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© 2021
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É proibida a reprodução desta obra, de toda ou em parte, sob quaisquer formas
ou por quaisquer meios, sem a permissão expressa da Editora.
ISBN 978-65-87362-06-9
Organização
Izolete dos Santos Riqueti
Cimara Moreira Baú
Luciane Albina Vieceli Thomazoni
O Direito
das
Crianças
Ficha
Técnica
Sumário
Às Professoras e Professores da
Rede Municipal de Educação Infantil 13
Apresentação 15
3 EIXOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
ESTRUTURANTES DA AÇÃO PEDAGÓGICA 43
3.1 FAZ DE CONTA 48
Capinzal
Sumário
Sumário
Referências 181
Proposta Educação Infantil
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Proposta Educação Infantil
Às Professoras e Professores
da Rede Municipal de Educação
Infantil
A Secretaria Municipal de Educação de Capinzal tem a imensa satisfação de
apresentar esta Proposta Curricular que orientará, doravante, o trabalho pedagógico
em nossas instituições de Educação Infantil.
Construída por muitas mão e vozes, em um processo participativo e
democrático, desde 2018, professoras e professores de nossa cidade, de
universidades públicas parceiras, compartilharam conhecimentos, saberes e
experiências, resultando nesse documento que ora apresentamos. Esta Proposta traz
princípios e orientações pedagógicas, visando a uma educação de qualidade e
inclusiva: a criança como sujeito de direitos, acolhida em suas particularidades
culturais e sociais, é o ponto de partida e de chegada de nosso trabalho pedagógico.
Nosso objetivo é que esta Proposta Curricular oriente o trabalho educativo em
cada unidade de Educação Infantil, e de todas as equipes que atuam nessa etapa
educativa. No entanto, vale lembrar, uma proposta curricular – como o termo
proposta bem diz – atualiza-se cotidianamente no fazer educativo, no
compartilhamento de experiências, nos sentidos e significados que a esta atribuímos.
Não é “documento de gaveta”, mas é aberto, em sua permanente reconstrução.
A docência na Educação Infantil caracteriza-se por uma especificidade que a
torna distinta de todas as demais etapas da educação básica: cuidar e educar são
objetivos básicos. Ser professora ou professor de educação infantil implica-nos em um
processo de formação humana desde o nascimento das crianças. Nessa perspectiva, a
formação continuada das professoras e professores é imprescindível, pois é uma das
condições para a qualidade de educação que almejamos. Reiteramos nossa satisfação
com a entrega deste documento e o nosso compromisso com sua implementação.
Sua participação, professora e professor, é fundamental para que o caminho
trilhado até aqui possa ser prosseguido.
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Apresentação
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Proposta Curricular de Educação Infantil
A EDUCAÇÃO INFANTIL
1 NA REDE MUNICIPAL DE
ENSINO DE CAPINZAL:
ASPECTOS HISTÓRICOS
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O Relógio
Passa, tempo, tic-tac
Tic-tac, passa, hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te
embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
Já perdi
Toda a alegria
De fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Tic-tac…
(Vinicius de Moraes)
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Proposta Curricular de Educação Infantil
¹ A Legião Brasileira de Assistência (LBA) foi um órgão assistencial público brasileiro, fundado em 28 de agosto
de 1942, pela então primeira-dama Darcy Vargas, para ajudar as famílias dos soldados enviados à Segunda
Guerra Mundial. Em 1º de setembro de 1977, passou a ser vinculado ao Ministério da Previdência e Assistência
Social e, em 1990, passou a ser vinculado ao Ministério da Ação Social. Em 1991, sob a gestão de Rosane Collor. A
LBA foi extinta em 1º de janeiro de 1995, no Presidente Fernando Henrique Cardoso. Na época da sua extinção
estava vinculado ao Ministério do Bem-Estar do Menor.
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² Emilia Ferreiro e Ana Teberosky partiram do pressuposto da teoria piagetiana e, pelo método clínico,
observaram 108 crianças em relação ao sistema de escrita. A obra intitulada Psicogênese da Língua Escrita,
introduzida no Brasil por volta dos anos 1980, foi livro de estudos de muitas(os) de nós, professoras(es) da
educação infantil.
³ Fundamentado e desenvolvido pelo educador belga Ovide Declory (1871-1932), partia da ideia da
globalização do ensino para romper com a rigidez dos programas escolares, organizando-os em “centros de
interesse”, uma espécie de ideias-força em torno das quais convergem as necessidades fisiológicas, psicológicas
e sociais do aluno.
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Proposta Curricular de Educação Infantil
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EDUCAÇÃO
2 INFANTIL NO
MARCO
REGULATÓRIO
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Proposta Curricular de Educação Infantil
2.1
CONCEPÇÕES E FUNÇÃO
SOCIAL
DA EDUCAÇÃO INFANTIL
A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, conforme prevê o marco
normativo, é ofertada em creches (0 a 3 anos) e pré-escolas (4 a 5 anos) que se
caracterizam como espaços institucionais não domésticos e, no contexto da rede
municipal, constituem estabelecimentos públicos que acolhem, educam e cuidam de
crianças de 0 a 5 anos de idade (BRASIL, 2009b). Nas creches a matrícula é facultativa,
mas a pré-escola tem ingresso obrigatório para crianças a partir de quatro anos de
idade completos até 31 de março, conforme orientação do Conselho Nacional de
Educação, aprovada no parecer CNE/CEB n. 02/2018 (BRASIL, 2018), que instrui sobre
o corte etário.
Essa perspectiva está demarcada nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Infantil (DCNEI) (BRASIL, 2010a), que em seu artigo 7º afirmam que este
nível educacional exerce uma tripla função na sociedade brasileira. A primeira é a
função social do acolhimento dos bebês e das crianças no sentido de assumir a
responsabilidade de cuidá-las e educá-las em sua integralidade no período em que
estão na instituição, complementando e compar tilhando a ação da
família/responsáveis. A segunda é a função política de promover a igualdade de
oportunidades educacionais entre as crianças de diferentes classes sociais no que se
refere ao acesso a bens culturais e às possibilidades de vivências das infâncias. Em
essência, isso significa contribuir para que bebês e crianças usufruam de seus direitos
civis, humanos e sociais, exercendo o seu direito à participação. A terceira é a função
pedagógica, pois a escola é um lugar privilegiado tanto para a ampliação e
diversificação de experiências, saberes e conhecimentos de diferentes ordens quanto
para estabelecer o encontro e a convivência entre bebês, crianças e adultos, a fim de
construir outras formas de sensibilidade e sociabilidade que constituam
subjetividades comprometidas com a ludicidade, a educação inclusiva, a diversidade,
a democracia, a sustentabilidade do planeta, o rompimento de relações de
dominação etária, socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional, linguística,
religiosa.
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⁴ Artigo 29 da LDB, com redação estabelecida pela Lei 12.796/2013, que também, em seu artigo 4º, inciso I
determina a educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade,
organizada da seguinte forma: a) pré-escola; b) ensino fundamental; c) ensino médio e no inciso II
estabelece a educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade (BRASIL, 2013).
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Proposta Curricular de Educação Infantil
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2.2
PRINCÍPIOS BASILARES
ORIENTADORES DA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Ao pé de sua criança
O pé da criança ainda não sabe que é pé,
e quer ser borboleta ou maçã.
Mas depois os vidros e as pedras,
as ruas, as escadas,
e os caminhos de terra dura
vão ensinando ao pé que não pode voar,
que não pode ser fruta redonda num
ramo.
Então o pé da criança
foi derrotado, caiu
na batalha,
foi prisioneiro,
condenado a viver num sapato.
Pouco a pouco sem luz
foi conhecendo o mundo à sua maneira,
sem conhecer o outro pé, encerrado,
explorando a vida como um cego.
(Pablo Neruda)
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Proposta Curricular de Educação Infantil
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2.2.1
Princípios da Inclusão⁵
e da Diversidade
Somos diferentes. Essa é a nossa condição humana. Pensamos de jeitos
diferentes, agimos de formas diferentes, sentimos com intensidades diferentes. E
tudo isso porque vivemos e aprendemos o mundo de forma diferente. A questão não
é se queremos ou não ser diferentes. Mas que, como seres humanos, nossa dignidade
depende substancialmente da diversidade da alteridade [...], porque precisamos
garantir o caráter subjetivo de nossa individualidade. SAIBA MAIS:
Quer saber mais sobre a educação
(CARVALHO, 2004, p. 11) para as relações étnico-raciais?
Consulte e estude:
Lei nº 10.639/2003, que altera a
LDB 9.394/1996, tornando
As instituições de Educação Infantil são espaços de convivência coletiva, nos obrigatória a inclusão no currículo
da Rede de Ensino da temática
quais ocorrem inúmeras relações sociais e nas quais a criança aprende a se relacionar “História e Cultura Afro-Brasileira”.
Parecer CNE nº 03/04 e a Resolução
e a compreender as diferenças e desigualdades na sociedade em que vivemos. Nesse CNE/ CP nº 01/04, que instituem as
Diretrizes Curriculares Nacionais
contexto, a diversidade presente nas instituições de educação infantil diz respeito às para Educação das Relações
Étnico-Raciais e para o Ensino de
questões que constituem nossa humanidade e que, portanto, também se constitui História e Cultura Afro-Brasileira
e Africana nas Unidades Escolares
nas diferenças de gênero, sexualidade, étnico-raciais e as diferentes condições de Educação Básica (2005).
Parecer CNE/CEB nº 02/07 quanto
orgânicas e suas especificidades. Dessa maneira, assumimos uma posição política à abrangência das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a
que procura, em primeira instância, a não essencialização⁶ das diferenças. Educação das Relações
Étnico-Raciais e para o Ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira
e Africana.
CONHEÇA: um exemplo
importante de proposta de Matriz
Curricular para educação das
relações étnico-raciais na educação
básica foi construído pela Rede
Municipal de Florianópolis.
Está disponível na página da
Secretaria Municipal de Educação.
⁵ Bueno (2008, p. 49) distingue os termos educação inclusiva e inclusão escolar, à medida que o primeiro está
relacionado “a um objetivo político a ser alcançado”, enquanto que o segundo estabelece “uma proposição
política em ação, de incorporação de alunos que tradicionalmente têm sido excluídos da escola.” Dessa forma,
entende-se que a educação inclusiva depende de um projeto maior de política de Estado e a inclusão escolar
relaciona-se diretamente a projetos de implantação e implementação de programas no interior da escola que
favoreçam a inclusão de crianças com necessidades educativas especiais (NEE). “O termo 'Necessidades
educativas especiais' abrange, com certeza, a população deficiente, mas não se restringe somente a ela.”
(BUENO, 2008, p. 50, grifo do autor).
⁶ A essencialização pode ser definida como um processo da categorização social caracterizado pela crença
na existência de atributos imutáveis concernentes aos entes aos quais a categorização essencialista se
aplica. Pode ser utilizada para discriminar ou estigmatizar um grupo ou indivíduo por suas características
específicas e que se revelaria nas propriedades superficiais pelas quais os entes seriam reconhecidos e
categorizados. Sobre essa questão, consultar Pereira et al. (2011).
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O princípio da inclusão, em nossa proposta, articula-se com outros princípios, Para saber mais leia:
como o democrático, a especificidade da infância, o respeito à criança e às suas LÓPEZ. G. M. B.
As políticas de educação
necessidades, a perspectiva da criança como ser integral, sujeito de direitos e como inclusiva para a educação
infantil no Brasil – anos 2000.
ser social, estando voltado a todas as crianças da rede municipal de ensino de 2010. Dissertação (Mestrado
Capinzal. Assim, a inclusão de crianças com deficiência⁷, transtorno do espectro em Educação) - Universidade
Federal de Santa Catarina,
autista e altas habilidades/superdotação não se configura como um projeto Florianópolis, 2010.
⁷ O termo crianças com deficiência não nega a deficiência, tampouco se sobressai ao sujeito criança –
justificando em não usar o termo criança deficiente. De acordo com Sassaki (2003), o termo correto para
se referir à pessoa com déficit intelectual é pessoa com deficiência mental ou pessoa deficiente mental.
Esse autor esclarece que o termo deficiente, quando usado como substantivo (por ex.: o deficiente físico,
o deficiente mental), tende a desaparecer.
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2.3
DIREITOS E OBJETIVOS
DE APRENDIZAGEM
E DESENVOLVIMENTO
Verbo ser
Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar
outro nome, corpo e jeito? Ou a gente só
principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser: pronunciado tão depressa, e cabe
tantas coisas? [...]
(Carlos Drummond de Andrade, 1968)
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EIXOS
TEÓRICO-
3 METODOLÓGICOS
ESTRUTURANTES
DA AÇÃO PEDAGÓGICA
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Sabemos, então, que as crianças aprendem nas/pelas relações sociais que lhe
possibilitam acesso e apropriação da cultura em que vivem – dos conhecimentos, dos
objetos e suas funções, dos universos simbólicos e suas significações. Assim,
propostas pedagógicas dirigidas para elas – bebês e crianças maiores – devem
considerar a especificidade de seus processos de aprendizagem: as crianças
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aprendem de forma integral, por meio de suas experiências e vivências que lhes
De acordo com a LDB o
possibilitam apropriar-se do proposto, mas também a significar e ressignificar o desenvolvimento integral da
vivido, constituindo assim sua singularidade. Nesse sentido, as DCNEI tomam como criança de zero a cinco anos
de idade compreende os
função primordial da educação infantil o desenvolvimento integral da criança (art. 3º), aspectos físico, afetivo,
intelectual, linguístico e social.
indicando como deve ser organizada a ação pedagógica: (Lei nº 9.394/96, art. 29).
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Proposta Curricular de Educação Infantil
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3.1
FAZ DE CONTA
Faz de conta
Faz de conta
faz as contas
soma, divide, desconta
a vida nunca está pronta:
um rio em cima da ponte
despenca a ponta do sol
destampa a tampa do mar
penteia a franja do campo
aponta a ponta da fonte
desenha riachos de cor
depressa, só faz de conta
depressa, não erra a conta
upa, upa vem e monta
cavalos de fantasia
pra viver nessa alegria
é muito pouco um dia.
(Dilam Camargo)
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Proposta Curricular de Educação Infantil
Ouvimos falar constantemente que “criança gosta de brincar”, que “brincar faz
Para aprofundar a
parte da natureza infantil”, “criança só brinca”, e outras expressões mais que povoam compreensão sobre a
brincadeira ler:
nosso cotidiano. Todavia, quase nunca nos ocorre de indagarmos: por que as crianças LEONTIEV, A. N. Os princípios
brincam? O que é a brincadeira? Qual sua importância para o desenvolvimento psicológicos da brincadeira
do pré-escolar. In: VIGOTSKI,
infantil? Vigotski, Leontiev e Elkonin discutem a brincadeira evidenciando seu caráter L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A.
N. Linguagem,
social e a sua importância para o desenvolvimento infantil: afirmam categoricamente desenvolvimento e
que esta é a “atividade principal” ou “atividade guia” das crianças pequenas. Por que aprendizagem. São Paulo:
Ícone, 2001. p. 119- 142.
esses autores consideram a brincadeira como a atividade que “guia” o
desenvolvimento da criança? De acordo com Leontiev (1988, p. 122),
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Proposta Curricular de Educação Infantil
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3.2
EIXO INTERAÇÕES SOCIAIS
Como seria?
Mestre Antão, faz favor
de me ensinar:
Cozinhar feijão sem fogo
Lavar roupa sem molhar.
Costurar o pano sem linha
Amassar o pão sem farinha.
Acordar sem preguiça
Ficar um dia sem Clarissa.
Namorar sem beijo
Preparar macarrão sem queijo.
Alisar a roupa sem passar
Cruzar tábua ensaboada sem resvalar.
Comer rosquinha de tempestade
sem quebrar o dente
Amarrar cachorro sem corrente.
Secar bolinho de barro sem sol
Pegar peixe sem anzol.
Peneirar trigo sem peneira
Sair pelo mundo sem eira nem beira
Com uma calça velha sem algibeira.
(Eloí Elisabet Bocheco)
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3.3
EIXO CONHECIMENTO
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comemorações têm para a criança, cabendo ao adulto ter uma atitude crítica em
relação aos aspectos comerciais e de consumismo, ainda, respeitando a diversi-
dade cultural das crianças.
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3.4
EIXO LINGUAGENS
Pra quê?
Pra que o chapéu, menina,
pra que o chapéu, se você
tá com a cabeça nas nuvens?
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Proposta Curricular de Educação Infantil
p. 192, tomo III). O desenho é, portanto, essencial para a construção dos signos pelas
crianças, para a formação da função simbólica da consciência, condição necessária à
apropriação da escrita: “A criança desenha ao mesmo tempo narra a respeito do que
desenha. Ela dramatiza e compõe um texto verbal no seu papel. Esse sincretismo
aponta a raiz comum da qual se ramificam todos os outros tipos de arte infantil. A
brincadeira da criança é essa raiz comum [...]” (VIGOTSKI, 2009, p. 93).
Ampliar os repertórios das crianças, tendo como ponto de partida os conheci-
mentos prévios e vivências que estas já têm. Para que isso seja possível é necessário
que as crianças tenham acesso aos bens culturais – em suas diversas formas e expres-
sões, em seus diferentes níveis de complexidade. Trata-se de formação humana na
infância. Concordamos com Mello (2010a, p. 735), quando esta nos diz que
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Proposta Curricular de Educação Infantil
CAMPOS DE AÇÃO
4 PEDAGÓGICA (CAP)
E ESPECIFICIDADES
CURRICULARES
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Outro aspecto a ser assinalado diz respeito ao conceito de vivência, utilizado por
Vigotski que, do nosso ponto de vista, coaduna-se de modo mais orgânico com os
princípios e pressupostos que orientam esta proposta curricular. Segundo o autor,
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Proposta Curricular de Educação Infantil
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4.1
A ORGANIZAÇÃO DOS
GRUPOS DE CRIANÇAS:
ESPECIFICIDADES ETÁRIAS
E DE DESENVOLVIMENTO
A rede municipal de ensino de Capinzal adota a mesma divisão de grupos etários
Sobre a periodização do
sugeridos na BNCC, a saber: bebês (0 a 1 ano e 6 meses), crianças bem pequenas (1 ano desenvolvimento de acordo
com Elkonin, cf.
e 7 meses a 3 anos e 11 meses) e crianças pequenas (4 a 5 anos e 11 meses). Esses RIOS, Camila Fernanda M.;
ROSSLER, João Henrique.
grupos não podem ser considerados de forma rígida, já que existem diferenças de Atividade principal e
periodização do
ritmo no desenvolvimento das crianças, que precisam ser consideradas na ação desenvolvimento psíquico:
contribuições da psicologia
pedagógica. Note-se, no entanto, que a divisão dos grupos tendo como referência as histórico-cultural para os
faixas etárias não visa estabelecer padrões de normatização, tampouco de “escalas de processos educacionais.
Perspectivas en Psicologia, v. 14,
desenvolvimento”. A criança desenvolve-se de forma integral, ainda que seu n.2, p. 30-41, Diciembre 2017.
Disponível em:
desenvolvimento e crescimento apresentem regularidades, desencadeadas por https://www.redalyc.org/pdf/
4835/483555396003.pdf
dinâmicas e ritmos próprios de cada criança, sem que isso represente acumulações
gradativas e lineares de aquisições comportamentais – o desenvolvimento da criança
é dialético, marcado por crises, que podem se manifestar por mudanças mais ou
menos visíveis que marcam os pontos de “viragem” nesse processo. De acordo com
Vigotski (tomo IV),
Ainda de acordo com o autor, cada idade possui sua própria estrutura específica,
única e irrepetível. Observe-se que Vigotski relaciona as idades a uma periodização do
desenvolvimento, sendo estes estágios marcados por crises que se expressam na reor-
ganização de todo o psiquismo sobre novas bases. Para efeitos dessa proposta cur-
ricular e as faixas etárias compreendidas pela Educação Infantil, destacamos:
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Capinzal
a) Primeiro ano (dois meses e um ano), com a crise de um ano; b) Primeira infância
(um ano e três anos), com a crise dos três anos e c) idade pré-escolar (três anos e sete
anos), marcado pela crise de sete anos.
É na perspectiva vigotskiana de desenvolvimento infantil que se delimitou o
agrupamento das crianças por idades, incorporando-se, nesse sentido, também as
indicações constantes na BNCC.
Para saber mais ler:
GUIMARÃES, Daniela. Relações
entre bebês e adultos na creche:
o cuidado como ética. São Paulo:
Bebês (0 a 1 ano e 6 meses) Cortez, 2011.
ROSEMBERG, Fúlvia – Incluir os
bebês é preciso.
A utilização do termo “bebês” pretende dar visibilidade às especificidades deste Disponível em:
grupo dentro da Educação Infantil, ou seja, são considerados bebês as crianças até um http://www.revistaeducacao.com.
br/ incluir-os-bebes-e-preciso/
ano e meio, quando já adquirem mais autonomia nos movimentos e já começam a se FOCHI, Paulo. Afinal, o que os
bebês fazem no bercário?:
utilizar da fala para expressar suas necessidades e sentimentos. comunicação, autonomia e saber-
-fazer de bebês em um contexto
Os bebês chegam à creche com temporalidades próprias e apresentam de vida coletiva. Porto Alegre:
Penso, 2015.
necessidades biológicas, sociais e emocionais que precisam ser acolhidas e atendidas
por meio da ação dos adultos. Os cuidados são, na maioria, constituídos de forma
individualizada, o que provoca um movimento intenso na composição das relações Para saber mais assista:
CINDEDI – USP- Bebê interage
(SCHMITT, 2014). com bebê
https://youtube/2V_0VZOB80g
A comunicação emocional direta – a troca de olhares, a fala e o toque respeitoso O FAZER do bebê. Produção
CINDEDI – Centro de investigação
da pessoa adulta com o bebê – vai se transformando em atividade conjunta entre sobre o desenvolvimento e
educação. Departamento de
adultos – professoras, professores e outros profissionais que atuam junto a estes. Psicologia FFCLRP – Faculdade de
Quanto mais cresce essa relação de comunicação emocional entre a pessoa adulta e o Filosofia, Ciências e Letras.
Ribeirão Preto. 1995.
bebê, mais segurança este sente e mais tranquilo e independente se torna. Disponível em:
https://youtu.be/0clhyAbhDKQ
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4.2
CAMPOS DE AÇÃO
PEDAGÓGICA: OBJETIVOS
EDUCATIVOS E
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
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Proposta Curricular de Educação Infantil
4.2.1
Campo de Ação Pedagógica:
Eu, o Outro e o Nós
Este Campo de Ação Pedagógica aborda a importância das interações, que
precisam ser intencionalmente organizadas, privilegiando as relações da criança com
seus pares e com adultos. A BNCC (BRASIL, 2017, p. 38) apresenta o campo,
considerando que “as crianças vão constituindo um modo próprio de agir, sentir e
pensar e vão descobrindo que existem outros modos de vida, pessoas diferentes, com
outros pontos de vista”, por meio das interações.
Nas experiências sociais, a criança vai construindo percepções e questionamen-
tos sobre si e sobre os outros, diferenciando-se e, simultaneamente, identificando-se
como seres individuais e sociais. Assim, vai construindo sua identidade e autonomia,
nos diferentes contextos sociais dos quais faz parte:
[...] o sujeito se constitui como ser individual, nas práticas sociais das
quais participa, na cultura em que está inserido, apropriando-se dela e
transformando-a. [...] experiências importantes para as crianças
relativas à afetividade, ao autoconhecimento, ao cuidado e ao
autocuidado, à organização e auto-organização parecem fazer parte
do “currículo oculto” das instituições, e, desta forma, não têm sido
trabalhadas intencionalmente. (FARIA; SALLES, 2012, p. 101).
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Capinzal
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Proposta Curricular de Educação Infantil
mesma faixa etária, crianças nomes como referências, de si mesmas, dos outros e do
maiores e com adultos, auxiliando a construção de convívio coletivo.
proporcionando-lhes outros sua autoimagem e identidade Ter uma escuta atenta e
contextos interativos, individual e do próprio grupo. acolhedora às manifestações
ampliando seus repertórios Respeitar, reconhecer e emocionais e afetivas das
de aprendizagem. incentivar as singularidades crianças ajudando-as a
Apresentar objetos com de cada criança, de forma a identificá-las e a nomeá-las
diferentes qualidades físicas, assegurar que cada uma delas em si e nos outros,
visando ao desenvolvimento possa se manifestar e se sentir incentivando atitudes de
de suas diferentes funções acolhida, em seus desejos, diálogo e de solidariedade,
psicológicas e ao preferências, receios, dúvidas, sempre que necessário.
reconhecimento, gradativo, motivações e interesses. Envolver as crianças na
das possibilidades de ação Dialogar com as crianças, organização de seus
proporcionadas por seu nomeando seus afetos ou pertences e do ambiente da
próprio corpo, favorecendo a sentimentos, bem como as sala, incentivando-as a
construção de sua identidade ações transcorridas, em todas vivenciar rotinas
corporal. as situações de conflitos institucionais e do grupo
Incentivar as crianças a ocorridas entre elas, em aprendendo, gradualmente, a
observar a sua própria particular nas ocorrências de autorregular seu
imagem e a de outras pessoas disputas por objetos e/ou comportamento em direção
em espelhos, fotografias, brinquedos, uma vez que da autonomia.
vídeos, etc. estes conflitos referem aos Construir com o grupo de
Promover visitas de familiares processos de autoafirmação crianças regras coletivas que
dos bebês (avós, primos, tios, de sua identidade. orientarão o funcionamento
pais, irmãos) para momentos Promover a interação das deste, propiciando o
de interação e crianças bem pequenas com desenvolvimento da
compartilhamentos na bebês e crianças maiores, autonomia e de atitudes de
creche. visando proporcionar respeito em relação ao outro.
Favorecer situações em que experiências de Desenvolver propostas
os bebês possam, aprendizagens colaborativas, pedagógicas focalizando os
gradativamente, ir estimulando as ajudas contextos familiares e
desenvolvendo sua mútuas, as brincadeiras culturais das crianças,
autonomia fazer coisas por si, conjuntas e o partilhamento ampliando sua compreensão
incentivando sua autonomia. de objetos e/ou brinquedos e acerca das relações de
equipamentos. parentesco e papéis sociais,
Envolver as crianças, de mediante a valorização de
acordo com suas diferentes suas histórias pessoais.
idades, na organização de Desenvolver ações e/ou
seus pertences e do ambiente projetos em articulação com
da sala, criando com elas as famílias e a comunidade
situações educativas em que em que a unidade educativa
possam vivenciar atitudes de está inserida, resgatando
respeito com o outro e com o histórias, músicas, línguas
próprio ambiente. faladas, dando relevo às
Proporcionar às crianças a dimensões culturais
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PROPOSIÇÕES METODOLÓGICAS
As proposições metodológicas destacadas nesse campo de ação pedagógica, como o título já refere,
constituem apontamentos de algumas possibilidades que podem ser ampliadas com leituras, estudos,
trocas de experiências e vivências. Além disso, as sugestões são amplas e, por essa razão, podem
abarcar mais de um campo de ação pedagógica e diversos objetivos ao mesmo tempo. São exemplos
de como a/o professor/a pode proceder para desenvolver os objetivos do Campo de Ação Pedagógica
Eu, o outro e o nós:
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Proposta Curricular de Educação Infantil
resultante de uma
intencionalidade prévia à
situação conflitiva. Crianças
estão aprendendo a conviver
coletivamente e
comportamentos agressivos,
por exemplo, podem ocorrer.
Faz diferença dizer que uma
“criança é agressiva” ou que
“ela manifestou um
comportamento agressivo”.
Uma das mediações
importantes é o diálogo com
as crianças e a construção de
regras coletivas com elas.
Estas regras precisam ser
repostas diariamente e
revisadas sempre que
necessário. As regras podem
constar em um painel
elaborado com/pelas
crianças. O questionamento
acerca das atitudes, a escuta
atenta sem pré-julgamentos é
outra atitude necessária dos
adultos que atuam no grupo.
Outra mediação importante
dos adultos é sua intervenção
em situações em que se
manifestem atitudes
discriminatórias, ensinando
os princípios de respeito às
diferenças e à igualdade de
direitos, auxiliando as
crianças no reconhecimento
de si mesmas, dos outros e do
convívio coletivo.
O reconhecimento de suas
emoções e afetos, bem como
nos outros, é um processo
gradativo que tem nas
vivências das crianças sua
principal fonte de
aprendizagem. Além de
reconhecer, identificar e
nomear os seus próprios
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Capinzal
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Proposta Curricular de Educação Infantil
O desenvolvimento da
autonomia pela criança é um
processo que ocorre
nas/pelas relações sociais. É
no processo de apropriação
cultural que as crianças vão
aprendendo e adquirindo os
meios pelos quais o ser
humano atua, passando de
formas mais rudimentares de
ações e comportamentos
para os mais complexos,
aqueles mediados
socialmente. Uma
contribuição ao
desenvolvimento da
autonomia e do controle
voluntários dos
comportamentos
(comportamentos mediados)
ocorre por meio de situações
educativas intencionalmente
organizadas, como também
naquelas que se desenrolam
cotidianamente, com o auxílio
dos adultos. A organização do
ambiente da sala do grupo
oferece múltiplas
possibilidades: pode ser
planejado com as crianças
definindo-se com estas onde
ficam guardados os seus
pertences, como saberão
81
Capinzal
Ainda na direção do
desenvolvimento da
autonomia, do cuidado, da
aprendizagem de respeito
aos outros, da diferenciação
afetiva, a construção de
regras de convivência coletiva
desempenha um papel
importante. Como construir
regras com as crianças? O
primeiro passo é conversar
com as crianças acerca da
necessidade de fazer as regras
ou os “combinados”. É
necessário? Por quê? Que
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Proposta Curricular de Educação Infantil
combinados são
importantes? O que pode ser
feito quando os “combinados”
são descumpridos? Como as
regras serão anotadas? As
crianças têm ótimas ideias e
as regras só terão eficácia se
tiverem sentido para elas,
caso contrário, se tornarão
meras proibições vindas do
adulto e, nesse caso, pouco
contribuindo para sua
autonomia e cumprimento
destas. Vale ressaltar que
estas regras podem ser
construídas em vários dias, o
importante é ouvir e
interrogar as crianças sobre o
que elas propõem. Como as
crianças nesses grupos etários
ainda estão desenvolvendo a
autorregulação sobre seus
comportamentos, é preciso
que diariamente as regras
sejam reiteradas e, bem
importante, modificadas
quando se percebe que não
atendem as necessidades de
todos. Nas regras podem ser
incluídas também formas
organizativas do próprio
trabalho coletivo (por
exemplo: o “ajudante do dia”,
que muitos grupos adotam –
como será sua escolha? Quais
são as suas tarefas? O que
fazer para evitar repetições
quando todos ainda não
foram? São alguns exemplos
de diálogo). Um cuidado que
devemos ter é o não uso de
condutas punitivas, mesmo
quando estão são sugestões
das crianças; nesse caso, cabe
indagá-las sobre os motivos e
outros encaminhamentos
possíveis.
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Capinzal
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Proposta Curricular de Educação Infantil
atividade pode-se ir
agregando informações
acerca das profissões e dos
locais de trabalho; dos bairros
onde moram, dos lazeres e
atividades que gostam de
fazer com suas famílias. Uma
atenção especial é necessária
aos profissionais que atuam
nos grupos no sentido de não
afirmação de estereótipos e
modelos de famílias: há
múltiplas formas de arranjos
familiares e todos devem ser
valorizados e reconhecidos
com as crianças.
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Capinzal
espaços públicos;
identificação do comércio,
das tradições locais, das
línguas faladas, das festas
comunitárias, de músicas ou
tradições folclóricas, são
alguns aspectos sugeridos. Os
registros das informações
coletadas podem gerar
pequenos vídeos, fotografias,
desenhos e maquetes.
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Proposta Curricular de Educação Infantil
4.2.2
Campo de ação pedagógica:
corpo, gesto e movimentos
Corpo, gestos e movimentos constituem uma unidade que ultrapassa as
dimensões biológicas ou físicas, mas também trazem as marcas de pertencimento
social; carregam “marcas” constituídas em nossas vivências resultantes de
intersecção, como gênero, a etnia ou raça, a classe, a religião e a sexualidade. As
crianças, desde bebês, comunicam-se pelo seu corpo – a comunicação emocional,
por exemplo, manifesta-se em mímicas, gestos e movimentos, dirigidos ao meio
social em que estão inseridos:
No atendimento aos bebês o corpo ganha centralidade, uma vez que este é o
foco das práticas pedagógicas relacionadas ao acolhimento das necessidades
físicas – o cuidar, dimensão complementar do educar, oferece múltiplas
possibilidades de interações e de apropriação, por parte das crianças, dos
significados e sentidos das práticas culturais em que está inserido. As crianças
conhecem e reconhecem o mundo pelas mediações proporcionadas por seu corpo,
seus gestos e movimentos. Aprendem a identificar suas funções corporais, a
diferenciar-se dos outros, a perceber os ambientes e objetos em suas qualidades
físicas – das texturas aos sons, dos ritmos aos movimentos, as crianças vivenciam e
aprendem as múltiplas possibilidades de exploração do mundo em que vivem.
Identificam possibilidades de autonomia e de riscos, inscrevem em seus gestos as
palavras e pensamentos ainda não construídos; individualmente ou em pares,
exploram e vivenciam um amplo repertório de movimentos – dos mais complexos
aos mais amplos, testam suas habilidades e limites; ocupam e deslocam-se nos
espaços e ambientes de múltiplas maneiras –, enfim, partilhando brincadeiras e
interagindo com seus pares, as crianças vivenciam e constroem as representações a
respeito de si mesmas.
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Capinzal
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Proposta Curricular de Educação Infantil
PROPOSIÇÕES METODOLÓGICAS
As proposições metodológicas destacadas nesse campo de ação pedagógica, como o título já refere,
constituem apontamentos de algumas possibilidades que podem ser ampliadas com leituras, estudos,
trocas de experiências e vivências. Além disso, as sugestões são amplas e, por essa razão, podem
abarcar mais de um campo de ação pedagógica e diversos objetivos ao mesmo tempo. São exemplos
de como a/o professor/a pode proceder para desenvolver os objetivos do Campo de Ação Pedagógica
Corpo, gesto e movimento.
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Proposta Curricular de Educação Infantil
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Capinzal
fontes sonoras (buzina, som identidade social. Colaboram pesquisa – por parte dos
de carro..); disponibilizando para isso, experiências adultos e das crianças, junto
também vídeos e músicas vivenciadas pelas crianças aos seus grupos familiares. O
com sons, ritmos e danças de que as motivem para a material resgatado pode ser
diferentes culturas. execução de atividades registrado em um portfólio
guiadas pelo adulto e que com escrita e desenhos
Em passeios ou atividade em impliquem mudanças no explicando os jogos. Alguns
área externa é importante a status dos movimentos e no exemplos: “escravos de Jó”,
mediação das relações das controle corporal. Exemplo: “Adoletá”, “Uni-duni-tê”,
crianças com a natureza – brincadeiras de “morto-vivo”, “passar anel”, “cinco Marias”.
exemplo: a percepção vento, brincar de “estátua” ou Bem interessante também é
do calor, do frio, do sol e da “congela”, jogos de imitação resgatar brincadeiras de
sombra, os sons de trovoada de sons produzidos por outras culturas, como a
e da chuva, o canto dos animais, variando os tipos; africana, ou de países de
pássaros. músicas que envolvam origem de seus
narrativas com sons e gestos familiares/descendentes. Os
O uso de espelhos é uma a serem reproduzidos pelas jogos têm variações culturais
mediação importante para crianças e acompanhados, e, sempre que possível, é
possibilitar que as crianças por exemplo, por chocalhos importante contar para as
explorem seus movimentos, artesanais, tampas e outros crianças suas histórias.
gestos e expressões corporais, objetos que possibilitem a
além de auxiliar na produção de sons. A combinação de sons e
constituição e ritmos pode ser desenvolvida
reconhecimento de sua de muitas maneiras;
Gestos e movimentos
imagem e de si mesma. Ex.: indicamos duas que
compõem junto com outras
palmas, estalos com a língua, oportunizam muitas
vivências perceptivas e
bater o pé, respirar fundo, variações. Uma diferenciação
afetivas a base para a
ruídos com a boca, sons que as crianças já fazem é a
formação do “eu” da criança,
guturais, balbucio, dentre produção de sons voluntários
além de promoverem
outros. e involuntários. Logo,
também o desenvolvimento
identificar, nomear e dialogar
de outras funções
Brincadeiras que envolvam sobre “como são os sons”,
psicológicas, como a “onde” são produzidos,
“comandos” relacionados a imaginação e a simbolização.
ações praticadas com o “porque” ocorrem, são
A proposição de atividades algumas questões que
próprio corpo, como a que envolvam as relações
gestualidade e sons são podem nortear uma conversa
entre movimentos corporais, sobre os sons involuntários.
também interessantes e bem ritmos e gestos – como
acolhidas pelas crianças. Os De maneira semelhante,
danças e coreografias, são pode-se dialogar a respeito
menores tendem a imitar as potencialmente educativas
de mais idade, criando-se, dos sons voluntários,
quando associadas a mapeando os sons que as
assim, ambiente colaborativo diferentes contextos culturais. crianças já sabem fazer,
de aprendizagem. Exemplo: A projeção de vídeos com propor formas de
“bater palmas”; bater pés, diferentes tipos de danças – anotar/registrar estes, sugerir
gritar “aaaaa”, “falar” como o balé, sapateado, folclóricas, que façam variações naqueles
cachorrinho, como o gato, de salão, de rua, provocam as que já sabem; registrar estas
como a abelha, etc. Podem crianças para a repetição do novas combinações;
ser solicitados ações ou sons que veem, cabendo os apresentar outras
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4.2.3
Campo de ação pedagógica:
traços, sons, cores e formas
A abordagem deste campo, de acordo com a BNCC (BRASIL, 2017, p. 39), busca
oportunizar às crianças a convivência com “diferentes manifestações artísticas,
culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar [...]”, além
de experiências e vivências de “diversas formas de expressão e linguagens, como as
artes visuais (pintura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a
dança e o audiovisual, entre outras.”
A expressão estética da criança deve ser concebida como um direito,
principalmente na educação infantil, momento em que a imaginação criativa está em
desenvolvimento, mas, como afirma Cunha (1999, p. 25): “Expressar não é responder a
uma solicitação de alguém, mas mobilizar os sentidos em torno de algo significativo,
dando uma outra forma ao percebido e vivido” – o que é diferente de simplesmente
“deixar fazer”, acreditando na chamada “livre expressão”. Então, torna-se primordial o
enriquecimento de experiências com diferentes linguagens, alimentando a
imaginação.
Nessa perspectiva, os momentos de troca e comunicação sonoro-musicais
favorecem o desenvolvimento afetivo e cognitivo da criança, bem como a criação de
vínculos fortes tanto com os adultos quanto com a música. Para Brito (2003, p. 44), a
música representa um jogo, uma brincadeira em que “o jogar, o brincar em si mesmo é
modo de vida que vem e vai [...] é jeito de perceber, de sentir, de viver.”
As ações pedagógicas que oportunizem experiências com linguagens corporais
que denotam expressão artística, como a dança e o teatro, devem ser encaradas como
cotidianos na Educação Infantil, pois a criança interpreta papéis para compreender
situações vivenciadas ao seu redor. Na teoria histórico-cultural evidencia-se a
dramaticidade da criança como própria dela em seu desenvolvimento; de forma
similar, o desenho também se manifesta como ferramenta de expressão que traduz
sua visão de mundo, bem como as variadas técnicas próprias das artes visuais.
Outro aspecto importante é o cuidado com a estética dos espaços e ambientes
educativos que devem ser pensados e planejados, com o objetivo de oferecer às
crianças oportunidades de interagirem deixando sua marca nesses ambientes. Os
educadores precisam refletir sobre as escolhas, o que colocar ou não nas paredes,
sobre a uniformização nos modos de expor as produções das crianças.
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PROPOSIÇÕES METODOLÓGICAS
As proposições metodológicas destacadas nesse campo de ação pedagógica, como o título já refere,
constituem apontamentos de algumas possibilidades que podem ser ampliadas com leituras, estudos,
trocas de experiências e vivências. Além disso, as sugestões são amplas e, por essa razão, podem
abarcar mais de um campo de ação pedagógica e diversos objetivos ao mesmo tempo. São exemplos
de como a/o professor/a pode proceder para desenvolver os objetivos do Campo de Ação Pedagógica
Traços, sons, cores e formas.
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4.2.4
Campo de ação pedagógica:
escuta, fala,
pensamento e imaginação
O campo de ação pedagógica “escuta, fala, pensamento e imaginação”
estabelece interlocuções mais prementes com a escuta e a fala, além de linguagens
escrita, corporal e artística, mediadas pela sociedade. O pensamento e a
imaginação, abordados nesse campo, estão interligados aos eixos brincadeira,
interações, linguagem e conhecimento, tratando-se, de acordo com Vigotski
(1987), de funções psicológicas superiores. “Para Vigotski, a fala e o pensamento são
dois processos psíquicos distintos, singulares e separados, que, em um certo
momento (ontogênese), unem-se, dando lugar à unidade pensamento e fala que é
o pensamento verbal.” (PRESTES, 2010, p. 176).
A criança vive cercada de linguagem e no movimento contínuo da linguagem
oral, especialmente por meio da fala, estabelece relações com adultos e outras
crianças, vão se conhecendo e reconhecendo socialmente como seres humanos. As
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil no Parecer CNE n. 20/2010
expressam que, “dentre os bens culturais que crianças têm o direito a ter acesso está
a linguagem verbal, que inclui a linguagem oral e a escrita [...]” (BRASIL, 2010, p. 94).
Ainda destacam que a aquisição da linguagem oral depende das possibilidades de
as crianças observarem e participarem cotidianamente de situações comunicativas
diversas nas quais possam se comunicar, conversar, ouvir histórias, narrar, contar
um fato, brincar com palavras, refletir e expressar seus próprios pontos de vista,
diferenciar conceitos, ver interconexões e descobrir novos caminhos de entender o
mundo (BRASIL, 2010).
O trabalho pedagógico na educação infantil, em relação à língua escrita, não
pode ser uma prática mecânica desprovida de sentido e centrada na decodificação
do escrito. A “apropriação pela criança se faz no reconhecimento, compreensão e
fruição da linguagem que se usa para escrever, mediada pela professora e pelo
professor, fazendo-se presente em atividades prazerosas de contato com diferentes
gêneros escritos [...]” (BRASIL, 2010, p. 94).
As atividades de leitura diária de livros e outros suportes de textos pelo
professor, o manuseio de livros e revistas, produção de narrativas coletivas – como
relatos de um passeio, tendo o professor como escriba – promovem o contato da
criança com a escrita e sua funcionalidade social.
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Capinzal
É preciso lembrar que a escrita é apenas uma das linguagens com as quais a
criança se relaciona, na maior parte dos lugares da sociedade contemporânea,
desde que nasce. Ao lado dela, encontram-se, entre tantas outras, a oralidade, a
música, a dança, as artes visuais, as linguagens corporais, audiovisual, digital,
matemática, cartográfica, entre outras. Também chamamos a atenção que a
imaginação se desenvolve, segundo Vigotski (1998), a partir das experiências das
crianças, dos enredos das brincadeiras de faz de conta, das interações – o que tem
implicações importantes em seu desenvolvimento, em especial para a (re)
construção de sentidos e significados sobre o mundo material em que vive e para o
desenvolvimento da linguagem escrita.
É importante, portanto, que a linguagem escrita seja trabalhada nas
instituições infantis da rede municipal de Capinzal de modo significativo para as
crianças, exercendo funções sociais relevantes para elas, e de maneira interligada a
outras formas de expressão e comunicação de que elas precisam para significar o
mundo, apreendê-lo e produzi-lo.
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PROPOSIÇÕES METODOLÓGICAS
As proposições metodológicas destacadas nesse campo de ação pedagógica, como o título já refere,
constituem apontamentos de algumas possibilidades que podem ser ampliadas com leituras, estudos,
trocas de experiências e vivências. Além disso, as sugestões são amplas e, por essa razão, podem
abarcar mais de um campo de ação pedagógica e diversos objetivos ao mesmo tempo. São exemplos
de como a/o professor/a pode proceder para desenvolver os objetivos do Campo de Ação Pedagógica
Escuta, fala, pensamento e imaginação.
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A apropriação da linguagem
escrita ou da leitura e da
escrita, como muitos
estudiosos já demonstraram,
não é treino motor nem
exercícios de repetição
fonética. Trata-se da
aprendizagem de um sistema
simbólico representativo de
outro sistema simbólico – a
fala, mas não apenas isso,
pois há tanto na leitura como
na escrita, a produção de
sentidos, algo que não pode
ser ensinado, mas que resulta
das vivências das crianças
com este objeto cultural. Isso
motiva a nos indagarmos
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Proposta Curricular de Educação Infantil
sobre a apresentação da
escrita para as crianças
pequenas: como e quando
criamos situações mediadas
pela escrita ou pela leitura?
Para que as crianças
aprendam algo é precisam
que elas sintam necessidade,
manifestem interesse por. A
necessidade, tampouco o
interesse não são algo a ser
ensinado – as crianças o
fazem a partir de suas
vivências. Logo, é preciso
então, criar situações reais de
vivências com a escrita. Várias
possibilidades podem ser
organizadas: executar uma
receita culinária seguindo
uma receita; enviar cartinhas
ou convites para crianças de
outros grupos ou de outras
escolas; fazer um quadro-
agenda anotando atividades
ou ações a serem feitas no dia
seguinte; fazer um livro-diário
com registros do/sobre o
grupo (tamanho do livro
pode ser grande), ilustrando-
o com desenhos, fotografias
etc.; fazer registros escritos de
passeios; anotar recados para
os pais nas agendas na
presença das crianças
explicando-lhes do que se
trata. O que escrever?
Aquilo que as crianças
propõem; o adulto funciona
como um “escriba”.
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Proposta Curricular de Educação Infantil
A narração de histórias –
desde as clássicas às atuais e
ainda os enredos/narrativas
criados pelo grupo –
profissionais e crianças,
mobiliza as crianças pelas
diversas perspectivas de
vivências que proporcionam.
Um aspecto importante é a
atenção crítica na escolha dos
materiais (livros), cuidando
para que estes sejam
representativos dos princípios
que orientam a educação
infantil (éticos, estéticos e
políticos) – tanto no que se
refere ao conteúdo quanto às
imagens. As escolhas não
devem ser balizadas pela
“simplicidade” ou “pouca
complexidade” de
conteúdo/imagens, mas pelos
sentidos que as histórias
podem proporcionar às
crianças. Uma sugestão é que
estes momentos de contação
variem temporalmente
(evitando que sejam sempre
no mesmo horário), na
escolha de ambientes (na
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Proposta Curricular de Educação Infantil
crianças mostrando-lhes, em
outro momento e
retomando-se à história,
diferentes tipos de rãs
(tamanho, cor etc.).
Lembramos que atividades
desse tipo devem sempre ter
como ponto de partida o
conhecimento prévio das
crianças.
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Capinzal
4.2.5
Campo de ação pedagógica:
espaços, tempos, quantidades,
relações e transformações
As ações pedagógicas neste campo devem oportunizar uma diversidade de
experiências em que as crianças possam ampliar e aprofundar suas vivências e
saberes, elaborar hipóteses manipulando objetos, experimentando diferentes formas
com materiais diversos, diferentes espaços em relação ao próprio corpo (entrar em
caixas, objetos, móveis de diferentes tamanhos) e buscar soluções para situações-
problema.
Conforme a BNCC (BRASIL, 2017, p. 40-41), “a Educação Infantil precisa promover
experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos,
investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação
para buscar respostas às suas curiosidades e indagações.”
A linguagem matemática na educação infantil deve encorajar as crianças a
vivenciarem uma grande variedade de ideias matemáticas relacionadas à exploração
espacial e à quantificação, mediante resolução de situações-problema que envolvam
desafio, investigação e ação, adquirindo, assim, diferentes formas de perceber a
realidade.
Nessa perspectiva, Lorenzato (2006, p. 25-26, 90-131) defende, na educação
infantil, a proposição de situações que não são conteúdos de um currículo de
Matemática na educação infantil, mas representam a necessidade de propor
situações variadas às crianças, permitindo-lhes desenvolverem o seu raciocínio e que
mobilizam conceitos, como comparação (igual/diferente), correspondência
(contagem um a um), conservação (perceber que um copo baixo e largo comporta o
mesmo volume de água que um copo alto e estreito), classificação (estabelecer um
critério para agrupar objetos, por exemplo, cor, tamanho), inclusão (perceber que a
palavra “talheres” inclui garfo, faca e colher), sequenciação (a seleção do número de
amigos para brincar, sem estabelecer uma ordem), seriação (perceber a sequência
rígida dos dias da semana), que são constituintes da forma como a criança se relaciona
com o mundo.
Assim como a linguagem escrita, a linguagem matemática desperta o interesse e
curiosidade da criança, uma vez que faz parte do universo cultural no qual os adultos e
outras crianças contam e registram numericamente objetos nas interações sociais.
Mas, é preciso compreender que o ensino mecânico da contagem e da escrita de
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Planejar e problematizar
situações em que as crianças
sejam desafiadas a realizar
medições e comparações de
diversos objetos, espaços e
pessoas, utilizando
instrumentos diversificados:
palmos, palitos, folhas de
papel, metro, organizando os
dados em gráficos e/ou
outras formas
representacionais básicas.
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Proposta Curricular de Educação Infantil
PROPOSIÇÕES METODOLÓGICAS
As proposições metodológicas destacadas nesse campo de ação pedagógica, como o título já refere,
constituem apontamentos de algumas possibilidades que podem ser ampliadas com leituras, estudos,
trocas de experiências e vivências. Além disso, as sugestões são amplas e, por essa razão, podem
abarcar mais de um campo de ação pedagógica e diversos objetivos ao mesmo tempo. São exemplos
de como a/o professor/a pode proceder para desenvolver os objetivos do Campo de Ação Pedagógica
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
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outros objetos oferecem crianças pelas relações sociais atividades motivam e causam
possibilidades de – pequenos agrupamentos muito interesse nas crianças,
organizações variadas e entre as crianças podem ser lidar com a criação é ato de
flexíveis do ambiente. formas, mostram-se mais alegria, de modo que nestas
Vivências deste tipo susceptíveis às atividades as crianças
constituem as bases para o aprovações/reprovações dos conversam, trocam e
conceito de espaço e suas adultos, apreciando também colaboram entre si; também é
dimensionalidades. os elogios. difícil prever o tempo de
duração destas, pois isso
O ambiente é um importante A observação dos fenômenos depende do ritmo do grupo.
mediador na aprendizagem e da natureza é uma atividade Brincadeiras como “caça ao
desenvolvimento dos bebês, que pode ser realizada tesouro” são igualmente
daí a importância de, no diariamente. Na roda de interessantes, pois articulam
planejamento, dar atenção conversa inicial, onde se pistas (mediações) a serem
especial à sua organização: acolhe o grupo, um tempo seguidas em determinado
entrar e sair de caixas, nichos, pode ser reservado para espaço.
espaços pequenos; esconder dialogar com as crianças
e achar objetos ou mesmo as acerca do “tempo”, As crianças demonstram
brincadeiras de “esconde- relacionando-o com as curiosidade e interesse pelos
esconde”; instalação de barras atividades propostas para o fenômenos naturais e se
de corda ou de tubos, dia. A presença de chuva, de indagam constantemente
prateleiras baixas, pequenas sol, sol forte/fraco, acerca do universo e das
escadas feitas com materiais tempestades/trovoadas, e do causas destes. Proposições
reutilizáveis, são algumas vento, são ocorrências pedagógicas podem ser
proposições que permitem cotidianas cujas observações planejadas, tendo como
vivências basilares para a com as crianças podem ser, ponto de partida esses
construção futura de inclusive, material para interesses que podem ser
conceitos abstratos, como o registro, por exemplo, em um identificados a partir de uma
de “permanência ou “calendário do tempo”, onde escuta atenta dos diálogos e
constância de objeto”. colocam imagens brincadeiras das crianças: o
correspondentes às que são as estrelas, como
Momentos destinados à condições meteorológicas, surgiram, por que tem dia e
diariamente. Também podem
alimentação oportunizam noite? E o sol e a lua? Por que
ser organizadas brincadeiras
ricas vivências aos bebês no o céu é azul? Diálogos como
com cata-vento, pipas, bolhas
que se refere à estes são frequentes entre as
de sabão, visando observar a
experimentação de cores, crianças, podendo também
ação do vento; faixas de
sabores, cores e formas. ser provocados pelos adultos
tecidos e cores diversas e os
Explorar os alimentos, de preferência diante de
móbiles sonoros ou
especialmente frutas e determinado fenômeno (por
“mensageiros dos ventos”.
legumes, de modo in natura, exemplo: num dia de chuva,
Outra sugestão é brincar de
possibilita aos pequeninos perguntar sobre a chuva ou
“chuvinha” com sprays
apreciar e aprender atitudes sobre o sol quente, ou
contendo água, para que as
de alimentação saudável, dia/noite). É importante
crianças experimentem as
além de ir ampliando seus sensações provocadas pelos identificar o conhecimento
repertórios sensoriais e respingos de água em seu prévio das crianças para que
perceptivos. A organização de corpo. as propostas oferecidas os
momentos de culinária em ampliem, tendo como base o
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ambiente da sala do grupo Onde moram? Indagar e ouvir com as crianças, no entanto, a
para que os bebês tenham os conhecimentos prévios das identificação,
acesso visual ao espaço crianças, instigá-las a formular reconhecimento e nomeação
externo, pelas janelas, portas, hipóteses acerca dos dessas situações podem ser
permitindo-lhes ampliar as mesmos, são também objetos de ações intencionais
possibilidades de percepção atitudes recomendadas em e planejadas. Damos como
do mundo que os cerca. atividades como estas. exemplos propostas que
podem ocorrer associadas a
A organização de hortas ou Assim como a percepção do outras, cuidando-se para que
de pequenos canteiros (no espaço, a noção de tempo é estas tenham “sentido”, ou
solo ou suspensos) com o construção gradual pela seja, interessem às crianças:
plantio de hortaliças ou criança e tem como referência organização do planejamento
verduras, chás, e plantio de suas próprias ações e seu do dia de forma coletiva,
flores em vasos ou no solo, próprio corpo. As crianças tendo como orientador a
organizando atividades vivenciam, cotidianamente, sequência de atividades.
diárias com os bebês de situações e diálogos em que o Propor situações, com
molhar as plantas e verificar “tempo” é marcado – seja padrões estabelecidos pelas
as mudanças de seus estados como o “agora”, o passado ou crianças, para que estas
(germinação das sementes, futuro, o que lhes possibilita ir possam comparar, registrar e
crescimento, colher), apropriando-se de elaborar hipóteses que façam
constitui-se também em uma construções e significações referência ao tempo (rotina,
vivência importante para a para estes marcadores troca de profissionais, horário
aprendizagem de cuidados e temporais. Vale lembrar que das refeições), medir
respeito com a natureza, além as palavras não significam a distâncias com instrumentos
daquelas vinculadas aos mesma coisa para adultos e convencionais, como metro,
processos de transformação. crianças, assim, é comum as trena, e não convencionais,
crianças usarem a palavra como barbantes, passos,
Ainda visando experiências e “ontem” para se referirem, estimando-se, com as
vivências relacionadas aos genericamente, a passado ou, crianças, o tempo necessário
processos de transformação usado de forma indistinta para percorrê-la com os
de objetos e materiais, criar para “depois” ou “amanhã”. indicadores “rápido “ e “lento”.
situações educativas onde os Essas noções, cotidianamente Organizar agenda do grupo
constituídas, podem ser
bebês vivenciem diferentes com as crianças dando
exploradas também, em
processos de transformações, visibilidade “ao que já
atividades intencionalmente
como a mistura de tintas fizeram”, “quando fizeram”
planejadas que tenham como
gerando novas cores, pinturas (passado), o que está previsto
foco os registros temporais.
com as mãos e pés, fazer para o dia (presente) e o que
Algumas sugestões: o uso de
massas caseiras na presença e está anotado como atividade
calendário – elaborado em
junto com os bebês; o uso da futura. Usar medidores de
formato grande, onde são
água em diferentes tempo convencionais, como
assinaladas, a cada dia,
temperaturas e estados (gelo) relógio – disposto na sala e
observações consideradas
são sugestões que podem ser que pode ser consultado por
importantes pelas crianças
incorporadas ao qualquer criança; ampulheta
(escritas e/ou com imagens).
planejamento de proposições Isso possibilita que a cada dia para contar o tempo de
com os bebês. se volte ao anterior, duração de alguma atividade
rememorando com as ou deslocamento;
É importante que os bebês cronômetro para medir
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AÇÃO PEDAGÓGICA
5 E ORGANIZAÇÃO
DOS CONTEXTOS
EDUCATIVOS
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experiências educativas requer a utilização por parte das professoras também da
observação contínua e sistemática; o registro de tais observações e das produções
das crianças de modo crítico e criativo; o planejamento flexível das propostas; a
avaliação do processo.
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5.1
PLANEJAMENTO
DA AÇÃO PEDAGÓGICA
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5.2
CUIDAR E EDUCAR:
ACOLHER AS CRIANÇAS
NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Na Educação Infantil, cuidar-educar-acolher são também dimensões
Leituras para ajudar na
estruturantes dos contextos sociais educativos e da ação pedagógica, porque são discussão do conceito:
indissociáveis e complementares, fundamentando o trabalho com as crianças CERISARA, Ana Beatriz. Educar
pequenas. De acordo com Cerisara (1999), foi nesse sentido que se recorreu ao termo e cuidar: por onde anda a
educação infantil?
utilizado em inglês educare – que significa educação e cuidado ao mesmo tempo. Perspectiva, Florianópolis, v.
17, n. Especial, p. 11-21,
Como não temos estas duas palavras em uma só em português, foi feita uma opção jul./dez. 1999.
Isto significa que quem cuida não pode estar voltado para si
mesmo, mas receptivo, atento e sensível para poder perceber o
que o outro pode precisar. Para cuidar é necessário um
conhecimento daquele que necessita de cuidados, o que exige
proximidade, tempo, entrega. Implica em responsabilidade e
compromisso contínuos. Em sua acepção original a palavra care
significa carga. Quando nos propomos a cuidar de alguém,
significa que estamos dispostos a dedicar energias ao objeto de
nosso cuidado, a mostrarmos envolvimento emocional com ele.
Por isto, cuidar é necessariamente, uma atividade relacional.
Educar de modo indissociado do cuidar implica criar e prover condições para Conforme determinam
as DCNEI, no artigo 5º, §
que as crianças de 0 a 6 anos explorem o ambiente e as relações de diferentes 3º, as crianças que
completam 6 anos após
maneiras, construam “sentidos pessoais e significados coletivos à medida que vão se o dia 31 de março
devem ser matriculadas
constituindo como sujeitos e se apropriando de um modo singular das formas na Educação Infantil.
culturais de agir, sentir e pensar.” (BRASIL, 2009, p. 10). Esse entendimento está
referendado no artigo 8º das DCNEI:
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5.3
TEMPOS E ESPAÇOS
NA ORGANIZAÇÃO DOS
CONTEXTOS
SOCIAIS EDUCATIVOS
A forma como nós, professoras e professores, compreendemos a aprendizagem
e o desenvolvimento das crianças e as reconhecemos como sujeitos sociais, tem
desdobramentos sobre o planejamento dos contextos educativos. Esse trabalho
envolve, conforme afirma Singulani (2017, p. 129), “além das nossas mediações diretas Quando a criança brinca
com objetos de cozinha,
– quando falamos com as crianças, contamos histórias, orientamos uma ação, por exemplo, ela vai se
apresentamos um novo material –, também as indiretas – quando planejamos o apropriando dos modos de
utilizar esses objetos e de
tempo que a criança passa na escola e o espaço em que elas passam esse tempo.” sua função social; do
mesmo modo quando
No espaço da escola, a criança amplia seus contatos sociais para além daqueles brinca com objetos de
do convívio familiar, pois passa a se relacionar com outros adultos e crianças. Por isso, construção, de aula, de
salão de beleza, de médica,
“é um ambiente social permeado por relações, entre pessoas – crianças e adultos – e de construtor, entre tantas
outras possibilidades.
entre elas e a cultura que foi criada ao longo da história.” (SINGULANI, 2017, p. 129).
Significa dizer que os objetos culturais presentes nos ambientes onde ocorrem as
relações “guardam em si as capacidades humanas necessárias para seu uso [...] e essas
capacidades são apropriadas pelas crianças quando elas aprendem a utilizar esses
objetos.” (SINGULANI, 2017, p. 129). Por isso nossa ação contempla a organização do
tempo e dos espaços nas instituições de Educação Infantil.
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5.3.1
Sobre a organização do tempo
Rotina
A ideia é a rotina do papel.
O céu é a rotina do edifício.
O início é a rotina do final.
A escolha é a rotina do gosto.
A rotina do espelho é o oposto.
A rotina do perfume é a lembrança.
O pé é a rotina da dança.
A rotina da garganta é o rock.
A rotina da mão é o toque.
Julieta é a rotina do queijo.
A rotina da boca é o desejo.
O vento é a rotina do assobio.
A rotina da pele é o arrepio.
A rotina do caminho é a direção.
A rotina do destino é a certeza.
Toda rotina tem sua beleza.
(Arnaldo Antunes)
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5.3.2
Sobre o
espaço pedagógico
A CASA
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque na casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque pinico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na rua dos bobos
Número Zero.
(Vinícius de Moraes)
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5.4
AVALIAÇÃO:
OBSERVAR,
DOCUMENTAR
E INFORMAR
Olhe...
Dia rente que nem pão quente
Menina, olhe pra frente!
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5.4.1
Observação como
instrumento de avaliação
A observação é o principal instrumento das professoras e dos professores para
reconhecer as crianças nos seus processos de aprendizagem e desenvolvimento e,
igualmente, para analisar as especificidades do percurso formativo que foi planejado.
Quando a criança é o centro do planejamento curricular (BRASIL, 2009) é a observação
atenta, portanto intencionalmente orientada, que mantém na ação educativa o foco
nas suas manifestações, expressões e aprendizagens. Nas creches e pré-escolas, a
definição do que se pretende observar e de quais critérios serão considerados no
processo, deve ser pauta de discussão articulada entre as diferentes professoras que
atuam com o mesmo grupo de crianças em uma perspectiva analítica, que exige a
teorização sobre o vivido. Além disso, porque a avaliação não deve acontecer a partir
de juízos de valor subjetivos, na observação dos diferentes elementos e práticas dos
contextos educativos, devem ser contempladas as singularidades de cada criança e
do grupo, considerando a diversidade étnica, racial, de gênero e cultural como parte
intrínseca das ações planejadas e, desse modo, observadas e acompanhadas.
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5.4.2
Documentação
pedagógica
A documentação pedagógica, entendida como um processo para tornar
visível as conquistas das crianças pequenas, seus ritmos de crescimento,
aprendizagem e desenvolvimento, torna possível relembrar, revisitar, reorganizar e
reinterpretar os contextos educativos. Por meio da documentação pedagógica,
pode-se conhecer os caminhos que as crianças percorrem para aprender, assim como
os processos em busca de significado sobre si e sobre o mundo. Então, documentar,
implica a produção de registros, análises, seleção, organização, armazenamento e
socialização desses registros (CERON; JUNQUEIRA FILHO, 2017).
As indicações feitas nas próprias Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil
(BRASIL, 2009 – art. 10) orientam a “utilização de múltiplos registros realizados por
adultos e crianças” e, também, a “documentação específica” como “procedimentos
para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do
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de atender as necessidades das crianças nas suas mais variadas formas de expressão.
Logo, conforme destacam Marques e Almeida (2012), documentar demanda a
existência de tempo e espaço institucionais, já que as ações de observar, coletar
dados, analisar, organizar o pensamento, torná-lo público não são tarefas simples.
Nessa perspectiva, a rede municipal de ensino estabelece, como prática comum
nas unidades educativas e nos grupos, dois documentos de registro e socialização de
acompanhamento das aprendizagens e do desenvolvimento das crianças: o portfólio
e o relatório avaliativo individual. Esses documentos destinam-se, primeira e
internamente, às crianças, professoras e equipe de gestão e, externamente, às
famílias e demais órgãos solicitantes para fins legais.
Segundo Villas Boas (2004, p. 169), os Portfólios “[...] destinam-se a reunir
amostras dos trabalhos dos alunos durante um certo período de tempo, mostrando
seu progresso por meio de produções variadas.” Eles podem, assim, ser considerados
documentos, uma vez que se destinam a representar, por meio de várias linguagens –
desenhos, pinturas, fotografias, vídeos, transcrições de falas, etc. –, as produções das
crianças, relativas a determinado período. Revisitado durante o ano e mesmo após o
final do ano letivo, o Portfólio serve como instrumento de registro, memória e reflexão
para as crianças e para os adultos, pais e professores das crianças (CERON; JUNQUEIRA
FILHO, 2017).
Os Relatórios Avaliativos Individuais são documentos semestrais, redigidos
pelos/as professores/as de referência do grupo, com ajuda de outros/as profissionais
que interagem com a criança, contendo descrições e análises sobre o envolvimento
do grupo/turma nos projetos e aspectos significativos do desenvolvimento
cognitivo, social, motor e afetivo da criança, no sentido do desenvolvimento integral,
conforme definem as DCNEI (BRASIL, 2009). Construído com base nas observações e
nos registros efetuados ao longo do percurso educativo, sua forma final é apenas uma
síntese do que vem ocorrendo, uma representação do que foi vivido pela criança no
período a que se refere o documento.
O formato desses documentos poderá ser definido em cada unidade educativa
em discussões com o coletivo de profissionais.
180
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