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FP102 – APRENDIZAGEM ESTRATÉGICA E DESENVOLVIMENTO

PROFISSIONAL

TRABALHO CONV. ORDINÁRIA


ALUNOS

JACQUELINE DE BARROS PESSOA

JOÃO BATISTA PINHEIRO

PAULO HENRIQUE CHAVES

Grupo: 126

Data: 22/05/2022

Analisem a experiencia docente de três professores de uma escola de ensino médio


descritas abaixo e refletem criticamente sobre cada uma das questões que se
formulam abaixo:

DESCRIÇÃO DOS CASOS

PROFESSOR A

Planejou com muito cuidado a aula, a partir de uma rede de conceitos que dispôs em
uma transparência. Em uma aula prévia, fez algumas perguntas sobre o tema,
identificando algumas noções relevantes como, por exemplo, anticiclone, depressão
ou isóbara, que eram confusas, quando não erradas. Precisamente, na representação
que fez, faltam estes conteúdos. Ao começar a sessão, explica cada uma das
ramificações e quando chega a um "conceito vazio" para e inicia um diálogo com os
alunos, tal como se pode ver seguidamente. Ao finalizar a unidade didática, e para
avaliar seus alunos, apresenta uma rede de conceitos similar à trabalhada em aula e
pede-lhes que a completem, tal como se apresenta a seguir.

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(P) “...quando as pressões atmosféricas
são altas, o tempo é mais estável; estas
zonas recebem um nome concreto que,
como podem ver no esquema, não
temos; há alguém que saiba?”
(A) “chamam-se depressões”
(P) ...depressões...quando uma pessoa
está deprimida é porque tem o ânimo
baixo ou alto?”
(A) “baixo”
(P) “então, o conceito de depressão
deveremos
empregá-lo para definir zonas
atmosféricas com pressões...?”
(A) “baixas”
(P) “Onde colocaria esse conceito em
nosso esquema?”
(A) “no círculo vazio da direita, junto à
flecha que vem de <provoca um tempo
instável>”.

Avaliação: Completar o esquema seguinte com os conceitos e/ou relações que faltem.

PROFESSOR B

Também tratou de identificar, na aula anterior, o que sabiam seus alunos. Para fazê-lo,
levou para a aula uma vídeo-gravação da seção "O tempo” de um telejornal, tirando o

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som na edição do vídeo. Os alunos tinham que escrever em seus apontamentos os
comentários que supunham que ia fazendo “O homem do tempo” com base nas
imagens do mapa meteorológico que apareciam na tela. Na aula do dia seguinte,
pediu a alguns estudantes que elaborassem um mapa de conceitos no quadro, a partir
das noções surgidas no vídeo do dia anterior, explicando, em voz alta e passo a
passo, as reflexões que realizaram na hora de selecionar cada conceito para
relacioná-lo graficamente com o resto. Uma vez finalizado o mapa, convida todos a
identificar os diferentes passos que seguiram estes estudantes para construir sua
representação. Durante esta reflexão, os alunos explicam e discutem cada uma das
fases e as operações que identificaram e, junto com o professor, elaboram a pauta
para elaborar mapas conceituais que se descreve a seguir.

Para avaliá-los, pede a eles que escutem as previsões do tempo, que façam um mapa
de conceitos e que, a partir do mapa, tomem decisões sobre as condições de uma
possível viagem à Extremadura.

Primeiro: “Devem agrupar-se diferentes conceitos conforme sejam muito gerais,


específicos ou muito específicos……

Segundo: “Buscar, dentro do primeiro grupo, um conceito que inclua o resto (por ex. o
clima) e situar abaixo outros conceitos gerais, conectados com flechas. Escrever sobre
cada flecha a ideia que relaciona cada par de conceitos…”

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Terceiro: “Conectar o seguinte grupo de conceitos específicos com os conceitos
anteriores, também mediante flechas e palavras-ligação…”

Cuarto: Relacionar novamente o último grupo de fatos muito específicos com o grupo
de conceitos anterior, da forma habitual.

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Quinto: A seguir, vou dividi-los em grupos de três (misturar nos grupos alunos de alto
e baixo rendimento) e quero que introduzam no mapa estes novos conceitos:
TEMPERATURA, BORRASCAS e DIA ENSOLARADO. Não se esqueçam de escrever
as palavras que ligam dois conceitos. Em seguida, deverão argumentar vossas
decisões.

AVALIAÇÃO: Escute este vídeo com as


previsões do homem do tempo para o próximo
fim de semana em Extremadura e elabore um
mapa de conceitos a partir de suas explicações.
Depois, pensando que você quer viajar para esta
cidade, decida:
Que roupa você levará? O que colocará em sua
mala?
Que meio de locomoção utilizará
preferivelmente?
Que atividades você realizará pela manhã? E
pela tarde?
¡ARGUMENTE SUAS RESPOSTAS!

PROFESSOR C

Em uma aula anterior, o professor pediu a seus alunos que trouxessem de casa todos
os mapas, artigos e gráficos sobre o tempo atmosférico e a meteorologia que
encontrassem em revistas e jornais.

Na aula correspondente, divide os alunos em pequenos grupos de 4 ou 5, ao acaso, e


pede que organizem toda a informação que trouxeram, recortando textos e gráficos e
pendurando-os em um jornal mural, a partir de alguma classificação que seja clara
para eles. O professor espera que os alunos agrupem o material em categorias como
bom tempo, mau tempo, catástrofes atmosféricas, variáveis que afetam a mudança
climática, etc., etc.

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Uma vez que cada grupo tenha feito seu mural, deve pendurá-lo nas paredes da sala.
Em seguida, todos os grupos vão passando por cada mural, enquanto o professor os
convida a que façam comentários e perguntas. O professor (P) também participa,
como se mostra no esquema da atividade que se apresenta a seguir. Finalmente,
convida cada grupo a avaliar seu próprio trabalho.

- (P) “Creem que no seu mural estão os principais conceitos relacionados com o clima
atmosférico? Que relação existe entre clima e temperatura? Onde colocariam a noção
de anticiclone?.... Alguém quer perguntar algo aos colegas?”

Lembre-se de relacionar sua reflexão com o conteúdo da disciplina e mencionar


autores e referências bibliográficas para fundamentar sua análise.

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Diante das atividades elaboradas pelos professores em grupo, vislubramos que
as estratégias de ensino-apredizagem dos docentes, estes devem assumir a função
de articuladores, facilitadores e mediadores do conhecimento.

Como o docente é quem detém a informação, atuando como pesquisador e


despertando a curiosidade de seus alunos, levando-os a descobrirem apartir de seus
própios questionamentos, convidando os estudantes a verem a realidade como seu
objeto de estudo.

O professor deve conhecer os familiares de seus alunos, estreitar relações e


assim criar vínculos que fortalecem o processo educativo dos estudantes, levando em
consideração o tempo que o aluno está na escola e não somente na sala de aula.

PERGUNTAS

1. Se perguntássemos a cada um destes professores o que é mais importante que


faça para que seus alunos aprendam, o que pensa que responderiam?

Professor A

Como o professor usou esquemas conceituais ou mentais, além de identificar


na aula previa o que os alunos sabiam sobre o asunto, esse é o ponto de partida
para determinar o que irá desenvolver, assim, penso que tal professor respondería
que explorou as chamadas estratégias cognitivas uma vez que fez referencia “à
integração do novo material como conhecimento previo” (FUNIBER, 2020, p. 16).
Nesse sentido, Boruchovitch (2001) nos informar que estas compreendem,
comportamentos e pensamentos que influenciam diretamente no processo de
aprendizagem , principalmente na forma como a informação será armazenada,
Portanto o professor procurou conhecer o que o aluno sabia do assunto, nesse
aspecto a metodología teve como ponto principal o que o aluno sabia sobre o
assunto a ser desenvolvido, investigar o que o aluno sabe tem sido uma das
principais atribuições do professor, assim, o mais importante para esse docente
seria a realização de uma avaliação prévia.

Professor B

O professor B, traz ingredientes que o professor anterior não trouxe como a


reflexão, discussão e proposta de elaboração de mapas conceituais, certo de que
o que se precisa para aprendizagem está na reflexão do assunto em pauta, dessa
forma numa perspectiva construtivista, o professor não apenas expôs o assunto,
mas mostrou que as ações dos alunos por meio de construção de mapas
conceituais há aprendizagem.

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Acreditamos que o professor também numa perspectiva construtivista, para
haver a aprendizagem, o que é importante é a pesquisa, após organizarem
informações que são impostos num jornal mural. Nesse aspecto, as informações
levantadas no mural são exploradas por meio de perguntas

Professor C

Para esse professor que trabalhou a pesquisa e o trabalho em grupo,


construção de mural e comentários acerca do tema, acredito o que mais relevante
para aprendizagem e fazer o aluno protagonista do saber por conta da pré
pesquisa trazida de casa, pois nessa pesquisa além de buscar os recursos para
apresentação, também pediu para ser auto avaliado sobre todo o proceso, nesse
trabalho acredito que o professor considera o aluno protagonista com participação
ativa na pesquisa, seleção de material, apresentação e avaliação do que produziu.

(Reflexão relativa às estratégias e procedimentos de ensino e aprendizagem


colocados em jogo em cada caso).

2. Se perguntássemos a cada um destes professores como pensam que devem


potencializar a compreensão do conteúdo, o que vocês acreditam que nos diriam?

O professor A, procurou descobrir o que o aluno sabia sobre o assunto, assim,


imaginamos que deveria potencializar a compreensão do assunto é o
conhecimento prévio do aluno, para dar andamento do que sabe e de como pode
potencializar a compreensão do conteúdo a partir do que sabe, da bagagem
cultural que traz de casa, das leituras e estimulações que seu entorno traz e das
observações do meio físico e contato com a natureza que o aluno vivenciou.
Poderia também distribuir textos para utilizar o guia de estudo apropriado de
maneira efetiva, bem como dar acompanha, direionando a atenção dos alunos
paras a principais ideias, fazendo questinamento para ajudar na compreensão do
conteúdo.

O Professor B, acreditamos que pensa para potencializar o conteúdo, a


reflexão, discussão e proposta dos mapas conceituais, uma vez que as
informações dadas servem de pressupostos para compreensão do assunto
abordado, numa perspectiva de reflexão, como o que se sabe sobre a influência
do clima na região, novos conceitos de clima e de que forma são formados, ou
seja, instigação do assunto em pauta como forma de potencializar o conhecimento

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trabalhado. Poderia trabalhar com textos sobre a elaboração de um mapa
conceitual, fazendo a utilização de uma estratégia de ensino para favorecer o
entendiemnto da leitura que envolve a explicação da aula.

O Professor C, para potencializar a aprendizagem dos seus alunos,


acreditamos que responderia o trabalho coletivo, em grupo, organizado, tendo o
protagonismo de desenvolver a pesquisa escolar e apresentação como
culminância de todo o processo, além de orientar os grupos com estratégias de
interdependências que forneçam apredizagem utilizando a leitura de imagens,
gráficos e textos, acompanhados de questionamentos voltados a compreesão.
Pois o trabalho em grupo é mobilizador, interacionista e principalmente
fomentador de questionamentos para solução de trabalho.

(Reflexão relativa às diversas estratégias utilizadas em cada caso para favorecer a


construção de conhecimentos através da realização de tarefas de aprendizagem
com base na alfabetização).

3. Se perguntássemos a cada um destes professores que valor atribui à


aprendizagem cooperativa, o que você acha que nos diriam?

Para o Professor A, durante a intervenção educativa, a atividade deve ser


valorizada. Assim observa-se um mecanismo de intedependencia positiva na
atividade proposta uma vez ocorre na interação entre docente e discente de forma
individuluzada. Notamos tabém que a aprendizagem cooperativa não foi
explorada, pois não houve formação de grupos para pesquisa e desenvolvimento,
assim, penso que tal professor dá pouco valor a essa metodologia ou há
descohecimento, não houve exploração das potencialidades do trabalho em grupo,
das interações pertinentes desse trabalho. Para o professor A, a aprendizagem
cooperativa ficaria para o segundo momento, ele daria prioridade a atividade
expositiva, verbalizada e repassada aos alunos, tendo foco no conteúdo, em
repassar o conhecimento onde o aluno se torna meramente receptor com raras
oportunidades ao aluno oportunizar sua opinião.

Como o conteúdo, ou assunto é o ponto central, a metodologia se torna


meramente repetitiva, estática, sendo aulas ditadas e expositivas, não há
interrelações pessoais com o conhecimento sendo repassado e não dialogada,
fazendo contratempo a aprendizagem cooperativa, que se mostra mais dinâmica e
participativa, com alunos desenvolvendo as atividades em grupos, se relacionando
concomitantemente no objetivo da pesquisa e construção dos conhecimentos,

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debatendo, refletindo sobre determinado tema de forma cooperativa com seus
pares.

O Professor B, após mostrar o mapa conceitual, dividiu em grupos de três e


misturou nos grupos alunos de alto e baixo rendimento, assim para o Professor B,
a aprendizagem cooperativa tem grande importância, uma vez que potencializa a
aprendizagem, principalmente dos alunos com baixo rendimento, uma vez que o
professor foge das atividades tradicionais, monótonas e sem atrativas e bancárias,
pois as atividades cooperativas são amplamente organizadas em grupos de alunos
tendo o objetivo da pesquisa onde há interação, comprometimento, relações
pessoais, apresentações individuais e em grupos na culminância e
acompanhamento da aprendizagem encorajamento e estímulos cognitivos.
Consideramos também que a atividade apresenta outro valor cooperativo, a
construção conjunta do conhecimento envolve as dimensões cognitivas e meta
cognitivas atraves de estratégias motivadoras para resolução de questão de forma
colaborativa e participativa.

O Professor C, analisamos que o mecanismo utilizado na atividade foi através


das relações psicossociais na qual havia um direcionamento através das
orientações que atendem as dimensões afetivas motiovacionais, assim os alunos
alcançam resultados coletivos não dependendo apenas do conhecimento, mais de
todos os integrante do grupo, no processo de ensino e aprendizagem, valorizando
o cooperativismo na condição da aprendizagem reflexiva. Bem como a partir da
pesquisa dada, a formação em grupo de 4 e 5 alunos, para o professor há ganhos
pedagógicos nessa metodologia, pois dinamiza o conhecimento, mobiliza o saber,
propõem exposição a pesquisa e o conhecimento, agrupam o material, organizem
o tempo e apresentam seu saber uma vez que os mesmo já trazem de casa todos
os mapas, artigos e gráficos com o assunto em pauta, rompendo com o ensino
vindo de cima pra baixo, quando o professor traz recursos prontos, tirando a
oportunidade da instigação da pesquisa do próprio aluno e aguardando respostas
satisfatórias mas quando há o tradicionalismo nas aulas tem no papel do professor
o protagonista e o aluno objeto.

Por outro lado, a aprendizagem cooperativa, oportuniza a preocupação e


responsabilidade com a aprendizagem, estimula o interesse e saber crítico,
melhora a comunicação entre os pares e principalmente produz ambiente de
pesquisa e curiosidade, além de melhorar a relação entre professor e aluno.

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(Reflexão relativa às conveniências do trabalho cooperativo para a aprendizagem
significativa).

4. Que recomendação daria a cada um destes professores para que melhorassem


suas aulas?

Para o Professor A, faltou relacionar o conhecimentos com os apresentados na


aula prévia, direcionando a atenção dos alunos para as ideias principais de
transparência, fazendo questionamentos para auxiliá-los na compreensão do
conteúdo distribuindo textos para utiluzar o guia de estudos apropriados de
maneira afetiva e no acompanhamentos e a recomendação que explorasse a
aprendizagem colaborativa, usasse os espaços para pesquisa em grupos por meio
de grupos nas redes sociais, explorassem as simulações do tempo nos sites
específicos, elaborassem apresentação de vídeos de bolsos para apresentação
com a temática, os mapas conceituais e sua representações são importantes para
apreensão do conteúdo, no entanto, o mesmo deveria explorar mais as
consequências das mudanças climáticas na região, como o conhecimento
empírico dos alunos podem ser enriquecidos com o conhecimento científico, ou
seja o que os alunos podem usar a partir do assunto abordado para usar em seu
cotidiano, poderia também realizar experiências, como por exemplo a velocidade
do tempo e a temperatura ambiente.

Para o Professor, B, como utilizou uma matéria de um jornal sobre o tempo,


deveria propor aos alunos a produção de um jornal com informações sobre o
tempo na localidade, onde o aluno pesquisaria as particularidades e faria uma
reportagem, mini documentário ou produção de slide sobre a temática, uma vez
que a relação teoria e prática tem que se aproximar do sujeito, os alunos e nessa
perspectiva que Abrantes e Martins (2007), reitera que “o homem começa a
adquirir consciência, a conhecer os fenômenos da realidade, identificando, neles,
propriedades, relações, origens, efeitos, etc” (p.4), bem como poderia elaborar um
mapa conceitual, utilizando a estratégia de ensino no intuito de favorecer a
compreensão da leitura que envolve:explicação direta, modelada, prática guiada e
explicação.

No caso do Professor C, Poderia trabalhar orientando os grupos com


estratégias de interdependência que favoreçam a apredizagem com utilização de
leituras de imagens, gráficos, textos, acompanhados de questionamentos
direcionados a compreensão, além disso, deveria explorar mais o trabalho em

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equipe, poderia visitar se tivesse na cidade o Centro de Pesquisa Atmosférico, ou
um meteorologista, também poderiam fazer um levantamento dos efeitos das
precipitações que houveram na região, e suas possíveis causas, também
poderiam buscar vídeos sobre o tempo no yutube que abordassem o tema e suas
possíveis variações.

Para Aranha (2018, p.33), o “acesso facilitado às tecnologias tem favorecido a


difusão de ideias e pensamentos por pessoas comuns, através do
compartilhamento e distribuição de arquivos pela internet”, assim esse acesso
deveria ser mais explorado pelo profesor, uma vez que as tecnologias são
ferramentas imprescindíveis.

BIBLIOGRAFIA
Abrantes, Ângelo Antonio & Martins, Lígia Márcia (2007). Comunic, Saúde, Educ,
v.11, n.22, p.313-25, mai/ago.
Aranha, S. D. G., & SOUZA, F. M.(2018), eds. Práticas de ensino e tecnologias digitais
[online]. Campina Grande: EDUEPB, 2018, 417 p. Ensino e aprendizagem collection,
vol. 3. ISBN: 978-85-78795-26-9.
Boruchovitch, E. (2001). Algumas estratégias de compreensão em leitura de alunos
do ensino fundamental. Psicologia Escolar e Educacional, v. 5, n. 1, p. 19–25, jun.

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