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DEPRESSÃO PÓS-PARTO: UMA ABORDAGEM HOLÍSTICA ACERCA DO MAL

DO SÉCULO OU A DEPRESSÃO PÓS-PARTO E SUAS CONSEQUÊNCIAS NO


AMBIENTE FAMILIAR OU OUTRA

Henrique Polizelli Pinto Neto1, João Otávio Farina Leal1, 2


1
Discente – UNIFIMES (e-mail:)
2
Docente – UNIFIMES

Modalidade do trabalho: ( ) Extensão (x) Pesquisa

A depressão pós-parto (DPP), caracterizada como um episódio de depressão maior,


acomete uma grande parcela de mães após o nascimento do bebê, gerando
importantes implicações psicoativas na vida da mulher [1]. Devido a um complicado
diagnóstico, isso tem se tornado cada vez mais preocupante, uma vez que esse é
um período bastante significativo para o surgimento de problemas emocionais nas
mães [1]. Ocorrendo em cerca de 15% a 20% das mulheres e sendo considerada o
“mal-do-século”, a depressão, nesse caso, pós-parto, se torna um alerta para a
sociedade [2]. Com isso, um olhar mais delicado a esse período, pode ser
extremamente importante, auxiliando psicologicamente muitas mães que venham a
desenvolver sentimentos contraditórios e inconciliáveis dessa fase, promovendo
assim um elo mais saudável entre mãe e filho [2]. Baseado em uma junção
bibliográfica, de caráter exploratório-descritivo, a finalidade de tal se baseia em
promover uma maior compreensão e entendimento sobre o fenômeno DPP.
Consultas com queixas de desânimo persistente, sentimento de culpa, alterações no
sono, redução de apetite, presença de ideias obsessivas são comuns [2]. O
desânimo se origina de um humor depressivo e quando ocorre sentimentos
ambivalentes, assim como a dificuldade de falar sobre o assunto, com medo de
certas estigmatizações, pode acorrer negligências nos cuidados por parte da mãe,
como em alguns casos diminuição de período de amamentação [2]. Quanto aos
instrumentos utilizados para rastrear a DPP, destaca-se a maior prevalência de
escolha pela Escala de Depressão pós-parto de Edinburgh Scale (EPDS), que é um
instrumento de triagem e rastreamento que averigua possíveis índices de depressão
no puerpério. Por ser auto avaliativa e autoaplicável, consegue detectar diversos
comportamentos de risco durante a gravidez. Foi a partir desta e de diversas escalas
que foi criado os fatores de proteção à DPP, que irão contribuir para um melhor
enfrentamento dos eventos de riscos. [4] Constituem fatores de proteção para a
DPP: apoio de outra mulher, pré-natal psicológico, sistema de apoio familiar e
intervenção multidisciplinar, logo que os sintomas sejam detectados. [3] A
maternidade em si, não se inicia com uma chegada do bebê, mas sim de histórias e
identificações da mulher, juntamente com o preparo psicológico para a nova fase,
motivo de ocorrência de grande parte de depressão pós-parto [2]. Destaca-se que,
felizmente, o Brasil foi incluído no rol de países que tem reconhecido e tratado a
DPP como problema de saúde que afeta a população feminina, isso reforça cada
vez mais, o quão importante são os programas resultantes de políticas públicas, que
irão visar intervenções e estratégias de enfrentamento com a equipe
multiprofissional por meio de instrumentos de rastreamento e identificação precoce
dos sintomas. [4] Os estudos evidenciam que a DPP é um problema latente e um
campo aberto e amplo a ser explorado, sendo uma realidade cada vez mais
constante no cotidiano de trabalho dos profissionais da Atenção Básica, onde
médicos e, particularmente, os psicólogos da saúde, situam-se em uma posição
favorável para detectar precocemente e intervir, evitando o agravamento do
processo da DPP[4].

Palavras-chave: Depressão. Psicológico. Comportamento.

Referências:
[1] COUTINHO, Maria da Penha de Lima; SARAIVA, Evelyn Rúbia de Albuquerque.
Depressão pós-parto: considerações teóricas. Estud. pesqui. psicol., Rio de
Janeiro, v. 8, n. 3, dez. 2008.

[2] Corrêa, F. P. & Serralha, C. A. (2015). A depressão pós-parto e a figura materna:


uma análise retrospectiva e contextual. Acta Colombiana de Psicología, 18(1),
113-123. DOI: 10.14718/ ACP.2015.18.1.1.

[3] SILVEIRA, Mônica Silva et al . A depressão pós-parto em mulheres que


sobreviveram à morbidade materna grave. Cad. saúde colet., Rio de Janeiro , v. 26,
n. 4, p. 378-383, Dec. 2018 .

[4] ARRAIS, Alessandra da Rocha; ARAUJO, Tereza Cristina Cavalcanti Ferreira de.
Depressão pós-parto: uma revisão sobre fatores de risco e de proteção. Psic.,
Saúde & Doenças, Lisboa , v. 18, n. 3, p. 828-845, dez. 2017 .

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