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Data: 13/01/2023
A partir do diagnóstico, foi colocado pelo Dr. Carlos, que presenciou aquela cena,
que ali tinha sido um episódio de crise de ansiedade coletiva, destacando os principais
sintomas, como falta de ar, palpitações, choro descontrolado, entre outros. Diante da
preocupação de toda comunidade escolar, em especial os responsáveis pelos
estudantes, Angélica desenhou um projeto de ciclos de palestras e workshop com
pais/responsáveis, estudantes, professores e demais funcionários da escola sobre
competências socioemocionais e como podemos colaborar com nossos jovens diante
dessa crise social e emocional, consequência do período pandêmico e, para apoiar na
estruturação do projeto, buscou apoio e orientação da Secretaria Estadual de Educação,
em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde e Serviço Social.
Antes, a coordenadora Angélica optou em ouvir cada turma, explicando o caso que
aconteceu no 5º ano como exemplo e, a partir de alguns questionamentos, buscou
entender e pontuar cada sensação dos seus estudantes que começaram a relatar suas
principais angústias e medos, além do que vivenciaram e presenciaram no período de
pandemia. Foi observado pela coordenadora que o que mais entristecia seus estudantes
eram os relatos de perdas de entes e familiares pela Covid, desestruturando algumas
bases familiares.
Com os relatos dos estudantes, Angélica resolveu passar para a mediação com os
responsáveis dos estudantes, marcando um momento de conversa com eles. Nessa
conversa, Angélica pôde escutar bem todo grupo, pontuando em palavras-chave o que
mais o preocupava e deixando sempre claro que aquela conversa seria entre eles e que
a coordenadora só pontuaria o que fosse essencial ser passado para os profissionais da
saúde, sem necessariamente citar nomes, garantindo o sigilo de algumas informações, o
que garantiu uma conversa aberta, baseada na confiança.
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responsáveis pelo conflito vivenciado, conseguimos aqui destacar alguns dos vários
princípios que são imprescindíveis para desenvolver essa importante função. Tais como:
Destacamos ainda que, além desse grupo de mediadores para a situação hipotética
destacada, o corpo discente também é um dos principais atores do processo de mediação
escolar. Por isso, a equipe de profissionais da saúde optou por um desenho de conversas e
palestras em separado para os professores, a fim de prepará-los para mediarem conflitos
escolares futuros que por ventura viessem a acontecer. Não obstante, “o processo de
mediação tem a incubência de educar para a paz e para a não violência, pois, para que
possamos viver numa sociedade sem violência, é preciso que haja formação e educação
voltadas a isso. A superação da violência, portanto, passa em grande parte pela instituição
escolar” (material FUNIBER, Resolução e Transformação de Conflitos no Âmbito Escolar,
pág. 20).
Possíveis frases que possam ser colocadas (na forma de cartaz) como alerta para a
RTC no âmbito escolar.
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A partir da situação hipotética pensada acima, a coordenadora pedagógica pode
pensar em diferentes mensagens motivacionais a serem expostas nos corredores da escola
em cartazes, mensagens essas que podem contribuir com o apoio emocional que os
estudantes estão precisando.
“Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela”. Paulo Coelho
“Jamais se desespere em meio as sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais
negras cai água límpida e fecunda”. Provérbio Chinês
Além disso, Angélica pode desenvolver, como parte do seu projeto, uma atividade
(também feita em cartaz) de colocar um mural por sala, incentivando os estudantes a
preenchê-los quando achar necessário, com a seguinte pergunta: Como estou me sentindo
hoje? Assim, seus professores poderão acompanhar os sentimentos individuais e coletivos
de sua turma, podendo conversar a respeito dos sentimentos revelados naquele mural
diariamente. Segue exemplo do mural:
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Referências