendidas no Centro de Saúde de Viana II no Iº Semestre de 2022.

Objectivos específicos

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• Identificar factores importantes a ter em conta na atenção psicológica à gestantes no
Centro de Saúde Viana II.
• Descrever a aplicabilidade da intervenção psicológica à gestantes no Centro de Saúde
Viana II.
• Analisar o papel da intervenção psicológica à gestantes no Centro de Saúde de Viana.

Hipóteses

• H1: A intervenção psicológica ajuda as gestantes na compreensão das alterações


emocionais.

• H2: A falta de intervenção psicológica à gestantes condicionam o desenvolvimento


eficaz do estado psico - emocional para uma vida emocional negativa.

• H3: As gestantes submetidas à intervenção psicológica têm maior probabilidade de


não desenvolverem trauma pós-parto.

Justificativa

O tema do presente estudo foi escolhido por razões essencialmente profissionais já


que se trabalhou numa instituição onde para além do constante contacto com gestantes se
procede ao acompanhamento de saúde à gestantes. Daí o interesse que nasceu em nós, para
sabermos a importância da intervenção psicológica à gestantes.

O interesse por este tema foi também motivado pelos constantes relatos que se têm
ouvido pelos órgãos de comunicação e pelas redes sociais sobre as situações traumáticas após
o parto e a relação parteira-parturiente. Também porque se desenvolveu interesse de
aumentar os conhecimentos na área profissional sobre atenção psicológica, tornando assim o
ponto de partida para manter o interesse sobre a temática.

Relevância

Conforme fundamenta Silva (2013), nos últimos anos, muitas pesquisas têm sido
realizadas sobre a fase pré e perinatal. A Psicologia também estuda essa etapa do
desenvolvimento humano e suas implicações para mãe, feto, bebé, criança e adultos. Com
base em estudos científicos, e a própria experiência clínica no trabalho com gestantes
mostram que o preparo da gestante para o parto e para a maternidade é extremamente

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importante, de modo que esse preparo colabora para um resultado satisfatório na hora do
parto e no pós-parto e auxilia nos cuidados e no desenvolvimento da criança.

A nível teórico, o tema é importante por ser uma tentativa para testar teorias que
compreendam a intervenção psicológica à gestante no nosso contexto a fim de vermos até que
ponto pode servir de modelo explicativo sobre a nossa realidade social e académica. E, do
ponto de vista prático, o tema é importante porque pode resolver problema relacionados com
o preparo e o trauma pós-parto.

Delimitação do estudo

O presente estudo delimita-se sobre o papel da intervenção psicológica em gestantes


dos 18-36 anos de idade atendidas no Centro de Saúde Viana II, no Iº Semestre de 2023.

Estrutura do trabalho

O trabalho de pesquisa estará estruturado em três capítulos. Numa primeira fase,


apresenta-se a introdução, onde se faz o enquadramento do tema, definição do problema, os
objectivos gerais e específicos, as hipóteses, a justificativa, a relevância do trabalho,
delimitações e a estrutura da mesma.

O I capítulo - é apresentado o marco teórico da literatura científica sobre o papel da


intervenção psicológica em gestantes.

O II capítulo - trata-se da metodologia de um estudo qualitativo e quantitativo. Neste capítulo


consiste em avaliar as técnicas, procedimentos utilizados e justificar a forma metodológica
adoptada.

O III Capítulo - É feita a apresentação, análise e discussão dos resultados, culminando com a
conclusão, recomendações e as referências bibliográficas.

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CAPÍTULO I. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1.Definição de termos e conceitos

Intervenção Psicológica: O termo pode ser usado para descrever um conjunto de


procedimentos que têm como objectivo colectar dados para testar hipóteses clínicas, produzir
diagnósticos, descrever o funcionamento de indivíduos ou grupos e fazer predições sobre
comportamentos ou desempenho em situações específicas. A qualidade da intervenção
psicológica depende muito do uso de ferramentas, da validação, da adaptação, aferição e da
aplicação dos testes ou instrumentos psicológicos na prática profissional (HUTZ 2009, apud
ARAÚJO, 2007, p.298).

Gestante: É a mulher, " que durante o pré-natal, deve ser orientada sobre a alimentação e o
ganho de peso gestacional. A avaliação do estado nutricional dela consiste na tomada da
medida do peso e da altura e o cálculo da semana gestacional, o que permite a classificação
do índice de massa corporal (IMC) por semana gestacional. Conforme o IMC obtido na
primeira consulta de pré-natal, é possível conhecer o estado nutricional actual e acompanhar
o ganho de peso até o final da gestação (GOUVEIA 2020, p.6).

1.2.CONCEITO DE GRAVIDEZ

Gravidez é o período de cerca de nove meses de gestação nas mulheres, contado a


partir da fecundação e implantação de um óvulo no útero até ao nascimento. Durante a
gravidez o organismo materno passa por diversas alterações fisiológicas que sustentam o
bebé em crecimento e preparam o parto.

Segundo a OMS (2020) a gravidez é um evento resultante da fecundação do óvulo


(ovócito) pelo espermatozoide. Habitualmente, ocorre dentro do útero e é responsável pela
geração de um novo ser. Tornando –se um momento de grandes transformações para a
mulher, para seu (sua) parceiro (a) e para toda a família.

A gravidez é um período que dura cerca de 40 semanas (280 dias) e é o resultado do


processo de fecundação de um ovócito por um espermatozoide na cavidade uterina. A
gravidez envolve o desenvolvimento do feto no interior do útero de uma mulher e é um
período que se estende até a expulsão do bebê no momento do parto (RODRIGUEZ, 2012).

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Segundo Gouveia (2020, p.6). a gravidez é um momento bastante delicado na vida de
uma mulher e envolve modificações no corpo e alterações psicológicas. Diante desse
momento delicado, é importante que a mulher conheça bem as mudanças que irão ocorrer em
seu corpo durante esses meses e tenha acompanhamento especializado. Os cuidados deverão
ser ainda maiores naquelas gravidezes consideradas de risco.

De acordo a Sociedade Beneficiente Israelita Brasileira Albert Einstein (2019), “(…)


gestante é o estado em que a mulher se encontra durante o período de crescimento e
desenvolvimento do embrião dentro de si.”

Deste modo, para Paim (1998) apud Oliveira (2008, p. 95), “a gravidez e a
maternidade são fenômenos biológicos, que também abrangem dimensões culturais,
históricas, sociais e afetivas” pois, apesar de só as mulheres engravidarem, os significados de
uma gravidez são construídos diante de experiências e contextos social, cultural e econômico.

Neste sentido, Badinter (1985) fazem uma crítica a ideia de que a mulher é
universalmente feita para ser mãe e ainda mais, uma boa mãe e que, portanto, desviar-se disso
caracteriza uma natureza anormal ou patológica. Facto é as etapas da gestação, parto e o pós-
parto são períodos em que a mulher e seus familiares sofrerão intensas transformações, e que
cada gravidez em cada mulher é única, e marca uma transição onde mudanças corporais
expressam, molda e reflete modificações psíquicas.

1.2.1. SINTOMATOLOGIA DA GRAVIDEZ

De acordo com Gonçalves (2012) durante a gestação, o corpo da mulher irá passar por
mudanças para se adaptar à chegada de uma nova vida. Inicialmente, essas modificações
podem desencadear alguns sinais que fazem com que a mulher suspeite de uma gravidez.
Entre os principais sinais de uma gravidez, podemos citar:

• Atraso menstrual, aumento do volume dos seios, hipersensibilidade dos mamilos,


aumento do volume abdominal, aumento do sono, aumento da fome, náuseas,
vómitos, tonturas e cansaço.

Vale destacar que a presença desses sinais não representa necessariamente uma
gravidez, entretanto, esses são sinais de alerta e indicam a necessidade de realizar-se uma
consulta médica para confirmar ou descartar essa hipótese. Um início precoce do pré-natal é
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fundamental para prevenir complicações, sendo recomendado que o pré- natal seja iniciado
até a 12ª semana (GONÇALVES, 2012, p.32).

1.2.2. IMPLICAÇÕES DA GRAVIDEZ

A gravidez acarreta transformações físicas e psicológicas, que geram conflitos


sentimentais por saber que desempenhará o papel de mãe. Nesta fase a gestante passa por
várias dificuldades primeiramente físicas pelo facto de acarretar dentro do seu ventre um
outro ser, e psicológicas porque não sabem de antemão quais as reações advindas durante a
fase de gestação, que pode ser prematura.

Segundo Costa et al (2010, p.2) a gravidez acarreta alterações emocionais e


fisiológicas na mulher, pois ocorrem mudanças no corpo, no âmbito familiar e nas relações
interpessoais. Assim, a adaptação psicológica às novas condições estabelecidas diante de uma
gravidez requer uma reflexão da gestante e dos profissionais de saúde diante desse ciclo vital.

Isto quer dizer que a gravidez apresenta várias mudanças sejam físicas como
psicológicas e que diante desta situação os profissionais de saúde nas suas várias vertentes
devem ajudá-la a enfrentarem este ciclo de vida.

De acordo com Braga et al (2008, p.82) « A descoberta da gravidez actua como factor
gerador de intensa angústia. A família é um dos primeiros obstáculos que a jovem precisa
vencer. Os pais de modo geral sentem-se desorientados sem saber como agir em relação ao
problema que, na maioria das vezes, é tratado com agressividade e sem estrutura ».

Isto quer dizer qua a gravidez nem sempre é motivo de alegria tanto pela mãe como os
familiares. Para as gestantes na fase dos 18 aos 20 anos pode ser gerador de angústia
( estresse, ansiedade, depressão), porque não sabe como os pais reagirão a essa notícia. Por
sua vez os pais sentem - se desorientado na resolução deste problemas, surgindo assim
conflitos entre ambos, principalmente quando o parceiro não aceita a paternidade.

Para Silva et al ( 2009, p.92) a gestante sofrerá vários malefícios que deixarão marcas
em sua evolução psiquica e social. Principalmente as primiparás mais jovens antes dos 25
anos de idade, por ser um processo de mudanças tanto físicas como psicológicas, o que
dificulta a decisão de ter um bebé, pois envolve muitas renúncias; por isso, o apoio familiar (
emocional e financeiro) é importante».

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Dentre vários problemas comumente relacionados com a gravidez, como afirmam
Faria & Moré (2012, p.597) destacam-se os riscos para a saúde de mãe e filho, o baixo nível
socioeconómico, o ínicio precoce de relações sexuais, violência sexual entre mulheres,
sofrimento psíquico e dificuldades na adoção de comportamentos contraceptivos, que se
constituem como experiências subjectivas e graduais, adquiridas ao longo do tempo. O autor
acrescenta que:

“ Além dos impactos em curto prazo, a gravidez também tem sido associada a dificuldades
que continuam a repercutir no desenvolvimento do núcleo familiar, ao longo dos anos. Dentre
as principais, podem-se citar os temores em serem desacreditadas por pais e profissionais em
sua capacidade de cuidar do filho, desemprego, ingresso precoce no mercado de trabalho não
qualificado, dificuldades para continuar os estudos, evasão escolar, sentimentos de perda,
tristeza, solidão e isolamento, maus tratos infantis e separação conjugal “.

Isto quer dizer que a gravidez, não gera apenas problemas físicos mais também
problemas psicossociais tanto para a jovem grávida quanto para seus familiares. Tal facto está
associado a liberdade e o início precoce da vida sexual que levará ambos a repercussões,
surgindo desta feita consequências psicológicas como a tristeza, a solidão, abandono por
parte dos pais ou conjugue e sentimentos de perda.

De acordo com Rodrigues (2010) a gravidez mal vigiada, têm sido associada à maior
morbilidade materna e fetal podendo interferir negativamente no desenvolvimento pessoal e
social sendo considerada um problema de saúde publica. O autor acrescenta que:

“ As complicações mais associadas com a gravidez são a pré eclampsia, a anemia, as infecções,
o parto pré termo, as complicações no parto e puerpério e perturbações emocionais bem como
associadas a decisão de abortar e outras factores de riscos tais como: o abandono escolar, o
baixo nível de escolaridade, companheiro e família, a ausência de planos futuros, a repetição de
modelos familiares [...] a baixa auto estima, o abuso de álcool e drogas, a falta de
conhecimentos a respeito da sexualidade e o uso inadequado de contracepção”
(RODRIGUES, 2010, p.28)

Figueiredo (2000, p.486) “ Conclui - se que a maternidade afecta negativamente e a


diversos níveis, particularmente nos dominios educacional, aos jovens dos 18 aos 22 anos,
como (menor progressão educativa), socio-económica (pobreza), ocupacional (desemprego),
social (monoparentalidade) e psicológico (por exemplo, depressão, baixa auto estima e
isolamento social)”.

Isto quer dizer que na questão social, muitas perdem suas expectativas frente ao
futuro: aquelas que estavam estudando ou trabalhando deixam os estudos ou acabam

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abandonando o trabalho, causando dificuldades financeiras e uma marginalização social
dessas mães, principalmente na adolescência.

A complexidade da gravidez não pode ser encarada de forma fragmentada, sem a


inclusão do pai do bebé e dos seus familiares. É importante que se considere este evento sob
o aspecto biopsicossocial e que se ofereçam programas de atendimentos especializados e
diferenciados, buscando um entendimento da múltiplas extensões e implicações de estar
grávida nesta fase da vida. ( SANTOS, 2003 apud FREITAS, 2007, p.49)

Braga et al (2008, p.82). afirmam que « algumas complicações clínicas são melhores
observadas durante a gravidez, tais como: distocias de contrações, anemia, baixa resistência a
infecções, hipertensão, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, infecções urinárias entre outros».

De acordo o autor acima mencionado as complicações maternas médico - obstétricas


da gravidez mais frequentemente incluem aborto espontâneo ou provocado, anemia, distocias
de parto e hipertensão gestacional. Destas, sem dúvida, a complicação que mais se associa a
danos físicos e psicológicos é o aborto.

Na visão de Freitas (2008, p.112):

“ A gravidez associa se a um risco suicida elevado, tanto durante a gestação quanto no pós-
parto, paralelamente a uma maior incidência de depressão e uma percepção negativa da rede
social de apoio, apesar de haver poucos estudos epidemiológicos que forneçam dados sobre
ansiedade, depressão e ideação suicida. Os filhos de mães jovens, principalmente adolescentes
têm maior probabilidade de apresentar baixo peso ao nascer e, consequentemente, maior
probabilidade de morte do que os filhos de mães com 20 anos ou mais. A taxa de prematuridade
também é mais alta nesse grupo, aumentando o risco de mortalidade peri - natal”.

A gravidez tem representado uma situação de risco, e tem sido mais agravante nas
situações em que a mãe é adolescente. Levando assim a um elevado número de adolescentes
com depressão e outros transtornos psicológicos, e muitas das vezes leva a suícido tanto
durante ou após parto. Por outro lado, nesta fase os filhos de mães com maior de 20 anos, tem
maior probabilidade de nascerem saudáveis em relação a mães menores de 20 anos,
aumentando assim o risco de nascerem mortos.

Frizzo et al (2005, p.15) “A gravidez não planejada principalmente na adolescência


parece contribuir para o aumento demográfico, favorecer o abandono, ser responsável por um
terço dos abortos realizados no mundo, contribuir para o aumento de taxas de morbi-
mortalidade materna”.

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Para Frizzo et. al, (2005,p.15) Tem mostrado que as mulheres gestantes,
principalmente na adolescência estariam mais propensas a complicações obstétricas do que
mulheres adultas, bem como seus bebés tem mais tendência a prematuridade, baixo peso ao
nascer, asfixia, doenças hemolíticas e infecções diversas. Além disso, a não planejada na
adolescência tende a estar associada a desorganização familiar, pobreza, desemprego, falta de
esperança no futuro e a um ciclo de interrupção da instrução escolar e da não realização
profissional, com marginalização social das mães.

Além disso, o risco de engravidar pode estar atrelado a uma menor autoestima, a um
funcionamento familiar inadequado, à grande permissividade da família moderna ou à baixa
qualidade de seu tempo livre ( BALLONE, 2003 apud ZANIN 2011, p.90).

1.3. MUDANÇAS PSICOLÓGICAS DURANTE A GRAVIDEZ

A gravidez é um estágio especial na vida da mulher, mas algumas grávidas têm


dificuldade para lidar com a pressão. De facto, esse período é caracterizado por
distúrbios e mudanças físicas, fisiológicas e psicológicas. Certamente, a gestante sofre
muitos distúrbios e mudanças psicológicas, tais como a sensação de cansaço ou a
depressão intensa. As mudanças do corpo, o medo do parto e as dúvidas sobre a
capacidade de ser mãe provocam ansiedade nas futuras mamães. Infelizmente, as
mudanças psicológicas durante esse período são intensas e, muitas vezes, preocupantes .
No decorrer dessa fase, é possível experimentar grandes distúrbios psicológicos, tais
como ansiedade, depressão ou fadiga psicológica. (SUOMI, 2021)

Já Raissa (2016,p.12) afirma que os primeiros estudos sobre os aspectos psicológicos


da gravidez surgem com Freud e a Psicanálise, através do reconhecimento do inconsciente e
do aparelho psíquico, suas funções e seus desvios. Nesse período da vida da mulher, é
comum a presença de sentimentos de angústia e conflitos ligados à sexualidade, à identidade
sexual e ao narcisismo, sendo representado por um grande investimento de energia no próprio
ego e utilização intensificada de recursos de pensamento, imaginação e fantasia. As
mudanças psicológicas durante a gravidez são:

1.3.1 Mudanças de humor

As mudanças de humor da gestante geralmente aparecem sem qualquer lógica


particular. Elas são fortemente influenciadas por distúrbios hormonais durante o primeiro

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trimestre da gravidez, responsáveis por alterar o comportamento da mulher, sua
percepção das coisas e seu humor.

No entanto, as mudanças de humor da gravidez podem ser difíceis de lidar, pois


geralmente se manifestam por meio de desejos estranhos, tais como a aversão a certos
odores ou alimentos, náuseas e vômitos no período inicial. Essa fase geralmente é
marcada por questionamentos, dúvidas sobre a gravidez, emoções, ansiedades e medos
que podem causar distúrbios sérios. (CDUQUE, 2008)

1.3.2 Depressão

A depressão é uma doença que afeta pensamentos, acções e sentimentos. Algumas

mulheres grávidas são mais vulneráveis à depressão nessa fase de suas vidas e passam a

experimentar um sofrimento real.

Além disso, as alterações hormonais durante a gravidez muitas vezes causam


depressão e ansiedade. Tensões na relação ou dificuldades entre o casal, juntamente com
o desconforto físico, podem causar depressão na gestante. É necessário tratar a depressão
durante a gravidez porque ela pode causar sérios problemas para a mãe, tais como aborto
espontâneo ou parto prematuro. Por consequência, também traz problemas para a
criança, como dar à luz um bebê com pouco peso (CDUQUE, 2008).

1.3.3 Ansiedade

Segundo Araújo (2007) o corpo da mulher passa por transformações e mudanças

que podem interromper a sua vida cotidiana. Além disso, as alterações hormonais às

vezes aumentam a instabilidade emocional. Por isso, algumas mulheres sofrem de

ansiedade. Como mencionamos anteriormente, as mulheres grávidas experimentam

intensos distúrbios psicológicos durante os últimos meses de gravidez. Esse período traz

muitas questões e preocupações, entre as quais podemos destacar:

• Medo de aborto espontâneo.


• Medo do parto.
• Preocupar-se com o bebê não ter uma boa saúde.
• Medo de perder o bebê.
• Incerteza quanto à possibilidade de não ser uma boa mãe.

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1.3.4 Fadiga psicológica

De acordo com Araújo (2007,p.34) as futuras mães experimentam mudanças no


seu estado físico e psicológico durante os três trimestres da gravidez. Estas são as
principais características de cada etapa:

• Primeiro trimestre de gravidez: hormônios como a progesterona causam


mudanças nos padrões de sono. Além disso, náuseas e vômitos são comuns
durante esse período. As mulheres sentem uma forte fadiga fisiológica, com uma
vontade irresistível de dormir.

• Segundo trimestre de gravidez: o nível de progesterona diminui. Assim, as


gestantes experimentam menos fadiga, os vômitos finalmente param e os
distúrbios do sono são menos frequentes. No entanto, a fadiga pode aumentar em
caso de deficiência de ferro.

A gestante pode ter uma acentuada fragilidade emocional e grandes alterações


hormonais durante esses nove meses. A futura mamãe está sujeita a mudanças
importantes e a distúrbios psicológicos intensos. Por isso, ela precisa de apoio, tanto
físico quanto emocional. O papel desempenhado pelo parceiro é essencial (ARAÚJO,
2007 ).

De acordo Raíssa (2016) a mulher gestante, durante o ciclo gravídico - puerperal


(época considerada de transição, devido a mudanças que a atingem nos aspectos fisiológico,
psicológico e social), enfrenta uma crise caracterizada pela reativação de seus conflitos com
suas figuras parentais. Ela já esteve no papel de filha e é do conjunto da constelação de
sentimentos hostis e amorosos em relação aos pais, e em particular à mãe, que podemos
entender o curso psicológico da gestação actual.

Para Gonçalves (2016, p.32) A gestante experimenta uma ampla variedade de


emoções, como introversão e passividade, uma vez que os conteúdos internos ganham
destaque sobre o mundo externo, ambivalência afetiva, representada nas díades querer/não
querer, poder/não poder estar/não a/não estar grávida, mudanças bruscas de humor,
inquietação, irritabilidade, preocupação e depressão, que são reflexos da ansiedade que sente.
Além disso, deve ajustar-se à mudança de imagem de si mesma e acatar a ideia da chegada de
um novo membro que vem alterar a estrutura familiar. Esses conflitos são geralmente

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situacionais e transitórios, mas a ansiedade não controlada pode levar ao desajustamento
emocional em relação à gravidez e à relação mãe-filho.

As mudanças psicológicas mais comuns durante esse período é a depressão, cujas


principais características são humor deprimido, instabilidade emocional, irritabilidade,
lentidão para responder aos estímulos diários e ideias suicidas, influenciando negativamente a
gestação. Por ser um período de grande ansiedade, a mulher pode tornar-se mais vulnerável
ao desenvolvimento de perturbações emocionais, sendo essa fase considerada a de maior
incidência de transtornos psíquicos. As gestantes com episódios de depressão fora da
gestação, ou que tiveram depressão pós-parto em gestações anteriores, bem como as que
sofreram abuso físico, verbal ou sexual, são mais susceptíveis ao desenvolvimento desses
distúrbios, tais como transtornos de ansiedade, depressão, transtorno afetivo bipolar,
transtornos psicóticos, depressão e psicose puerperal (pós-parto) (BAPTISTA, 2006).

É importante reiterar o papel fundamental da família, passando a segurança de que


essa mulher necessita através do apoio e da compreensão para lidar com os sentimentos
negativos e com a culpa de não estar sentindo o “sentimento de completude e realização de se
tornar mãe” idealizado e propagado pela sociedade. Quando nasce um bebê também nasce
uma mãe, ou seja, do mesmo modo que o recém nascido leva um tempo para habituar-se a
sua nova rotina essa “mãe recém nascida” precisa ser aceita e compreendida para poder
adaptar-se e assumir psiquicamente esse novo lugar ( BAPTISTA, 2006).

1.4. A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA NO ATENDIMENTO À GESTANTES

Neste contexto de gravidez, a atuação deste profissional, junto a este público é de


suma importância, pois as fases da gestação, parto e pós-parto exigem certa elaboração
psíquica e uma reorganização por parte da gestante. A intervenção psicológica nestes
aspectos são importante, pois pode oferecer uma escuta qualificada e diferenciada no
processo da gestação, um espaço para que mãe possa expressar seus medos, suas ansiedades
(FRAGALE, 2014).

Segundo Campos (1995), o psicólogo não só deve diagnosticar e classificar, como


tem que entender, compreender o que está envolvido na queixa e no sintoma, isto é, o que não
está manifesto. Tanto o paciente quanto sua família necessitam ser preparados para a
internação hospitalar, pois precisa-se um tempo para a elaboração do processo, esclarecendo

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ao paciente e sua família sobre os aspectos da hospitalização, a rotina do hospital, o tempo de
internação, etc. As explicações iniciais devem ser dadas pelo médico, sendo reforçadas pela
equipe, incluindo o psicólogo, que contribuirá para diminuir a ansiedade do paciente.

Na perspectiva de Santos (2011,p.32) a partir de como o profissional enxerga o


cliente, vai estruturar o relacionamento de dois modos: o modo assimétrico, onde o
profissional se vê superior ao cliente que é indefeso, fraco e submisso, ou o modo simétrico,
onde coloca o profissional e o cliente numa posição de igualdade, respeito e confiança, essa
relação simétrica possibilita um desenvolvimento emocional para ambos. Simbolicamente o
trabalho clínico do obstetra e do psicólogo são semelhantes. No momento do parto, o obstetra
tem a função de ajudar a mãe a dar a luz, mas ele não pode ter o filho no lugar da mãe. No
atendimento psicológico, a função do psicólogo é estar presente, facilitando o processo do
renascimento do cliente, mas não é o psicólogo que cria o novo ser. A assistência realizada
pelo psicólogo no hospital objetiva o alívio emocional do paciente e de sua família, onde a
ajuda implica a mobilização de forças, em que a angústia e ansiedade estão presente.

Para Ferreira (2021,p.41) afirma que a prática é um complemento do pré-


natal convencional, em que a gestante recebe um acompanhamento médico para verificar sua
saúde e a do bebê. O pré-natal psicológico tem como objectivo oferecer um suporte
emocional às mulheres durante o período gestacional e o puerpério, de modo a informar e
instruir as futuras mães.

Por meio de um acompanhamento psicoterapêutico, tanto a gestante quanto o pai do


bebê podem passar por esse processo de preparação psicológica. O atendimento, que é feito
para oferecer maior humanização no processo gestacional, ocorre desde o início da gravidez
até um semestre após o nascimento da criança. O acompanhamento pode ser de maneira
individualizada ou em grupos, permitindo até mesmo a presença de familiares.O apoio
psicológico no pré-natal é feito por profissionais capacitados e especializados nessa área,
conhecidos como psicólogos perinatais. Por meio da escuta qualificada, mãe e pai são
orientados em relação às suas novas funções. O que proporciona o desenvolvimento
emocional dos pais e seus vínculos com o recém-nascido (FERREIRA, 2021).

O mesmo autor afirma que as dúvidas mais comuns trazidas pela gestante nesse
acompanhamento envolvem questões relacionadas às mudanças que a chegada do bebê trarão
à sua vida. Além da preocupação se ela será capaz de dar conta de tudo e ser uma boa mãe.

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Outras questões recorrentes têm ligação com o parto (normal ou cesárea) ou com a
amamentação. O pré-natal psicológico é essencial para que a mãe tenha uma óptima relação
com a criança e a própria gestação. Também ajuda a mulher a lidar com seus desejos,
superações e expectativas. Além de prepará-la para qualquer intercorrência que possa
acontecer (FERREIRA, 2021).

Os cuidados com a saúde mental são importantes em todas as fases da vida, sendo
ainda mais indispensáveis na gestação. Afinal, nesse período o emocional materno vai
impactar de maneira direta a saúde do bebê que está em formação no ventre da gestante. É
por isso que passar por essa fase com mais tranquilidade é importante para que ela se sinta
acolhida e respeitada. A tranquilidade é imperativa para que a mãe tenha uma boa gravidez.
Então, antes de falar de terapia, a melhor maneira da gestante manter a saúde mental é estar
longe de stress, conflitos e, principalmente, ambientes violentos” (BRAGA, 2021).

Isso não significa que a mulher grávida não pode passar por momentos de tristeza ou
chorar. Trata-se de algo comum, principalmente devido às mudanças hormonais e incômodos
que acontecem na gestação. Porém, é preciso tomar cuidado para que não haja um
agravamento do quadro. O que pode afetar o lado psicológico da mulher de forma séria;
causando pânico e a depressão no pós-parto, por exemplo. É fundamental que a gestante
sinta-se disposta e confortável para participar do pré-natal psicológico. Assim, ela poderá
receber o apoio de mulheres que passaram ou estão passando pela mesma situação. Sendo
ouvida sem julgamentos ou pressões (BRAGA, 2021).
1.5. Intervenção Psicológica no Puerperio

De acordo a OPP (2020, p.10) as recomendações para uma intervenção psicológica


em gestantes devem ser as seguintes:

❖ Promover a regulação emocional e monitorizar as alterações emocionais - É natural


que a puérpera se sinta cansada, incapaz, irritada, zangada, culpada, injustiçada. A
existência de medidas de distanciamento entre a mãe e o bebé, poderão ser percebidas
como barreiras ao estabelecimento da relação, impactando negativamente o estado
emocional. Mantenha-se atento à vulnerabilidade psíquica inerente ao período pós-
natal. Monitorize alterações emocionais como hipersensibilidade, alterações de
humor, falta de confiança, sentimentos de incapacidade, perturbações do apetite ou

15
sono, decréscimo de energia, sentimentos de inadequação e culpa, pensamentos
recorrentes sobre morte e ideação suicída e rejeição do bebé.
❖ Desenvolver e implementar intervenções de prevenção e promoção da Saúde
Psicológica no puerpério - Disponibilize intervenções, para pais e bebés,
preferencialmente utilizando meios de comunicação à distância, durante o primeiro
ano de vida.
❖ Reforçar a necessidade de manter os procedimentos previstos para o acompanhamento
de saúde no período do puerpério – para a grávida e para o bebé, nomeadamente no
que diz respeito à realização de exames de saúde, vigilância do desenvolvimento e
vacinação. Reforce a importância da ligação afectiva entre os pais e o bebé, mesmo
quando é necessário encontrar formas alternativas para a expressar. Lembre-os que a
ligação afectiva não é maior ou menor com a pandemia e as restrições que esta possa
impor.
❖ Considerar as necessidades psicológicas e de adaptação à parentalidade por parte do
pai. O puerpério também é um período sensível para o pai, potencialmente acentuado
pela possibilidade de vivenciar sentimentos de frustração e impotência relacionados
com a vontade de prestar um apoio de proximidade física sem que seja possível fazê-
lo. Os pais podem sentir-se emocionalmente distantes da díade mãe-filho e terem
dificuldades de adaptação ao novo papel na relação e na parentalidade. Mostre-se
disponível para escutar, esclarecer e apoiar.

16
CAPÍTULO II – METODOLOGIA DE ESTUDO

A metodologia desempenha um papel fundamental na realização de um trabalho. É o


modo científico utilizado para obter conhecimento da realidade empírica, ou ainda, pode ser
definida como um processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O
objectivo fundamental da pesquisa científica é encontrar respostas paraproblemas. A
metodologia é o caminho que nos conduz de um ponto para outro (SEVERINO, 1984 p.89).

A metodologia é definida por Vergara (2007, p. 37) como uma forma lógica de
pensamento para se buscar determinado resultado ou objectivo. Para a autora a pesquisa
científica serve para dar credibilidade e embasamento em uma resolução de problemas e
busca de significados com base em métodos científicos.

Este capítulo aborda a metodologia de pesquisa utilizada para a realização dos


objectivos propostos neste projecto. Para tal, nos baseamos nos objectivos específicos que
nos conduziram ao objectivo geral desta pesquisa, com finalidade de conhecer o papel da
intervenção psicológica em gestantes.

2.1. Desenho de Pesquisa

Neste projecto foram utilizados dois tipos de pesquisa, a pesquisa quantitativa e a


pesquisa qualitativa.
Segundo Coutinho (2013,p.60), falamos em pesquisa qualitativa quando realizamos
uma análise documental como início de pesquisa. Baseando-se em consultas e análises de
fontes diversas de informação a fim de se verificar o que já existe sobre o tema em questão.
Para que a revisão de literatura seja muito bem concretizada, foi necessário recorremos a
fontes de informações primarias (bibliografias, imprensa e eletrónicas) e secundarias, livros,
bibliotecas, dissertações e teses e muitas outras que nos permitam concretizar o trabalho com
excelência.
Trata-se de uma pesquisa quantitativa pois recorremos aos inquéritos por
questionários (baseados em perguntas abertas e fechadas) como técnicas de investigação
quantitativa. Na visão de Lundin (2016, p.199), para a pesquisa quantitativa, o objectivo do
pesquisador é, muitas vezes, verificar o grau “de certo ou errado” dos dados recolhidos, para
modificar ou oferecer novas bases para uma teoria já existente. Este objectivo é alcançado

17
deductivamente, a partir de hipóteses derivadas desta teoria e dos dados recolhidos pelo
pesquisador para testar estatisticamente as hipóteses.

Este trabalho foi desenvolvido através de pesquisa exploratória e bibliográfica. Que se


pretende realizar com características particulares reflexivas baseadas em fontes teóricas, isto
e, buscamos subsídios bibliográficos posteriormente recorrer a um trabalho de campo.
2.2 Área de Estudo

O estudo foi realizado no Centro de saúde de Viana II, localizada em Luanda, no


Município de Viana.

2.3 População e Amostra

Segundo Lakatos (2003), a população é definida como o conjunto de elementos que


apresentam características comuns e que os identificam como pertença daquela população e
característica que os diferenciam de outras populações. Para o estudo em questão temos uma
população constituída por aproximadamente 45 gestantes atendidas no Centro de Saúde de
Viana II.

Para Lakatos & Marconi (2003) a amostra é uma parcela conveniente selecionada do
universo, ou um subconjunto do universo. Assim a nossa amostra foi de 30 pacientes, os
quais foram inqueridas através de um questionário.

2.4 Instrumentos de Recolha de Dados

Dados demográficos como a idade, estado civil, moradia, escolaridade, melhorias,


intervenção psicológica foram extraídos dos inquéritos respondidas pelas gestantes e
preenchidos pelo autor.

2.5 Validade e Confiabilidade em Pesquisa


Este trabalho foi elaborado mediante processos estatísticos, suportados com a revisão
bibliográfica de diferentes autores que abordaram questões relacionadas a intervenção
psicológica em gestantes.
2.6 Limitações
A limitação do presente estudo está relacionada aos erros que possamos ter cometido
involuntariamente, tendo em conta as técnicas utilizadas na recolha de dados, aplicação,
análise e interpretação dos resultados. Por esse motivo gostaríamos antecipadamente de pedir

18
aos nossos leitores que considerem os resultados com toda a cautela científica na medida em
que não se trata de um trabalho acabado, pelo que, agradecemos as críticas construtivas que
possam melhorar os futuros trabalhos.

2.7 Análise dos Dados

Tendo em posse o material colectado a informação foi verificada de forma crítica a


fim de detectar falhas e erros, evitando informações confusas, distorcidas, incompletas que
poderão prejudicar o resultado da pesquisa. A análise feita de forma descritiva.

2.8 Codificação dos Dados

Após a colecta de dados, os mesmos foram organizados e classificados de forma


sistemática, passando pelas etapas de selecção, codificação e tabulação. A tabulação foi
executada com ajuda de programas informáticos, como Word e Excel, onde foram elaboradas
tabelas e gráficos.

2.9 Ética em Pesquisa

Para a realização deste estudo terá tida em consideração a autorização institucional


que será pedida através de uma Carta redigida pela área académica instituto superior
politécnica atlântida, com aprovação e autorização do director do Centro de Saúde de Viana
II, na qual se realizou a colecta de dados.

19
CAPÍTULO III - APRESENTAÇÃO, ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E DISCUSSÃO
DOS RESULTADOS

Apresentamos nesse capitulo, os resultados obtidos em todo o nosso processo


investigativo. Para análise e elaboração dos gráficos foi usada a ferramenta Excel da
Microsoft Office 2019.

Tabela 1: Distribuição da amostra segundo a Idade.

IDADE Frequência Percentagem


18 – 24 anos 14 47%
25 - 30 anos 9 30%
31 - 36 anos 7 23%
Total 30 100%
Fonte: Dados da pesquisa 2023

Gráfico 1: Distribuição da amostra segundo a Idade.

IDADE

31-36
23%
18-24
18-24
47%
25-30 25-30
30% 31-36

Fonte: Dados da pesquisa 2023

Em relação a idade, como se observa na nossa amostra, a maior relevância vai para as
gestantes dos 18-24 anos com 47% da amostra, dos 25-30 anos com 30%, e dos 31-36 anos
com uma percentagem de 23%. Num estudo realizado por Michele & Carla (2008, p.865) em
gestantes dos 19 aos 40 anos de idade, a maior relevância foi das gestantes dos 24 anos de
idade como maior amostra em estudo.

20
Tabela 2: Distribuição da amostra segundo o Estado Civil.

Estado Civil Frequência Percentagem


Solteiras 18 60%
Maritalmente 5 17%
Casadas 7 23%
Total 30 100 %
Fonte: Dados da pesquisa 2023

Gráfico 2: Distribuição da amostra segundo o Estado Civil.

Estado Civil

23%

Solteira
17% 60% Maritalmente
Casada

Fonte: Dados da pesquisa 2023

No que tange ao estado civil, encontra-se distribuido da seguinte forma: Solteira com
maior percentagem (18) 60% da amostra, Casada com (7) 23%, e os que vivem maritalmente
com (5) 17% da nossa amostra. Segundo a pesquisa de Alexandre & Tedesco (2005,p.385)
afirmaram que em pesquisas feitas em jovens, na maioria das vezes as solteiras predominam.
Por serem jovens e muitas serem abondonadas pelos parceiros depois da gravidez.
Concordando com a nossa pesquisa que as gestantes solteiras estão predominantes neste tipo
de pesquisa.

21
Tabela 3: Distribuição segundo a Escolaridade

Escolaridade Frequência Percentagem


Sem escolaridade 4 13%
Ensino Primário 5 17%
I Ciclo 9 30%
II Ciclo 8 27%
E. Superior 4 13%
Total 30 100 %
Fonte: Dados da pesquisa 2023

Gráfico 3: Distribuição segundo a Escolaridade

Escolaridade

13% 13%
Sem escolaridade
17%
Ensino Primário
27%
I Ciclo

30% II Ciclo
Ensino Superior

Fonte: Dados da pesquisa 2023

Conforme notamos dentro da amostra estudada, o nível acadêmico que mais


predominou foi o I Ciclo com 30%, seguido do II Ciclo com 27%, o ensino primário com
17%, as gestantes sem escolaridade e ensino superior com 13% cada da amostra em estudo.

Segundo o trabalho realizado por Alexandre & Tedesco (2005, p.385) alegam que as
gestantes que mais predominaram na pesquisa foram aquelas que tinham passado o ensino
primário completo.

22
Tabela 4: Distribuição da amostra segundo a Morada

Morada Frequência Percentagem


Capalanga 2 7%
Estalagem 8 27%
Luanda Sul 14 46%
Zango I 6 20%
Total 30 100 %
Fonte: Dados da pesquisa 2023

Gráfico 4: Distribuição da amostra segundo a Morada

Morada

7%
27%
Capalanga

46% Luanda- Sul


20% Zango I
Estalagem

Fonte: Dados da pesquisa 2023

Por se tratar de uma pesquisa realizada no Centro de Saúde a nível primário, onde
prestam os cuidados primários à gestantes, restringimos em efetuar este item somente no
município. Desta feita ficou destribuido da seguinte forma: Luanda Sul com 46%, Estalagem
com 27%, Zango I com 20%, e Capalanga com 7% da amostra.

23
Tabela 5: Distribuição da amostra segundo o Número de Gestação

Número de Gestação Frequência Percentagem


Primigesta 19 63%
Multigesta 11 37%
Total 30 100 %
Fonte: Dados da pesquisa 2023

Gráfico 5: Distribuição da amostra segundo o Número de Gestação

Gestação

37%
Primigesta
63%
Multígesta

Fonte: Dados da pesquisa 2023

Segundo o número de gestação, as gestantes que eram a primeira vez, isto é


primigesta, representavam 63% da amostra, e as Multigesta, mulheres que estavam na
segunda e terceira gestação com 37% da amostra.

Estudos realizados por Michele & Carla (2008, p.866), afirmaram que numa amostra
de 25 gestantes que participaram em um estudos em grupos, 18 eram primiparas e 7
multíparas. Corroborando com a pesquisa realizada no Centro de Saúde de Viana II em
relação ao número de gestações, predominando as primiparas com 63% da amostra total.

24
Tabela 6: Distribuição da amostra segundo as Síndromes Psicológicas.

Síndromes Psicológicas Frequência Percentagem


Tristeza 6 20%
Medo 13 43%
Ansiedade 3 10%
Depressão 6 20%
Trauma 2 7%
Total 30 100 %
Fonte: Dados da pesquisa 2023

Gráfico 6: Distribuição da amostra segundo as Síndromes Psicológicas.

Síndromes psicológicas

7% 20%
20% Tristeza
Medo
10% Ansiedade
43% Depressão
Trauma

Fonte: Dados da pesquisa 2023

No que diz respeito as síndromes psicológicas encontradas nas gestantes, o medo


predominou com 43%, a tristeza e a depressão com 20% cada, a ansiedade com 10%, e o
trauma com 7% da nossa amostra. Muitas pesquisas abordam sobre as síndromes psicológicas
em gestantes.

Segundo um estudo realizado por Antoniazzi et. al (2019, p.193) a depressão é uma
das patologia que tem acometido as gestantes, seguido pelos transtornos de ansiedade. No
nosso estudo aparece o medo como síndrome predominante, seguido pela depressão e
ansiedade. De salientar que o medo predomina por factores a falta de humanização dos
cuidados de saúde, número reduzido de profissionais, falta de equipamentos, etc.

25
Tabela 7: Amostra segundo o atendimento psicológico

Intervenção Psicológica Frequência Percentagem

Sim 30 100%
Não 0 0%

Total 30 100 %

Fonte: Dados da pesquisa 2023

Gráfico 7: Amostra segundo o atendimento psicológico

Atendimento Psicológico

0%

Sim
Não
100%

Fonte: Dados da pesquisa 2023

No que diz respeito ao atendimento psicológico, 100% das gestantes tiveram


intervenção com o psicológo. De acordo o psicólogo da instituição, isto acontece por ser um
Centro de saúde, todas as gestantes com ou sem complicações obstétricas, são acompanhadas
nesta unidade hospitalar, tendo mais tempo em ouvi -las. Os casos graves são transferidos
para as unidades sanitárias de grande porte, onde são seguidas até o nascimento do bebé.

26
Tabela 8: Amostra segundo a Intervenção Psicológica

Intervenção Psicológica Frequência Percentagem

Aconselhamento 23 77%
Relaxamento 7 23%

Total 30 100 %

Fonte: Dados da pesquisa 2023

Gráfico 8: Amostra segundo a Intervenção Psicológica

Intervenção Psicológica

23%

Aconselhamento
77% Relaxamento

Fonte: Dados da pesquisa 2023

No que diz respeito a intervenção psicológica, o aconselhamento psicológico foi a


técnica mais utilizada pelo profissional de psicologia com 77%, e o relaxamento foi a
segunda técnica utilizada com 23% nas mulheres gestantes.

Pesquisas realizadas pela ordem dos psicólogos Portugueses (2020) afirmam que as
terapias grupais é uma das terapias mais eficazes nas interconsultas. Caso não houver
gravidade, as parturientes devem ser orientadas, através de palestras, Consultas de casais e
consultas individuais.

27
Tabela 9: Amostra segundo a Melhoria

Melhoria Frequência Percentagem

Sim 22 73%
Não 8 27%
Total 30 100 %

Fonte: Dados da pesquisa 2023

Gráfico 8: Amostra segundo a Melhoria

Melhorias

27%

Sim
73% Não

Fonte: Dados da pesquisa 2023

No que diz respeito a melhoria depois da intervenção realizada, as gestantes que


melhoraram com a intervenção realizada correspondem a 73%, e os que afirmaram não obter
melhorias com 27% da amostra. De acordo com Antoniazzi et. al (2019,p.204) alegam que a
intervenção psicológica ajuda na melhoria do bem estar emocional das gestantes, e que o
papel do psicólogo tem sido indispensável.

28
CONCLUSÃO

Esta pesquisa objectivou descrever o papel da intervenção psicológica em gestantes


dos 18 aos 36 anos de idades atendidas no Centro de saúde de Viana II no I semestre de 2023.
De acordo com a pesquisa, a intervenção psicológica em mulheres gestantes tem
desempenhado um papel importante, visto que a gravidez representa risco para a mãe e o
feto. Muitas das mulheres nesta fase apresentam complicações obstétricas que podem resultar
em aborto ou mesmo morte.

Constatamos que as complicações apresentadas pela gestantes são devido a falta de


cuidados, e o não cumprimento das recomendações médicas, provocando assim pré
eclampsia, anemia, baixo peso a nascência, partos prematuros, abortos, má formação
congenita e outras complicações advindas pelo uso abusivos de bebidas alcoólicas, e outras
drogas.

No que toca aos problemas mentais, as gestantes apresentam, baixa auto - estima,
tristeza, depressão, medo, traumas, transtornos de ansiedade, transtornos bipolares, depressão
pós- parto, isolamento, e muitas das vezes tentativa suicida até a concretização do acto.

Podemos perceber que os principais resultados deste estudo corroboram com a


literatura revisada, no que diz respeito as síndromes psicológicas e expectativas que as
mulheres gestantes tem em relação a gestação, além de verificar que o processo de inserção e
de actuação do psicólogo na área do atendimento clínico há muitos desafios como a lógica do
assistencialismo, a pouca adesão dos sujeitos convidados e a superação do modelo clínico em
Psicologia. Tais desafios requerem desse profissional, uma ampliação de seus conhecimentos
teóricos e metodológicos, com actualizações constantes, privilegiando a actuação com grupos
e que permitam que sua conduta profissional tenha um carácter colectivo e interdisciplinar.
As hipóteses apresentadas neste trabalho de pesquisa foram confirmadas, visto que a
intervenção psicológica tem ajudado às mulheres gestantes a ultrapassar as complicações
orgânicas e mentais.
Os dados apresentados levaram outras inquietações que achamos serem pertinentes
para as próximas investigações, pois existem aspectos que não foi possivel abordar no
presente estudo. Uma outra direcção da investigação seria de considerar visto a pertinência
dela na sociedade.

29
Sugestões

• Que o ministério da saúde insira mais profissionais de saúde mental nos cuidados
primários de saúde.
• Que se crie plano de intervenção psicoterapêutica para as mulheres gestadas, ajudando
- as na prevenção e controlo das patologias orgânicas e mentais.
• Que se crie equipe de especialistas para acudir a demanda e ter maior controlo das
pessoas que necessitam desta ajuda.
• Que se aumento profissionais de saúde, médicos e enfermeiros, para um atendimento
mais humanizado.

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31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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