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A seguir, apresenta-se um artigo que relata uma experiência educativa inovadora no Brasil.
Relacione seu conteúdo com as ideias desenvolvidas neste capítulo em torno das bases do
ensino orientado ao desenvolvimento de “aprendizagens para a vida”. Especificamente, reflita
sobre as questões seguintes:
a. Explique a diferença entre a forma como se adquire o conhecimento na escola tradicional e
na escola que se descreve no artigo.
b. Identifique algumas estratégias de aprendizagem comentadas neste capítulo que estão
presentes na experiência educativa que relata o artigo.
c. Que implicações podem ter as atividades desenvolvidas nesta escola no desenvolvimento de
competências para aprender?
Uma experiência piloto se converte em modelo de educação ecológica
J. Arias, Rio de Janeiro - ELPAIS.com Internacional, 25/01/2011.
Brasil ensaia a alfabetização com flores e poesia
A escola municipal Hermann Müller, situada em uma área rural de Joinville, no Estado
brasileiro de Santa Catarina, converteu-se em modelo de educação ecológica, com uma
experiência piloto para alfabetizar através da natureza. No centro, são utilizados métodos
revolucionários que ninguém se atreve a criticar, porque os alunos obtêm altas pontuações
nos índices de compreensão de leitura e escrita.
A jovem diretora da escola, Silvane Aparecida da Silva, soube conjugar, com êxito, educação
infantil e meio ambiente com um método para alfabetizar as crianças, de procedência
campesina, com flores e poesia.
Em um jardim plantado e cultivado pelos alunos, sob a direção profissional de peritos
jardineiros, cada letra corresponde a uma flor. E, em cada canteiro de flores, os professores
penduram um poema. Este Jardim Encantado está construído com materiais procedentes de
demolições. O alfabeto das flores é um caminho de pedra que desemboca em uma miniatura
da casa de Monet. As crianças aprendem matemática com a construção de uma zona para
cultivar orquídeas, que devolvem à natureza quando chegam a seu estado adulto. Também
cultivam flores e cuidam do pomar, cujos frutos vão diretamente para a cozinha da escola.
Quando Aparecida ocupou o cargo de diretora da escola rural, em 2003, o centro estava
desprestigiado, com apenas 20 alunos desmotivados que não conseguiam aprender a escrever
nem seu próprio nome. Hoje, a escola está abarrotada e os alunos estudam todas as disciplinas
através da natureza, que aprendem a amar, respeitar e desfrutar.
Este projeto inovador, que recebeu o apoio da Secretaria de Educação, tem o objetivo, como
confirmou a diretora da escola a EL PAÍS, de alfabetizar “em um clima de educação ambiental,
conduzindo aos alunos à observação, à contemplação e ao respeito pela natureza,
experimentando e interiorizando sua preservação”.
Para os professores, a finalidade desta escola piloto é “promover projetos e vivências através
de uma aprendizagem dirigida à ecologia, à cultura e à afetividade”.
Aparecida se emociona quando conta a transformação das crianças pobres, chegadas do
campo, ante a união de natureza e poesia. “É incrível como as crianças entendem a poesia e
conseguem transformar suas vidas com ela. Melhor que os adultos. Não lhes dá medo as
imagens e metáforas mais ousadas. Quando leem, por exemplo, o verso “aqui plantaremos
árvores e sombras”: para eles, plantar também sombras é algo normal. Sua fantasia trabalha
melhor que a dos adultos, a quem a poesia costuma criar medo, porque perturba suas
seguranças. Às crianças, não. Elas estão sempre abertas ao paradoxo e ao inesperado”.
Uma particularidade e genialidade da escola do Joinville é a cumplicidade dos alunos com seus
pais e familiares, gente do campo. Aparecida conta como as crianças, com seu amor pelos
pássaros como símbolos de liberdade, conseguem convencer seus pais de que abram as
gaiolas para deixar livres os pássaros e de que abandonem a caça, entregando as armas e
armadilhas à escola.
“As crianças, quando entendem e amam o lugar em que nascem, ao crescerem, tornam-se
cidadãos comprometidos com o lugar de suas raízes”, afirmam os professores.
Entre jardins, pomares e pássaros em liberdade, os alunos refletem uma alegria difícil de
encontrar nas severas escolas formais. Uma experiência digna de reflexão na complexa busca
de novas formas de ensinar.
R=
3 QUESTÃO
Para exercitar os conteúdos aprendidos neste capítulo, propomos a realização de um
exercício de aplicação. Trata-se de avaliar um exercício de escrita cooperativa, elaborado
para estudantes de bachillerato. Leia atentamente esta elaboração e reflita sobre as
questões seguintes:
a. Mencione alguns princípios da aprendizagem cooperativa que se tiveram em conta na
elaboração deste exercício.
b. Comente alguns indicadores dos mecanismos psicológicos da aprendizagem
cooperativa que se poderiam observar durante a realização deste exercício cooperativo
(interdependência positiva, construção de significados e relações psicossociais).
c. Esboce algumas ações que se supõe que os estudantes realizarão em cada uma das
quatro fases do exercício cooperativo (Fase de início, Fase de intercâmbio, Fase de
negociação e Fase de aplicação).
Orientação do exercício de escrita colaborativa
Suponham que são equipe de quatro profissionais da saúde que foi convidada por um
periódico estudantil e que se lhes solicita escrever um artigo de opinião. O tema sugerido
está relacionado com o uso das células-tronco que se obtêm dos embriões humanos,
como uma opção terapêutica para tratar doenças até agora incuráveis.
ecomendamo-lhes criar um único documento de trabalho no qual poderão escrever e
melhorar suas ideias. Por este motivo, para realizar esta tarefa vamos criar um espaço
Wiki, seguindo as orientações que aparecem nesta Web
http://aulablog21.wikispaces.com/tallerwikispaces2. Uma vez criado o
espaço para o trabalho cooperativo, recordem que, para poder escrever um bom artigo,
devem seguir os passos seguintes:
1. Planejar o texto: nesta primeira fase, devem conseguir uns primeiros acordos sobre
como trabalhar, oferecer as primeiras ideias sobre o conteúdo do artigo que deverão
escrever. Para isso:
- Realizem um brainstorm e ampliem estas ideias através de uma busca de informação na
Internet.
- Avaliem a utilidade da informação que encontraram para argumentar suas opiniões.
- Concretizem as melhores ideias avaliadas em um esquema inicial que deverá incluir o
artigo que escreverão em sua equipe.
- Comecem a desenvolver cada uma das ideias esboçadas no esquema com a
colaboração de toda a equipe.
2. Produção do texto: nesta fase se elaborará o artigo.
- Inicialmente cada membro do grupo se pode encarregar de desenvolver uma ideia,
escrevendo uma parte do texto.
- Quando todos tenham realizado seus contributos, avaliem se é necessário ampliar ou
reduzir alguma parte, se há que reordenar alguma ideia, etc.
- É muito importante que todas as ideias fiquem relacionadas, por isso se deve escrever
sobre um único documento, de maneira que cada vez que alguém escreva tenha em conta
o que têm escrito outros colegas do grupo e procure manter a unidade do texto.
- Durante todo o processo também podem oferecer opiniões e sugestões sobre a parte
trabalhada por alguns de seus colegas, sempre de maneira construtiva.
3. Revisão e edição: esta é o passo final e é muito importante para garantir a qualidade de
seu produto que atentem no seguinte:
- Que o texto seja coerente e que esteja suficientemente coeso.
- Que não existam incorreções gramaticais nem falhas ortográficas.
- Que se tenham atendido os requisitos formais na edição do texto.
Para recordar estes aspectos, recomendamos repassar algumas orientações sobre
Coerência e Coesão dos textos nesta página Web http://www.escolares.net/lenguaje-y-
comunicacion/la-coherencia-y-la-cohesion/
Recordem que o prazo para entregar o trabalho é dentro de duas semanas. Se tiverem
alguma dúvida, podem pôr-se em contato com a professora através de seu correio
eletrônico.
4 QUESTÃO
Como exercício reflexivo deste tema, em coerência com os conteúdos que abordamos,
propomos justamente avaliar um exercício de avaliação.
Trata-se de analisar a atividade de avaliação final de uma disciplina através da leitura de
um comentário escrito pela docente, que deve ser uma reflexão na ação.
Leia atentamente este comentário e o anexo onde se descreve a avaliação a que faz
referência a docente. A seguir, responda às questões seguintes:
“Um exercício de avaliação que teve como objetivo promover a autorregulação”
Pessoalmente, em minha experiência docente com estudantes de magistério, tento ser
coerente com os princípios da aprendizagem ativa e criativa também na hora da avaliação.
Na prática, encontro-me com resistências iniciais de todo tipo, porque fica claro que este
tipo de avaliação supõe maior esforço. No entanto, com o tempo, converteu-se em uma
alternativa preferível também para meus estudantes. Recentemente, optei por modificar a
prova final, historicamente muito formalizada, porque minha disciplina tem caráter
conceitual e se supõe que os estudantes devam demonstrar, ao final do curso, domínio do
temário, coisa que é fácil de avaliar, inclusive através de um teste de múltipla escolha, a
que me nego por princípio. Assim, optei por apresentar uma tarefa que exigisse um estudo
exaustivo do conteúdo, mas de maneira crítica e construtiva, que consistiu na realização
de um texto didático, do tipo manual da disciplina. Propus a meus estudantes que se
convertessem em autores de seu próprio livro (manual para a disciplina), empregando,
para isso, os recursos da imprensa ou de uma editorial (ver detalhes na pauta que contém
as orientações).
O tempo previsto para executar este trabalho foi de um mês, nas vésperas do
encerramento do primeiro semestre do curso. Durante este tempo, estimulou-se a troca de
opiniões e se realizaram tutorias para resolver dúvidas e para clarificar os critérios que
guiaram a realização do trabalho. Sua elaboração substituiu o exame final da disciplina.
Os resultados foram excelentes. Apesar da flexibilidade que se ofereceu, a maioria dos
estudantes optou por cobrir todos os campos na elaboração de seu trabalho e, de forma
geral, conseguiram fazê-lo satisfatoriamente. Por trás desta atitude pode estar uma
motivação positiva pelo trabalho e, por conseguinte, maior compromisso com a
aprendizagem.
No momento de entrega do “projeto editorial”, pediu-se aos estudantes uma reflexão por
escrito sobre a experiência de aprendizagem. A seguir, mostram-se reflexões que fizeram
alguns estudantes a respeito:
“A princípio me senti um pouco desconcertada, pois tinha que encontrar um equilíbrio entre
a síntese e a profundidade. Para mim, era um esforço não incluir todo, procurar o
essencial em cada ponto e sintetizá-lo em poucas linhas. A tarefa possibilitou-me organizar
a informação que encontrava e meus próprios apontamentos. Procurei em várias fontes
(livros, revistas, em internet...) referências que me ajudassem a esclarecer questões que
não tinha esclarecido até o momento ou que, realizando o resumo, se me apresentavam
como “lacunas”. O melhor desta experiência é que terei um manual de referência para
estudar estes temas em meu futuro trabalho como professora, possibilitando a procura de
informação para enfrentar algumas problemáticas educativas que encontraremos na
prática docente e, também, para ter minha ideia global do que aprendi neste curso”.
Fragmento das reflexões finais de uma estudante.
CAMPOS DO PROJETO CARÁTER CRITÉRIO PARA A REALIZAÇÃO VALOR
Obrigatóri Alusivo ao conteúdo, sugestivo,
1. Definir um título. contemporâneo... 1 pto.
o
Alusiva ao conteúdo, simbólica, original,
2. Definir capa. Opcional atrativa. 0.5 pto.
10
Classificação global
ptos.
CLASSIFICAÇÃO CRITÉRIO
Não realiza a tarefa, realiza superficialmente e/ou faltam alguns dos
INSUFICIENTE
campos
(entre 0 e 4.9).
obrigatórios.
APROVADO Realizar corretamente todos os campos obrigatórios.
(entre 5 e 6.9
pontos).
NOTÁVEL Realizar corretamente os campos obrigatórios e ao menos 2 dos
(entre 7 e 8.9 campos
pontos). opcionais, um deles o prólogo ou os exercícios complementares.
Originalidade e profundidade na realização dos campos obrigatórios.
EXCELENTE
O
(entre 9 e 10 pontos).
projeto inclui todos os campos.
5 QUESTÃO
ATENÇÃO: ESTA PERGUNTA É DE CARÁTER OBRIGATÓRIO, CASO NÃO SEJA
RESPONDIDA NÃO SERÁ POSSÍVEL ACESSAR O EXAME