que se dedica à promoção da saúde e prevenção da doença, e à adaptação ao processo de doença. Esta enfatiza os processos psicológicos envolvidos na saúde e doença, tais como crenças, significados, emoções e comportamentos que contribuam positiva ou negativamente, em cada indivíduo, para a promoção da saúde e para a adaptação à doença. É a abordagem holista que dá sentido à Psicologia da Saúde, visando o reconhecimento da pessoa-utente não só enquanto ser biopsicossocial, mas também enquanto agente participativo, ao invés de passivo, nos cuidados de saúde. Deste modo, pretende a capacitação da pessoa para a realização de escolhas conscientes e para o comprometimento com o seu bem-estar físico e psicológico. Psicoimunologia Conceito de Psicoimunologia A Psicoimunologia designa a área de estudo e investigação direccionada para a compreensão da influência de variáveis psicológicas no funcionamento e efectividade imunitária. Constitui-se assim como parte integrante da Psicologia da Saúde na interface entre a saúde física e psicológica que, deste modo, deve ser considerada no todo que é a pessoa. Os estudos nesta área remetem para a relevância do impacto das experiências de stress na capacidade de resposta imunológica do organismo em situações de doença (e.g. doença oncológica) ou em situações de vulnerabilidade para o desenvolvimento de doenças (e.g. doenças infecciosas). Este impacto decorre da estimulação e Psicologia Definição de Psicologia A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e os processos mentais que lhe estão subjacentes. Por comportamento entende-se então as acções manifestas, assim como os processos cognitivos, emocionais e motivacionais inerentes, a par dos factores relacionais. Neste sentido, a Psicologia aborda variáveis intraindividuais, isto é, que respeitam ao próprio, tais como os seus pensamentos, motivações e emoções, mas também variáveis interindividuais, tais como as relações estabelecidas entre indivíduos e destes com os diferentes sistemas do meio.
Da interacção destas variáveis nasce um dos conceitos mais estudados na história da Psicologia, o conceito de personalidade, enquanto padrão relativamente estável de pensar, sentir e agir Psicologia Clínica Definição de Psicologia Clínica A Psicologia Clínica é a área da Psicologia que se dedica à avaliação, conceptualização e intervenção (terapêutica e preventiva) no desenvolvimento de perturbações psicológicas ou de desajustamento psicossocial. Intervenção terapêutica A intervenção psicológica pode ocorrer a nível individual, conjugal, familiar ou comunitário em contextos clínicos e de saúde/psicossociais. Para a realização do processo de intervenção ou processo psicoterapêutico (em psicoterapia) é importante iniciar um processo de avaliação psicológica/psicossocial que possibilita ao psicólogo a compreensão e conceptualização do funcionamento, queixas e motivações da pessoa/comunidade. Promoção da saúde e prevenção da doença A promoção da saúde e prevenção da doença revela-se importante nas intervenções dirigidas aos utentes ou comunidade (e.g. cuidados de saúde primários; escolas através de programas de saúde escolar) na sensibilização para a adopção de estilos de vida saudáveis (e.g. promoção de hábitos de alimentação saudável; prática de exercício físico; utilização de métodos contraceptivos), nos programas de cessação tabágica, álcool ou consumo de substâncias e na prevenção e/ou mudança de comportamentos sexuais de risco. O psicólogo da saúde pode também actuar junto dos técnicos de saúde na colaboração de acções[ytr de formação dirigidas, por exemplo, à regulação do stress no trabalho. Adaptação ao processo de doença A pertinência deste vector surge da constatação da influência de fatores cognitivos (e.g. crenças sobre uma terapêutica), emocionais (e.g. respostas emocionais à doença, como o medo) e comportamentais (e.g. adesão à terapêutica) na adaptação à doença, particularmente na doença crónica (e.g. doença oncológica). Neste âmbito, as intervenções em saúde visam a promoção de estratégias de regulação do stress face aos procedimentos médicos e da gestão de sintomas A intervenção psicológica caracteriza-se pela promoção da regulação das respostas emocionais ao processo de doença, da reestruturação das crenças e significados que a pessoa atribui à mesma e a si. A este nível, revela-se essencial trabalhar a autoimagem e o autoconceito, cruciais na prevenção de quadros depressivos e deste modo na promoção do bem-estar psicológico. Complementarmente, o modo como a pessoa percebe sente e se comporta face ao adoecer apresenta impacto fisiológico (e.g. influência dos estados ansiosos nas respostas do organismo) na evolução da doença, estudado pela psicoimunologia. De igual modo é considerada a experiência da pessoa no contexto de saúde, a relação que mantém com os técnicos, bem como a adesão às terapêuticas. Estas trazem mudança à vivência do indivíduo, tendo repercussões a nível emocional, social e comportamental que devem ser atendidas pelo psicólogo. Desta forma, o psicólogo da saúde trabalha em equipa (constituída por técnicos de diferentes áreas como a medicina, enfermagem e nutrição), funcionando também como mediador entre a pessoa-utente e os técnicos de saúde, no que respeita à comunicação, prestação de informação e intervenção com a pessoa e a sua família Neste sentido, a abordagem da psicologia da saúde releva ainda a importância do suporte social, a sua optimização e o impacto que o processo de doença apresenta não só no indivíduo mas também na sua família, sendo frequentemente importante a intervenção ao nível familiar (e.g. promover a partilha de experiências emocionais; estimular a comunicação aberta entre membros da família; adquirir ou enfatizar recursos de resolução de problemas; fornecer suporte na adaptação a diferentes rotinas e funções). 2113 Visualizações 6 Total
Para a realização do processo de intervenção ou processo psicoterapêutico (em psicoterapia) é importante iniciar um processo de avaliação psicológica/psicossocial que possibilita ao psicólogo a compreensão e conceptualização do funcionamento, queixas e motivações da pessoa/comunidade. É esta avaliação que permitirá um enquadramento amplo das queixas e sintomas do paciente, no contexto da sua história de … Cuidados Paliativos Cuidados paliativos. A documentação referente a cuidados paliativos, tanto ao nível nacional como internacional, mostra uma grande evolução. Do ponto de vista moderno, o surgimento dos cuidados paliativos coincidiu com o surgimento dos cuidados clínicos, da formação e da investigação, principalmente a partir do final dos anos 50 e início dos anos 60 do século passado (Marques et al, 2009). Por esse motivo é importante fazer uma revisão histórica sobre a evolução desta área científica, ao longo dos tempos, bem como identificar alguns limites mais significativos (Marques et al, 2009). Os primeiros passos no desenvolvimento dos cuidados paliativos, em Portugal Os cuidados paliativos em Portugal … Motricidade A motricidade diz respeito à forma como cada ser humano se relaciona com o mundo e depende de indivíduo para indivíduo. Ela está associada a diferentes factores internos, como o desenvolvimento físico do ser humano, mas também a diferentes factores externos como a herança genética, a cultura, a escolarização/educação, a sociedade até mesmo a herança histórica. Segundo os estudos de Filho em 2010, a motricidade diz respeito à capacidade de relacionamento do ser humano com o mundo, a qual, vem carregada de diferentes tipos de significados e intenções, de caris evolutivo. Como qualquer tipo de relacionamento entre o ser humano e … Cuidados na saúde a populações vulneráveis Cuidados na saúde a populações vulneráveis qualquer pessoa num contexto onde haja risco de contágio por doença, ou que desenvolva alguma patologia, é considerada vulnerável. A vulnerabilidade torna a pessoa frágil, do ponto de vista psicológico, psiquiátrico, ou por motivo de doença terminal. Segundo Sthal e Berti (2009) no âmbito da bioética, o conceito de vulnerabilidade ganhou mais importância nos últimos anos e, principalmente, a partir da década de noventa. O ser humano, quer sozinho quer em grupo, necessita, como o ar que respira, de viver e agir em saúde e segurança, tornando-se evidente constituir um fenómeno social a preocupação pela manutenção de um estado são e seguro do indivíduo e da colectividade, e desde a sua existência, o Homem ocupa largo tempo da sua vida e despende grande parte da sua acção a organizar a sua defesa/segurança. Como consequência disso, passou a prestar maior atenção à sua saúde e factos relacionados, criando formas de percebê-la, através de interpretações, dando lugar a ciências especializadas no tema. O trabalho que se segue é o resultado de revisão bibliográfica sobre as ciências afins á Psicologia da Saúde: História, Educação e a Sociologia, e será dado o enfoque á contribuição das mesmas para a construção do conceito de Saúde, desde a sua construção até os dias actuais. O trabalho surge no âmbito da disciplina Psicologia da Saúde do curso Psicologia Social e das Organizações. A Psicologia da Saúde é uma especialidade psicológica bem recente, uma disciplina que visa melhor entender os fenómenos psicológicos relativos ao estado da saúde. Ela se preocupa com a compreensão pedagógica, científica e específica da Psicologia, sustentando o objectivo de instrumentalizá-la no desenvolvimento e na preservação da saúde, na profilaxia e na cura das enfermidades, na apuração das causas e na determinação precisa das doenças que acometem os pacientes, e também na melhoria da qualidade das políticas de Saúde. Conceitos Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) apud Sousa (2008), Saúde é o completo bem-estar físico, psíquico e social, ocorrendo conjuntamente, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade, é necessário ter em conta o sujeito e a sua intersubjectividade e os seus funcionamentos afectivo, cognitivo, comportamental e social, ou seja, o sujeito, a família e o suporte social num contexto de doença, de saúde ou de situações que implicam um ajustamento psicológico, mas que não acarretam alteração do estado de saúde. Assim, segundo a OMS apud Ferreira (1990), a Saúde Pública busca o estudo e a solução dos problemas que condicionam a saúde dos indivíduos integrados no seu meio ambiente, seguindo plano e programas coordenados, baseando o seu estudo no conhecimento das causas, mecanismos de aparecimento e evolução das doenças. Segundo Matos (2004), o conceito da OMS, divulgado na carta de princípios de 7 de Abril de 1948 (desde então o Dia Mundial da Saúde) implicando o reconhecimento do direito à Saúde e da obrigação do Estado na promoção e protecção da saúde, diz que a Saúde deveria expressar o direito a uma vida plena, sem privações. O campo da Saúde abrange: A Biologia Humana (compreende a herança genética e os processos biológicos inerentes à vida, incluindo os factores de envelhecimento) O Meio Ambiente (inclui o solo, a água, o ar, a moradia, o local de trabalho) O Estilo de Vida (decisões que afectam a saúde: fumar ou deixar de fumar, beber ou não, praticar ou não exercícios