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CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMBURY

GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
ARTIGO CIENTÍFICO

ASSISTÊNCIA PARA A SAÚDE MENTAL DAS MULHERES EM


CICLO GRAVÍDICO-PUERPERAL

ORIENTANDA: JAQUELINE SANTANA CAMPOS


ORIENTADOR: PROF. ME. WANDERSON BARRETO

GOIÂNIA
2022
JAQUELINE SANTANA CAMPOS

ASSISTÊNCIA NA SAÚDE MENTAL DAS MULHERES NO CICLO


GRAVÍDICO-PUERPERAL

Artigo Científico apresentado à disciplina Trabalho de


Conclusão de Curso II do curso de Psicologia do
Centro Universitário Cambury, sob a orientação do
Prof. Me. Wanderson Barreto

GOIÂNIA
2022
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da minha vida e por ter me proporcionado
chegar até aqui.
Aos meus supervisores Wanderson Barretos e Jéssika Grazziotin, obrigada pela
paciência e os ensinamentos. Com a ajuda de vocês me transforme uma pessoa melhor com
uma visão mais crítica e hoje posso dizer que graças a vocês dois me sinto uma mulher mais
confiante.
A minha professora de TCC Crislâine Campos pelas correções e ensinamentos que me
permitiram aprender um melhor desempenho no meu processo de formação profissional.
Aos meus pais e irmã e tia, que me incentivaram a nunca desistir e seguir em frente.
Agradeço o meu marido Cleibe Campos por ter me ajudar a ultrapassar todos os
obstáculos encontrado ao longo do curso.
Não poderia deixar de agradecer a minha amiga Gabryella Jaime sem sua ajuda ao
logo desse curso nada disso estaria acontecendo agora.

]
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 5
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................ 6
2.1 Maternidade ........................................................................................................................ 6
2.2 Pré-Natal.............................................................................................................................. 7
2.3 Tipos de parto ..................................................................................................................... 7
2.3.1 Parto normal .................................................................................................................... 7
2.3.2 Parto cesárea .................................................................................................................... 8
2.4 Aspectos emocionais do parto ao puerpério ..................................................................... 8
2.4.1 Melancolia da maternidade (baby blues) ...................................................................... 9
2.4.2 Depressão pós-parto (DPP) ............................................................................................. 9
2.4.3 Psicose puerperal ........................................................................................................... 10
2.5 Assistência à saúde mental ............................................................................................... 10
3 METODOLOGIA................................................................................................................ 11
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 12
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 16
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 17
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ASSISTÊNCIA NA SAÚDE MENTAL DAS MULHERES NO CICLO GRAVÍDICO-


PUERPERAL

Jaqueline Santana Campos

RESUMO: A assistência voltada à mulher em ciclo gravídico-puerperal vem passando por diversas mudanças ao
longo dos últimos anos, sendo objeto de estudo com foco não apenas na saúde física da mulher, mas também em
seu contexto psicossocial. O período gravídio-puerperal promove diversas transformações tanto fisicamente
quanto psicologicamente na mulher, devendo ser observadas com o intuito de promover a saúde mental e
prevenir o surgimento de patologias psiquiátricas. O presente trabalho tem por objetivo analisar a assistência
psicológica às mulheres no ciclo gravídico-puerperal. A metodologia adotada para realização da pesquisa é a
revisão bibliográfica com base em livros e estudos publicados em revistas entre os anos de 2010 a 2020 que
abordaram a temática central do trabalho. Foram utilizadas as seguintes bases de dados: Literatura
Latino‑Americana do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Medical Literature Analysis and Retrieval
System Оnline (MЕDLINЕ/PubMed); ScienceDirect, Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e Scientific
Еletronic Library Оnline (SciЕLО). Quanto aos descritores, foram utilizados para o levantamento do material os
termos: “Assistência de enfermagem”, “Saúde mental”, “Gravidez” e “Puerpério”.

Palavras-chave: Saúde Mental; Perinatalidade; Maternidade; Assistência Psicológica.

ABSTRACT: The assistance aimed at women in the pregnancy-puerperal cycle has undergone several changes
over the last few years, being the object of study with a focus not only on the physical health of women, but also
on their psychosocial context. The pregnancy-puerperal period promotes several changes both physically and
psychologically in women, which should be observed in order to promote mental health and prevent the
emergence of psychiatric pathologies. The present work aims to analyze the psychological assistance to women
in the pregnancy-puerperal cycle. The methodology adopted to carry out the research is the bibliographic
review based on books and studies published in magazines between the years 2010 to 2020 that addressed the
central theme of the work. The following databases were used: Latin American Caribbean Literature on Health
Sciences (LILACS); Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MЕDLINЕ/PubMed);
ScienceDirect, Nursing Database (BDENF) and Scientific Electronic Library Online (SciЕLО). As for the
descriptors, the following terms were used to collect the material: “Nursing care”, “Mental health”,
“Pregnancy” and “Puerperium”.

Keywords: Mental Health; Perinatality; Maternity; Psychological Assistance.

INTRODUÇÃO

A saúde da mulher é também uma prioridade do governo, sendo a humanização da


assistência obstétrica e a qualificação da atenção à saúde mental das mulheres, parte dos
Objetivos Específicos e Estratégias da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da
Mulher. De acordo com o Manual Técnico de Pré-Natal e Puerpério do Ministério da Saúde,
os aspectos emocionais do ciclo gravídico-puerperal são amplamente reconhecidos e grande
parte dos estudos aponta para a ideia de que esse período é de grandes transformações
psíquicas, de que decorre importante transição existencial.
Atualmente, evidencia-se que a prevalência de sintomas depressivos em gestantes vem
aumentando, variando entre 19,6% e 58,4%, o reconhecimento e acompanhamento de tais
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sintomas é imprescindível durante todo o período gestacional, devendo ser rastreado ainda na
primeira consulta, dado que a presença deste distúrbio emocional pode trazer consequências
para a gestante, como o aumento do risco para desenvolver depressão pós-parto. Todavia,
sabe-se que as gestantes não recebem atenção satisfatória à saúde mental, certamente por
existir uma associação entre a maternidade e o bem-estar, também pelos sintomas depressivos
indicarem maior taxa de hospitalização no puerpério (DELL’OSBEL, 2019).
A OMS traz como uma das recomendações essenciais para a atenção obstétrica, que o
cuidado não seja centrado no aspecto biológico da mulher, devendo então considerar as
necessidades sociais, culturais, emocionais, intelectuais, bem como as necessidades das suas
famílias, essa conduta está inserida no princípio da integralidade. Outros preceitos
importantes, no que tange à postura do(a) enfermeiro(a) no decorrer do atendimento, são a
capacidade de percepção, a sensibilidade, a escuta aberta e livre de preconceitos, como
também a construção de um vínculo entre o profissional, a paciente e o acompanhante. Essas
ações básicas compõe o acolhimento, incluso do Manual Técnico de Pré-Natal e Puerpério do
Ministério da Saúde.
Os dados supracitados compõe a base deste trabalho, que será desenvolvido
relacionando a assistência à saúde mental, com uma população e período de vida exato: a
mulher durante e logo após a gestação.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Maternidade

A gestação é um período de preparação emocional e psicológica da mulher para a


maternidade, já nesse período dá-se início ao vínculo materno com o bebê. Acredita-se que a
relação entre pais e filhos tem seu início ainda na vida intrauterina, já sendo característicos os
papéis materno e paterno (BAPTISTA; TORRES, 2006). O vínculo desenvolvido entre a
genitora e seu bebê ainda no período gestacional é de extrema importância, sendo este
considerado um fator importante para a futura relação extrauterina que tem início no pós-parto
e perdura por toda a vida do indivíduo (ALVARENGA et al., 2012).
No período gestacional a mulher se encontra em um momento de extrema
vulnerabilidade, principalmente em se tratando dos transtornos do humor, em decorrência das
alterações hormonais muito prevalentes nessa fase. Essas alterações hormonais ocorrem
devido as demandas do organismo que visa suprir as necessidades do feto que se encontra em
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desenvolvimento. É comum nesse período que os sintomas da gravidez se confundam com a


depressão, uma vez que os dois apresentam sinais e sintomas semelhantes, como por exemplo,
sono, cansaço e alteração do sono (GREINERT; MILANI, 2016).
Segundo Fernandes e Cotrin (2013), assim como a gestação o período pós-parto é
caracterizado por mudanças e adaptação na vida da mulher, onde ela se depara com novos
desafios tanto fisiológicos quanto psicológicos. Nesse período a mulher precisa administrar a
sua nova rotina diante da realidade que alterou seus antigos hábitos. Ao mesmo tempo em que
surgem novas responsabilidades advindas da maternidade ocorre também mudanças
emocionais onde pode surgir sentimentos contraditórios, que podem acarretar o aparecimento
de problemas emocionais.

2.2 Pré-Natal

Em termos gerais, objetiva-se com o pré-natal um estado de saúde mais absoluto


possível para gerar um bebê saudável, contudo, de forma específica é possível elencar os
objetivos principais: a prevenção de intercorrências decorrentes da gestação, o esclarecimento
quanto à manutenção de um estado nutricional adequado, o tratamento das manifestações
próprias da gestação e doenças que interfiram em seu andamento, a educação sobre o parto e o
cuidado com o bebê, o apoio psicológico à gestante para a vivência da maternidade, a
provisão de orientações sobre higiene e hábitos de vida, a elucidação quanto à medicamentos
teratogênicos, bem como qualquer ato prejudicial ao feto (TOSTES, 2016).
É possível identificar nos trabalhos de Tostes (2016) e Fernandes e Cotrin (2013), a
presença do fator emocional e psicológico como questões a serem contempladas durante a
assistência pré-natal, consolidando a necessidade de a equipe estar atenta em tais aspectos.

2.3 Tipos de parto


2.3.1 Parto normal

O parto é um evento que traz consigo muitas expectativas, junto às incertezas sobre
como ocorrerá este momento, sendo frequentemente relatados sentimentos como medo e
ansiedade. Tais expectativas são, em grande parte, relacionadas às experiências anteriores,
informações obtidas através de mídias, relatos de outras mulheres e receio pela dor, sendo este
último aspecto, mais presente no parto normal (TOSTES, 2016).
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Diversas percepções podem ser formadas a respeito da dor do parto normal, podendo
ser de ordem satisfatória, ligada a uma sensação de superação e coragem, e caracterizada
como de fácil esquecimento, assumindo vantagem sobre um parto cirúrgico. Quanto aos
aspectos de ordem negativa, há a caracterização da dor como sendo inexplicável e intolerável,
também um entendimento punitivo ao olhar divino, dentro de algumas crenças religiosas
(FIRMINO, 2020).

2.3.2 Parto cesárea

A cesárea possui representações sociais distintas, geralmente está relacionada à várias


questões, tais como: complicação da gravidez, dificuldade de autocuidado e amamentação no
pós parto, recuperação lenta, maior tempo para retorno das atividades normais e medo do
procedimento cirúrgico. Sentimentos negativos convergem destas citações acima, como o
receio de complicações, a aversão e o trauma do procedimento. Por outro lado, esta via de
parto é a escolha de algumas mulheres, que relatam ser mais rápido e cômodo, além de
proporcionar a possibilidade de planejar o momento e vivencia-lo de forma agradável
(VELHO, 2014).

2.4 Aspectos emocionais do parto ao puerpério

O conceito do parto, no tocante aos seus padrões sociais, passou por modificações
históricas, sendo considerado até o século XIX uma prática realizada por parteiras no
domicílio, contudo, no final desse século, o parto foi institucionalizado, emergindo novas
definições, partindo do contexto familiar e feminino para uma ação médica. Desde esse
momento, torna-se escasso o reconhecimento acerca da importância das questões emocionais,
como também suas interferências no parto (ARIK, 2019).
Algumas práticas podem contribuir para a autonomia da mulher durante o trabalho de
parto e nascimento, com ênfase no amparo emocional e psicológico, uso de métodos que
oferecem relaxamento e um cuidado oferecido por profissionais não médicos e enfermeiras
obstétricas. Na mesma medida, a negligência do fator emocional é completamente proscrita,
sendo que esta interfere negativamente no processo da autonomia e liberdade (REIS, 2017).
Já o puerpério é um momento de transformações biológicas, comportamentais,
psicológicas e socioculturais, o corpo está retornando às condições fisiológicas anteriores à
gestação, enquanto ocorre a adaptação do binômio mãe-filho, que resultam em instabilidades
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para as mulheres, a partir deste contexto, o atendimento deve ser prestado de forma integral,
considerando as questões de saúde física e mental (OLIVEIRA, 2020).
Destaca-se por sua alta predominância, a depressão puerperal, distúrbio que ocorre
entre 10% a 15% das mulheres, surge de forma gradativa, provocando sintomas como tristeza,
fadiga, irritabilidade, falta de interesse sexual, desânimo e ideação suicida. O transtorno
depressivo afeta não apenas a mulher, mas também familiares e pessoas de seu convívio,
constituindo um impacto importante na qualidade de vida de todos os que estão inseridos
nesse meio (SILVA, 2020).
Durante este período, o psicólogo(a) deve fornecer suporte e auxílio no que diz
respeito à adaptação e enfrentamento, através de uma escuta qualificada, acolhimento,
estratégias de prevenção e disseminação de informações e conhecimento. Tais ações devem
estar voltadas ao fortalecimento da autonomia e segurança da mulher, pois assim poderá
seguramente conduzir a maternidade (VIANA, 2020).

2.4.1 Melancolia da maternidade (baby blues)

Conhecida como baby blues, a melancolia da maternidade, consiste no modo mais


brando dos quadros depressivos puerperais, podendo atingir cerca de 85% das mulheres.
Dentre os sintomas mais prevalentes estão: choro fácil, labilidade afetiva, irritabilidade e
comportamento hostil para com familiares e acompanhantes que são passageiros e, por vezes,
não acarreta prejuízos à mulher. O início dos sintomas acontece nos primeiros dias após o
parto tendo seu pico por voltado do quinto dia pós-parto e sua remissão acontece em até duas
semanas de modo espontâneo (JESUS, 2008). Em algumas mulheres os sintomas podem
persistir além do período puerperal inicial, podendo levar a um transtorno do humor mais
grave. É importante que a mulher que apresente o baby blues tenha um suporte emocional
adequado, sendo compreendida a fase em que se encontra e, além disso, tenha auxílio nos
cuidados com o bebê e ajuda em sua rotina (RUDÁ, 2010).

2.4.2 Depressão pós-parto (DPP)

A depressão pós-parto é uma patologia que pode afetar tanto a mãe quanto o bebê.
Dentre os sintomas mais prevalentes estão: desânimo persistente, sentimento de culpa,
alterações do sono, pensamentos suicidas, temor de machucar o filho, redução do apetite e da
libido, redução do nível de funcionamento mental e presença de ideias obsessivas ou
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supervalorizadas (GALVÃO et al., 2015). Dentre os fatores associados à sintomatologia


depressiva no período gravídico-puerperal, destacam-se as piores condições socioeconômicas
(FAISAL-CURY; MENEZES, 2012). A depressão pós-parto está entre as principais doenças
que aumentam os custos da saúde, no ranking dessas doenças ela se encontra em quarto lugar,
e tendo em vista seu crescente aumento a cada ano ela pode avançar chegando a ser a segunda
doença mais dispendiosa (TOLENTINO; MAXIMINO; SOUTO, 2016). Dentre os principais
fatores que contribuem para o desenvolvimento da depressão pós-parto estão: estresse,
histórico de depressão prévia, gravidez indesejada, dificuldade para lidar com o bebê, conflito
conjugal ou familiar, baixo apoio social e dificuldades econômicas (FONSECA; SILVA;
OTTA, 2010).

2.4.3 Psicose puerperal

A psicose puerperal trata-se de um transtorno psicótico, sendo essa a forma mais grave
do transtorno psicológico no puerpério. Ela pode surgir já nos primeiros dias pós-parto até 15
dias depois. Dentre os sintomas mais prevalentes estão: euforia, humor irritável, logorreia,
agitação e insônia. Podem aparecer ainda delírios, ideias persecutórias, alucinações e
comportamento desorganizado, desorientação, confusão mental, perplexidade e
despersonalização (COSTA; REIS, 2011).
Nesse tipo de transtorno é importante que a família já se faça presente nas consultas
antes do parto, uma vez que em caso de diagnóstico positivo o bebê ao nascer já não é de
responsabilidade da mãe tendo em vista os riscos inerentes. A mulher que se encontra em
psicose puerperal não consegue diferenciar a realidade das alucinações, podendo apresentar
risco para o bebê. Diante disso, é importante que os familiares compreendam a situação e que
estejam presentes para apoiar o tratamento da paciente (IACONELLI, 2005). Segundo
Guimarães (2003) é necessária uma intervenção hospitalar diante da gravidade e o risco de
vida para mãe e bebê.

2.5 Assistência à saúde mental

Atualmente, a atenção em saúde mental, ocorre com ênfase no tratamento dos


sintomas através da medicalização, desse modo, configuram um modelo de cuidado que
negligencia particularidades dos indivíduos, divergindo das propostas advindas da reforma
psiquiátrica (CAMPOS, 2019).
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O Centro de Atenção Psicossocial, a Estratégia Saúde da Família, o Núcleo de Apoio à


Saúde da Família e os hospitais são os principais serviços que compõem a rede de atenção
psicossocial, deve haver uma articulação efetiva entre esses serviços, para que a garantia do
acesso à saúde ocorra de forma integral (SARZANA, 2018).
Há ainda, muitos desafios a serem vencidos na esfera da saúde mental, desde a
ambiência dos serviços, até as políticas púbicas. As estruturas físicas são, na maioria das
vezes, espaços alugados, adaptados, onde não é possível fornecer privacidade durante o
atendimento, outros fatores que ainda são inadequados são: despreparo da equipe, preconceito
de alguns profissionais, baixos salários e falta de articulação entre os gestores da rede
(SANTOS, 2018).
Diante desse cenário o presente trabalho tem por objetivo geral analisar a assistência
psicológica às mulheres no ciclo gravídico-puerperal. Como objetivos específicos buscar-se-á:
Demonstrar a importância dos cuidados psicológicos no período gravídico-puerperal; por
meio da assistência pré-natal; Identificar quais os principais transtornos que acometem
mulheres grávidas e no puerpério e quais os fatores associados; Conhecer quais ações podem
ser desenvolvidas pela assistência psicológica visando a promoção da saúde mental da mulher
em período gravídico e puerperal.

3 METODOLOGIA

O presente trabalho adotou como metodologia a revisão bibliográfica. Foram


selecionados livros e estudos publicados em revistas entre os anos de 2010 a 2020 que
abordaram a temática central do trabalho. Foram utilizadas as seguintes bases de dados:
Literatura Latino‑Americana do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Medical Literature
Analysis and Retrieval System Оnline (MЕDLINЕ/PubMed); ScienceDirect, Base de Dados
de Enfermagem (BDENF) e Scientific Еletronic Library Оnline (SciЕLО). Quanto aos
descritores serão utilizados para o levantamento do material: “Assistência de enfermagem”,
“Saúde mental”, “Gravidez” e “Puerpério”.
Quanto aos critérios de inclusão foram considerados aptos para utilização na pesquisa
os estudos que abordaram o tema central do trabalho, escritos em português e inglês e que
estiveram dentro do período selecionado para o estudo. Quanto aos critérios de exclusão
foram considerados inaptos os artigos que não abordem a temática ou que não apresentaram
relevância para o desenvolvimento do trabalho, escritos em língua distinta dos idiomas
português e inglês e que não se encontrem dentro do período selecionado.
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Após a seleção das publicações será realizada a leitura dos escritos, identificando seus
objetivos e resultados encontrados e posteriormente será dado início à escrita do trabalho.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a busca e seleção de materiais, selecionamos um total de 15 obras por conta da


relevância temática, ano de publicação e por conta da viabilidade de tempo destinado para a
conclusão deste Trabalho de Conclusão de Curso.
De acordo com Abuchaim et al. (2016) a mulher tem sua saúde mental influenciada
pelo puerpério, uma vez que este é considerado um momento de maior fragilidade seja pelas
mudanças físicas ou psíquicas que podem levar ao desenvolvimento de distúrbios
psiquiátricos.
Para Maldonado et al. (2018) é no período gestacional que a mulher se encontra mais
vulnerável, em decorrência das mudanças fisiológicas, no padrão de vida e emocional o que
pode resultar num aumento do grau de ansiedade da mulher. Por vezes essas alterações não
são notadas ou quando são notadas tem-se a crença de que irão desaparecer após o nascimento
do bebê.
O trabalho de Lima et al. (2017) teve por objetivo identificar em que frequência os
sintomas depressivos ocorrem no período gestacional e qual sua relação com as variáveis
sociodemográficas, obstétricas e de saúde. O fator de risco mais frequente no trabalho foi
sofrer ou ter sofrido violência psicológica independente do ciclo gravídico-puerperal. Como
fator de proteção observou-se que que as mulheres que apresentavam maior escolaridade,
gestação planejada e continuidade da gestação apresentavam menos distúrbios quando
comparado a mulheres que apresentavam fatores de risco.
No estudo de Moura, Fernandes e Apolinário (2011), o objetivo foi analisar as
implicações dos transtornos psiquiátricos na relação mãe-filho de acordo com a visão da
mulher em período puerperal. Os resultados apontam que as mulheres possuem dificuldade
em se perceber doente, em decorrência dos fatores culturais e sociais que influenciam
diretamente nos fatores biológicos, ou seja, na definição do diagnóstico e tratamento dos
distúrbios existentes. Devido a esses fatores há uma dificuldade no prognostico, o que pode
levar a prejuízos na relação mãe e filho.
O estudo de Andrade et al. (2017) objetivou analisar a presença de tristeza em
mulheres em período puerperal e seus fatores associados. Os resultados encontrados,
conforme escores ≥ na (Edinburgh Postnatal Depression Scale - EPDS), foi de que a maior
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incidência de tristeza foi em mulheres que possuem baixa condição econômica, multiparidade,
gravidez não planejada, história de depressão e distúrbio do sono. Ainda segundo o estudo, as
mulheres que possuíam renda per capita acima de R$300 reais manifestaram vigor, no entanto
também eram presentes sentimentos de raiva, depressão e fadiga, evidenciando sua associação
à multiparidade, gravidez não planejada, história de depressão e distúrbio do sono.
Ainda no estudo de Andrade et al. (2017) as taxas de prevalência de transtorno mental
durante o ciclo gravídico-puerperal oscilaram entre 11 e 46,5% das mulheres. É provável que
essa diferença esteja relacionada ao tipo de estudo, instrumentos utilizados, fatores culturais e
socioeconômicos onde as pesquisas foram realizadas.
Os estudos desenvolvidos por Andrade et al., (2017) foram feitos em São Paulo, o Rio
de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Piauí, Paraná. De acordo com os dados coletados há uma
maior prevalência de ansiedade, transtornos de humor, depressão pós-parto. Esses sintomas
estão intimamente ligados ao papel desempenhado pela mulher dentro da sociedade, baixa
renda e condição socioeconômica, estado civil, gravidez não planejada e desemprego.
De acordo com Abuchaim et al. (2016) diversos transtornos podem se desenvolver
durante o ciclo gravídico-puerperal, sendo a mais recorrente a depressão pós-parto (DPP) que
tem uma pravalência de 13-19% em países considerados desenvolvidos. Dentre os fatores de
risco para o desenvolvimento da DPP tem-se: inexistência de apoio familiar e/ou social,
paciente com histórico de distúrbios psiquiátricos, perdas gestacionais anteriores e sentimento
de rejeição direcionado a gestação e/ou ao bebê.
Durante o pré-natal de baixo risco, que são realizados em Unidades Básicas de Saúde
(UBS), o objetivo dos profissionais de saúde é acompanhar, avaliar, prevenir e identificar
anormalidades maternas e fetais em gestantes. Além disso, cabe a esses profissionais orientar
trazendo abordagens educativas em relação à gestação, parto, puerpério, amamentação e
cuidados a serem tomados com o bebê. Nesse momento, cabe a esses profissionais identificar
se a gestante possui potencial para evolução desfavorável e com isso realizar o
encaminhamento desta para os serviços de referência (VIEIRA et al., 2011).
O ciclo gravídico-puerperal é uma fase de extrema importância para a mulher. As
mudanças que ocorrem nesse período modificam significativamente vários aspectos das da
vida da mulher e do seu ciclo familiar, uma vez que essa fase é repleta de modificações físicas
e emocionais que podem levar a episódios de maior vulnerabilidade (SILVA et al., 2017).
As alterações clínicas durante esse período, em geral, estão relacionados a fatores
estressores, tornando-a vulnerável para o desenvolvimento de transtornos mentais, em
decorrência de alterações neuroquímicas e hormonais, bem como alterações de personalidade,
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predisposição genética, características desse período, sendo ainda mais evidente no período
pós-parto (MOURA; FERNANDES; APOLINÁRIO, 2011).
Por ser uma fase única na vida da mulher, o ciclo gravídico-puerperal, precisa ser visto
de modo especial, devendo os profissionais estar atentos às inúmeras modificações da mulher
que envolve alterações físicas, hormonais e psíquicas. Além disso, segundo Lima et al. (2017)
o aspecto social é outro importante fator a ser observado, uma vez que afeta cotidianamente a
saúde mental da mulher. Todas essas alterações citadas são consolidadas quando ocorre o
nascimento da criança.
Segundo Lima et al. (2017) os profissionais de saúde ainda não dão tanta visibilidade
para o período gestacional, uma vez que a presença de distúrbios psíquicos são mais evidentes
no período do puerpério e a crença de que a gestação é um período de bem-estar. Ainda
segundo os autores em seu estudo evidenciara que de 10 a 15% das mulheres manifestaram
sintomas de ansiedade e depressão leves e moderados ainda no período gestacional. Além
disso, de 11,9% a 33,8% das mulheres no período gestacional já apresentavam sintomas de
tristeza sem razão definida, sentimento de culpa e sono alterado, sendo estes fatores que
precedem a depressão. Há então uma necessidade de avaliação e atenção mais criteriosa
relacionada à saúde mental da mulher em fase inicial da gestação.
Andrade et al. (2017) corrobora com Lima et al. (2017) ao afirmar que as alterações
mentais estão ligadas a mudanças na gestação, reafirmam ainda a importância dos
profissionais de saúde atuarem de forma direta no cuidado a gestante, devendo observar e
avaliar seu comportamento se atentando a fatores relacionados ao agravamento das reações
emocionais e os sentimentos negativos que envolvem a gravidez ou o bebê.
Tanto no estudo de Hartmann, Mendoza-sassi, Cesar (2017) e Lima et al. (2017) os
fatores de risco de maior prevalência de distúrbios mentais durante o ciclo gravídico-
puerperal foram: gravidez na adolescência, maior paridade e histórico de depressão prévia ou
familiar, gravidez não desejada, falta de suporte social, ausência do parceiro, níveis de
estresse alto, histórico de abuso ou violência doméstica, gravidez de risco e perda fetal. Além
desses fatores, têm-se ainda os fatores socioeconômicos e demográficos. Já os fatores de
proteção identificados foram o cuidado despendido pela equipe de saúde à gestante durante o
parto e o suporte profissional adequado.
Em contrapartida Figueira, Diniz e Silva Filho (2010) em seu estudo não encontrou
associação entre os fatores sociodemográficos com os distúrbios mentais nesse período. No
entanto, o estudo dos autores evidenciou a relação direta entre a situação financeira com o
desenvolvimento de distúrbios mentais nesse período. Além disso, outros fatores foram
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citados no estudo como de risco foram eles: histórico de quadro depressivo, gestação com
complicações obstétricas, pós-parto com complicações, ausência de suporte social e estresse
no cuidado da criança no período puerperal.
Moura, Fernandes e Apolinário (2011) dão destaque para alguns fatores que são
ligados aos transtornos no puerpério, segundo o estudo, há uma variação contínua dos níveis
hormonais que favorecem as alterações de humor, alterações psicológicas que se evidenciam
com base nos sentimentos da mulher em relação a ela e todo seu meio familiar e social.
Ao se analisarmos os estudos selecionados para compor a presente pesquisa, nota-se
que o período puerperal é considerado o mais crítico. Segundo Moura, Fernandes e Apolinário
(2011) no período puerperal a mulher vivencia inúmeras modificações e dificuldades que
podem desencadear transtornos e incapacitar as puérperas a realizar atividades básicas como
limpar a casa, preparar sua refeição, se alimentar e realizar um repouso satisfatório.
De acordo com Lima et al. (2017) há uma dificuldade das gestantes em expor
situações consideradas de risco que possuem relação com as alterações psicológicas,
depressão, alterações de humor, uma vez que, geralmente, não possuem conhecimento
suficiente para compreender as situações vivenciadas. Em geral, as gestantes acreditam que
esses distúrbios psicológicos estão ligados a sintomas de gravidez e aos hormônios alterados.
Há uma dificuldade entre os profissionais da atenção primária em identificar as alterações
mentais da mulher ainda no período gestacional, sendo mais comum essa identificação no
período pós-parto.
Diante da importância em detectar os distúrbios mentais em mulheres em ciclo
gravídico-puerperal faz-se necessário à presença de profissionais de saúde especializados em
saúde mental dentro das equipes das Unidades Básicas de Saúde, especialmente na Equipe de
Saúde da Família. É importante que além de participar do pré-natal a mulher que apresente
fatores de risco tenha um acompanhamento diferenciado com o intuito de melhorar a
qualidade afetiva e vínculo entre mãe e bebê (HARTMANN; MENDOZA-SASSI; CESAR,
2017).
É importante que o pré-natal não contemple apenas o nível fisiológico e biológico da
mulher. A equipe de saúde deve incorporar na assistência um plano de cuidado que traga
conhecimento sobre os transtornos psiquiátricos comuns durante a gestação e puerpério, com
o intuito de dar à mulher a percepção adequada sobre sua fase reprodutiva e ciclo gravídico-
puerperal. A equipe de saúde deve estabelecer práticas de prevenção de promoção de saúde,
fazendo a ampliação das políticas públicas em nível de atenção básica, tendo como foco a
saúde da mulher.
16

No estudo de Baratieri e Natal (2019) os autores concluíram que há um leque de ações


passíveis que podem ser desenvolvidas ainda na atenção primária à saúde, com o objetivo de
assistir à mulher desde o pré-natal ao puerpério. De acordo com os autores o foco deve ser na
atenção a redução da morbimortalidade materna, por meio de aconselhamento, ofertando
apoio para que a mulher se reestabeleça no período pós-gravidez e nascimento, fazendo a
identificação precoce dos fatores de risco, fazendo o gerenciamento adequado das
necessidades de saúde física e emocional.
Segundo o estudo de Gold et al. (2002) o estresse é um fator que pode ter relação com
a presença de humor deprimido e ansiedade ainda no período gestacional. Diante disso, nota-
se a importância de um acompanhamento eficaz. Segundo os autores é comum que as
mulheres durante o puerpério sejam examinadas por obstetras ou clínicos gerais que estão
focados apenas na recuperação física pós-parto, não se preocupando com as alterações
psicológicas sofridas pela mulher nesse período. Quando apresentam algum tipo de quadro
depressivo normalmente não são diagnosticadas corretamente ou até mesmo não são
reconhecidas com esse tipo de transtorno.
O estudo de Camacho et al. (2018) aborda a importância da utilização de escalas
autoavaliativas por mulheres ainda no momento da triagem, para auxiliar no diagnóstico de
depressão no puerpério no atendimento primário. A possibilidade da detecção da DPP
utilizando essas escalas tem se mostrado significativa e mais eficaz que a detecção de forma
espontânea durante a avaliação clínica de rotina. As escalas tem o objetivo de alertar clínicos,
obstetras e pediatras sobre sinais e sintomas que necessitem de uma melhor avaliação e, caso
necessário, o encaminhamento dessa melhor para o tratamento do distúrbio mental.
Analisando os estudos publicados sobre o assunto destaca-se a ausência de estudos que
tratem especificamente do cuidado psicológico ainda no início da gestação. De modo geral os
estudos apontam as alterações sofridas pela mulher durante o período do puerpério, bem como
os fatores de risco relacionados ao desenvolvimento dessas alterações, mas não abordam de
forma específica o período gestacional.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A saúde mental vem sendo cada vez mais discutida na sociedade atual, no entanto ela
não é muito abordada durante o ciclo gravídico-puerperal. Essa constatação pode ser feita ao
se analisar os estudos sobre o assunto, que encontram-se reduzidos no período dos últimos
cinco anos.
17

A assistência psicológica da mulher antes, durante e após a gestação deve ser plena,
respeitando as características de cada etapa. Nesse processo o psicólogo deve esclarecer ouvir,
identificar e intervir quando necessário para que seja prestada uma assistência humana, uma
vez que a mulher passa por inúmeras transformações ao longo desta etapa, seja num contexto
social ou emocional.
No ciclo gravídico-puerperal é necessário um olhar mais atencioso à mulher, já que
para algumas esse período pode ser muito delicado. O acompanhamento adequado da saúde
mental da mulher nesse período pode influenciar positivamente nos próximos ciclos, trazendo
benefícios tanto para a mãe quanto para a criança. Nos casos de evasão materna faz-se
necessário uma intervenção através de uma busca ativa, uma vez que este é considerado um
dos princípios políticos da prática do cuidado.
Diante do não esgotamento do assunto sugere-se novas pesquisas voltadas para a
prática da assistência em saúde mental em mulheres que se encontram em um ciclo gravídico-
puerperal, apontando relatos vivenciados por elas e compilando informações para a
construção de um parâmetro acerca dos sintomas apresentados por elas.

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