Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Nas relações do homem com a natureza, nos primórdios da vida humana sobre a terra:
a) O homem dela toma consciência desde os primórdios da vida humana neste planeta;
b) O homem dela toma consciência a partir do momento em que da natureza extrai os bens de
que precisa para sobreviver;
c) O homem dela toma consciência desde quando a percebe como fato que o prejudica em
seus interesses particulares ao danificar as utilidades e os frutos que extrai dos bens naturais;
1
f) O homem dela toma consciência quando a percebe como um problema planetário.
e) Visa propor uma mudança de atitude para que não se comprometa o meio ambiente.
c) À protecção à vida, em todas as suas formas, com base na tutela ao meio ambiente e
aos bens de que se compõe;
2
d) À protecção ao meio ambiente e aos bens de que se compõe, na medida em que da
tutela aos bens resulta a “sadia qualidade de vida”;
e) À protecção ao meio ambiente e aos bens ambientais, tendo a vida como destinatária
da tutela jurídica ambiental.
a) O equilíbrio ecológico;
b) A protecção ao meio ambiente como um todo;
c) A protecção ao meio ambiente e aos bens de que se compõe;
d) A “sadia qualidade de vida”.
1. Cabe aos cidadãos criar mecanismos adequados para envolver os diversos sectores da
sociedade civil, comunidades locais, em particular as associações de defesa do
ambiente, na elaboração de políticas e legislação relativa à gestão dos recursos
naturais do país, assim como no desenvolvimento das actividades de implementação
do Programa Nacional de Gestão Ambiental.
2. Não é estritamente proibido, no território nacional, a produção, o depósito no solo e
no subsolo, o lançamento para a água ou para a atmosfera, de quaisquer substâncias
tóxicas e poluidoras, assim como a prática de actividades que acelerem a erosão, a
desertificação, o desflorestamento ou qualquer outra forma de degradação do
ambiente.
4. Em Moçambique qualquer cidadão que considere terem lhe sido violados os direitos
que lhe são conferidos pela lei do ambiente, ou que considere que existe ameaça de
violação dos mesmos, pode recorrer às instâncias jurisdicionais para obter a reposição
dos seus direitos ou a prevenção da sua violação.
4
6. Constituem-se na obrigação de pagar uma indemnização aos lesados todos aqueles
que, independentemente de culpa e da observância dos preceitos legais, causem danos
significativos ao ambiente ou provoquem a paralisação temporária ou definitiva de
actividades económicas, como resultado da prática de actividades especialmente
perigosas.
II .Questões de desenvolvimento:
5
III – Casos práticos
Desde Março de 2014 que o Rio Matola, situado a poucos metros da fábrica de Óleo e Azeite do
Chefe, S.A. vem apresentando uma cor acastanhada e espuma branca nada típica, da qual resulta
fumos escuros exarado cheiro intenso e que se tem vindo a alastrar por todo rio.
Por outro lado, a Imprensa tem reportado o surgimento de uma doença desconhecida na zona e
que os médicos dizem trata-se de uma doença a é provocada por uma tal de legionella,
decorrente da poluição atmosférica e contaminação das águas produzida por instalações fabris.
Indignados com a situação, alguns habitantes da zona apontam o dedo à total falta de
“planeamento e protecção ambiental” manifestada pela nova fábrica.
Quem não fica nada convencida é a Associação Matola Ambiente, que contacta os Mitader com
o efeito de consultar a documentação relativa ao licenciamento daquela unidade. Perante a recusa
do acesso a essa informação, pretende agora a Associação mover os meios jurisdicionais
adequados a colocar um ponto final a uma situação que considera “indescritível” nos tempos
modernos. Os responsáveis da Óleo e Azeite do Chefe, S.A., mostram-se incrédulos com tal
reacção, argumentado, em síntese, que: i) por um lado, a instalação se localizava numa zona
industrial que já tinha sido avaliada aquando do Estudo de viabilidade do projecto; ii) por outro
lado, que apenas estaria sujeita a especiais vinculações jurídico-ambientais caso a instalação se
localizasse numa «área sensível», o que não era o caso; iii) que a “Licença de Exploração para a
Actividade Industrial”, constituía título válido e bastante para o desenvolvimento da actividade
que vinha ocorrendo desde o início do ano.
Quid Iuris?
Documentos a consultar:
CRM- 2004
6
Lei do Ambiente – Lei 20/97 de 1 de Outubro.
Código Civil;
Regulamento Sobre Processo de Avaliação de Impacto Ambiental (RAIA) – Decreto 54/ 2015,
de 31 de Dezembro que revoga o Decreto nº 45 /2004 de 29 de Setembro que faz alterações no
Decreto nº 42 /2008, de 4 de Novembro;
Dominguinhos Peleve, afamado jogador de futebol, decidiu instalar uma pista de aterragem de
helicópteros num terreno adjacente à sua luxuosa mansão no Bairro da Polana Caniço , a fim de
poder receber os seus numerosos amigos com toda a privacidade, bem como para facilitar as suas
próprias deslocações. O terreno confina com uma Hospital.
O movimento inusitado que se gerou nos fins-de-semana levou a que alguns vizinhos
apresentassem queixa à Inspecção Geral do Ambiente, requerendo uma intervenção imediata no
sentido de obrigar Dominguinho Peleve a fechar a pista de aterragem, em nome do direito ao
ambiente. Paralelamente, a Associação dos Amigos Aviadores pretende iniciar um processo
judicial contra Dominguinho Peleve, alegando que a pista foi implantada sem a necessária
avaliação de impacto ambiental.
Documentos a consultar:
CRM- 2004
Código Civil;
7
Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e Emissões de Efluentes Decreto nº.
18/2004, de 2 de Junho;
Suponha que Mário Machambeiro, agricultor de culturas de regadio, pretende alargar a sua
actividade a um terreno, de sua propriedade e com uma dimensão de 750 hectares, contíguo a
uma reserva natural.
b) Caso o EIA não contemple qualquer descrição das medidas de minimização de impactos, a
falha tem consequências no plano do procedimento?
Documentos a consultar:
CRM- 2004
Código Civil;
Decreto 54/ 2015, de 31 de Dezembro que revoga o Decreto nº 45 /2004 de 29 de Setembro que
faz alterações no Decreto nº 42 /2008, de 4 de Novembro;
A empresa Mata Boi Lda, proprietária e exploradora de um matadouro de gado bovino (com
capacidade para abater 75 toneladas de carcaças/dia) quer alcançar o patamar de produção de 100
toneladas/dia. Para tanto, dirige um pedido de alteração da licença ambiental da instalação à
8
entidade coordenadora, que comunica o pedido ao MITADER. Esta entidade nada responde, pelo
que a Mata Boi Lda procede à alteração de capacidade de abate projectada.
A fábrica passa a funcionar mais 2 horas por dia, iniciando a laboração mais cedo que
habitualmente – ou seja, às 5H00 -, facto que perturba alguns vizinhos. Também uma ONG
Ambiental local constata que uma comunidade de rolas ─ espécie protegida que habita no
bosque das cercanias da fábrica ─ tem dado sinais de desequilíbrio.
Os vizinhos ponderam então apresentar uma providência cautelar contra a Mata Boi Lda, por
poluição sonora e exploração sem licença ambiental válida.
A ONG Ambiental, por seu turno, requer ao MITADER a realização de um estudo de impacto
ambiental, que julga imprescindível em razão da ameaça de dano ambiental.
Decreto 54/ 2015, de 31 de Dezembro que revoga o Decreto nº 45 /2004 de 29 de Setembro que
faz alterações no Decreto nº 42 /2008, de 4 de Novembro;
9
Crato explora clandestinamente uma pequena instalação pecuária na sua propriedade rural.
Guto e Bidan, residentes nas propriedades adjacentes, pretendem fazer cessar a actividade, em
virtude dos incómodos causados. Já denunciaram a situação à Direcção Provincial da Terra
Ambiente e Desenvolvimento Rural ( DPTADR) territorialmente competente e esta já intimou
Crato a comparecer, mas como este não se apresentou, nenhuma medida foi tomada.
Uma associação ambientalista local pretende fazer cessar, de imediato, as descargas de resíduos
efectuadas a partir da instalação de para o rio que passa pela propriedade e no qual vivem
diversas espécies piscícolas já afectadas pela poluição. Enviou ao Inspecção-geral do Ambiente
um projecto de medidas reparatórias, mas não recebeu qualquer resposta.
Um grupo de populares naturais da vila por onde passa o rio pretende processar Crato por atentar
contra o ambiente da comunidade e pedir uma indemnização de 50.000,00MT por danos morais.
Quid juris?
Decreto 54/ 2015, de 31 de Dezembro que revoga o Decreto nº 45 /2004 de 29 de Setembro que
faz alterações no Decreto nº 42 /2008, de 4 de Novembro;
Matagal, proprietário de uma extensa plantação de eucalipto com cerca de 300ha consumido pelo
fogo, decide proceder à desflorestação 1200ha de um Reserva Nacional contíguo a sua
10
propriedade a fim de a tornar urbanizável. Invocando urgente necessidade económica de realizar
tal operação inicia de imediato os trabalhos de abate das espécies protegidas (animais e vegetais).
1.A evolução histórica do direito ambiental reflecte etapas distintas na relação do homem
com a natureza. Destaque aspectos peculiares às diferentes etapas e de como o
homem veio a ter consciência de efeitos nocivos de sua intervenção e dos resultados
dessa intervenção no desequilíbrio dos elementos naturais.
11
2. “O AMBIENTE”, como “BEM DE USO JURÍDICO”, significa tudo aquilo que
resulta das forças da natureza, em seus elementos naturais. O “MEIO AMBIENTE” é
protegido pela tutela geral do Direito Ambiental. Quando um determinado bem
ambiental é lesado, como por exemplo, a árvore, e disso resulta danos a outros
recursos ambientais, como ao solo, ao ar, à água, aplica-se o conceito de tutela geral
ou específica? Por quê?
3. A via mais adequada para a protecção da natureza, em minha opinião, é a que decorre
da lógica da protecção individual, partindo dos direitos fundamentais, e considerando
que as normas reguladoras do ambiente se destinam também à protecção dos
interesses dos particulares, que desta forma são titulares de direitos subjectivos
públicos.”
12