Você está na página 1de 12

QUESTÕES E CASOS PRÁTICOS PARA AULAS PRÁTICAS E AVALIAÇÕES

I. Marque a alternativa correcta nas questões abaixa:

1. Nas relações do homem com a natureza, nos primórdios da vida humana sobre a terra:

a) O homem exerce controlo sobre a natureza;


b) O homem depende das forças da natureza, dela se beneficia e intervém nos elementos
naturais;
c) O homem é controlado pelas forças da natureza;
d) O homem inicia destruição significativa dos bens naturais;
e) O homem já tem consciência elaborada da importância dos bens naturais.

2. Nas relações do homem com o meio ambiente:

a) Os prejuízos ao meio ambiente já eram significativos antes da idade moderna (séc.


XVIII / XX);
b) Os e prejuízos à natureza só têm motivação jurídica, não económica, nem social;
c) Os prejuízos à natureza, em escala significativa, decorreram do industrialismo e do
crescimento populacional;
d) Prejuízos à natureza só são considerados como significativos a partir do momento em
que a lei estabeleceu infracções ambientais;
e) Prejuízos à natureza resultam de lesões causadas por forças naturais, não tendem a
intervenção humana condições de influir, significativamente, no desequilíbrio e na
degradação dos elementos naturais.

3. Na percepção da problemática do meio ambiente:

a) O homem dela toma consciência desde os primórdios da vida humana neste planeta;

b) O homem dela toma consciência a partir do momento em que da natureza extrai os bens de
que precisa para sobreviver;

c) O homem dela toma consciência desde quando a percebe como fato que o prejudica em
seus interesses particulares ao danificar as utilidades e os frutos que extrai dos bens naturais;

d) O homem dela toma consciência na etapa em que a percebe como um problema


generalizado, porém relativo a cada Estado;

1
f) O homem dela toma consciência quando a percebe como um problema planetário.

4. Sobre o desenvolvimento sustentável :


A inevitável devastação ambiental decorrente do processo de desenvolvimento industrial é um
"quadro" que começa a se modificar a partir da defesa pública de um novo conceito: O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.

O uso dessa expressão tem a finalidade de:

a) O desenvolvimento sustentável tem por objectivo proporcionar o desenvolvimento económico


e social sem comprometer as futuras gerações no que se refere à destruição dos recursos naturais.
b) Deve haver sustentabilidade no processo de desenvolvimento económico.

c) Conforme o conceito de desenvolvimento sustentável, a utilização dos recursos naturais deve


ocorrer de acordo com a capacidade de reposição da natureza, sendo sua utilização, necessária
para o crescimento económico.

d) O desenvolvimento sustentável objectiva proporcionar o desenvolvimento socioeconómico de


forma planejada e em harmonia com o meio ambiente, de forma que não comprometa a
capacidade de suprir as necessidades das futuras gerações.

e) Visa propor uma mudança de atitude para que não se comprometa o meio ambiente.

5. O conceito de meio ambiente implica em que seja classificado:

a) Como meio ambiente natural e construído;


b) Como meio ambiente natural e artificial;
c) Como meio ambiente natural, cultural e artificial;
d) Como meio ambiente natural, construído ou artificial, cultural e do trabalho;
e) Como meio ambiente natural, cultural, artificial e do trabalho.

6. O Direito Ambiental se destina:

a) À protecção à vida, em todas as suas formas;

b) À protecção ao meio ambiente e aos bens de que se compõe;

c) À protecção à vida, em todas as suas formas, com base na tutela ao meio ambiente e
aos bens de que se compõe;

2
d) À protecção ao meio ambiente e aos bens de que se compõe, na medida em que da
tutela aos bens resulta a “sadia qualidade de vida”;

e) À protecção ao meio ambiente e aos bens ambientais, tendo a vida como destinatária
da tutela jurídica ambiental.

7. Se um Tratado ou Convenção Internacional, na tutela global ao meio ambiente, só


em parte obtém concordância determinado país:

a) Mesmo subscrito pelo país interessado, o Tratado ou Convenção é nulo;

b) Mesmo subscrito pelo país interessado, o Tratado ou Convenção é anulável;

c) O país interessado pode subscrevê-lo, apondo reserva às disposições de que discorde;


d) O país interessado, para assiná-lo, deve, antes, submeter sua oposição à parte de que
discorde a uma Corte Internacional;
e) O país interessado deve, para assiná-lo, submeter-se às regras estabelecidas, se outros
países, em maioria, já assinaram.

8. Nos termos do art. 117 da Constituição da República, a protecção assegurada ao


meio ambiente tem por finalidade:

a) O equilíbrio ecológico;
b) A protecção ao meio ambiente como um todo;
c) A protecção ao meio ambiente e aos bens de que se compõe;
d) A “sadia qualidade de vida”.

9. Relativamente aos princípios gerais do direito ambiental e a suas formas de


materialização, assinale a opção correcta. (3 valores)

a) De acordo com o princípio da precaução, diante de ameaças de danos sérios e


irreversíveis, a falta de certeza científica não pode ser invocada como motivo para se
adiarem medidas destinadas a prevenir a degradação ambiental, podendo a administração
pública, com base no poder de polícia, embargar obras ou actividades.
b) Consoante o princípio do poluidor-pagador, a definição dos custos de produção de
determinada empresa poluidora não pode levar em consideração os custos sociais
externos decorrentes de sua actividade poluente, sob pena de cometimento de infracção
administrativa ambiental.
c) O princípio da prevenção aplica-se a eventos incertos e prováveis causadores de dano
ambiental.
 
3
10. A toda e qualquer alteração adversa das características do ambiente, que inclui, entre
outras, a poluição, a desertificação, a erosão e o desflorestamento, diz se: (3 valores)
a) Biodiversidade;
b) Diversidade agressiva genética;
c) Ampliação do efeito estufa;
d) Poluição ambiental.
e) Degradação do Ambiente

11. Analise as afirmações a seguir e assinale as alternativas CORRECTAS

1. Cabe aos cidadãos criar mecanismos adequados para envolver os diversos sectores da
sociedade civil, comunidades locais, em particular as associações de defesa do
ambiente, na elaboração de políticas e legislação relativa à gestão dos recursos
naturais do país, assim como no desenvolvimento das actividades de implementação
do Programa Nacional de Gestão Ambiental.
2. Não é estritamente proibido, no território nacional, a produção, o depósito no solo e
no subsolo, o lançamento para a água ou para a atmosfera, de quaisquer substâncias
tóxicas e poluidoras, assim como a prática de actividades que acelerem a erosão, a
desertificação, o desflorestamento ou qualquer outra forma de degradação do
ambiente.

3. Em Moçambique em alguns casos é admissível a implantação de infra-estruturas


habitacionais ou para outro fim que, pela sua dimensão, natureza ou localização,
provoquem um impacto negativo sobre o ambiente, o mesmo se aplicando à
deposição de lixos ou materiais usados.

4. Em Moçambique qualquer cidadão que considere terem lhe sido violados os direitos
que lhe são conferidos pela lei do ambiente, ou que considere que existe ameaça de
violação dos mesmos, pode recorrer às instâncias jurisdicionais para obter a reposição
dos seus direitos ou a prevenção da sua violação.

5. Em Moçambique apenas as Associações de Defesa do Ambiente é podem processar


judicialmente o autor dos danos ou da ofensa e exigir a respectiva reparação ou
indemnização, em consequência da violação das disposições da legislação ambiental
pelas ofensas pessoais sofridas pelos cidadãos ou danos patrimoniais, incluindo a
perda de colheitas ou de lucros.

4
6. Constituem-se na obrigação de pagar uma indemnização aos lesados todos aqueles
que, independentemente de culpa e da observância dos preceitos legais, causem danos
significativos ao ambiente ou provoquem a paralisação temporária ou definitiva de
actividades económicas, como resultado da prática de actividades especialmente
perigosas.

II .Questões de desenvolvimento:

1. Qual é conceito de direito do ambiente


2. as vantagens da constitucionalização do Direito Ambiental em Moçambique
3. Qual é a natureza juridica do direito do ambiente
4. Pode dizer que os bens culturais imóveis, bens culturais matérias e matérias são também
bens ambientais? (porquê?)
5. Com é que se classificam as zonas de protecção?
6. Indique cinco categorias de maneio das áreas de conservação de uso sustentável.
7. Indica duas fontes formas er duas fontes materias do Direito do Ambiente
8. O que é Dano Ambiental e qual a sua abrangência nas esferas individual e colectiva?
9. Para quê serve o EIA / AIA?
10. Qual a diferença entre o EIA e o AIA?
11. Quem é que elabora o EIA?
12. Cite três actividades em que deverão ser realizados o EIA
13. Discorra sobre a diferença entre Licença Ambiental e Licenciamento Ambiental.
14. Pode dizer-se que o princípio da prevenção se encontra acautelado na legislação sobre
avaliação de impacto ambiental?
15. Discorra sobre a responsabilidade civil ambiental.
16. Qual é a diferença entre a responsabilidade subjectiva ambiental e a objectiva ambiental?
17. Quais exigências comuns devem ser obedecidas nos casos de responsabilidade civil
ambiental objectiva e subjectiva?
18. Quais as faces da teoria da responsabilidade objectiva ambiental no Direito moderno?
19. O que é a culpa, à luz da Responsabilidade Civil Ambiental?
20. A aplicação da Responsabilidade Civil Objectiva implica que a actividade potencialmente
poluidora do ambiente seja considerada culpada em todo e quaisquer danos ambientais
que vier a causar?
21. Quais as formas de se provar a quebra do nexo de causalidade?
22. O que se entende por caso fortuito ou força maior?
23. Porque é que se diz que a tutela civil do ambiente é mais eficaz do que a Tutela Penal
do ambiente ?
24. Qual a importância do instituto da legitimidade popular para a tutela do ambiente?

5
III – Casos práticos

1. Sobre o regime da Avaliação de impacto ambiental

Dotada de uma “Licença de Exploração para a Actividade Industrial”, e já com o pavilhão


industrial montado com capacidade de produção de 400 toneladas/dia de oleio Animal e 4000
toneladas/dia óleo vegetal , a Óleo e Azeite do Chefe, S.A. inicia a exploração da fábrica de na
Matola a 1 de Janeiro de 2013.

Desde Março de 2014 que o Rio Matola, situado a poucos metros da fábrica de Óleo e Azeite do
Chefe, S.A. vem apresentando uma cor acastanhada e espuma branca nada típica, da qual resulta
fumos escuros exarado cheiro intenso e que se tem vindo a alastrar por todo rio.

Por outro lado, a Imprensa tem reportado o surgimento de uma doença desconhecida na zona e
que os médicos dizem trata-se de uma doença a é provocada por uma tal de legionella,
decorrente da poluição atmosférica e contaminação das águas produzida por instalações fabris.

Indignados com a situação, alguns habitantes da zona apontam o dedo à total falta de
“planeamento e protecção ambiental” manifestada pela nova fábrica.

Em resposta, os responsáveis pela instalação esforçam-se por demonstrar que as descargas de


gorduras animais e óleo queimado que, efectivamente, efectuavam para o Rio Matola, nunca
seriam de molde a provocar aquele efeito, apresentando, como demonstração, um Relatório
Científico de uma Auditoria Ambiental feita em Janeiro de 2014 .

Quem não fica nada convencida é a Associação Matola Ambiente, que contacta os Mitader com
o efeito de consultar a documentação relativa ao licenciamento daquela unidade. Perante a recusa
do acesso a essa informação, pretende agora a Associação mover os meios jurisdicionais
adequados a colocar um ponto final a uma situação que considera “indescritível” nos tempos
modernos. Os responsáveis da Óleo e Azeite do Chefe, S.A., mostram-se incrédulos com tal
reacção, argumentado, em síntese, que: i) por um lado, a instalação se localizava numa zona
industrial que já tinha sido avaliada aquando do Estudo de viabilidade do projecto; ii) por outro
lado, que apenas estaria sujeita a especiais vinculações jurídico-ambientais caso a instalação se
localizasse numa «área sensível», o que não era o caso; iii) que a “Licença de Exploração para a
Actividade Industrial”, constituía título válido e bastante para o desenvolvimento da actividade
que vinha ocorrendo desde o início do ano.

Quid Iuris?

Documentos a consultar:

CRM- 2004

6
Lei do Ambiente – Lei 20/97 de 1 de Outubro.

Código Civil;

Regulamento Sobre Processo de Avaliação de Impacto Ambiental (RAIA) – Decreto 54/ 2015,
de 31 de Dezembro que revoga o Decreto nº 45 /2004 de 29 de Setembro que faz alterações no
Decreto nº 42 /2008, de 4 de Novembro;

Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e Emissões de Efluentes Decreto nº.


18/2004, de 2 de Junho;

Directiva Geral para o Estudo de Impacto ambiental – Diploma Ministerial nº 129/2006, de 19 de


Julho;

7. Sobre o regime da Avaliação de impacto ambiental

Dominguinhos Peleve, afamado jogador de futebol, decidiu instalar uma pista de aterragem de
helicópteros num terreno adjacente à sua luxuosa mansão no Bairro da Polana Caniço , a fim de
poder receber os seus numerosos amigos com toda a privacidade, bem como para facilitar as suas
próprias deslocações. O terreno confina com uma Hospital.

O movimento inusitado que se gerou nos fins-de-semana levou a que alguns vizinhos
apresentassem queixa à Inspecção Geral do Ambiente, requerendo uma intervenção imediata no
sentido de obrigar Dominguinho Peleve a fechar a pista de aterragem, em nome do direito ao
ambiente. Paralelamente, a Associação dos Amigos Aviadores pretende iniciar um processo
judicial contra Dominguinho Peleve, alegando que a pista foi implantada sem a necessária
avaliação de impacto ambiental.

a) A que título agem os vizinhos junto da Inspecção Geral do Ambiente?

b) O argumento da Associação é válido? Justifique

Documentos a consultar:

CRM- 2004

Lei do Ambiente – Lei 20/97 de 1 de Outubro.

Código Civil;

Decreto 54/ 2015, de 31 de Dezembro

7
Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e Emissões de Efluentes Decreto nº.
18/2004, de 2 de Junho;

Regulamento do licenciamento industrial – Decreto nº 39/2003 de 26 de Novembro;

Directiva Geral para o Estudo de Impacto ambiental – Diploma Ministerial nº 129/2006, de 19 de


Julho;

8. Sobre o regime da Avaliação de impacto ambiental

Suponha que Mário Machambeiro, agricultor de culturas de regadio, pretende alargar a sua
actividade a um terreno, de sua propriedade e com uma dimensão de 750 hectares, contíguo a
uma reserva natural.

a) Necessita de apresentar estudo de impacto ambiental (justifique)?

b) Caso o EIA não contemple qualquer descrição das medidas de minimização de impactos, a
falha tem consequências no plano do procedimento?

Documentos a consultar:

CRM- 2004

Lei do Ambiente – Lei 20/97 de 1 de Outubro.

Código Civil;

Decreto 54/ 2015, de 31 de Dezembro que revoga o Decreto nº 45 /2004 de 29 de Setembro que
faz alterações no Decreto nº 42 /2008, de 4 de Novembro;

Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e Emissões de Efluente Decreto nº.


18/2004, de 2 de Junho;

Regulamento do licenciamento industrial – Decreto nº 39/2003 de 26 de Novembro;

Directiva Geral para o Estudo de Impacto ambiental – Diploma Ministerial nº 129/2006, de 19 de


Julho;

5.Sobre os regimes da AIA e licenciamento ambiental

A empresa Mata Boi Lda, proprietária e exploradora de um matadouro de gado bovino (com
capacidade para abater 75 toneladas de carcaças/dia) quer alcançar o patamar de produção de 100
toneladas/dia. Para tanto, dirige um pedido de alteração da licença ambiental da instalação à

8
entidade coordenadora, que comunica o pedido ao MITADER. Esta entidade nada responde, pelo
que a Mata Boi Lda procede à alteração de capacidade de abate projectada.

A fábrica passa a funcionar mais 2 horas por dia, iniciando a laboração mais cedo que
habitualmente – ou seja, às 5H00 -, facto que perturba alguns vizinhos. Também uma ONG
Ambiental local constata que uma comunidade de rolas ─ espécie protegida que habita no
bosque das cercanias da fábrica ─ tem dado sinais de desequilíbrio.

Os vizinhos ponderam então apresentar uma providência cautelar contra a Mata Boi Lda, por
poluição sonora e exploração sem licença ambiental válida.

A ONG Ambiental, por seu turno, requer ao MITADER a realização de um estudo de impacto
ambiental, que julga imprescindível em razão da ameaça de dano ambiental.

a) Pronuncie-se sobre a viabilidade da iniciativa dos vizinhos


b) Pronuncie-se sobre a viabilidade do pedido apresentado pela ONG Ambiental

Documentos a consultar (disponíveis na colectânea de legislação do ambiente) :

CRM- 2004- excertos.

Lei do Ambiente – Lei 20/97 de 1 de Outubro.

Código Civil; excertos.

Decreto 54/ 2015, de 31 de Dezembro que revoga o Decreto nº 45 /2004 de 29 de Setembro que
faz alterações no Decreto nº 42 /2008, de 4 de Novembro;

Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e Emissões de Efluente Decreto nº.


18/2004, de 2 de Junho;

Directiva Geral para o Estudo de Impacto ambiental – Diploma Ministerial nº 129/2006, de 19 de


Julho;

Regulamento sobre a inspecção Ambiental Decreto nº 11/2006, de 15 de Junho;

Normas de aplicação de multas e outras sanções previstas na legislação ambiental Diploma


ministerial n. º 1/2006, de 4 de Janeiro.

6. Sobre o regime de responsabilidade por danos ambiental

9
Crato explora clandestinamente uma pequena instalação pecuária na sua propriedade rural.

Guto e Bidan, residentes nas propriedades adjacentes, pretendem fazer cessar a actividade, em
virtude dos incómodos causados. Já denunciaram a situação à Direcção Provincial da Terra
Ambiente e Desenvolvimento Rural ( DPTADR) territorialmente competente e esta já intimou
Crato a comparecer, mas como este não se apresentou, nenhuma medida foi tomada.

Uma associação ambientalista local pretende fazer cessar, de imediato, as descargas de resíduos
efectuadas a partir da instalação de para o rio que passa pela propriedade e no qual vivem
diversas espécies piscícolas já afectadas pela poluição. Enviou ao Inspecção-geral do Ambiente
um projecto de medidas reparatórias, mas não recebeu qualquer resposta.

Um grupo de populares naturais da vila por onde passa o rio pretende processar Crato por atentar
contra o ambiente da comunidade e pedir uma indemnização de 50.000,00MT por danos morais.

Quid juris?

Documentos a consultar (disponíveis na colectânea de legislação do ambiente) :

CRM- 2004- excertos.

Lei do Ambiente – Lei 20/97 de 1 de Outubro.

Código Civil; excertos.

Decreto 54/ 2015, de 31 de Dezembro que revoga o Decreto nº 45 /2004 de 29 de Setembro que
faz alterações no Decreto nº 42 /2008, de 4 de Novembro;

Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e Emissões de Efluente Decreto nº.


18/2004, de 2 de Junho;

Directiva Geral para o Estudo de Impacto ambiental – Diploma Ministerial nº 129/2006, de 19 de


Julho;

Regulamento sobre a inspecção Ambiental Decreto nº 11/2006, de 15 de Junho;

Normas de aplicação de multas e outras sanções previstas na legislação ambiental Diploma


Ministerial n. º 1/2006, de 4 de Janeiro.

7. Sobre tutela contenciosa dos interesses ambientais

Matagal, proprietário de uma extensa plantação de eucalipto com cerca de 300ha consumido pelo
fogo, decide proceder à desflorestação 1200ha de um Reserva Nacional contíguo a sua

10
propriedade a fim de a tornar urbanizável. Invocando urgente necessidade económica de realizar
tal operação inicia de imediato os trabalhos de abate das espécies protegidas (animais e vegetais).

A Associação de Amigos da Natureza, tendo dado conhecimento da situação às autoridades com


competência fiscalizadora e perante a inércia destas, pretende reagir judicialmente contra a
actuação de Matagal, exigindo a reparação do dano ambiental.

a) Qual a jurisdição competente para se ocupar do litígio? Justifique.


b) Quais os meios jurisdicionais mais adequados a prosseguir os objectivos da Associação?
c) Quais os fundamentos possíveis do pedido?

Documentos a consultar(disponíveis na colectânea de legislação do ambiente) :


CRM- 2004- excertos.
Lei do Ambiente – Lei 20/97 de 1 de Outubro.
Código Civil; excertos.
Decreto 54/ 2015, de 31 de Dezembro que revoga o Decreto nº 45 /2004 de 29 de Setembro que
faz alterações no Decreto nº 42 /2008, de 4 de Novembro;

Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e Emissões de Efluente Decreto nº.


18/2004, de 2 de Junho;
Regulamento do licenciamento industrial – Decreto nº 39/2003 de 26 de Novembro;
Directiva Geral para o Estudo de Impacto ambiental – Diploma Ministerial nº 129/2006, de 19 de
Julho;
Regulamento sobre a inspecção Ambiental Decreto nº 11/2006, de 15 de Junho;
Normas de aplicação de multas e outras sanções previstas na legislação ambiental Diploma
ministerial n. º 1/2006, de 4 de Janeiro.

Documentos a consultar ( não disponíveis na colectânea de legislação do ambiente) :


Lei n. 5/92, de 6 de Maio. Lei Orgânica do Tribunal Administrativo;
Lei n. Lei n.º 25/2009: de 28 de Setembro. Lei Orgânica da Jurisdição Administrativa.
Lei n. 7/2014, de 28 de Fevereiro: Lei do Processo Administrativo Contencioso.

VI Comente as seguintes afirmações

1.A evolução histórica do direito ambiental reflecte etapas distintas na relação do homem
com a natureza. Destaque aspectos peculiares às diferentes etapas e de como o
homem veio a ter consciência de efeitos nocivos de sua intervenção e dos resultados
dessa intervenção no desequilíbrio dos elementos naturais.

11
2. “O AMBIENTE”, como “BEM DE USO JURÍDICO”, significa tudo aquilo que
resulta das forças da natureza, em seus elementos naturais. O “MEIO AMBIENTE” é
protegido pela tutela geral do Direito Ambiental. Quando um determinado bem
ambiental é lesado, como por exemplo, a árvore, e disso resulta danos a outros
recursos ambientais, como ao solo, ao ar, à água, aplica-se o conceito de tutela geral
ou específica? Por quê?

3. A via mais adequada para a protecção da natureza, em minha opinião, é a que decorre
da lógica da protecção individual, partindo dos direitos fundamentais, e considerando
que as normas reguladoras do ambiente se destinam também à protecção dos
interesses dos particulares, que desta forma são titulares de direitos subjectivos
públicos.”

4. “Todo o cidadão tem o direito de viver num ambiente equilibrado e o dever de o


defender O Estado e as autarquias locais, com a colaboração das associações de
defesa do ambiente, adoptam políticas de defesa do ambiente e velam pela utilização
racional de todos os recursos naturais”. (Art. 90 da CRM).

12

Você também pode gostar