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Paola Castanho

Atividades e conceitos para estimular


o desenvolvimento global na infância

Volume 2 - de 18 meses a 3 anos


Licenciado para - Andressa RamAlho - 06664653982 - Protegido COPYRIGHT
por Eduzz.com - PAOLA CASTANHO © 2020
Olá, prazer! Eu sou a Paola Castanho. Sou
mãe do Valentin (3 anos) e do Antonio (5
meses). Sou pedagoga e psicopedagoga
formada, atuante como professora de
educação infantil há mais de 10 anos.
Levanto a bandeira da criação respeitosa,
do livre brincar e da exploração segura do
mundo!

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Este material nasceu depois do sucesso do
primeiro volume do ebook “Deixa ser Criança”, e
foi elaborado com muito carinho, com um olhar
cuidadoso e embasado em muitas pesquisas e
estudos.

Minha intenção é plantar uma semente de


transformação em cada um que tem acesso a
este conteúdo para que, quem sabe, juntos
consigamos enxergar e validar nossas crianças,
fazendo desta geração aquela que irá mudar o
percurso da humanidade. Acredito com toda força
que isto é possível.

Compartilho meus questionamentos, opiniões


e saberes com relação a assuntos acerca da
maternidade, bem como as atividades que
desenvolvo com o Valentin em casa, no meu
instagram @castanho.paola. Neste endereço
você pode comunicar-se diretamente comigo
e conhecer um pouquinho mais sobre nós.

@castanho.paola
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Seja bem-vindo(a) ao meu mundo! E
vamos sair da caixinha!

“ (...) a forma como nos relacionamos


com as crianças influencia o que as
motiva e o que elas aprendem.”
Loris Malaguzzi

@ ca
sta n h o.p a ola
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Aqui você
encontrará:
Primeira dica de ouro
página 6

O livre brincar e a criança protagonista


página 8

Brincadeiras ao ar livre e com elementos naturais


página 12

Para qual idade é esta atividade? Quais são seus objetivos?


página 33

Continuando com a arte


página 38

Desenvolvimento cognitivo
página 55

Atividades de vida prática


página 85

Considerações Finais
página 90

ATENÇÃO: Para tornar a sua experiência com este ebook


ainda mais significativa, sempre que este ícone
aparecer nas imagens, você poderá clicar para
acompanhar o vídeo referente à vivência.

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Primeira dica de ouro
Ao longo da minha vivência enquanto professora
de Educação Infantil e ainda mais enquanto mãe,
pude conhecer e aprofundar-me um pouquinho na
história e obra de Maria Montessori. Uma das
primeiras mulheres na Itália a se formar em
medicina, teve uma jornada longa e revolucionária
(principalmente para a época em que viveu). Bom,
mas para resumir o que me encanta e inspira no
seu método, vou utilizar uma frase sua que pode e
deve ser lembrada em todos os momentos com as
nossas crianças:

“Nunca ajude uma criança em algo que


ela acredita que pode fazer sozinha”.

A princípio, sei que pode parecer impactante:


“- Como assim, não posso ajudar a criança?”. Mas
existem jeitos diferentes de “não ajudar a criança”.
O que Montessori exalta é que o meio deve ser
pensado para que ela possa se desenvolver
livremente e que haja um adulto, com paciência,
para ensiná-la.

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Por exemplo, deixar os materiais na sua altura
possibilitando escolhas, colocar um banquinho
seguro para que ela alcance móveis mais altos,
deixar suas roupas e calçados em lugares de fácil
acesso, e por aí vai.

Desta forma, respeitamos a sua autoconfiança e


damos oportunidade para que conquiste sua
independência. Ou seja, “não ajudá-la” não
significa abandoná-la, ok?

Ao longo dos conteúdos aqui apresentados, você


verá o nome de Montessori aparecer algumas
vezes e duvido que você não se apaixone também!
Tenha em mente sempre a premissa de permitir
que a criança pesquise, teste e descubra por si, em
todas as possibilidades aqui apresentadas e, quem
sabe (assim espero!), na maior parte do cotidiano
de vocês!

Vamos lá!

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O livre brincar e a
criança protagonista

@ ca
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Agora que já falamos sobre a importância de


deixar que a criança faça por si, venho salientar,
mais uma vez, o papel fundamental do livre
brincar.

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Esta prática coloca a criança como protagonista
do brincar! Ela não será guiada pelo adulto ou
receberá comandos constantemente. Ao contrário,
estará no centro do aprendizado, de forma ativa e
atuante, fazendo escolhas e pesquisando sem
intervenções ou interrupções.

O adulto exerce então, o papel de mediador e


facilitador. É aquele que irá programar o
espaço e os materiais de forma a instigar
ainda mais a curiosidade das crianças,
deixando-as livres para explorar e descobrir.
Lembre-se de que, enquanto mediador, você
não precisa nem deve ficar interagindo
constantemente com a criança. Inclusive, o
silêncio é um aspecto importante para
intensificar concentração e o mergulho na
investigação. As interrupções podem
atrapalhar esse processo criativo. Procure
respeitar este momento intenso, sem buscar
preencher o vazio dos sons, ok? Uma música
ambiente pode ser uma boa pedida.

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Os materiais não estruturados, também
conhecidos como materiais de largo alcance, tem
uma função especial neste livre brincar. Esses não
são brinquedos prontos, com possibilidades
limitadas. Mas sim, recursos que permitem que a
criança crie, invente, teste, pesquise, desenvolva,
descubra, investigue. São utensílios variados que,
com a ação das crianças, tornam-se brincantes.
Com esses recursos, descobrem e desenvolvem
inúmeras hipóteses: de equilíbrio, de peso, de
quantidade, de espaço…Há muita aprendizagem,
sem respostas certas ou erradas.

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Complementando os fundamentos de Montessori,
nas palavras de Emmi Pikler:

“É crucial que a criança descubra por


si mesmo tudo o que seja possível.
Se a ajudamos a finalizar cada
tarefa a estamos privando do mais
importante aspecto do seu
desenvolvimento.
Uma criança que consegue as coisas
através da experimentação
independente adquire um tipo de
conhecimento completamente
diferente daquela criança a qual se
oferecem soluções já
prontas.”

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Brincadeiras ao ar livre e
com elementos naturais

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Que o contato com a natureza é extremamente


importante, isso nós já sabemos. De uma forma
mais intrínseca, nós sentimos os seus efeitos. Mas
você já parou para analisar esses benefícios, de
forma mais racional? Então olha só.

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A natureza é um prato cheio quando falamos de
estímulos! Trabalha os nossos cinco sentidos, às
vezes até simultaneamente. O sabor de uma
frutinha que cai da árvore, o toque do corpo em
uma mistura de terra e água, o som dos
passarinhos, nossos olhos refestelados de árvores,
o cheiro da terra molhada… Que banquete!

Estimula a criatividade e o espírito investigador,


como elementos naturais que assumem diversas
funções no faz de conta (uma folha vira barco, um
galho vira vela de bolo de areia) e
questionamentos repletos de hipóteses (“- Onde
será que vou chegar se cavar um buraco bem
fundo?” ou “- Para onde foi a água que joguei na
areia?”).

Traz benefícios diretos para a saúde, como o


aumento da imunidade (sim, isso mesmo!), a
diminuição de sintomas do Transtorno de Déficit
de Atenção e Hiperatividade, do estresse e da
obesidade infantil; propicia atividade física,
movimento e contribui para o desenvolvimento
global do ser.

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Desenvolve o senso de cuidado, respeito e
preservação do meio ambiente

Além de proporcionar muito aprendizado de


forma alegre, divertida e descontraída.
Inspiração: https://criancaenatureza.org.br/

“Às vezes ouço passar o vento; e só de


ouvir o vento passar, vale a pena ter
nascido.” Fernando Pessoa

@castanho.paola
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A maior parte das pessoas ainda acredita que
aquele vento nas costas pode resfriar, que se
molhar na chuva vai resultar em pneumonia e que
andar descalço vai deixar doente.

Liberte-se desses medos!

Essas crenças são antigas. “Infecções sempre são


causadas por microrganismos (vírus, bactérias e
fungos)” segundo a pediatra Dra. Patrícia Aleixo
(@vidadepediatra). Esses microrganismos são
transmitidos por pessoas e não pela chuva, vento
ou chão gelado. Quando há coriza e espirros
depois de um banho de chuva, por exemplo, trata-
se de uma reação do corpo a mudança de
temperatura, não de um resfriado ou doença. É
claro que devemos ter bom senso sempre! Não
devemos expôr a criança a uma condição de risco.
Mas calma. Está tudo bem brincar com a natureza!
E como ressalta o pediatra Dr. Reginaldo Freire
(@omeupediatra), o nosso sistema imunológico
sofre influência direta do nosso emocional.

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Que criança não é feliz brincando livre para
se sujar?

Importante: refiro-me a crianças com condições


de saúde normais e não a casos específicos e
delicados.

“Mas a chuva é minha amiga e eu não


vou me resfriar” Raul Seixas

@castanho.paola
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Quantas
possibilidades cabem
em um jardim, praça
ou parque?

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Foi daí que surgiu uma das experiências mais
significativas que meu filho vivenciou até hoje: o
processo de metamorfose de uma lagarta.
Construímos juntos um viveiro para ela e, dia a
dia, a alimentamos e observamos seu
crescimento. Ele pôde acompanhar de perto a
sua transformação em casulo e, com brilho nos
olhos, o aparecimento da tão esperada
borboleta. Com carinho e entusiasmo, a soltou na
natureza e assistiu ao seu primeiro vôo.

Atenção: boa parte das lagartas queimam!


Não toque sem conhecer a espécie!
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Agora gostaria de chamar a atenção para uma
possibilidade que nem sempre é levada em
conta: a de trazer a natureza para dentro de
casa! Não importa se estamos falando de um
casarão ou de um apartamento pequeno.
Podemos (e devemos) encontrar meios de inseri-
la nas nossas vidas, principalmente nas das
crianças, diariamente. Aqui vão algumas
sugestões.

Tenha plantas em casa e incentive para que a


criança ajude nos cuidados, como rega e poda.

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Junto com a sua criança, nos seus passeios e
andanças, colha elementos naturais que possam
ser armazenados em casa e que renderão
diversas possibilidades. Caso precise, lojas de
jardinagem podem ajudar neste sentido. Tenha
uma boa variedade de recursos organizados de
forma acessível para utilizá-los no dia a dia.

“A criança é uma pesquisadora


ousada de um mundo onde tudo é
novidade”. Maria Montessori

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Pinha, pedras de diversos tamanhos e cores,
terra, casca de árvore, conchas, flores secas,
gravetos, folhas, canela em pau, hibisco e outras
ervas secas são exemplos de recursos. Com o
olhar apurado, começamos a perceber
possibilidades mais inusitadas, que enriquecem
as propostas, como cacho seco de uva (sem a
fruta), cascas de frutas como a laranja para
fazer “barquinhos” e folhas de coroa de abacaxi
(com a serrinha cortada!). Tudo isso traz a
natureza e seus efeitos terapêuticos para mais
perto da criança, mesmo estando em casa.

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Esta atividade é extremamente
Espelho rica em estímulos sensoriais.
d´água Quanto maior a variedade de
recursos que conversem entre si,
mais incrível vai ser a exploração.

Ofereça água (pode ser morna) em um recipiente


médio ou grande e disponibilize os elementos naturais.
Por aqui nós usamos: barquinhos de casca de laranja
(que deixou um aroma especial), casca de coco seco,
canela em pau, pinha, pedras, cascas de árvore,
calêndula, hibisco seco (que deu um colorido lindo na
água), uma colher e uma peneira.

Faz toda a diferença pensar nos detalhes e organizar a


atividade de forma atraente aos olhos, para cativar o
interesse das crianças. Digo isso com relação a
qualquer que seja a proposta.

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Não guie a criança! Apenas
apresente os materiais e
deixe que ela crie livremente.
Desta mistura boa poderá
surgir uma bela sopa de
natureza, um redemoinho de
flores, um resgate com a
peneira, enfim. Deixa fluir!
Lembrando que durante
todo o experimento, ela
estará testando, levantando
hipóteses e possivelmente,
expondo suas descobertas.

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Boia ou Esta é uma variação da atividade
afunda? anterior, que pode inclusive
complementá-la, antes que a
“sopa” esteja feita.

Ofereça um recipiente com água e alguns


elementos diferenciados para testar quais boiam e
quais afundam. Momento rico de observação e
pesquisa!

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Ah, a natureza... Tão sabida! Você
Exploração acredita que existem micróbios
antidepressivos presentes na terra?
livre
Pois é. Estes "micróbios felizes"
refletem no cérebro e fazem com que
os níveis de citocinas subam, trazendo

uma sensação de relaxamento e felicidade. Nestes tempos


difíceis de pandemia, que tal colocar um pouco mais de
natureza dentro de casa? Esqueça da sujeira e vai colocar
a mão na terra com a criança!!! Fará bem pra você e pra
ela também! Você precisa só de terra, água, flores, folhas e
esquecer das neuras!

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Essa é uma meleca das boas!
Tinta de Convide o seu pequeno para
terra participar do processo e vamos
lá: coloque uma boa quantidade
de terra em um recipiente e
acrescente cola e água.
Misture e faça os ajustes necessários para atingir a
consistência desejada (nem tão grossa, não tão
líquida).

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Sugiro que a pintura aconteça em uma superfície
mais resistente, como o papelão, para não correr
o risco de rasgar facilmente. Para atividades
assim, gosto de usar uma caixa grande de
papelão aberta no chão.

@castanho.paola
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A base é a mesma da tinta de
Tinta terra. Você pode usar diversos
elementos naturais para obter a
natural
pigmentação, como pétalas de
flores, urucum e açafrão, e
misturar com água e cola.
A função da cola nestas atividades é fazer com que a
arte dure muito tempo no papel, inclusive para guardá-
la na pasta de produções artísticas da criança. Aqui
usamos cacau, colorau e café. Aromas, texturas e cores.
Antes de começarem as misturas, incentive a
exploração, utilizando os sentidos (vale inclusive
experimentar!) para tentar descobrir os ingredientes.

@castanho.paola
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Deixe que a exploração aconteça livremente!
Lembre-se de que os pés também são
ferramentas sensoriais potentes!!!

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Seja massinha feita em casa ou
Massinha e comprada pronta, ao invés de
forminhas de plástico, ofereça
natureza
elementos como galhos, pedras e
folhas para incrementar a criação.

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Mural da
natureza

Organize um ambiente bem gostoso e


atrativo para a criança. Disponibilize alguns
recursos vindos da natureza (desde folhas,
flores, galhos até grãos, café, temperos), uma
folha grande e cola. Deixe a criatividade fluir!

Uma dica para deixar essa atividade (e


outras!) ainda mais especial: ofereça a cola
em um pote de esmalte vazio! Como? Vire o
resto do conteúdo no lixo, coloque um pouco
de acetona dentro do vidro, tampe e
chacoalhe bastante. Descarte esse líquido,
enxague com um pouco de água e pronto!
Agora pode encher o tubo com a cola um
pouquinho de água.

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Assim como em outras propostas, é importante
que a criança sinta que suas produções são
valorizadas e que ela tenha oportunidade de
apreciá-las, bem como de mostrá-las para outros
membros da família. Reserve uma parede ou um
espaço da casa para ser a “galeria de arte” de
vocês.

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Para qual idade é esta
atividade?

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Quais são seus objetivos?


Antes de continuarmos, gostaria de propor mais
uma reflexão.

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Sempre que apresento uma atividade nova nas
minhas redes sociais, recebo questionamentos
referentes à qual faixa etária ela se enquadra. A
meu ver, a maior parte das atividades que sugiro
podem ser propostas para crianças de todas as
idades da primeira infância. É claro que com os bem
pequenos, precisamos estar mais atentos para que
as brincadeiras sejam seguras (que não coloquem
algo na boca, por exemplo), mas não precisamos nos
engessar com os números.

Primeiro ponto:
temos que considerar que a aquisição de
capacidades e habilidades, varia de criança para
criança. Cada uma se desenvolve no seu próprio
tempo! Portanto, o que uma consegue com “x” idade,
outra pode conseguir antes ou depois disso.

Segundo ponto:
quando preparamos as atividades, devemos analisar
a criança brincante em questão e variar o grau de
dificuldade e os elementos introduzidos para
incrementar, de acordo com o seu perfil.

@castanho.paola
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O modo como uma criança de 2 anos irá
explorar uma massinha, transferência de
grãos ou uma “sopa” de natureza, será
diferente do modo de como uma criança de 6
anos o irá fazer. Além disso, o levantamento
de hipóteses, o processo investigativo e as
descobertas também serão distintas! Mas
garanto: será divertido para as duas!

@castanho.paola
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Com relação aos objetivos de uma atividade,
acredito que estes vão muito além do que
podemos pontuar. No papel podemos até listar
alguns, como desenvolver a coordenação
motora ou ampliar o repertório de palavras.
Mas o ato de brincar (uso este termo referindo-
me de forma ampla as atividades e
explorações) é tão complexo que enquanto
acontece, o cérebro da criança faz milhões de
sinapses, conectando milhões de neurônios e
gerando assim muito mais conhecimentos e
habilidades do que somos capazes de
identificar.

Então, eu não tenho a intenção de segregar por


idades ou de montar listas infindáveis de
objetivos. Mas sim, de apresentar possibilidades
variadas (e talvez inusitadas), que irão
estimular sua criança de forma integral e aí
então, caberá a você, adulto responsável,
aprimorar o seu olhar sensível e sua percepção
para definir como e quando utilizá-las em casa.

@castanho.paola
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“ O brincar é a mais alta forma de
pesquisa”. Albert Einstein

Pode ser que em um determinado momento (do


desenvolvimento ou do dia mesmo), uma
determinada atividade não faça sentido ou não
ganhe a atenção da criança. Sugiro que
apresente-a novamente depois de um tempo
(dias, meses). Você irá sentir!

Agora que já esclareci um pouco sobre a forma


de como eu enxergo as atividades na primeira
infância, podemos prosseguir. Vale ressaltar
que no ebook “Deixa ser Criança vol. 1” montei
um capítulo todo com dicas valiosas de como
preparar o ambiente para as vivências e assim,
diminuir as neuras e preocupações com a
bagunça.

@castanho.paola
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Continuando com
a arte...

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A arte é uma das mais ricas e completas
formas de expressão. Que bonito é uma
criança protagonista, embrenhando-se em
caminhos desconhecidos para expressar seus
sentimentos e sua criatividade. Enquanto
desvenda as possibilidades oferecidas pelos
recursos dos quais dispõe, certamente está
conhecendo a fundo e familiarizando-se cada
vez mais com as
suas sensações, com suas capacidades e,
acredite, está desenvolvendo uma base de
habilidades necessárias para aprendizados
futuros.

Por exemplo, quando desenha em um papel e


até mesmo com o dedo na areia ou tinta,
sem saber, está treinando para seu processo
de alfabetização. Além da atenção, do foco,
da coordenação motora, da resolução de
problemas, da ampliação de vocabulário.

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“Os pequenos nos convidam a
experimentar.
Eles têm a arte dentro de si.
Eles criam arte.
Eles nos dizem algo.
Algo que perdemos.
Algo atraente e sedutor.
Algo que reconhecemos.
E que não podemos explicar.
Tudo é muito maior.
Para as crianças pequenas existe
uma conexão direta entre vida e obra.
Essas são coisas inseparáveis.”
Anna Marie Holm

Prepare o ambiente com carinho, observando


os detalhes, para que a possível bagunça não
seja um problema. Respingos de tinta e
roupa suja são inevitáveis, já a forma como
iremos lidar com isso, é opcional. Portanto,
planeje tudo direitinho para permitir que seu
artista mergulhe fundo e tranquilo no seu
trabalho.

@castanho.paola
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As mil
maravilhas
da tinta

Nas atividades a seguir, podemos utilizar a


tinta guache atóxica ou fabricar tinta
natural (ideal para os bem pequenos!).
Se escolher a segunda opção, você pode usar uma base
como iogurte ou farinha com água e pigmentar com
alimentos triturados (espinafre, cenoura, beterraba) ou
corantes naturais prontos.. Ah! E coloque a criança o
mais à vontade possível para se sujar! O ideal é que
esteja só com a roupa de baixo ou fralda ou, se não for
possível, com uma camiseta de pintura. Um banho
preparado para quando a atividade terminar, pode ser
uma ótima ideia.

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Pintura
com
os pés
Um tanto quanto inusitada, mas muito
divertida!
Estenda um suporte resistente e grande no chão. Quanto
maior, melhor, para a criança poder ir e vir! Sugiro aquela
caixa de papelão aberta, que já foi citada acima. Coloque a
tinta em bandejas. Deixe que a criança sinta a textura com
os pés e que leve o colorido das suas pegadas pra lá e pra
cá. A tinta pode ser escorregadia, o que irá desafiar o seu
equilíbrio e controle muscular. Esteja perto para oferecer
um apoio ou segurá-la se necessário, até que sinta-se
segura.

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Pintura
com
vassoura
Aproveite a estrutura montada
na proposta anterior e espalhe
uma boa quantidade de tinta
pelo suporte. Ofereça uma
vassoura ou “bigode” de tirar
pó, para que a criança
espalhe.

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Pintura
com
carrinhos
Que tal uma pintura sobre rodas? Com a
tinta em uma bandeja e um papel ou
outro suporte, disponibilize alguns
carrinhos para que a criança passeie
com eles e observe seus rastros.

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Pintura
no vidro

Saindo da caixinha, ofereça o vidro de alguma


porta ou do box do banheiro para a arte acontecer!
Com pincel ou com as mãos, a criança irá sentir a
textura lisa e fria do vidro. Ela pode misturar cores para
obter novos tons e ao final, apreciar a sua produção
pelo outro lado do vidro, constatando o efeito da sua
transparência.

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Espelho,
espelho
meu...
Mais uma técnica diferente.
Desta vez usaremos algum
espelho como suporte, canetas
tipo marcadores permanentes
e/ou cotonete com tinta.

Aqui temos duas possibilidades centrais. De um


modo geral, podemos conversar brevemente sobre
a sua imagem refletida, questionar sobre o que está
vendo (exemplo: olhos, boca, nariz…) e partir para a
pintura livre!

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Se você acha que a
criança está preparada,
pode instigá-la (sem
grandes expectativas ou
cobranças) a reproduzir
sua imagem, elaborando
os traços no espelho,
enquanto observa seu
rosto e corpo. O esquema
corporal pode ou não
aparecer nessa hora!

Este é um movimento

Desenho de uma criança de 4 anos


que acontece de
dentro para fora e que
tem relação direta
com as percepções da
criança. Cabe a nós,
adultos, oferecermos
oportunidades para os
desenhos ganharem
forma e respeitarmos
esse processo.

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Carimbos

Você precisará de esponjas (preferencialmente


bastante usadas, para não desperdiçar), palitos de
sorvete e cola quente ou tipo Super Bonder. Desenhe
as formas que deseja na esponja, corte e dê um picote
com a tesoura no centro da forma. Pingue um pouco
de cola neste buraquinho e fixe o palito de sorvete.
Ofereça a tinta em um recipiente amplo. Você também
pode oferecer animais ou personagens para que ele
imprima suas pegadas ou a fruta carambola, para o
formato de estrela.

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Pintura
com
gelo
Coloque água na forma de gelo e dê a
pigmentação usando corante ou tinta guache. Sempre
há a opção de utilizar sucos naturais. Neste caso é só
produzir o suco e congelar normalmente. Quando a
água já estiver endurecendo, espete um palito de
sorvete cortado na metade em cada espaço da
forminha. Depois de prontos, é só deslizar os gelos
coloridos pelo papel.

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Arco-íris
de
gelatina
Esta é uma atividade que envolve várias etapas
no seu preparo. É importante envolver a criança o
máximo possível, para que ela participe e acompanhe
as transformações dos ingredientes até chegarem no
elemento final. Prepare a gelatina incolor de acordo
com as instruções do fabricante. Separe o líquido em
recipientes, acrescente algum pigmento comestível,
misture bem e leve para gelar.

Para uma opção bem natural, pode-se utilizar agar-


agar no lugar da gelatina e, para pigmentar, corante
ou suco natural! Se optar pelo suco natural, utilize-o no
lugar da água fria no preparo, na quantidade indicada.
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Depois que a gelatina estiver pronta, corte-a em cubos.
Ofereça este banquete sensorial para que sua criança
explore como bem entender!

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Tinta de
banho

Perfeito para tornar o banho mais divertido!


Convide a criança para participar de todo o processo e,
antes do banho, de fato, ofereça a tinta para que ela
explore livremente pelas paredes e vidros,
preferencialmente sem pressa para terminar!!

Ingredientes:
1/2 xícara de
shampoo ou sabonete
líquido
(preferencialmente
infantil, que não arde
os olhos)
1/2 xícara de amido
de milho
2 colheres de
sobremesa de água

Misture todos os ingredientes e


separe em quantidades pequenas.
Forminhas de gelo ou de cupcake
são ótimas para isso! Adicione
algumas gotas de corante em cada
parte. Prontinho! Agora, brinquem!

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Massinha
caseira

Esta é uma receita um pouco diferente das


receitas convencionais de massinha caseira. Vocês
precisarão de amido de milho, condicionador de cabelo
ou hidratante e corante. Lembrando que só o amido de
milho com água já rendem uma brincadeira e tanto!!
Misture 2 xícaras de amido de milho, 1 xícara de
condicionador ou hidratante e corante.

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Pronto! Aí está uma massinha bem perfumada, com
textura super diferente. Dica: se ela endurecer depois
de algum tempo, é só misturar um pouco de
condicionador ou hidratante até atingir o ponto
novamente. Essa massinha é perfeita para imprimir
pegadas, formas e até o contorno das mãos da
criança.

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Desenvolvimento
cognitivo

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O sistema cognitivo nada mais é do que a
relação entre memória, atenção, linguagem,
percepção e funções executivas e está
diretamente relacionado à forma como as
crianças aprendem algo novo e resolvem
problemas. Perante situações desafiadoras,
são ativadas todas as funções cognitivas
para encontrar soluções.

Algumas brincadeiras e propostas ajudam a


desenvolver estas habilidades bem como a
motricidade, que engloba a percepção visual
e sensorial, o equilíbrio, o tônus muscular a
lateralidade e o controle emocional.

Aqui vão algumas sugestões para te inspirar


neste sentido.

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Utilizando fita adesiva colorida, faça
quadrados de cores diferentes no
Cores e
chão. Converse com a criança sobre o
corpo que está vendo. Se for o caso, peça a
ela que nomeie as cores, do contrário
faça-o você mesmo para auxiliar
no processo de familiarização com este conteúdo. Dê
comandos simples como: “- Pule no quadrado azul!
Agora pule no quadrado amarelo!” e evolua
combinando mais de uma orientação: “- Um pé para
dentro e outro para fora do quadrado vermelho!
Rodando no quadrado verde! Imitando um macaco no
quadrado rosa!”. Você pode iniciar cada comando
dizendo a frase “- O seu mestre mandou…” e a criança
responde: “- O que? O que? O que?”.

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Com giz de lousa, delimite espaços no
chão e desenhe pés dentro ou fora
Pula
desse espaço. Incentive para que a
Pula criança passe pelo caminho seguindo
os comandos das imagens, pulando
com as pernas abertas ou fechadas.
Para os pequenos, pode começar desenhando apenas
dentro dos espaços. Pular com os dois pés é uma
habilidade bastante desafiadora que requer tônus
muscular, equilíbrio e coordenação e que auxilia na
preparação natural para o desfralde, pois fortalece os
esfíncteres.

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Corte uma garrafa, alguns dedos
Máquina
abaixo do gargalo. Prenda uma meia
de espuma na outra extremidade. Mergulhe em
um recipiente com água e detergente
e assopre o gargalo.
O ato de assoprar é muito mais complexo do que parece e
traz inúmeros benefícios! Para conseguir, a criança precisa
projetar os lábios para frente, recuar a língua e manter a
mandíbula estável para que o ar possa ser projetado para
fora, sem bloqueios. Estes movimentos fortalecem os
músculos faciais, esbarrando diretamente no
desenvolvimento da fala.

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Com recipientes de água colorida
Água (por corantes ou suco) e outro
colorida e recipiente forrado com algodão,
ofereça conta-gotas e seringa para a
algodão criança explorar as possibilidades.

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Espremedor Disponha um recipiente com algumas
e algodão bolas de algodão mergulhadas em
molhado água, mais dois vazios e um
espremedor de limão.

A proposta é que a criança pegue uma bolinha de


algodão molhado, encaixe no espremedor, aperte até
sair toda a água em um dos recipientes vazios e por fim,
coloque a bolinha seca no terceiro pote. Uma variação
possível é oferecer bolinhas de algodão mergulhadas
em água colorida (cada uma em um pote, de uma cor
diferente). Conforme a criança espremê-las, as cores se
misturarão no pote, dando origem a novos tons.

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Em uma vasilha grande, coloque
água e detergente. Ofereça um fouet
Espuma
(daqueles que usamos para bater
com fouet massa de bolo) para que a criança
manuseie o instrumento e faça
espuma. Podem esconder objetos em
meio as bolhas de sabão.

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Em algumas folhas de papel toalha,
desenhe algumas bolinhas com
Borrifador
canetinha colorida e disponha em
e canetinha algum recipiente, como a assadeira.
Sugiro que o faça com duas camadas
de papel.
Em seguida ofereça um borrifador com água para que
o pequeno descubra seus efeitos sobre a tinta.

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Em algumas formas de gelo ou
Gelo potinhos, congele brinquedos, objetos
ou elementos da natureza. Coloque
divertido
água morna dentro de um borrifador
e ofereça para a criança usá-lo para
derreter o gelo.
Outra opção é oferecer algum instrumento para que ela
martele o gelo.

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Normalmente, esta é uma das
Caixa brincadeiras mais estimulantes e
divertidas! Há outras formas mais
Surpresa simples de se construir uma “Caixa
Surpresa”. Vou ensinar a que eu mais
gosto, por meio deste passo a passo
de imagens. Mas você pode substituir por um saco ou
uma fronha de travesseiro escuros, por exemplo.

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Com tudo pronto, sem que a criança veja, separe em
uma sacola alguns objetos que você considere
interessantes e que façam parte do repertório dela.
Peça para que ela feche os olhos e coloque algo dentro
da caixa. O objetivo é que, usando os sentidos do tato e
da audição (quem sabe do olfato também), ela
descubra o está dentro da caixa.

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Sugestões de objetos: controle da TV, pedra, casca de
ovo vazia, gelo, laranja, bucha vegetal, bexiga com
massinha dentro, brinquedos...

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Em um potinho, coloque pompons de
pelúcia e deixe outro pote vazio ao
Pegador e lado. Você também pode usar
pompom bolinhas de papel alumínio ou de
massinha. Proponha que a criança
faça a transposição das bolinhas de
um pote para o outro, utilizando um pegador simples de
cozinha, preferencialmente sem dentes.

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Para construir um geoplano, em uma
tábua, pregue alguns pregos,
Geoplano respeitando sempre o mesmo espaço
entre eles, e ofereça elásticos para
que a criança encaixe da maneira que
preferir. .
Dependendo da sua destreza, poderá encaixar em um
prego, em dois ou até mesmo criar formas diferentes,
abrangendo vários pregos. Você pode fazer cartões
com figuras simples, como triângulo e quadrado, e pedir
que ela reproduza

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A ideia é que a criança consiga enfiar
Encaixe no recursos em um fio. O fio pode ser um
cadarço velho, um limpador de
cadarço cachimbo ou um pedaço de barbante
com durex enrolado em uma das
pontas, para deixá-lo mais dura e
possível de manusear. Lembre-se de dar um nó (ou
quantos forem necessários) na outra ponta. Você pode
ofertar macarrão tipo penne ou pai nosso (que são
furados), canudos (Se for comprar, opte pelos feitos de
papel! Diga não aos canudos plásticos!) ou formas de
papelão furadas no centro.

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Nesta proposta você pode ofertar
Pregador uma pinça comum, um pregador ou
adaptar um tipo de pegador com
e pinça
pregador e palitos de sorvete (como
o da imagem).
A terceira opção pode ser mais fácil dependendo da
faixa etária da criança e de suas habilidades manuais.
Quanto menor o instrumento, maior o nível de
dificuldade.

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Corte alguns pedaços de limpadores de cachimbo
(pode fazer rolinho de papel toalha, alumínio ou utilizar
outro elemento que cumpra a mesma função e ofereça
juntamente com o instrumento que escolher e um
potinho vazio. Estimule para que a criança pince os
pedacinhos e deposite no pote.

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Estenda um barbante de uma
extremidade a outra (usei dois
Varal banquinhos) e disponibilize pedaços
de tecido e pregadores para que a
criança pendure. Pode-se utilizar
meias ao invés dos tecidos.

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Recorte alguns círculos em caixas de
Quebra- papelão e em cada um deles, faça
cabeças um desenho diferente. No verso do
desenho, trace as linhas nas quais
você irá dividir a forma.
Você pode adequar o número de peças de acordo com
a sua criança. Quanto maior o número de peças, maior
a dificuldade. Você pode disponibilizar os pares
separados ou várias peças embaralhadas para que,
antes do encaixe, ela encontre as peças semelhantes.

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Outra forma bem interessante de
Quebra- produzirmos quebra-cabeças é
cabeças utilizando rolinhos de papel higiênico
ou de papel toalha. Pense em
algumas imagens do agrado do
criança ou referente a algum assunto que queira abordar e
desenhe ou imprima a imagem da internet, na medida
exata do rolinho. Corte a tira de papel da imagem e cole
envolvendo todo o rolinho. Depois de seco, corte em
quantas partes achar pertinente (como na imagem).
Ofereça as peças e um suporte vertical de papel toalha
para a criança colocar as peças na sequência.

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Utilizando fita adesiva, prenda alguns
Resgate de personagens (brinquedos ou
personagens elementos diversos) na mesa, no
chão ou na parede e peça para que a
criança resgate-os.

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Em uma forminha de gelo, coloque
Conta-gotas água colorida de várias cores (o
com filtro de pigmento pode ser dado com
café corante, com suco de alimentos, tinta
guache diluída e até mesmo algumas

flores secas, como o hibisco) e ofereça um conta-gotas


para que a criança pinte o filtro de café. Use um
recipiente, como uma assadeira, ou uma toalha para
evitar que a água escorra

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Tampe um pote usando plástico filme
Palitos de (se não tiver, pode usar papel
dente e alumínio). A brincadeira fica mais
atrativa se o pote for transparente e,
plástico filme
se possível, de vidro (por conta do
barulho que causa).
Ofereça palitos de dente para que a criança coloque-os
dentro do recipiente, perfurando o plástico.

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Transforme os palitos de dente em
Palitos de bandeirinhas coloridas, enrolando
dente e caixa durex de cores diferentes em uma de
suas pontas (caso não tenha o durex,
de ovo
use canetinha para pintá-los). Na
parte de trás de uma caixa de ovo,
pinte os espaços com as mesmas cores que usou nos
palitos e faça pequenos furinhos para que o pequeno
encaixe as bandeirinhas correspondentes.

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Palitos de Com um palito de churrasco faça
dente em alguns furos na tampa de uma lata e
tampa de lata ofereça palitos de dente para a
criança encaixar.

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Este é um recurso muito rico e que
permite inúmeras possibilidades.
Bolinhas
Trata-se de bolinhas de gel bem
de gel pequeninas que incham quando
submersas em água por um certo
tempo.
Você pode oferecer desde uma exploração livre até
uma proposta mais dirigida, como a transferência de
bolinhas utilizando uma colher. Colher dosadora de
xarope e funil são outros instrumentos bacanas para
oferecer nesta brincadeira.

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E que tal fazer uma bexiga sensorial bem gostosa? É só
encher a bexiga de bolinhas, com o auxílio de um funil,
e dar um nó no bico.

DICA: Armazene as bolinhas mergulhadas em água, em um


pote com tampa. Assim elas estarão sempre prontas para
a brincadeira. Ao final de cada exploração, coloque as
bolinhas em um escorredor de macarrão com furinhos
mais largos, lave-as com água corrente e guarde no pote,
para a próxima vez.

ATENÇÃO: Supervisione a brincadeira e jamais permita


que a criança leve as bolinhas na boca.

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Transforme os limpadores de cachimbo
Resgate de em peixinhos, como na imagem do passo
a passo. Na falta deste material, você
peixinhos pode utilizar rolinhos de papel alumínio ou
até mesmo pregadores (maior grau de
dificuldade).
Peça para a criança colocar os peixinhos n’água e ofereça uma
varinha para que ela os resgate. Para as crianças menores, no
início do processo de desenvolvimento de habilidades motoras,
apenas um palito de churrasco (com a ponta cortada) já será
um desafio e tanto! Se quiser aumentar o grau de dificuldade,
corte um pedaço de barbante e, em uma das pontas, amarre o
palito. Na outra ponta, faça e prenda um anzol de arame.
Outra opção é oferecer pegadores de cozinha no lugar da
varinha.

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1- corte o limpador de cachimbo ao meio, numa
medida de aproximadamente 15 cm.
2- dobre ao meio
3- separe um espaço para o corpo e torça a aste
duas vezes
4- leve as extremidades das astes até o centro,
formando o rabo
5- dê os retoques finais
Obs: Lembre-se de convidar a criança para participar
do processo!

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Atividades de
vida prática

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Crianças observam constantemente as ações
dos adultos ao seu redor e em um determinado
momento, tendem a imitá-las. Desta forma, estão
treinando e aprimorando diversas habilidades
necessárias para atingirem um determinado
objetivo.

Por exemplo: todos os dias uma criança observa


um adulto abrindo a geladeira, selecionando
laranjas e preparando o espremedor. Ele corta as
laranjas ao meio e pressiona cada metade
contra o aparelho que, por sua vez, extrai o suco
da fruta. Despeja o líquido no copo e oferece
para a criança, que aprecia o resultado final.

Com a oportunidade de reproduzir tarefas como


“preparar o suco para o café da manhã”, a
criança desenvolve capacidades múltiplas por
meio de um exercício com objetivo simples e
proposta concreta, preparatório para muitas
outras situações, inclusive no aprendizado
escolar.

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As atividades de vida prática fazem parte do
método de Maria Montessori. “Os principais
objetivos desta área, segundo McNichols , são o
“cuidar do ambiente”, o “cuidar de si mesmo”,
“habilidades úteis para a vida” e “graça e cortesia”.”
nas palavras de Gabriel Salomão.

Integrando o corpo e a mente, propostas desta


natureza estimulam o controle motor, o tônus, a
atenção, a observação, a persistência, o raciocínio,
a lógica, a elaboração de hipóteses e estratégias, a
independência, a responsabilidade, o apreço em
alcançar resultados, a ampliação de vocabulário, a
autoconfiança e a autoestima.

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Experimente oferecer os recursos necessários,
apresentar o caminho das pedras e incentivar para que
seu pequeno execute pequenas tarefas sozinho (como
vestir-se, organizar os brinquedos, descascar e cortar
frutas, servir-se de alguma bebida,...) ou contribua para
a rotina da casa com supervisão (arrumar a mesa para
o almoço, encher forminhas de gelo, higienizar
alimentos…) Para facilitar você pode preparar o
ambiente de forma que a criança consiga satisfazer
algumas de suas necessidades com autonomia, como
um galão de água com torneirinha, um banquinho ou
escadinha, roupas e sapatos disponíveis ao alcance de
suas mãos.

@castanho.paola
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No início pode parecer (e até ser de fato) um
tanto quanto desafiador! Mas o ditado é real: “A
prática leva à perfeição!”. E as crianças precisam
da repetição para apropriarem-se cada vez mais
de suas capacidades e executá-las com maior
destreza.

@castanho.paola
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Considerações finais...

Espero que este material ajude a ampliar seus


horizontes e percepções com relação à infância e
torne a sua ma/paternidade (ou prática
pedagógica) mais leve. Vamos juntos nesta
jornada desafiadora, criando nossas crianças com
um olhar diferenciado, na esperança de que eles
possam criar um mundo melhor!

“...Mas afinal, sabemos o que habita na alma e


no coração de cada criança? Só poderemos
descobrir deixando-as serem quem são, só
deixando-as viverem suas infâncias!” Adriana
Friedmann

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