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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL


PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS ACADÊMICOS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAUDE
CURSO BACHARELADO EM PSICOLOGIA

A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO


DURANTE A GESTAÇÃO EM RELAÇÃO AOS ASPECTOS QUE
PODEM PREVENIR A DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Mariana Ramos Campos


Millene de Oliveira Duarte

Volta Redonda
2022
Mariana Ramos Campos
Millene de Oliveira Duarrte

A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO
PSICOLÓGICO DURANTE A GESTAÇÃO EM RELAÇÃO
AOS ASPECTOS QUE PODEM PREVENIR A
DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Trabalho apresentado como complemento


da nota de Projeto de Pesquisa, pelo
curso de Bacharelado em Psicologia, do
Instituto Superior de Educação, do Centro
Universitário Geraldo Di Biase.

Professor: Adilson

Volta Redonda
2022
1. Introdução
A gravidez é um momento muito especial para as mulheres que planejam
formar uma família. A partir do momento em que descobre a gravidez, muitas
expectativas são criadas, mas a partir da chegada do bebê e ao vivenciarem o
puerpério se deparam com uma realidade totalmente diferente. O pós-parto é
uma fase em que ocorre os ajustes fisiológicos de recuperação e adaptação às
transformações sofridas no corpo feminino durante a gestação. Portanto, o pré-
natal é um suporte eficaz para a mulher, auxiliando sua gravidez por meio da
troca de aprendizados simplificando sua vivência. O objetivo principal da
pesquisa é mostrar que o acompanhamento psicológico e as terapias durante a
gestação podem ser eficazes para prevenir ou evitar uma possível depressão
pós-parto. Um profissional totalmente qualificado e uma equipe interdisciplinar
podem contribuir para uma prevenção desse transtorno. Além das consultas
obstétricas, é totalmente necessário um atendimento com Psicólogo preparado
e que compreende sobre gestação, parto e pós-parto. Mostrar que é possível
evitar uma DPP com o auxílio de terapias durante a gestação. Estudos relatam
que o período puerperal, é a fase que apresenta o maior número de
intercorrências e surgimento de transtornos psíquico na mulher. O puerpério
caracteriza-se pelo período que advém ao parto e é marcado por intensas
mudanças biopsicossociais na mulher e em sua família (CENTA et al 2002).
Trata-se de um delicado período em que acontecem mudanças e
transformações na vida da mulher, bem como o ritmo acelerado, possibilitando
produzir-nos mesmo sentimentos de ansiedade, expectativa, frustração,
preocupações, tanto no âmbito pessoal, familiar e trabalhista, refletindo assim
em comportamento Isolados e introspectivos (SILVA e BOTTI 2005).

2. Justificativa
A gestação é um período de transição muito marcante, além das alterações
fisiológicas, há também o âmbito de adaptação dessa mulher, com “uma nova
vida”. A vida de mãe. Contudo, essa mudança pode acarretar a alguns
transtornos psicológicos, como, ansiedade ou até mesmo uma depressão. Este
presente trabalho foi criado para mostrar que um acompanhamento terapêutico
durante a gestação, com uma equipe multidisciplinar pode ser eficaz para uma
prevenção de uma possível DPP.

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3. Objetivo Geral
Analisar e mostrar a importância do acompanhamento psicológico durante a
gestação para prevenir uma possível depressão pós-parto.

3.1 Objetivo Específico


Identificar como a terapia durante a gestação pode prevenir a depressão a DPP
através de pesquisas bibliográficas. Identificar que o apoio social é de grande
importância. Analisar o diagnóstico e tratamento da DPP através de pesquisas
bibliográficas e identificar as alterações emocionais durante a gestação.

4. Referencial Teórico
No referencial teórico serão abordadas questões referentes à DPP e também
fatores sobre prevenção e tratamento bem como:
4.1 A importância do apoio social;
4.2 Diagnóstico, prevenção e tratamento;
4.3 Alterações emocionais no puerpério;

4.1 Apoio Social


O apoio social é muito importante e podemos considerar desse âmbito,
diversos fatores, como: familiares, o companheiro, amigos ou ate mesmo o
acompanhamento psicológico e obstétrico. Os estudos demonstram que o
isolamento social percebido na gravidez é um fator de risco para a DPP,
encontrando uma associação entre baixo apoio emocional e instrumental
recebido durante a gravidez e a ocorrência de DPP. Adicionalmente, a relação
conjugal parece também assumir um importante papel na adaptação da mãe
no período pós-parto. Especificamente, a insatisfação conjugal e problemas na
relação conjugal (dificuldades de comunicação, falta de apoio) têm sido
associados à ocorrência de DPP (Beck, 2001; Robertson et al., 2004).
4.2 Diagnóstico, Prevenção e Tratamento DPP
A DPP conforme Ballone apud Ferreira e Nakamura (2006, p. 5): {“...} é um
distúrbio do humor de grau moderado a severo, clinicamente identificado ao
Episódio Depressivo que está descrita no DSM.IV (Classificação de Doenças
Mentais da Associação Norte-americana de Psiquiatria) e no CID.10, este

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distúrbio tem início dentro de seis semanas depois do parto. “A classificação da
Depressão Pós-parto, ainda não está definitivamente estabelecida”.
A prevenção e o tratamento da DPP devem ser realizados com uma equipe
interdisciplinar composta por diferentes profissionais envolvidos na prestação
de cuidados às mulheres no período perinatal. Além disso, o tratamento da
DPP deve privilegiar uma abordagem biopsicossocial. As intervenções
preventivas para a DPP são intervenções psicossociais (aulas de preparação
para o parto, visitas a casa por profissionais de saúde) ou psicoterapêuticas,
iniciadas durante a gravidez ou no início do período pós-parto (Stuart, O'Hara,
& Gorman, 2003), que têm como objetivo prevenir a ocorrência de sintomas
depressivos no período pós-parto.
4.3 Alterações Emocionais no Puerpério
De acordo com Figueiredo (2001), as alterações psicoemocionais são
conhecidas fenomenalmente como baby bues, que é considerado um estado
depressivo benigno, mas que pode, em alguns casos, evoluir para formas mais
graves, podendo mesmo antecipar uma depressão pós-parto. O baby blues é
caracterizado como uma forma breve e moderada de perturbação de humor,
englobando sentimentos de labilidade emocional, disforia, choro, irritabilidade,
ansiedade, insónia, fadiga, perda de apetite, tensão, hostilidade, confusão e
alterações cognitivas. Contudo, diversos investigadores privilegiam, como
sintomas nucleares deste fenómeno, a labilidade emocional e as crises de
choro. Os sintomas podem durar apenas algumas horas, todavia, na maioria os
casos, permanecem durante cerca de dois dias e nunca persistem por mais de
três. Leal & Maroco (2010) salientam os estudos realizados por Glangeaud-
Freudenthal, Crost e Kaminski (1999) e por Murata et al. (1998) que revelaram
que as mulheres com menor apoio social e suporte por parte da família, na
primeira semana após o nascimento, manifestaram níveis mais elevados de
blues pós-parto. O autor considera ainda outros estudos empíricos, que
apontam que as mulheres que manifestam blues pós-parto mais intensos ou
mais prolongados apresentam maior risco de desenvolver depressão pós-parto.

5 Metodologia
Este estudo será baseado em uma estratégia de pesquisa bibliográfica
qualitativa e estamos pensando em realizar uma pesquisa pelo Google Forms e

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enviar para mães recentes com o intuito de recolher dados dos sintomas das
alterações hormonais e colher opiniões se o acompanhamento psicológico teria
ajudado nesse período.

6 Cronograma

Referências: DA CUNHA, Aline Borba et al. A importância do


acompanhamento psicológico durante a gestação em relação aos aspectos que
podem prevenir a depressão pós-parto. Saúde e Pesquisa, v. 5, n. 3, 2012.
PEREIRA, Daniella Mattioli; ARAÚJO, Laís Moreira Borges. Depressão pós
parto: Uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 4,
p. 8079-8092, 2020.
COELHO, Catarina Alexandra Toipa. Determinantes das alterações
psicoemocionais do puerpério: efeitos da autoestima. 2014. Tese de
Doutorado. Instituto Politecnico de Viseu (Portugal).

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