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PROJETO EXTENSÃO INTERDISCIPLINAR - SAÚDE

Saúde Mental das Crianças


e das(os) Adolescentes na
Pandemia
Gabriele Zanotti e Thaís Assini

Psicologia - Multivix Vitória


GABRIELE ZANOTTI
Estudante de Psicologia do 10° período,
noturno. A residir em São Pedro - Vitória/ES.
Monitora de Atividades Socioeducativas - Viva
Psiquiatria 24h
THAIS ASSINI
Estudante de Psicologia do 10° período, noturno.
Talent Acquisition na Runrun.it
A residir em Praia da Costa - Vila Velha/ES.
INTRODUÇÃO
‘Em tempos de isolamento, as principais
preocupações das Ciências Psicológicas, são: falta
de interação social, déficits na aprendizagem e as
emoções das crianças e das(os) adolescentes
durante e pós o período pandêmico. ' (GLOBO, 2022)

Com a chegada do isolamento, como assegurar que


as emoções sejam reconhecidas e desenvolvidas
saudavelmente?

O impacto da pandemia do Covid-19 afetou e ainda


afeta diversas áreas globais como: economia,
mobilidade, educação, saúde física e mental. O intuito do projeto será apontar a
importância da psicoeducação das
emoções durante o atual período
pandêmico.
O que são as emoções?

As emoções são processos que envolvem múltiplas variáveis, sendo condições


complexas e momentâneas que surgem a partir do contato com alguma
experiência e provocam alterações psicológicas e fisiológicas, preparando o
indivíduo para a ação (RODRIGUES, 2015).

São essenciais para a solução rápida de problemas, para a comunicação


interpessoal e para a sobrevivência, surgindo de forma automática e
involuntária. De acordo com Fonseca (2006, p. 2)

As emoções são adaptativas porque preparam, predispõem e orientam


comportamentos para experiências positivas ou negativas, mesmo
comportamentos de sobrevivência e de reprodução. As emoções fornecem
informações sobre a importância dos estímulos exteriores e interiores do
organismo, e também, sobre as situações-problema onde os indivíduos se
encontram envolvidos num determinado contexto
E como a criança aprende? Segundo os estudos de Piaget, Vygotsky e Wallon:
Para Piaget (1999), a aprendizagem só ocorre mediante a formação das
estruturas de pensamento, portanto a aprendizagem sempre se dá após a
consolidação do esquema que a suporta, da mesma forma a passagem de um
estágio para outro da criança estaria dependente da consolidação e superação
do estágio anterior. Sendo assim, a aprendizagem em si nada mais é do que a
substituição de uma resposta generalizada por outra mais complexa.

Segundo Vygotsky (1998), a aprendizagem sempre inclui relações entre pessoas.


Ele defende a ideia de que não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro
de nós que vai se atualizando com passar do tempo. O desenvolvimento é
pensado como um processo em que estão presentes a maturação do organismo,
o contato com a cultura produzida pela humanidade e as relações sociais que
permitem a aprendizagem.

Para Wallon, a aprendizagem está relacionada com o desenvolvimento da indi-


vidualidade como unidade afetiva e cognitiva dos sujeitos. O estudo do
desenvolvimento humano deve ser feito na sucessão das etapas e dos conflitos no
decorrer da vida, sendo a linguagem e a cultura que fornecem ao pensamento as
ferramentas para a sua evolução; a sua interação com o mundo biológico não
depende apenas do seu amadurecimento intelectual, mas de habilidades mais
complexas para interagir com a cultura existente entre o sujeito e seu meio.
A Psicoedução

Uma das técnicas utilizada pela TCC é a psicoeducação, que tem


a importante função de orientar o indivíduo em diversos aspectos,
seja a respeito das consequências de um comportamento, na (re)
construção de crenças, valores, sentimentos, e como estes
repercutem em sua vida e na dos outros (NOGUEIRA, et al. 2017).
Assim, a psicoeducação consiste em uma ferramenta que auxilia
o indivíduo a desenvolver pensamentos, ideias e reflexões sobre
as pessoas, sobre o mundo, e sobre como se comportar diante
de certas situações, tanto nas intervenções individuais como nas
coletivas, desenvolvendo habilidades sociais.
PSICOEDUCAÇÃO DAS EMOÇÕES
Na psicologia, cada teoria de desenvolvimento Psicoeducação em terapia cognitivo-comportamental surgiu a
partir da experiência dos organizadores em psicologia clínica
humano oferta respostas diferentes às perguntas
na abordagem e em supervisão de atendimentos psicológicos
relativas aos problemas enfrentados por tutores, e
em clínica-escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro
crianças e adolescentes, em diferentes momentos, (UFRJ).
espaços, tempos e sobre diferentes prismas
sociais, políticos e econômicos. É primordial que primeiramente a criança seja psicoeducada
sobre o que são as emoções, qual o papel de cada uma, como
A psicoeducação de emoções surge da
elas podem ajudar e/ou atrapalhar. No decorrer da
necessidade de pontuar a criança e adolescentes intervenção vamos ajudá-las a como identificar as emoções, a
no autoconhecimento de seus sentimentos. ver como elas se percebem no corpo e como podem ser
manejada
A Psicoedução das Emoções

Segundo Nogueira et al. (2017), a psicoeducação contribui para que a


pessoa possa enfrentar possíveis estigmas e preconceitos por parte de
outras pessoas, assim como favorece a promoção de hábitos saudáveis e
a regularidade no estilo de vida. A psicoeducação emocional consiste em
uma ferramenta de aprendizagem que atua de forma preventiva,
auxiliando os indivíduos a entender as suas próprias emoções e utilizá-las
produtivamente. Em grupos, a psicoeducação possibilita a criação de
espaços nos quais as pessoas podem reconhecer as suas dificuldades e
os pensamentos, emoções, e comportamentos relacionados a essas.
Ademais, o grupo permite um ambiente terapêutico em que a pessoa lida
com questões interpessoais, além de trabalhar os aspectos que
envolvem o percurso de uma doença ou perturbação, propiciando
também explorar melhor as habilidades de relacionamento, o
ajustamento social e os estilos de vida (NOGUEIRA, et al., 2017).
Psicoeducação das Emoções

Ao ser usada em um tratamento, ela opera de forma colaborativa e


psicoeducativa, pois o terapeuta se dedica a desenvolver estratégias
de aprendizagem para ensinar aos pacientes habilidades (Kendall e
Bemis, 1983; citado por Carvalho, Malagris e Rangé, 2018) como:
monitorar pensamentos automáticos;
reconhecer as relações entre cognições, pensamentos e
comportamento;
testar a validade dos pensamentos automáticos;
modificar pensamentos distorcidos para torná-los mais realistas;
identificar e alterar crenças ou esquemas que predispõem o
indivíduo a engajar-se padrões destorcidos de avaliações.
PROBLEMA
O IMPACTO DA PANDEMIA NAS
EMOÇÕES DAS CRIANÇAS E
ADOLESCENTES?
PROBLEMA
Pandemia é o termo usado para o escalonamento de determinada doença, memorando imagens de medo,
desorganização e desagregação social. Os reflexos psicossociais nas populações afetadas são, muitas vezes,
mais prejudiciais que a doença propriamente dita (PERRIN PC, et al., 2009). Associada a esses fatores, as
crianças e adolescentes estão em risco de adoecerem ou presenciarem doentes os seus pais, relativos e
outros membros significantes de suas comunidades (EARLS F, et al., 2008). Sabe-se que, durante o processo
de disseminação da COVID-19 pelo mundo, houve uma grande ruptura no cotidiano das pessoas, impactando
em sua saúde física e mental. O aumento dos números de casos, a propagação por parte da mídia e os
desfechos negativos ocasionados pela doença, contribuem para o aumento dos níveis de estresse da
população (LIMA CKT, et al., 2020). As consequências danosas desse bombardeio de estressores impacta o
desenvolvimento, o metabolismo e o comportamento do sujeito, com o risco potencial de transtornos mentais
agudos e crônicos (CHROUSOS GP, 2009). Com o pretexto do isolamento social, muitos serviços básicos,
relacionados a educação, assistência a saúde e lazer, ficam inacessíveis, além de carecer de redes de suporte
a saúde mental da criança e do adolescente. Estes, mantidos em casa, precisam reorganizar suas rotinas,
fator que pode ter forte impacto em seus aspectos psicológicos e emocionais (FEGERT JM, et al., 2020)
PROBLEMA
As crianças e adolescentes, nas circunstâncias de crise, são especialmente susceptíveis a
problemas de saúde mental, como observado durante outros momentos similares na
história. Portanto, o planejamento estratégico em saúde para este grupo é essencial
(STEVENSON E, et al., 2009). Em tempos difíceis, a calma e a segurança entram em conflito,
especialmente no contexto familiar. Manterse alerta para os riscos ao mesmo tempo em que
se reafirma o ambiente seguro se torna um desafio quando na presença de crianças, pois
elas percebem, assim como os pais, as contradições entre os atos e as palavras (NUNN K,
2020). O objetivo principal deste estudo é explorar os efeitos da pandemia nas crianças e
adolescentes, apresentando os aspectos referentes a saúde mental, observados em
períodos vivenciados anteriormente, dada a importância de se planejar uma rede de apoio
eficaz e fortalecer as ações de enfrentamento a problemática decorrente da COVID-19.
OBJETIVO
Esse projeto tem como tema central os impactos da pandemia na saúde mental de crianças e
adolescentes, pretende elucidar as alterações e consequências observáveis até a atual situação
social presente.
Foram analisadas as múltiplas consequências para a saúde mental infantojuvenil, avaliando-se os
aspectos relacionados a repercussões psicoemocionais desencadeadas ou intensificadas em
momentos de isolamento social.
PLANO DE AÇÃO
O que será feito?
- Pesquisa bibliográfica de dados sobre saúde mental de
O objetivo a ser alcançado é divulgar a pesquisa
crianças e adolescentes na pandemia.
-Entrevista semi estruturada com um profissional da acadêmica, a fim de provocar reflexões sobre a
psicologia infantil; importância na contribuição da psicoeducação
- Instagram para divulgar informações coletadas e de crianças e adolescentes.
intervenções baseada na psicoeducação de emoçoes;
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo qualitativo, com uma revisão literária sobre a psicoeducação
emocional de crianças e adolescentes, possibilitando a relação de uma análise de
conteúdo em maior profundidade com o recorte da saúde mental destes durante a
pandemia. Através da coleta de entrevistas a profissionais da área, levantamento
bibliográfico de pesquisas quantitativas e qualitativas de monografias, teses e artigos da
base Scielo e Pepsic. Palavras de inclusão: Pandemia, Emoções, Psicoeducação de
emoções, crianças e adolescentes. Palavras de Exclusão: Adultos e psicoeducação.
CRONOGRAMA DE PUBLICAÇÕES

27/10/2022 29/10/2022 29/10/2022 02/11/2022


18h - "Você sabe o que são 7h - Divulgação do filme 18h - " Tristeza em 18h - "Depressão em
emoções ?" "Divertidamente", link com crianças. Quando é crianças"
a psicoeducação dos necessária uma atenção
sentimentos especial ? "

04/11/2022
18h - "Brincadeira e fruta
06/11/2022 09/11/2022
da semana", Relação entre 16h - "Entrevista com o 15h - Últimas publicações
alimentação e depressão. Psicólogo"
PORQUÊ INTERVIR?
Pode ser identificado em pacientes com borderline sintomas depressivos, impulsividade, tentativas de autoextermínio, manipulação e
instabilidade na autoimagem.
A moralidade, personalidade e conduta procedem das vivências internas, hábitos e filosofias de vida do “eu” ao mundo, dando lugar e voz ao
Ego.
Os processos e vínculos afetivos dessas pessoas são defasados, por conta do repertório de comportamentos executados por eles, tornando a
convivência muitas vezes difícil, tendo presente episódios de depressão, raiva, vulnerabilidade e ansiedade.

Pesquisas anteriores evidenciam que na dinâmica familiar houveram vivências traumáticas, regadas de violências. São padrões de
sentimentos, pensamentos e comportamentos autodestrutivos estabelecidos em relações sublevadas.
Também aponta ser um transtorno psiquiátrico que afeta 6% dos indivíduos, 10% se suícidam e 75% dos border são do sexo feminino.
(RAMOS.R 2021)

Pode ser identificado em pacientes com borderline sintomas depressivos, impulsividade, tentativas de autoextermínio, manipulação e
instabilidade na autoimagem.
A moralidade, personalidade e conduta procedem das vivências internas, hábitos e filosofias de vida do “eu” ao mundo, dando lugar e voz ao
Ego.
Os processos e vínculos afetivos dessas pessoas são defasados, por conta do repertório de comportamentos executados por eles, tornando a
convivência muitas vezes difícil, tendo presente episódios de depressão, raiva, vulnerabilidade e ansiedade.

Pesquisas anteriores evidenciam que na dinâmica familiar houveram vivências traumáticas, regadas de violências. São padrões de
sentimentos, pensamentos e comportamentos autodestrutivos estabelecidos em relações sublevadas.
Também aponta ser um transtorno psiquiátrico que afeta 6% dos indivíduos, 10% se suícidam e 75% dos border são do sexo feminino.
(RAMOS.R 2021)
PRÁTICA E DIVULGAÇÃO

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EXPERIÊNCIA
Por isso, através do projeto de extensão, percebeu-se a importância de uma relação harmoniosa
entre promoção e prevenção da saúde, sendo necessário o compromisso firmado, por parte dos
profissionais de saúde e tutores a fim de apresentar dados científicos aliados a informação à
população que, muitas vezes sofre com a própria ignorância e com o descaso, por parte de nossos
governantes em relação à saúde pública. Fazer parte de um projeto que realiza este trabalho, é
um privilégio para poucos e de grande valia para a formação, pessoal e profissional, de cada um.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estas lições decorrentes da pesquisa em prevenção de saúde mental
das crianças e adolescentes referenciam diversas conduções para a
produção do autoconhecimento as esses indivíduos, que poderão
interessar não somente à comunidade acadêmica, mas também a
profissionais de saúde mental, gestores de saúde e a própria
comunidade, em seus esforços conjuntos de promover a saúde
mental inseridas em qualquer contexto do ambiente em que vivem.
AGRADECEMOS A VISITA POR NOSSO PROJETO!
REFERÊNCIAS
FONSECA, V. Importância das emoções na aprendizagem: uma abordagem neuropsicopedagógica. Rev. psicopedag. São Paulo, v.
33, n. 102, p. 365-384, 2016. Disponível em: Acesso em: 24 de setembro 2022.

OMS, Organização Mundial de Saúde. Saúde adolescente. Disponível em: < https://nacoesunidas.org/opasoms-e-ministerio-da-
saude-lancam-publicacao-sobre-saude-deadolescentes>. Acesso em: 20 out. 2022.

SILVA, E; FREIRE, T. Regulação emocional em adolescentes e seus pais: Da psicopatologia ao funcionamento ótimo. Revista
Análise Psicológica. Lisboa, Portugal, v. 32 n. 2, p.187- 198, , 2014. Disponível em:. Acesso em: 15 set. 2022.

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