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FP080 - RESOLUÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DE CONFLITOS NO ÂMBITO

ESCOLAR

ATIVIDADE PRÁTICA
INDICAÇÕES GERAIS

Nesta atividade deve ser desenvolvida em duplas.

Requisitos formais:

 Extensão: 3 páginas (sem contar as instruções, os enunciados, a bibliografia nem


os anexos – se houver-).
 Tipo de letra: Arial.
 Tamanho: 11 pontos.
 Entrelinhas: 1,5.
 Alinhamento: Justificado.

As atividades devem ser realizadas nesse documento Word seguindo as normas de


apresentação e edição quanto a citações e referências bibliográficas (ver o Guia de
Estudo).

A entrega deve ser feita seguindo os procedimentos descritos documento de


avaliação da disciplina e em hipótese alguma deve ser entregue através do e-mail
do professor ou professora correspondente.

Por outro lado, lembramos que existem alguns critérios de avaliação, que é de suma
importância que os alunos sigam. Para mais informações, consulte o documento de
avaliação da disciplina.

Atividade prática

Descrição da atividade prática a ser realizada:

Nesta disciplina estudamos Princípios que são imprescindíveis para desenvolver a


função de Mediadora ou Mediador. Eles são: 1. Sensibilidade, 2. Ética e supremacia
dos direitos humanos, 3. Conhecimento básico da Legislação Nacional e do Ministério
de Educação, 4. Capacidade comunicativa, 5. Capacidade de escuta, 6. Capacidade
de manter sigilo, 7. Criatividade, 8. Estilo cooperativo. Os princípios são premissa
fundamental para que o processo de mediação possa ser eficaz, para que possa se
desenvolver tanto no sentido da resolução quanto no sentido da ação educativa e
transformadora.

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ATIVIDADES

1. Descrevam (hipoteticamente) uma situação de Mediação na qual estejam


presentes, no mínimo, três dos princípios estudados.
2. Identifiquem (nomear) os Princípios presentes na situação criada por você.
3. Elaborem duas frases, a partir da situação de mediação apresentada, que
possam ser colocadas (na forma de cartaz) como alerta para a RTC no âmbito
escolar.

Muito importante: Na capa que aparece na página seguinte, devem indicar-se os


dados pessoais que se detalham e o título do trabalho (o trabalho que não
cumpra as condições de identificação não será corrigido). Após a capa, deve-se
incluir o Índice do trabalho.

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ATIVIDADE PRÁTICA

Nomes e sobrenome(s): BRFPMME4972091 Cicero Osvaldo Zacarias Pereira

BRFPMME4930447Jacqueline Fernandes dos Santos Gonçalves

BRFPMME4684666 Jessica de Deus Lopes

Curso: FPMME- MESTRADO EM EDUCAÇÃO.

Grupo: 2022-10

Data: 30/04/2023

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Índice

1. Conceito de mediação de conflitos no ambiente escolar................ 05


2. Caso hipotético..................................................................................05
3. Programas de Educação para a Resolução de Conflitos (ERC)......06

1. Conceito de mediação de conflitos no ambiente escolar.

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A mediação de conflitos entre alunos, pais e professores é uma ferramenta que
ajuda a pacificar e democratizar a escola. Permite também que ela ofereça uma
educação voltada para o desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e de
comunicação. Algo muito importante na sociedade atual. Comitês de mediação
contribuem para a formação de membros educativos mais conscientes das
responsabilidades sociais na comunidade, pois difundem uma cultura de paz,
usando o diálogo como forma de resolver os conflitos. Os alunos que participam
aprendem a escutar e ter empatia para com o próximo, desenvolvendo
habilidades humanas, como a consciência individual e social, no processo. Isso
melhora a capacidade de análise e de solução dos conflitos, o que ajuda na
superação dos desafios e adversidades da vida pessoal e profissional. Já os
professores, orientadores pedagógicos e outros profissionais da área ganham um
ambiente de trabalho mais pacífico, harmônico e tendo maior tranquilidade para
exercer suas funções.

2. Caso hipotético.

Partindo da premissa acima segue um caso hipotético: A aluna Maria Fernanda de


Sousa do 6º ano do ensino fundamental da Escola da Rede Pública Construindo o
Saber, escola essa localizada em uma área de alto índice de vulnerabilidade
social, na cidade de Fortaleza no Estado do Ceará, praticou Bullying contra a sua
colega de sala de aula de nome Maria Heloísa Fernandes, pelo fato desta não se
encaixar nos padrões estereotipados de “beleza”, que são a cada dia mais
impostos na mídia e que atinge principalmente as mulheres e mais
especificamente as adolescentes. Tal pratica fez com que a aluna Heloísa se
afastasse da escola. Quando a coordenação pedagógica da escola tomou ciência
de tal fato, levou o caso para o conhecimento do Conselho Escolar, este por sua
vez, realizou as seguintes intervenções educativas, visando conscientizar e
trabalhar tal conflito em sala de aula, utilizando o princípio da voluntariedade das
partes, estava presente Fernanda e Heloísa, tendo como mediadora a professora
da turma do 6º ano Patrícia, esta por sua vez se comprometeu com um dos
princípios fundamentais da mediação de conflitos que é a confidencialidade.

No primeiro dia a mediadora pediu para que Heloísa falasse como ela se sentia
tendo suas características físicas sendo motivo de piada e deboche por parte de
Fernanda, depois foi perguntado a Fernanda como ela se sentia vendo e ouvindo
as consequências que o seu Bullying causou na vida de Heloísa e através de uma
escuta ativa e com perguntas circulares, com o objetivo de gerar uma
transformação de percepções negativas. Fernanda sentiu se extremamente
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envergonhada e triste por toda a dor que causou a Heloísa e lhe pediu perdão,
relatou não saber que os comentários que a mesma fez com relação ao peso de
Heloísa, tinha causado tanto sofrimento. Informou que tal atitude não se repetiria
nunca mais. E ainda, pediu para que fosse feita uma campanha de
conscientização e combate ao Bullying na escola e que a campanha fosse
compartilhada nas redes sociais como forma de incentivo para que outras escolas,
também buscassem criar campanhas como aquela. Tal fato atinge exatamente o
princípio da Chuva de Ideias, ou seja, as partes são estimuladas a construírem
conjuntamente alternativas para a resolução do conflito. E consequentemente
fazem um acordo formal, no caso das duas alunas, Fernanda se comprometeu a
encabeçar a campanha na escola de combate ao Bullying. Percebe se, portanto,
que o trabalho de mediação de conflitos no ambiente escolar é voltado para uma
cultura de paz, esta que por sua vez é um conjunto de valores, atitudes, tradições,
comportamentos e estilos de vida baseados: no respeito à vida, no fim da
violência e na promoção e prática da não violência por meio da educação, do
diálogo e da cooperação; no pleno respeito e na promoção de todos os direitos
humanos e liberdades. E nada mais pedagógico do que o espaço escolar para
propagar tais princípios.

3. Programas de Educação para a Resolução de Conflitos (ERC).

É notório, portanto que os conflitos no ambiente escolar, nessa situação hipotética


acima apresentada, entre alunas, acontecem, por mal-entendidos ou
preconceitos. Conflitos escolares podem causar a evasão de alunos da rede
regular e situações de violência. Gestores e professores têm dificuldades em
identificar e corrigir os fatores internos que geram essas situações em ambiente
escolar. Apesar de, historicamente, as escolas utilizaram-se de regras de
convivência como forma de mediar as relações escolares os estudos mostram as
dificuldades para que tais regras sejam assumidas como fatores relevantes para o
estabelecimento de relações cordiais no ambiente escolar. Mesmo que definidas e
acordadas suas dinâmicas são imprevisíveis, porque em processos interativos as
subjetividades emergem de acordo com as circunstâncias. Com uma cultura de
paz, é possível construir ambientes escolares de aprendizagem mais seguros, que
incidem na diminuição da violência, na redução dos conflitos entre estudantes, na
redução da evasão escolar e na redução de suspensões. Essas finalidades acima
fazem parte dos Programas de Educação para a Resolução de Conflitos
(ERC). Tendo ainda como finalidades: Promoção de ambientes de aprendizagem

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construtivos; Desenvolvimento pessoal e social dos alunos e Desenvolvimento de
uma perspectiva construtiva do conflito.

Fernanda consumida por um sentimento de querer fazer a diferença dentro do


ambiente escolar no qual a mesma está inserida e visando que tal ação faça a
diferença extra muros escolares e tendo consciencia que a escola pode educar
crianças e adolescentes para serem sujeitos de direitos e conscientes dos seus
deveres para a emancipação humana. Ela resolveu elaborar duas frases de
“impacto “, que irão encabeçar a campanha de conscientização e combate ao
bullying. Baseando se na RTC no âmbito escolar. As duas frases que também
ganharam as redes da escola como forma de maior conscientização para a causa
são: A CULTURA DE PAZ É VOCÊ ALUNO QUE FAZ. OS DIREITOS HUMANOS
SÃO DE TODOS, SÃO UNIVERSAIS, BULLYING NAS ESCOLAS NUNCA MAIS.
O projeto de Fernanda ganhou uma aceitação enorme não só por parte de sua
escola, mas de outras escolas das redes municipal e estadual. Mostrando assim o
poder que a conscientização tem para transformar conflitos em conhecimento de
uma nova realidade com valorização dos preceitos contidos na Declaração
Universal dos Direitos Humanos e no Estatuto da Criança e do Adolescente.

O exemplo de Fernanda mostra que é preciso socializar os aprendizados


positivos; experiências de transformação em prol de uma cultura de paz, dentro e
fora do ambiente escolar. E é na escola que crianças e adolescentes passam a
maior parte de suas vidas, portanto que esse tempo seja aproveitado na formação
de seres humanos mais capazes de ação/transformação de sua realidade. Até
porque toda realidade está sempre “grávida” de seu contrário. Construindo assim
sujeitos ativos que se apropria do seu jeito das expectativas sociais e realiza as
mudanças necessárias para a construção de uma sociedade com mais empatia
para com o próximo e sensibilidade para com situações problema que se bem
olhadas podem gerar ótimas mudanças de paradigma dentro e fora do âmbito
escolar. Mudanças essas que englobam a erradicação do caráter sexista, do
dogmatismo, da intolerância religiosa, do racismo, para que de fato a cultura de
paz perpasse os muros das escolas e para que de fato também a aprendizagem
de estratégias e habilidades para uma verdadeira educação para a paz e
valorização dos direitos humanos. Esse pode ter sido um caso hipotético, mas na
realidade das escolas e da sociedade nas quais as mesmas estão inseridas os
conflitos acontecessem o tempo todo, porém esperamos que a cultura de paz
prevaleça e que a mediação de conflitos de forma pacífica seja sempre a melhor
saída, pois assim, todos ganham escola, alunos e sociedade.

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Bibliografia

Diálogos e mediação de conflitos nas escolas. Guia Prático para Educadores.


Brasília – DF, 2014. Conselho Nacional do Ministério Público.

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