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OIARIO DA REPUBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Preço deste número - Kz: 90,00
Toda a correspondência, quer oficial, quer re- ASSINATURAS o preço de cada linha publicada nos Diários

lativa a anúncio e assinaturas do «Diário da


Ano daRepública L" e 2." séries éde Kz: 75,00 e para a
As três séries. , .. Kz: 400 275,00 3.' série Kz; 95,00, acrescido do respectivo
República», deve ser dirigida à Imprensa
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- End. Teleg.: ••Imprensa» A3."série ... Kz: 95700,00 da Imprensa Nacional- E. P.
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SUMÁRIO Nos termos das disposições combinadas da alíneaj) do
artigo 112. e do artigo 113.°. ambos da Lei Constitucíonal,
0

Conselho de Ministros o Governo decreta o seguinte:


,
Decreto 0.° 3108:
Aprova o EstatUto Orgânico da Carreira dos Docentes do Ensino Primá- Artigo 1.° - É aprovado o Estatuto Orgânico da Carreira
rio e Secundário, Técnicos Pedagógicos e Especialistas de Adminis-
dos Docentes do Ensino Primário e Secundário, Técnicos
tração da Educação. - Revoga toda a legislação que contrarie o
presente decreto, nomeadaniento o Decreto n," 11-J/96, de 12 de Pedagógicos e Especialistas de Administração da Educação,
Abril.' anexo ao presente decreto e que dele faz parte integrante.

Art. 2.° - É revogada toda a legislação que contrarie o


CONSELHO DE MIIISlROS presente decreto, nomeadamente o Decreto n," ll-J/96,
de 12 de Abril.
Decreto n," 3/08
de4deMarço
Art. 3.° - As dúvidas e omissões resultantes da interpre-
(1;;~ Convindo adequar o Estatuto da Carreira dos Docentes
do Ensino Primário e Secundário em função das especifici-
tação e aplicação do presente diploma são resolvidas pelo
Conselho de Ministros.
dades que decorrem da complexidade do sistema da educa-
ção, actualmente sujeito não s6 a condicionamentos de um
Art. 4.° - O presente decreto entra em vigor na data da
contexto de reconstrução e estabilização, como também a um
sua publicação.
processo de reforma;

. Considerando que o estatuto vigente já' não satisfaz o VIsto e aprovado em Conselho de Ministros, em Luanda,
exercício de equilíbrio entre a expansão da oferta do ensino aos 28 de Novembro de 2007.
público (acesso) e a sua qualidade;
O Primeiro Ministro, Femando da Piedade Dias dos Santos.
Considerando que a problemática de categorias e
promoções na carreira dos docentes do. ensino primá-
Promulgado aos 19 de Fevereiro de 2008.
rio e secundário, técnicos pedag6gicos e especialistas
de administração da educação, recomenda a adopção de
um estatuto configurado sob uma nova base conceptual na .Publique-se.
6ptica da formação e valorização das competêneias.profis-
sionais, enquadramento, gestão e motivação de quadros; ,:'. O Presidente da República. Joss EDUARDO
DOSSANTOS.
358 c..,
'. /
ESTATUTO ORGÂNICO DA CARREIRA b) gestão provisional, em ordem a glk~ .
DOS DOCENTES DO ENSINO PRIMÁRIo quada gestão dos efectivos;
E SECUNDÁRIO, .TÉCNIcos PEDAGÓGICOS' c) eficácia, visando melhor aplicação dos reçutsóS~/,it",
E EsPECIALISTAS DE AJ)MÍNlSTRAÇAO humanos disponíveis e a prossecução efectiva do
DA ~UCAÇÃO,... __ . interesse público nodoinínio da educação; .
d) flexihili.d~de, de modoagirrantir a- tomada de
CAPtruLo I ~edidas correctivas ousupl~lIlêÍtt#e&que o pro-
Princípios Gerais cesso educativo recomen<iar:;i .·.···.i .•...
e) colocação equitativa dos professoresdiplomados,
ARTIGo e
(Objecto) pelos vários estabelecimentos de ensino do País.

. O presente diploma regula o Estatuto da Carreira dos CAPíTuLO n


Docentes de-Ensine-Primário eSeeundãrío, Técnicos Peda••. Regime-de'Cam!ira
gógioos-ê:EspeCiaJiStãS'õe
AdíniDistiação daEducação.
. . ARTIGO 5.°
(Natureza e objectivos)
ARTIGO 2.°
(Âmbito) 1. A carreira docente. de técnicos pedagógicos e especia-
listas de administração da educação tem a natureza de car-
1. O presente diploma aplica-se ao pessoal docente, em reira profissional e o pessoal nela integrado constitui um
exercício efectivo de funções, no ensino primário e secun- corpo especial, submetido ao regime específico do presente
dário. estatuto.

2. Este diploma é ainda aplicável aos docentes em exer- 2. A instituição da carreira visa a légítímação da docência
cício de funções pedagógicas e de administração da edu- e das funções dos técnicos pedagógicos e especialistas da
cação. administração da educação. com base nas adequadas habili-
tações profissionais e a sua evolução em termos de formação
permanente e prática funcional.
Para efeitos de aplicação do presente diploma; entende-
-se por:

a) pessoal docente: - o portador de qualificação pro- A carreira estrutura-se e se desenvolve por níveis que
fissional, certificada pelo órgão competente do integram categorias hierarquizadas e escalões a que corres-
Governo. para o desempenho de funções pe pendem funções da mesma natureza e que pressupõem a
ensino; posse de graus como títulos de habilitações profissionais.
b) técnicos pedagógicos e especialistas deadminis-
tração da educaçãoz=« os docentes com funções CAPÍ'fULo·m
de gestão, enquad.ramento organizacional meto- Carreira Docente
dológico e curricular, da administração do sis-
ARTIGO 7.·
tema de educação; (Categorias)
c) categoria: - a posição que o agente ocupa no
âmbito da carreira, de acordo com a qualificação O corpo docente configura-se numa única carreira, com
profissional e diferenciação de funções. as seguintes categorias:

ARTIGO 4.° a) professor do ensino primário auxiliar;


(princípios de gestão) b) professor do ensino primário diplomado;
c) professor do I ciclo do ensino secundário diplo-
A gestão do pessoal docente, de técnicos pedagógicos e mado;
especialistas de administração da educação sujeita-se, em d) professor do n ciclo .do ensino secundário diplo-
geral, à legislação vigente e, em especial, aos seguintes prin- mado.
cípios:
ARTIGO 8.·
(Escalões)
a) racionalidade, de modo a obter o equilíbrio entre
as necessidades sociais e organizacionais e o As categorias previstas no número anterior estruturan
quadro de efectivos; -se nos seguintes escalões:

.. _.---- .._---
r
r

CAPiwLO rv
Funções do Cm-po Decente
a) professor do ensino primário auxiliar, do i.o escalão;
b) professor do ensino primário auxiliar, do 2.° escalão; SECÇÃO I
c) professor do ensino primário auxiliar, do 3.° escalão; Funções Especificas do Docente
á) professor do ensino primário auxiliar, do 4.° escalão;
e) professor do ensino primário auxiliar, do 5.° escalão; AKfIGO 9.°
j) professor do ensino primário auxiliar, do 6.° escalão. (perfil do professor do ensino priDiário)

2. Categoria de professor do ensino primário diplomado: Para O exercício da função docente no ensino primário, é
necessário que os candidatos possuam o seguinte perfil:
a) professor do ensino primário diplomado, do 1.°escalão;
b) professor do ensino primário diplomado, do 2.°escalão; a) conhecer-se, saber utilizar as suas capacidades e os
c) professor do ensino primário diplomado, do 3.° escalão; seus recursos e ter consciência dos efeitos da sua
ti) professor do ensino primário diplomado, do 4.° escalão; actuação na sala de aulas e na escola;
e) professordo ensino primário dipl0mad0, do 5.° escalão; b) conhecer a natureza fisiológica, psicolõgica e
j) professor do ensino primáIi.o diplomado. <1;0 6.° escalão. social da criança em idade escolar e do adoles-
cente;
3. Categoria de professor do I ciclo do ensino secundá- c) saber identificar a criança com necessidades edu-
rio diplomado: cativas especiais e proporcionar-lhe o encami-
nhamento adequado aos cuidados específicos de
a) professor do 1.° ciclo do ensino secundário díplo- que carece;
mado, do 1.0 escalão;
ti) dominar os conteúdos programáticos e conhecer
b) professor do 1.0 ciclo do ensino secundário diplo-
bem os manuais escolares, as normas, as orienta-
mado, do 2.° escalão;
ções metodológicas e outros instrumentos rela-
c) professor do 1.0 ciclo do ensino secundãrío díplo-
tivos à educação e ensino, nas instituições
mado, do 3.° escalão;
escolares;
d) professor do 1.° ciclo do ensino secundário diplo-
e) possibilitar a compreensão dos factores de natureza
mado, do 4.° escalão;
legal, institucional e organizacional que contex-
e) professor do 1.0 ciclo do ensino secundário diplo-
mado, do 5.° escalão; tualizam as práticas educativas na escola;
j) professor do 1.° ciclo do ensino secundário diplo- fj conhecer as questões mais relevantes do mundo em
mado, do 6. o escalão. que vivemos, cada vez mais complexo.e em
rápida mudança;
~:;lf!lJ; 4. Categoria de professor do 11ciclo do ensino secundá- g) estabelecer objectivos específicos com base nos
'...' '-. rio diplomado: objectivos dos programas, das condições das ins-
tituições de ensino e do meio ambiente em que
a) professor do IIciclo do ensino secuudário diplo- estão inseridos;
mado, do 1.0 escalão; h) criar condições para uma aprendizagem:
b) professor do IIciclo do ensino secundário diplo-
mado, do 2.° escalão;
globalizada, adaptando método, meio de ensino
c) professor do II ciclo do ensino secundário díplo-
mado, do 3.° escalão; e formas de organização, para que as crianças
d) professor do II ciclo do ensino secundário diplo-
vejam a realidade como um todo, particular-
mado, do 4.° escalão; mente nas seis primeiras classes;
e) professor do II ciclo do ensino secundário diplo- qt'e promova o desenvolvimento integral e har-
mado, do 5.° escalão; monioso da criança;
j) professor do IIciclo do ensino secundário díplo- que propicie a integração e colaboração entre alu-
mado, do 6.° escalão; nos e estes com o professor;
g) professor do II ciclo do ensino secundário diplo- que decorra de uma gestão flexível e articulada
mado, do 7.° escalão; dos programas, de modo que a generalidade
h) professor do TI ciclo do ensino secundário diplo- dos alunos tenha sucesso nos conteúdos
mado, do 8.° escalão. essenciais;
DIÁRIO DA REPl·

z) trabalhar em colaboração com os colegas da mesma tI) conhecer as problemáticas mais relevantes
classe; .mundo em que vivemos, cada vez mais COl>..
J) preparar as crianças para um enqnadramento anspi- plexo e em rápida mudança;
cioso no ensino subsequente e para uma opção e) conhecer as perspectivas educacionais que enfor-
vocacional consciente e compatível com a inser-
mam o currículo dos alunos do 1.° ciclo de
ção social harmoniosa na comum1iade; .
ensino secundário;
k) adquirir experiência de ensino nas actividades
j) definir os objectivos específicos com base no
docentes e educativas, nas instituições escolares;
objectivos gerais ·econtelÍdosdós programa
l) distinguir-se pela competência profissional e pelo
estabelecidos,.tendo·emCÓnta·t,contextoemqu
elevado sentido de idoneidade moral e cívica,
vai trabalhar, nomeadamente, as condições da
sabendo transmiti-la aos seus educandos;
instituições de ensino, do meio económico
m) es~I~lO!iV~.<> J>ara uma aJll"endizageJIl ~-
nente. sõcio-ciiltiírál em qúé .êS.fàS. ~tão i~seri~ e I

características e necessidades dos alunos que v


AKl1GO 10. 0
ensinar;
(Requisitos de provfmeDto)
»,
g) adoptar métodos e meios de ensino, bem con
mecanismos de diferenciação pedagógica e ,
.1.Çonstituem requisitos de provimento para a categoria
flexibilidade dos programas, adequando-os
de.professor do ensino primário auxiliar.
diversidade dos alunos a fio) de promover
a) possuir .como habilitações mínimas a8.a classe e. sucesso escolar, nomeadamente a nível d
formação pedagõgica certificada pelo Ministério objectivos específicos, conteúdos essenciais e
da Educação; desenvolvimento integral do jovem;
b) ter perfeito domínio da língua portuguesa. h) flexibílízação dos programas, adequando-o:
diversidade dos alunos a fim de promove
2. Constituem requisitos de provimento para a categoria sucesso escolar, nomeadamente a nível '
de professor do ensino primário diplomá<io: objectivos específicos, conteúdos essenciais e
desenvolvimento integral do jovem;
a) possuir o curso médio de formação.de professores i) preparar o adolescente para um enquadramento ;
na especialidade de ensino primário; ou
picioso nas classes e níveis de ensino :
b) possuir o IIciclo do ensino secundário e formação
sequentes e para uma opção vocacional e pn
pedagógica certificada pelo Ministério da Edu-
sional consciente, e compatível com uma ir
cação;
ção social harmoniosa na comunidade;
c) ter perfeito domínio da língua portuguesa.
j) proporcionar aos alunos a aquisição e domíni
saberes, instrumentos, capacidades, atituc
ARTIGO ll.O
(perfil do professOr do I ciclo do ensino secundário diplomado) valores indispensáveis a uma escolha esclan
das vias escolares ou profissionais subseque
Para O exercício da função docente no l.odclo do ensino k) desenvolver valores e atitudes que contribuarr
secundário, é necessário que os candidatos possuam o a formação de cidadãos conscientes e parti
seguinte perfil: tivos numa sociedade democrática;
l) colaborar com os colegas no sentido de art
a) conhecer a natureza fisiológica, psicológica e
estratégias que promovamo sucesso edui
sociológica dos alunos do 1.° ciclo do ensino
dos alunos;
secundário;
m) identificar o jovem necessitado em atendim
b) possuir conhecimentos científicos fundamentais
cuidados especiais;
tanto no âmbito da(s) especialidade(s) que
n) distinguir-se por um elevado sentido de res.
vai ensinar, como no domíno das ciências da edu-
bilidade, de idoneidade moral, cívica e d
cação;
c) dominar os conteúdos programáticos, as orientações lógica e saber transmitir estes valores aos edm
metodológicas e outros instrumentos relativos à o) assumir uma atitude de respeito pela impo

educação e ao ensino nas instituições escolares, da actividade docente na formação da per


bem como a melhor utilização dos manuais dade humana e no desenvolvimento sóc
escolares; nómico da sociedade.

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ARTKHJ {:;:." I~} pfep~rnf" \"} ~ri~1!~'Cent'ê
pera um 'Cfiqu~.ram~nt:n
{.Requisit.~ de pmvimenta}
auspicioso nas classes e níveis de ensino subse-
quentes e para uma opção vocacional e profis-
Constituem requisitos de provimento para a categoria de sional consciente e compatível com uma inserção
professor do 1.° ciclo do ensino secundário diplomad",o: social harmoniosa na comunidade;
i) proporcionar aos alunos a aquisição e domínio de
a) possuir como habilitação mínima o curso médio de
saberes, instrumentos, capacidades, atitudes e
formação de professores ou equivalente, certifi- valores indispensáveis a uma escolha esclarecida
cado pelo Ministério da Educação; das vias escolares ou profissionais subsequentes;
b) possuir o II ciclo do ensino secundário e formação
J) desenvolver valores e atitudes que contribuam para
pedagógica certificada pelo Miilistério da Edu-
a formação de cidadãos conscientes e participa-
cação; tivos numa sociedade democrática;
c) ter perfeito domínio da língua portuguesa.
k) colaborar com os colegas no sentido de articular
estratégias que promovam o sucesso educativo
ARTIGO 1r
(perfil do professor ncielo do eDSinosecundário diplomado) dos alunos;
~.
l) identificar o jovem necessitado em atendimento e
Para O exercício da função docente no II ciclo do ensino cuidados especiais;
.) ,-".,. m) distinguir-se por um elevado sentido de respon-
':.~J secundário é necessário que os candidatos possuam o
seguinte perfil: sabilidade, de idoneidade moral, cívica e deon-
tológica, e saber transmitir estes valores aos
a) conhecer a natureza fisiolõgica, psicológica e educandos;
sociológica dos alunos do II ciclo do ensino n) assumir uma atitude de respeito pela importância

secundário; da actividade docente na formação da persona-


b) possuir conhecimentos cíentífícos fundamentais lidade humana, e no desenvolvimento sócio-
-económico da sociedade.
tanto no âmbito da(s) especialidade(s) que vai
ensinar, como no domínio das ciências da edu-
AlITIGO 14.·
cação; (Requisitos de provimento)
c) dominar os conteúdos programáticos, as orientações
metodol6gicas e outros instrumentos relativos à Constituem requisitos de provimento para a categoria de
educação e ao ensino nas instituições escolares, professor do II ciclo do ensino secundário diplomado:
bem como a melhor utilização dos manuais
escolares; <,,; a) possuir como habilitações mínimas o bacharelato
á) conhecer as problemáticas mais relevantes do de ciências de educação ou equivalente, certífi-
mundo em que vivemos, cada vez mais com-o cado por órgão competente do Governo;
plexo e em rápida mudança; b) possuir o grau de bacharel em outras ciências e for-
e) conhecer as perspectivas educacionais que enfor- mação pedagógica certificado por órgão compe-
mam o currículo dos alunos do II ciclo do ensino tente do Governo.
c) ter perfeito domínio da língua portuguesa.
secundário;
j) definir os objectivos específicos com base nos
SECÇÃO II
objectivos gerais e conteúdos dos programas Tipo de Provimento do Corpo Docente
estabelecidos, tendo em conta o contexto em que
vai trabalhar, ou seja, as condições das institui- Alt.ITGO 15.~
(Provimento por nomeação)
ções de ensino, do meio económico e sócio-cul-
tural em que estas estão inseridas e as características
l.As categorias previstas nas alíneas a) e b) do artigo 7.0
e necessidades dos alunos que vai ensinar;
são providas por nomeação, através de despacho do gover-
g) adoptar métodos e meios de ensino, bem como
nador de província, mediante proposta da Direcção de
. mecanismos de diferenciação pedagógica e de Recursos Humanos do Ministério da Educação.
flexibilização dos programas, adequando-os à
diversidade dos alunos a fim de promover o 2.As categorias previstas nas alíneas c) e á) do artigo 7.0
sucesso escolar, nomeadamente a nível dos são providas por nomeação, através de despacho do Ministro
objectivos específicos, conteúdos essenciais e do da Educação, mediante proposta da Direcção de Recursos
desenvolvimento integral do jovem; Humanos.

362 DLÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 16. 0
á) organizar, orientar e controlar o processo de con-
(Provimento por contrato) cepção e avaliação curricular do sistema de edu-
cação;
1. As categorias previstas no artigo 7.° podem ainda ser e) elaborar e dirigir trabalhos de diagnóstico e prog-
providas por contrato de trabalho, celebrado para um período nóstico do sistema educativo e de estudo de. ava- .
de um ano lectivo, renovãvel por igual período, desde que
liação da sua eficácia e pertinência, enquanto
haja interesse dos serviços da educação.
componente do sistema social; .
j) elaborare Qirigir a feitura de propostas de normas de
2.0 contrato deve ser celebrado entre o docente e a organização escolar; orientar e regular a opera-
direcção de ensino competente, mediante proposta da
cionalização do sistema de direcção das insti-
direcção da respectiva escola.
tuições educativas; e realizar o controlo e a ava-
~o da direcção. das instií:uiçÕêSrelàtivamente
3. Os docentes eontratados ao abrigo do n," 1 deSte artigo
ao trab~o educativo e à ligação da escola com
adquirem a qualidade de professores eventuais.
a comunidade;
g) apoiar e orientar os técnicos das categorias inferio-
ARTIGO 17. 0

res no desenvolvimento das suas actividades,


(ConcUçiies de noméação)
particularmente no que respeita à preparação e
realização das aulas e trabalhos práticós;
A nomeação dos docentes para as categorias previstas no
h) elaborar e dirigir trabalhos de investigação peda-
artigo 7.° deve ser precedida de aprovação em concurso, gógica e inovação educativa •.nomeadamente ao
podendo concorrer candidatos que preencham os requisitos
nível dos niétodos e técnicas;
previstos nos artigos 10.°, 11.°, 12.°, 13.° e 14.° do presente
r) dominar OS procedimentos de análise e planificaçã!>
estatuto.
da metodologia e avaliação do sistema de educa-
ção, bem como a legislação e regulamentação
CAPÍl'ULO V
principal da actividade edncatíva;
Técnicos Pedag6gicos e Especialistas Administrativos
J) conhecer a política nacional do sistema de educa-
. daEdu~o
ção e a sua fundamentação filos6fica e pedag6-
gícar
SECÇÃo I
TécDicos Pedagógicos
k) executar outras tarefas de maior ou menor comple-
- xidade, quando necessário.
ARTIGO 18. 0

2:'''0 provimento para a função de técnico pedag6gico


(Enquadramento)
de nível I faz-se por despacho do Ministro da Educação,
Os técnicos pedag6gicospodem ser enquadrados no mediante proposta do órgão de recursos humanos.

nível 1 ou no nível 2.
3. São providos nas funções enunciadas no número ante-
rior os técnicos docentes com habilitações literárias mínimas
ARTIGO 19. 0

(perfil do técnico pedagógico de JÚVell) de bacharelato numa área das ciências da educação ou equi-
valente, com pelo menos 5 anos de experiência na função
1. O técnico pedagógico de nível 1 é aquele que exerce docente e com boa avaliação de desempenho.

funções técnico-pedagógicas numa estrutura. da educação


AlITIGO 20."
(ministério, direcção provincial ou municipal). (pei1iI do técDico pedagógico de nfvel2)

2. O-técnico pedagógico de nível 1 deve ter capacidade 1. O técnico pedagógico de nível 2 é aquele que exerce
para: funções técnico-pedag6gicas numa estrutura da educação
(ministério, direcção provincial ou municipal).
a) programar, orientar e realizar acções de formação
de técnicos pedag6gicos e de docentes; 2. O técnico Pedagógico de nível 2 deve ter capacidade
b)executar tarefas de orientaçãometodol6gica e de para:
aplicação generalizada dos programas de ensino;
c) conceber e avarurr currículos para o sistema de edu- a) programar e realizar acções de formação de técnicos
cação, na sua área de especialização; pedagógicos e de docentes;
,,-----_._----

SÉRIE - N.o 40 -:- DE 4 DE MARÇO DE 2008 363


b) executar tarefas de orientação metodológica e de a) exercer funções consultivas de natureza técnico-
aplicação generalizada dos programas dê ensÍ!l0; -científica, com responsabilidade, iniciativa e
c) elaborar orientações didácticas de métodos de autonomia, permitindo a interligàção de várias
direcção e controlo do processo de ensino e ãreas de actividade;
aprendizagem; tipificar equipamentos e meios b) investigar e criar altematívas de solução apropria-
didácticos de ensino, bem como orientar a sua das para os problemas da sua área;
utilização;
c) organizar, orientar e controlar o processo de con-
li) elaborar propostás de exames e provas de avalia-
cepção e avaliação curricular;
ção;
li) elaborar propostas de planos de estudo e programas
e) elaborar e participar na elaboração de propostas de
de ensino, caracterizando objectivos e conteúdos
normas de organização escolar, orientar a sua
currículares, determinai1do meios e estratégias de
..- .·apli.~~'~ C()Iitro10;
eiJ.siJio;
j) realizar o controlo e a av~ do trabalho escolar;
regulamentar e orient:ar a aplicação das ínstru- e) elaborar ou participar na elaboração de manuais
.ções relativas _ao trabalho edncatívo e à ligação escolares. guias metodológicos e bibliográficos,
da escola com à comunidade; conceber, aperfeiçoar e elaborar critérios e
,,_ ( g) elaborar propostas de instrunientos e regulamentos instrumentos de avaliação pedagógica;
i.O de-avaliação pedagõgíca; f> elaborar e dirigir trabalhos de diagnóstico e prog-
h) acompanhar e orientar os futuros professores ou nóstico do sistema educativo, e estudo de ava-
outros profissionais, nas práticaspedagógícas e liação da sua eficácia e pertinêneia, enquanto
no estágio; componente dp sistema social;
í) organizar e orientar cursos e seminários para pro- g) dirigir, coordenar e controlar a realização de estudos,
fessores, ou outros profissionais de nível primá- projectos, propostas de acção, programas, planos _
rio; e relatórios;
J) conhecer a política nacional do sistema educativo;
h) realizar actividades de campo, no âmbito de pros-
k)_executar outras tarefas de mai~r ou menor comple-
.pecção ou execução de Propostas;
xidade, quando necessário.
z) orientar e apoiar os técnicos de categorias inferiores,
tendo em vista a elevação da capacidade técnico-
3. O provimento em funções de técnico pedagógico
-científica;
de nível 2 faz-se por despacho do Ministro da Educação,
J) realizar trabalhos de alto nível ou de consultoria nas
mediante proposta do órgão de recursos humanos.
'" estruturas de educação;
4. São providos nas funções enunciadas no n," 2 deste k) dominar os procedimentos de concepção, planifi-
11, (~o os técnicos docentes habilitados com: cação, análise, administração, direcção e avalia-
V"- ção do sistema de educação, bem como a
a) curso médio de formação de professores ou equi- legislação e regulamentação principal da activi-
valente com 5 anos de experiência mínima, no dade educativa;
exercício da função docente e boa avaliação de 1) conhecer a política-nacional do sistema-de educa-
serviço; ção e a sua fundamentação filosófica e pedagó-
b) o IIciclo do ensino secundário e formação pedagó- gica;
gica, com 10 anos de experiência docente e boa m) executar outras tarefas de maior ou menor com-
avaliação de serviço.
plexidade, quando necessário.

SECÇÃO II
2. O provimento na função de técnico especialista de
EsPecialista de Administração da Educação
administração da educação faz-se por despacho do Ministro .
da Educação, mediante proposta do órgão de recursos humanos.
ARTIGO 21.0
(Especialista de administração da educação)
3. São providos nas funções enunciadas no n," 2 do pre-
1. O especialista de administração da aducação é aquele sente artigo os técnicos docentes habilitados com:
que exerce funções técnico-pedagógicas numa estrutura da
educação (ministério, direcção provincial ou municipal), a a) o doutoramento numa área das ciências da edu-
~1

quem são requeridas as seguintes competências: cação;


b}
'"
ú n~iStrarl~ mmm án~<idas d~nd~ da educacâo,
I 4 -

com 3 anos mínimos de experiência na função


docente;
c) a licenciatura numa área das ciências da educação, I. Para todos níveis de ensino referidos no presente
~
ou formação equiparada, certificada pelo 6rgão diploma, os candidatos aprovados a leccionar devem ser sub-
de tutela do ensino superior, com 5 anos mínimos metidos a uma entrevista.
de experiência na função docente; 'Q

á) o doutoramento ou mestrado numa área de outras 2. O teste de concurso previsto no n.D 3 do artigo 21.0
ciências, e formação pedag6gica certificada pelo inclui a prova oral para os candidatos que pretendam leccio-
órgão de tutela do ensino superior, com o tempo nar as disciplinas de língua portuguesa, línguas nacionais e
nínimo de serviço descrito nas alíneas b) 00 c}, línguas estrangeiras.
respectivamente;
e) que tenham perfeito domínioda língua portuguesa.
3. Devem ser submetidos. ao teste prático os candidatos
que pretendam leccionar as disciplinas de formação manual
e politécnica, educação visual e plástica, educação musical,
CAPíTULo VI
educação física e infonnãtica.
Regime.Especial
'.
(}
SECÇÃO I 4. Devem ser submetidos ao teste laboratorial os candi-
Concursos Públicos e Provas datos que pretendam leccionar as disciplinas de física, quí-
mica, biologia, geografia e geologia .
.ARI1GO 2z.o

(Concurso púbHco) 5. O calendãrío'e O local de prestação das provas devem


ser comunicados, com o mínimo de 15 dias de antecedência.
1. Anualmente é aberto por despacho do Ministro da Edu-
cação um concurso público, para o provimento das categorias
6. Todos os candidatos aprovados devem ser submetidos
de docentes previstas no artigo 7.0 •
à seminário sobre o calendário escolar, os programas,
manuais e guias de ensino, e sistema de avaliação oficiais.
2. O concurso é documental para os candidatos diploma-
dos pelas instituições pedagógicas públicas, desde que o
número de candidatos não exceda o número de vagas. ARTIGO 24. 0

(Ingresso)

3. O concurso é realizado através de um teste de aptidão


de acordo com o nível qoe se pretenda leccionar, sempre que O ingresso dos docentes nas respectivas categorias faz-
o número de candidatos seja superior às vagas. -se no escalão de base.

4. As candidaturas são feitas por requerimento dirigido ARTIGO 25.°

ao Ministro da Educação ou ao Governador da Província, nos (Entrada e promoção)


termos dos n.OS 1 e 2 do artigo 15.0 do presente estatuto,
acompanhado de: 1. A promoção é a mudança do docente de um escalão
para o outro imediatamente superior, dentro da respectiva
a) certificado original de habilitações literárias; carreira.
b) fotocópia do bilhete de identidade.
2. A promoção ocorre de 5 em 5 anos após verificação
5. Após aprovação em concurso, o candidato completará cumulativa dos requisitos relativos à competência, aptidão
o processo com os documentos seguintes: pedagógica, disciplina profissional e cumprimento das tare-
fas complementares regulamentadas, mediante avaliação de
a) certificado de registo criminal; desempenho e confirmação do órgão competente de recursos
b) atestado médico; humanos.
c) fotocópia do documento comprovativo da situação
militar regularizada; 3. O docente do fi ciclo do ensino secundário habilitado
á) certificado de vacinas; com o bacharelare deve ser enquadrado no 8.0 escalão e só
e) quatro fotografias tipo-passe. pode ser promovido até ao 6.0 escalão.
SÉRIE' - N.o40 - DE 4 DE MARÇO DE 2008 365

4. O docente do I! ciclo do ensJno secun~o _habilitado 6. O docente que preencha os requisitos apontados nos
com o grau de licenciatura deve ser enquadrado no 6.° esca- n.OS 4 e 5 deste artigo, fica habilitado aos benefícios nele
lão e só pode ser promovido até ao 3.° escalão. referidos, desde que o requeira.
-e-
5. Q docente do-I! ciclo do ensino secundário, habilitado ,
7. Os técnicos pedagógicos e especialistas de administra-
com o grau de mestre, deve ser enquadrado no 5.° escalão e
ção de educação ficam sujeitos ao regime geral da função
só pode ser promovido, de3 em 3 anos, até ao 2.° escalão.
pública, quanto à jornada laboral.

6. O docente 'do rrclclo do ensino secundário habilitado


com o grau de doutor, deve ser enquadrado no 5.° escalão e 8. A remuneração e regalias acordadas contratualmente,
pode ser promovido, de 3 em 3 anos, até ao primeiro escalão. não podem ser mais favoráveis do que as definidas para os
d~~te~ prov!:~()~ ~r ~~~~o!,_<!~ !~ ~~tS<?l}~~~~~
ARTIGO ,26. 0
iguais circunstâncias, salvo quando devidamente autorizadas
(Admissão) pelo Ministro'da Educação.

A admissãO dos candidatos aprovados em Concurso para ARllGO 28. 0

a docência deve ocorrer no início do respectivo ano lectivo. (CoIaJJor'ação d~te)


~\~
V' SECÇÃO II 1. É permitida a, colaboração docente no ensino público
Carga lJorária secundário do I! ciclo a docentes e outros profissionais, desde
que se mostre absolntamente necessário e conveniente para a
ARllGO 27.-
educação.
(Regmre de prestação de serviços)

1. O regime integral corresponde


lectivos semanais:
aos seguintes tempos "* 2. É igualmente pemiitida a colaboração docente nos
estabelecimentos do ensino privado, desde que tal não resulte
em prejuízo para o ensino público.
a) 27 para a educação pré-escolar;
b) 24 a 29 no ensino primário, em função do plano de 3. Aremnneração e as regalias dos docentes providos por
estudo; contrato são definidos nos termos do n," 2 do artigo 41.° do
c) 24 para o I ciclo do ensino secundário; presente estatuto.
ti) 20 para o II ciclo do ensino secundário;
ARTIGO 29. 0

e) 20 para a educação especial.


(Incompatibilidade)

"':~~ 2. Denomina-se tempo lectivo ao período lectivo que


C•. "corresponde a 30 minutos para a educação pré-escolar, L Os docentes, técnicos pedagógicos e especialistas de
45 minutos para o ensino primário e secundário do I ciclo e administração da educação nomeados, ficam sujeitos ao
50 minutos para o II ciclo e para a educação de adultos. regime geral da função pública no que respeita às regras de
disciplina, incompatibilidades e acumulação com activida-
3. Os tempos lectivos semanais para os docentes de des ou cargos públicos ou privados.
instituições de formação de professores e os detentores de
cargos de direcção e chefia. são fixados por despacho do
2. Os docentes e técnicos pedagógicos e especialistas da
Ministro da Educação.
educação nomeados não podem ter dupla efectividade.

4. Os tempos lectivos semanais para o ensino nocturno e


para, a educação especial-podem sofrer redução, por despacho SEÇÇÃO m
do Ministro da Educação, sem prejuízo para o cumprimento Formação

dos programas.
ARTIGO 30. 0

5. Após 20, 25 e 30 anos de actividade docente com (Formação do pessoal docente)


avaliação de desempenho mínima de Bom, e sem que tenha
sofrido qualquer sanção disciplinar nos últimos 5 anos, o A formação do pessoal docente desenvolve-se de acordo
docente tem direito a redução de 2, 4 e 6 tempos lectivos com o consignado nos artigos 26.°,27.° e 28.° da Lei de Bases
respectivamente, sobre a carga horária semanal. do Sistema de Educação.
DE 4 DE MARÇO DE 2008 367

ARTIGO 34.° b) para a aplicação das penas de censura registada e


(Regime disciplinar) multá. os chefes de departamento, a nível central,
governadores provinciais e directores provinciais
I. Para além de estarem sujeitos ao regime geral da fim-
a nível local;
çãopébfica, sem prejuízo para procedimento jÚdicial. para o
c) pala a aplicação da pena de despromoção, os direc-
que respeita ao regime disciplinar constitui infracção disci-
tores nacionais e os governadores provinciais;
plinar, o seguinte:
ti) para à aplicação da pena de demissão. o governador

a) a prática na sua vida particular de quaisquer actos de província e o Ministro da Educação.


socialmente reprováveis que ofendam. a digni-
dade de educador; CAPÍTULo vm
b) a exigência ou aceitação de valores monetários,
A"!ªlia~o
~'-~ã~riãiS·;s~ªº-s:iii:i.-~!í~fí~~.~
.de informações ou solução de um assunto; SECÇÃO I
c) o incumprimento de planos e programas de trabalho; Avaliação do Corpo Docente
ti) a Violação dos regulamentos em. vigor na instituição;
e) a solução de assuntos por processos eticamente
AIrrIGO 37. 0

reprováveis; . (Avaliação de desempenho)


f) a ausência: do docente a serviços de exames;
g) a ausência a reuniões de avaliação dos alunos: 1. Através da avaliaÇão de desempenho pretende-se .em.
especial: .
, 2. A utilização fraudulenta das provas de avaliação ou de
exame; a prática de actos previstos nas alíneas a) e b) do
a) despertar no docente a necessidade de superação
número anterior e a prática de quaisquer outros, que consti-
constante, capacitando-o científica e pedagogi-
tuam simultaneamente crime punível com pena de prisão
camente ~ as suas tarefas quotidianas;
maior, são passíveis de demissão.
b) incentivar a disciplina pessoal do docente no cum-
3. O desempenho negativo, em circunstâncias nqpnais de primento de todas as tarefas diárias ou períõdicas
trabalho, que resulte em mau aproveitamento dos alunos, é que concorram para a planificação, organização
tipificado de incompetência profissional e, consequente- ou execução da actividade laboral;
mente, passível de processo disciplinar. c) contribuir para o aumento do seu prestígio social e
brio profissional.
ARTIGO 35.°
(penas disciplinares)
- · r-,
.\ 2. A avaliação do docente incide essencialmente sobre

C
-.. :/

os seguintes aspectos:
.~y Constituem penas disciplinares as consignadas no
diploma específico do regime geral da função pública,
X a) actividade docente - avaliar o domínio da matéria
nomeadamente:
a ensinar. a perícia, a preparação e execnção dos
planos de aulas. o cumprimento dos planos e pro-
a) admoestação verbal;
b) censura registada; gramas estabelecidos. o empenho em cursos de
c) multa; superação, a percentagem de aproveitamento e .
ti) despromoção; os perfis de saída dos alunos na respectiva classe;
e) demissão. b) disciplina profissional - avaliar o grau de partici-
pação nas actividades convocadas e ligadas ao
ARTIGO 36,°
exercício docente, o grau de cumprimento das
(Competência disciplinar)
normas, regulamentos da escola e o comporta-
mente da docente do ponto de vista ético-deon-
Nos termos da legislação em vigor sobre o regime disci-
plinar da função pública, têm competência disciplinar: tológico;
c) tarefas complementares - avaliar a participação
a) para aplicação da pena de admoestação verbal todos em actividades extra-escolares e oespíríio de ini-
os responsáveis; ciativa do docente.
ARTiGO 41."
1. A avaliação de desempenho do corpo docente é tipifi-
(ReDlUDerações e prénúos)
cada como comum ou especial.
1.A remuneração do corpo docente obedece ao estatuído
2. O processo comum de avaliação de desempenho efec- para a função pública, na base da tabela indiciária anexa a
este diploma (anexo 1).
tua-se anualmente e em relação ao ano lectivo anterior.
2. Aremuneraçãosuplementar, traduzida em prêmios ou
3. O processo especial de avaliação visa proporcionar ao subsídios, é objecto de regulamentação própria.

docente:
O Primeiro Ministro, Fernando da Piedade Dias dos San-
tos.
a) a possibilidade de acelerar a promoção na carreira,
por força da especialização; O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO 1,>OSSANTOS.

b) a correcção da classificação negativa na avaliação


de desempenho. ANEXO I
Estrutura indiciáriada carreiradocente não superior
4. O docente pode requerer a abertura do processo espe- Grupo de
Índice
pessoal
cial, nas situações decorrentes do consignado nas alíneas-e)
Prof. do fi ciclo do ens. seco diplomado do 1.° escalão ••• '" 960
e b) do número anterior.
.s ~ Prof, do fi ciclo do eas, .sec. diplomado do 2.0 escatão ••. ou 900
~~s i
:::: ProL do fi ciclo do ens. seco diplomado do 3.° escalão .,. ••• 840
ARTIGO 39.0 ~ ~ ~ PIof. do fi ciclo do ens. seco diplomado do 4.°.:scalão ••• •.• hfiii
~!~ _~~J
(Incidência da classificação negativa) • ::: .:: .!:- Prat. do fi ciclo do eas. seco diplomado do 5." escalão ••• ••. 680
~~"t:
~ ~ PIof. do fi ciclo do.cus. seco diplomado do 6.° escalão '" •.• 540

1. A atribuição da classificação negativa determina sus- Prof, do fi ciclo do eas. seco diplomado do 7 •• escalão •.. ••. 480
. -c' Prof.doIIciclodoens.sec.diplcm.adodo8.0escalão •.• ••. 420~'
pensão na contagem de serviço relativo ao período a que a .: t-"'----;-----------------4--I
avaliação de desempenho se reporta, para efeitos de promo- Prof. do I ciclo do em. seco diplomado do 1.° escalão
Prof, do I ciclo:do ens. seco diplomado do 2." escalão 260
ção.
Prof. do I ciclo do em. seco diplomado do 3." escalão 230
Prof, do I ciclo do ens. seco diplomado do 4." escalão

2. A atribuição de duas classificações negativas consecu-


tivas, é condição suficiente para a instauração de processo
Prof. do I ciclo do ens. seco diplomado

Prof. do I ciclo do ens, seco diplomado


de 5." escalão

do 6." escalão -_ .... , '~


[-o_o
disciplinar, por incompetência profissional. Prof. do ens. prim. diplomado do I." escalão _ _ . 'L.:
Praf. do eos. prim. diplomado do r escalão _ . 260
Prof.do ens. prím. diplomadodo 3." escalão . 230
ARTIGO 40.° Prcf, do ens. primo diplomade do 4." escalão '" ..•.•.....•. 200
(Mérito excepcional) Prof_doens.prim.diplomadodo5."escaIão _.. _..•.....•.. ISO
Prof. do em. prim. diplomado do 6." escalão ..•.......••.•. 160

Pode ser atribuído prémio ou menção de mérito excep-


cional ao docente, pelo Ministro da Educação, em situações
Praf. do ens. primo auxiliar do I." escalão
Prof. do e:l$. prím, auxiliar do 2." escalão
............•.....
... ..• •.. .•. . ..
200
130
I
Prof. éo ens. primo auxiliar do 3." escalão ..•... _.. . . 160
de relevante desempenho.
Praf. do ens. primo auxiliar do 4." escalão .••..•••••........ 140
Praf. doens. primo auxiliar do 5." escalão .........•.. - . 120
ARTIGO 41.° Prof. do ens. primo auxiIiar do 6." escalão ..•..•.....•...... 100

CRe~aDlentação)
O Primeiro Ministro, Fernando da Piedade Dias dos San-
tos.
A avaliação de desempenho nos termos definidos neste
estatuto será regulamentada em diploma próprio. O Presidente da República, JoSÉ EDUARDO DOS SANTOS.

O. E. 169 - 3/40 - 2500 ex, - LN.-E. P. - 2008


~614 DIÁRIO DA REPÚBLICA
.--------------------------------------------------
Tabela de Índices e de Vencimentos Base dos Titulares de Cargos de Direcção
e Chefia das Instituições Públicas de Ensino não Superior
Vencimento 5%Suplem. Remuneraçãe
Cargo Índice
Base Remuneraçãu Total

Ensino Director ................................................•...................................•................... 170 248.700.K4 12.435.04 261.135.88


Médio c
Sub-Director . . 165 141.3&6.11 12.06931 253.455.41
Pré-Univer-
sitário Coordenador de Turno c de Curso . 234.071.3&
160 11.70357 ")45.774.94
Directorde mais de 150n alunos . 150 219.&4 J.tJ1 10.972.10 :nO.414.UI

Sub-Dircctor dc mais de 1500 alunos. Director de 500 a 1.500 alunos . 140 204.BI2.45 10.140.62 ~15.05:l./.l!l
Ensino
Secundário
Director até 500 alunos. Coordenador de Turno. de Disciplina de Circulas
de Interesse e de Desp. Escolar . 13(l 190.182.99 9.509.15 199.692.14

Director de mais de 1500 alunos _ . 120 175.553.53 8.777.68 I114.331.21


Ensino
Sub-Director de mais de 1500 alunos. Director de 500 a 1.500 alunos . 110 160.914.07 8.046.20 168.970.27
Primário
Director ate 500 alunos ......•........................•.•..•..•..•..•.•....•.•.....•.................. 100 146.294.61 7.314,73 153.609,34

Tabela Indicíâria e de Vencimento Base da Carreira Docente Não Universitária


índice 100 = Kz: 32.441,64

Grupo Vencimento
Carreira J Categoria índice
Pessoal /
Base

o
<:; :~
Prof. do 11Ciclo do Ens. Sec, Diplomado do 1.° escalão
Prof, do Ir Ciclo do Ens, S.:<:. Diplomado do 2.° escalão
; 960
900
311.439.74
:!9L974.76 -
V ""::>
.g Prol'. do 11 Ciclo do Ens. Seco Diplomado do 3.° escalão / ~
=.g s<> 840 272.509.78

<I)'" g'" Prol: do Il Ciclo do Em. Seco Dlplomado do 4.· escalão 760 246.556.46

.=~:2 o.
'- Prof. do 11Ciclo do Ens. Seco Diplomado do 5.° esc!1!ão 680 220.6()).15
~ 'J>
iS
~ ~ Prof, do [I Ciclo do Ens, Seco Díplomado do 6.° escalão 540 175.184.86
2
e, ~ Proí. do li Ciclo do Ens, SI.'C. Diplomado do 7.° escalão 480 155.719,87
""
l'rof. do 11Ciclo do Ens, Scc, Diplornado do 8.° escalão 420 136.154.89
Prof. do I Ciclo do Ens. Sec. Diplornado do 1.° escalão 320 103.813.25
c
c
84.34&.26
'"
"O ~ c c Prol: do I Ciclo do Ens. Scc, Diplomado do 2." escalão 260
'- ~ ~ "<>
ea
Prol: do I Ciclo do Ens, Scc, Diplomado do ).0 escalão 230 74.615.77
~ .g 'O
<: §
:2
2 ~ C. Prof. do I Ciclo du En:;. SCC. Diplomado do 4.° escalão azo 71.371.61
2
o.. '-' "
<n C
U Prol: do I Ciclo do Ens, Seco Diplomado do 5.° escalão 20fl 64.810.:!l~
- Prof. do I Ciclo do Ens. Seco Diplomado do 6.· escalão 180 58.394,95
Prof. do Ens, Primário Diplomado du I." escalão 320 103.813,25
c
.;::
c
-::o ~ .g Prol: do Ens, Primário Diplomado do 2.n escalão 260 &4.34&.26 I
5 CI
g Prol: do Ens, Primário Diplomado do 3." escalão 230 74.615.77
cn ~
~'" o
c
C. Prol: do Ens, Primário Diplomado do 4.° escalão 220 71.371.61
2
c.. .~ ~ Prof, do Ens, Primário Uiplomado do 5.° escalão 200 64.1183.28
t.tl
Prol: do Ens. Primário Diplomado do 6.° escalão 180 58.)94.95

Prol: do Ens. Primário Auxiliar do I." escalão 220 71.371.61


.g
.."'" Pror. do Ens, Primário Auxiliar do 2.0 escalão 2nD 64.15lS3.Z8
fi
~§ Prof do Ens, Primário Auxiliar do 3.° escalão lHO 58.394.95
d:
."-''" c
-<~ Prof, do Ens. Primário Auxiliar do 4." cscalãn 160 51.906.62
~ .~ Prof. do Ens. Primário Auxiliar do 5.° escalão 140 45.418.30
e Prof do Ens. Primário Auxiliar do 6." escalão 120 38.929.97

o Presidente da República, Josú EmiAHDO DOS SANTOS.

Decreto Presidencial 0.° 1l9/12 ARTIGO I."


de 8 de.Junbo (Vencimento)
Convindo reajustar os vencimentos dos funcionários do É aprovado o reajustamento dos vencimentos de base
regime especial da carreira Diplomática do Ministério das
dos funcionários da Carreira Diplomática do Ministério das
Relações Exteriores;
Relações Exteriores, de acordo com a tabela indiciária c
O Presidente da República decreta. nos termos da alí-
nea d) do artigo 120. c do n." 3 do artigo 125.°. ambos da
. ""
Constituição da República de Angola, o :icgutntc:
0

. ~. salarial, anexas ao presente Decreto Presidencial e que dele


é parte integrante.
[ ~tRIr,: - N.o 109 - DE g DE JUNHO DE 2012 2615
.. -._----------------------------------------
ARTIGO 2." Decreto Presidencial n," 120112
(Suplementos remuneratórios) de 8 de .Junho
Sobre o vencimento-base mensal fixado no artigo ante- Convindo reajustar os vencimentos de base do pessoal
rior incidcm os suplementos remuneratôrios previstos
da carreira especial de Oficiais de Justiça;
no Decreto n," 14/01, de 16 de Março, conjugado com o
O Presidente da República decreta. nos termos da alí-
Decreto-Lei n." Oll03. de 21 de Janeiro e demais legislação
aplicável. nea d) do artigo 120.° e do n." 3 do artigo 125.°. ambos da
Constituição da República de Angola, o seguinte:
ARTIGO 3.·
ARTIGO 1.0
(Forma de pagamenm)
(Vencimento)
O pagamento destes vencimentos deve ser efectuado por
É aprovado o reajustamento dos vencimentos de base do
via do sistema bancário.
pessoal da carreira especial de Oficiais de Justiça. de acordo
ARTIGO 4.° com a tabela indiciária e salarial, anexas ao presente Decreto
{Efcctividade)
Presidencial c que dele é parte integrante.
humanos dos organismos
Devem os órgãos de recursos
ARTI(jO 2.°
centrais e locais da Administração Pública proceder ao con-
(Suplementos remuneratérios)
.trolo da efectividadc do pessoal, garantindo, com efeito, o
amprimento do disposto nos Decretos-Lei n. 10/94, de 24 U
'
Sobre o vencimento base mensal fixado no artigo ante-
de Junho c 8/02, de 18 de Junho, respectivamente. rior incidern os suplementos remuneratórios previstos no
Decreto n.". 69/0J, de 28 de Setembro. conjugado com o
ARTIGO 5:
(Norma revogatúria] artigo 7." do Decreto-Lei n," 1/03, de 2 i de Janeiro e demais
legislação aplicável.
(: revogada toda a legislação que contraria o disposto
ARTI003. U

no presente Decreto Presidencial, nomeadamente o Decreto


(Forma de pagamento)
Presidencial n," 173/11, de 28 de Junho.
O pagamento destes vencimentos deve ser efectuado por
ARTIGO 6." via do sistema bancário.
(DÜ\'idas c emíssões)
ARTIGO 4."
As dúvidas c omissões suscitadas da interpretação c apli- (Erecti~'Ídade)
cação do presente Diploma são resolvidas pelo Presidente
Devem os órgãos de recursos humanos dos organismos
da República.
centrais e locais da Administração Pública proceder ao con-
ARTIGO 7.0 trolo da efectividade do pessoal, garantindo, com efeito, o
(Entrada em vigor)
cumprimento do disposto nos Decretos-Lei n.'" 10/94. de 24
O presente Diploma entra em vigor a partir de I de Junho de Junho e 8/02. de I8 de Junho, respectivamente.
de 2012.
ARTIGOS."
Apreciadoem Conselho de Ministros, em Luanda, aos
(Norma re"ogaCóri:l)
30 de Maio de 2012.
Publique-se. É revogada toda a legislação que contraria o disposto
no presente Decreto Presidencial, nomeadamente o Decreto
Luanda, aos 5 de Junho de 2012. Pre..esidencial n." 1741l1, de 28 de Junho.
O Presidente da República, Joss EDUARDO DOS SANTOS.
ARTIGO 6.°
(Dúvidas c omíssões)

As dúvidas e omissões suscitadas da interpretação e apli-


Tabela de Índices e de Vencimentos Base da Carreira cação do presente Diploma são resolvidas pelo Presidente
Diplomática da República.
Carrt.~r.ofCategoria índice Vencimento Base
ARTIGO 7."
Embaixador 960 JI1.439.74 (Entrada em vi~"r)
291.974,76
Ministro Conselneiro 900 o presente Diploma entra em vigor a partir de I de Junho
Conselheiro 840 212.509,78
de 2012.
I. u Secretário 680 220.603.15 Apreciado em Conselho de Ministros. em Luanda. aos
I '''Sc,~;n o
3.° Secretário
600

540
194.649,84

17:5.184.86
30 de Maio de 2012.

Publique-se.
I I\didu 420 136.254.89
I Luanda, aos 5 de Junho de 2012.

O Presidente da República, Josà EDUARDO OOS SANTOS. O Presidente da República. JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.

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