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Ensino de Ciências
Coordenador da Disciplina
2ª Edição
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Realização
Autor
Aula 02: O ensino de Ciências na Educação Infantil: o que a criança precisa aprender .................. 18
Tópico: Introdução ................................................................................................................................. 18
Tópico 01: O diálogo como atributo estruturante de aulas para crianças .............................................. 20
Tópico 02: As características próprias do ensino de Ciências da natureza/do ambiente para as crianças
da Educação Infantil ................................................................................................................................... 24
Tópico 03: Os conteúdos de Ciências trabalhados de acordo com a organização dos tempos e dos
espaços nas abordagens educativas, em classes de Educação Infantil........................................................ 27
Aula 04: O ensino de Ciências nos anos iniciais do Ensino Fundamental .......................................... 66
Tópico: Introdução ................................................................................................................................. 66
Tópico 01: O que podemos ensinar em Ciências da natureza/do ambiente para crianças nos anos
iniciais do Ensino Fundamental .................................................................................................................. 69
Tópico 02: O uso dos livros didáticos no Ensino Fundamental ............................................................. 74
TÓPICO: APRESENTAÇÃO
1
VERSÃO TEXTUAL
2
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 01: A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO E SUAS IMPLICAÇÕES NO AMBIENTE ESCOLAR
REFLEXÃO
Os tipos de conhecimento:
VERSÃO TEXTUAL
3
faz parte do currículo escolar e o seu uso cotidiano. Possibilitam ainda
a organização de um planejamento adequado às necessidades
cognitivas dos alunos. (GALUCH; SFORNI, 2005. p. 7).
REFLEXÃO
Fonte[1]
LEITURA COMPLEMENTAR
4
Você já ouviu falar em alfabetização científica? Que tal pesquisar um
pouco mais sobre este tema? Leia o artigo:
5
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 01: A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO E SUAS IMPLICAÇÕES NO AMBIENTE ESCOLAR
VERSÃO TEXTUAL
PARADA OBRIGATÓRIA
Embora muitos filósofos tenham contribuído com a construção do
conhecimento científico até então, Sócrates (470 – 399 a.C.) representa
um grande marco na história e filosofia das ciências. Seus precursores
ganharam o rótulo de pré-socráticos, e o mundo ocidental nunca mais
seria o mesmo depois de sua vinda.
Astronômicas; Naturais;
Físicas; Médicas;
Matemáticas; Históricas;
7
Geográficas; Filosóficas.
OLHANDO DE PERTO
A idade média foi considerada um período de pouco desenvolvimento
cultural, pela segregação das populações em feudos, decorrentes do medo
de serem invadidas por povos bárbaros. Os renascentistas consideram
essa fase como Idade das Trevas. A partir de 1453, o mundo passa a viver
a idade moderna e assiste ao Renascimento.
8
"Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."
9
têm sua carga positiva concentrada em um pequeno núcleo, com os
elétrons que apresentam carga negativa, orbitando em torno do núcleo,
criando um modelo planetário para o átomo, denominado de “Modelo
Atômico de Rutherford”.
10
Ao analisar a história da Ciência e a contribuição de filósofos e cientistas
para a construção do conhecimento científico, percebemos que o
conhecimento é socialmente produzido e evolui de forma gradual, ao longo
do tempo. Mentes problematizadoras, criatividade e conhecimentos prévios,
são características comuns às celebridades mencionadas, características
estas que podem ser encontradas nos nossos alunos, se orientados e
estimulados pelos professores.
11
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 01: A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO E SUAS IMPLICAÇÕES NO AMBIENTE ESCOLAR
12
matérias-primas e processos produtivos exige maturidade maior - assim
como o entendimento mais amplo da sexualidade só faz sentido ao se
aproximar a puberdade, numa combinação de aspectos afetivos e éticos
com os científicos.
OLHANDO DE PERTO
13
conhecimento científico e às demandas geradas por influência da Escola
Nova (BRASIL, 1997).
CURIOSIDADE
BRASIL, 1997
14
conhecimentos científicos e tecnológicos, tanto em âmbito social como nas
salas de aula iniciaram a configuração de uma tendência do ensino,
conhecida como “Ciência, Tecnologia e Sociedade” (CTS) , que tomou vulto
nos anos 80 e é importante até os dias de hoje (BRASIL, 1997).
LEITURA COMPLEMENTAR
APROFUNDAMENTO PARA ESTUDO
DICA
SUGESTÃO DE FILME:
15
transversalidade da educação ambiental e a importância de ser discutido
em redes de ensino interdisciplinarmente, sendo trabalhada como uma
grande teia ligada a diferentes disciplinas, a fim de analisar um fenômeno.
FÓRUM
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
REFERÊNCIAS
BRASIL. MEC. Secretaria de Educação Fundamental. PARÂMETROS
CURRICULARES NACIONAIS: Ciências Naturais. Brasília: MEC, 1997.
16
MONTEIRO, Estela Maria Leite Meirelles; Rolim, Karla Maria
Carneiro; Machado, Maria de Fátima Antero Sousa; Moreira, Rui
Verlaine Oliveira. A visão ecológica: uma teia na enfermagem. REV.
BRAS. ENFERM. v. 58 n. 3, 2005.
17
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 02: O ENSINO DE CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O QUE A CRIANÇA PRECISA APRENDER
TÓPICO: INTRODUÇÃO
VERSÃO TEXTUAL
OBSERVAÇÃO
Professores que adotam uma abordagem tradicional, apenas
transmitindo informações, tendem a desconsiderar que os alunos são
seres sociais e históricos, que já carregam consigo algo sobre o assunto, os
conhecimentos prévios que adquiriram a partir de suas vivências. Muitos
profissionais tem se apegado a regras e receitas, repetição de definições,
avaliações que exigem respostas prontas e realização de experiências
apenas para confirmar a teoria. Agindo assim, os professores não lidam
adequadamente com as ansiedades e curiosidades das crianças privando e
inibindo-as de expressar-se. Dessa forma, o trabalho pedagógico promove
um distanciamento cada vez maior do conhecimento científico do
cotidiano do aprendiz e favorece a reprodução de uma ciência morta, isto
é, sem significado e sem relevância social.
18
"No pensamento infantil, não se separa os conceitos adquiridos na
escola dos conceitos adquiridos em casa."
Por isso o professor deve mediar esse processo, uma vez que o aluno é
sujeito de sua aprendizagem, sendo dele o movimento de ressignificar o
mundo, isto é, de construir explicações norteadas pelo conhecimento
científico.
19
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 02: O ENSINO DE CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O QUE A CRIANÇA PRECISA APRENDER
Fonte [1]
20
facilitando o processo. Conhecidos por RAD, sistema radicular (R), a
amígdala (A) e a dopamina (D), quando “seduzidos”, permitem assimilação
da informação.
21
A construção de conhecimento em Ciências envolve a apropriação de
conceitos por parte do aluno. Alguns professores conseguem transmitir com
clareza e de forma interessante suas ideias aos alunos, a ponto de estimulá-
los a expor suas próprias ideias, sentimentos e dúvidas. Em outros casos, o
professor pode ser incompreendido, estabelecendo-se um clima de apatia ou
mesmo antagonismo, impedindo a interação e o diálogo entre estes e os
alunos, criando barreiras quase intransponíveis para o aprendizado
(KRASILCHIK, 2011). Em se tratando de alunos da Educação Infantil, o
cuidado do professor deve ser ainda maior, uma vez que a criança ainda está
se inserindo e se apropriando deste novo espaço.
• problematização inicial;
• organização do conhecimento;
• aplicação do conhecimento.
LEITURA COMPLEMENTAR
22
coordenado por Celso Antunes e supervisão geral de Simone Selbach (2010),
apresenta algumas sugestões de estratégias para motivação e curiosidade no
ensino de Ciências. De acordo com os autores do livro, o nosso aluno é
sempre curioso, mas em tempos de internet, aparelhos eletrônicos, telefones
celulares, que possibilitam ferramentas rápidas de busca, geralmente o aluno
não se sente desafiado pelas questões levantadas em sala pelo professor. Por
este motivo, o professor deve elaborar perguntas intrigantes, verdadeiros
desafios à curiosidade e à inteligência de seus alunos. Não se deve iniciar a
apresentação de um tema sem antes levantar perguntas desafiadoras, que
através da apresentação do tema serão respondidas. Entretanto, levantar
questionamentos de difícil resposta, pode tornar-se desinteressante. Por este
motivo, o docente deve disponibilizar meios e ferramentas para que os
Fonte [2]
alunos possam buscar as respostas.
VERSÃO TEXTUAL
23
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 02: O ENSINO DE CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O QUE A CRIANÇA PRECISA APRENDER
TÓPICO 02: AS CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS DO ENSINO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA/DO AMBIENTE PARA AS CRIANÇAS D
EDUCAÇÃO INFANTIL
VERSÃO TEXTUAL
Fonte [1]
OLHANDO DE PERTO
24
educativo do século XXI dirigido de forma a construir uma sociedade do
conhecimento (POZO, 2002).
OLHANDO DE PERTO
25
Kamii e De Vries (1983) apresentam, através do quadro abaixo (Quadro
1), uma proposta que articula como professores devem intervir no processo
de construção do conhecimento científico na criança:
TAREFAS
NÍVEIS DE POSSÍVEIS
AÇÕES E QUE AS
ATUAÇÃO PERGUNTAS
OBJETOS DE CRIANÇAS
SOBRE OS DO
REFERÊNCIA DEVEM
OBJETOS PROFESSOR
RESOLVER
- O professor
indica a ação à
- Atuar sobre criança e ela
- Soprar,
os objetos e deve
- O que acontece arremessar,
observar reconhecer o
se você...? segurar, empurrar,
como efeito,
etc.
reagem. antecipá-lo
e/ou produzi-
lo.
- Aqui se dá o
- Atuar sobre
efeito e a
os objetos
- Você consegue - Virar, seguir, criança deve
para
fazer com que sustentar-se, selecionar ou
produzir um
isso...? mover-se. adequar a ação
efeito
e o
desejado.
instrumento.
- Aqui se dá o
- Prender um
- Tomar efeito e se
suporte a um imã.
consciência espera que a
Mover um barco
de como se criança
- Como fez soprando. Pôr um
produziu o expresse
para...? boneco em
efeito, verbalmente o
equilíbrio. Deter o
analisando vínculo causal
movimento de um
sua origem. que sustenta o
móvel.
processo.
- Pede-se à
criança uma
explicação do
- Pôr pesos para fenômeno, mas
- Por que tem de
afundar um barco. não se deve
fazer dessa
Furar um objeto esperar que
forma?
para que afunde. consiga
oferecer uma
explicação
causal.
26
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 02: O ENSINO DE CIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O QUE A CRIANÇA PRECISA APRENDER
TÓPICO 03: OS CONTEÚDOS DE CIÊNCIAS TRABALHADOS DE ACORDO COM A ORGANIZAÇÃO DOS TEMPOS E DOS ESPAÇO
NAS ABORDAGENS EDUCATIVAS, EM CLASSES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
27
[...] é preciso oferecer espaços com propostas
diferenciadas, situações diversificadas, que ampliem
as possibilidades de exploração e ‘pesquisa’ infantis.
As crianças realmente ampliaram suas possibilidades
de exercitar a autonomia, a liberdade, a iniciativa, a
livre escolha, quando o espaço está adequadamente
organizado. Percebi, também, que poderia ficar mais
livre para atendê-las individualmente, conforme suas
necessidades, para observá-las e conhecê-las melhor.
Dessa forma, ainda, poderia me envolver com um
pequeno grupo de crianças, propondo uma atividade
específica, como na situação relatada anteriormente,
quando me pus a brincar de carro com uma caixa de
papelão com algumas crianças, enquanto outras se
envolviam com diferentes objetos e lugares na sala.
28
Fonte [2]
29
A observação associada à manipulação são características da infância. O
contato com pequenos animais, plantas e a reflexão sobre suas
características, o local onde vivem, como vivem, sua forma de alimentação,
reprodução, dentre outros, fazem parte dessa sondagem. A observação
permite o diálogo e a troca de ideias entre as crianças e com o professor.
• Os seres vivos;
• Os fenômenos da natureza.
MULTIMÍDIA
30
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
FÓRUM
Como possibilitar um aprendizado significativo das crianças da
educação infantil, considerando o diálogo como atributo estruturante das
aulas de Ciências?
REFERÊNCIAS
31
DAVIS, C.; LUNA, S.V.; ESPÓSITO, Y. A interação entre noções
cotidianas e científicas. In: SILVA, M.A.S.S. (org.). Desenvolvimento,
Aprendizagem e a Prática Pedagógica: temas para discussão.
CENPEC, Centro de Pesquisas para Educação e Cultura. São Paulo, p.
17-34, 1992.
32
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 03: COMO PROPORCIONAR SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM PARA CRIANÇAS
TÓPICO: INTRODUÇÃO
33
Não é a modalidade didática escolhida em si, que indica se o professor
segue uma ideia tradicional de ensino, mas a forma como age diante do
aluno. Aqueles que ainda trabalham com a perspectiva de transmissão do
conhecimento não necessariamente usam só a aula expositiva. Eles podem
até propor atividades práticas no laboratório de Ciências, por exemplo, e
INSTITUTO UNIVERSIDADE mesmo assim cobrar apenas a memorização dos alunos (FERNANDES,
VIRTUAL 2011).
OLHANDO DE PERTO
A escolha da modalidade didática, por sua vez, vai depender dos
conteúdos e dos objetivos selecionados, da classe a que se destina, do
tempo e dos recursos disponíveis, assim como dos valores e convicções do
professor (KRASILCHIK, 2011). Dessa forma, para atender as diferenças
individuais e atrair o interesse do aluno, é necessário diversificar as
modalidades didáticas. Além disso, cada situação exige uma solução
própria, justificando, assim, a necessidade de o professor conhecer
diferentes formas de ensinagem e saber qual o momento adequado de
utilizar cada uma delas.
34
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 03: COMO PROPORCIONAR SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM PARA CRIANÇAS
VERSÃO TEXTUAL
Piaget numa escola nos anos O desenvolvimento cognitivo é um processo contínuo, que depende da
70 ação do sujeito e de sua interação com os objetos (PIAGET, 1975). Para tanto,
o professor deve oferecer condições promover este desenvolvimento e
favorecer o crescimento do aluno por seus próprios meios. Não há
aprendizagem sem atividade intelectual e sem prazer; a motivação através da
ludicidade é uma boa estratégia para que a aprendizagem ocorra de forma
efetiva (RIZZO PINTO, 1997).
35
tempo de duração da atividade para que seja possível a ação, exploração e
reelaboração dos conteúdos propostos (KNECHTEL; BRANCALHÃO, 2009).
A intervenção do professor deve ocorrer no momento certo, estimulando os
alunos a uma reflexão, para que possa ocorrer a estruturação do
conhecimento (CHAGURI, 2006).
OLHANDO DE PERTO
Além disso, deve-se criar uma situação lúdico-educativa, que é
diferente de outra de caráter apenas lúdico pelo fato da primeira ter uma
intenção explícita de promover aprendizagem significativa, estimular a
construção de novo conhecimento e, principalmente, despertar o
desenvolvimento de uma habilidade operatória que possibilite a
compreensão e a intervenção do indivíduo nos fenômenos sociais e
culturais ajudando-o a construir novas conexões mentais (NUNES, 2004).
Portanto, para trabalhar de forma lúdica é necessária a intencionalidade
do professor, uma organização prévia e uma avaliação constante do
processo ensino aprendizagem.
• Resolução de situações-problema;
36
Fonte [1]
JOGO SIMBÓLICO
Fonte [2]
JOGO DE REGRAS
Fonte [3]
37
O professor deve procurar despertar o espírito de cooperação e de
trabalho em grupo para atingir metas comuns. A competição deve ter como
objetivo o desejo do jogador de superar a si mesmo empenhando-se para
aperfeiçoar cada vez mais suas habilidades e destreza (KNECHTEL;
BRANCALHÃO, 2009).
DOMINÓ CONSCIENTE
38
Este jogo permite ao aluno perceber as características, hábitos e
hábitat dos seres vivos e auxiliá-los na classificação destes, de acordo com
o que apresentam em comum.
39
Iniciado o jogo, cada participante (em sentido horário) coloca uma
peça que se encaixe em uma das pontas da série que está se formando com
as peças que estão sendo colocadas. Caso o participante não tenha uma
peça que se encaixe, este passará a vez para o seguinte. Vence o
participante que descarregar todas as peças da mão. Caso o jogo fique
travado, vence aquele que tiver menor número de peças na mão.
40
41
FIGURA 3. Representação das peças do Dominó: Sistema Solar. Fonte:
Knechtel e Brancalhão, 2009.
Este bingo pode ser trabalhado com qualquer conteúdo, por isso é
chamado de bingo polivalente. O texto pode ser do próprio livro didático
do aluno ou outro selecionado pelo professor. Este texto não pode ser
muito longo. Pedir aos alunos que façam a leitura silenciosa do texto
escolhido. Após leitura silenciosa, selecionar alguns alunos para que façam
a leitura oral do mesmo. Fazer a interpretação oral do texto com os alunos.
42
Para confecção do jogo, o professor deve inicialmente selecionar um
texto relacionado ao tema. Serão necessárias: caneta esferográfica e meia
folha sulfite (dobradura). Distribuir meia folha de papel sulfite para cada
aluno. Utilizando a técnica da dobradura, dobrar a folha ao meio. Repetir
este procedimento mais três vezes. Vincar bem a folha de papel. Abrir a
folha. Na folha aberta deverão aparecer 16 retângulos que formarão a folha
de bingo. Pedir aos alunos que escrevam uma palavra do texto em cada
retângulo. A escolha é aleatória, cuidado para não repetir as palavras e com
as palavras compostas. As palavras devem ser escritas com caneta
esferográfica sem erros ou rasuras. Após escreverem as palavras o
professor verifica se todos os alunos conseguiram preencher os espaços.
Cada aluno faz sua própria cartela conforme descrição acima. Em uma
sequência pré-determinada pelo professor (ex.: por fila, por número da
chamada, etc.) os alunos irão falando uma palavra da sua cartela de bingo a
qual deverá ser escrita no quadro-de-giz. Os alunos que escreveram a
mesma palavra marcam também na sua cartela. Repete-se até alguém
fechar toda a cartela.
43
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 03: COMO PROPORCIONAR SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM PARA CRIANÇAS
Agora iremos abordar outro recurso didático com caráter lúdico para
instaurar um processo significativo e instigador no ensino de Ciências: a
música.
VERSÃO TEXTUAL
45
Um conjunto musical que abordou a atividade de um cientista foi o
Grupo Rumo. Em sua longa “A incrível história do dr. Augusto Ruschi, o
naturalista e os sapos venenosos”, escrita por Paulo Tatit (Álbum “Quero
passear”, 1988) e destinada a crianças e adolescentes, destacou-se a
atividade preservacionista de Ruschi. Na sua segunda parte, descreve-se o
envenenamento do cientista por sapos venenosos e envereda-se por uma
senda de valorização de conhecimentos tradicionais indígenas, que teriam
proporcionado sua cura (MOREIRA; MASSARANI, 2006):
TRECHO
TRECHO
46
Em relação à abordagem de conceitos, teorias e termos da ciência de
forma secundaria, a música “Micróbio, o dançarino infeliz”, de Pedro
Mourão (Grupo Rumo; álbum “Quero Passear”, 1988), que usa uma
estratégia comum no diálogo com crianças de personalizar os bichos.
TRECHO
TRECHO
TRECHO
47
Era uma vez na Amazônia a mais bonita floresta/
mata verde, céu azul, a/
mais imensa floresta/ no fundo d’água as Iaras, caboclo lendas e
mágoas/ e
os rios puxando as águas/ ...
No lugar que havia mata, hoje há perseguição/ grileiro mata posseiro só
prá
lhe roubar seu chão/ castanheiro, seringueiro já viraram até peão/ afora
os
que já morreram como ave-de-arribação/ ...
Aqui termina essa história para gente de valor/ prá gente que tem
memória,
muita crença, muito amor/ prá defender o que ainda resta, sem rodeio,
sem
aresta/ era uma vez uma floresta na Linha do Equador...
48
A temática “lavar as mãos” é abordada em letras da Galinha Pintadinha
e Castelo Ra-Tim-Bum (autoria de Arnaldo Antunes). Em ambas as músicas,
apresentadas abaixo, há uma preocupação de mostrar a importância de lavar
as mãos e em quais momentos isto deve ser feito. Na letra de Arnaldo
Antunes, há ainda uma preocupação em associar a higiene das mãos com a
saúde do corpo, eliminação de micro-organismos causadores de doenças,
além de ser possível ainda explorar o duplo sentido de “lavas as mãos”,
“deixar para lá”.
La la la la la la la
Lava mão, lava mão (x2)
Lava a mão
Xic xic xic
Lava a mão
Xic xic xic
La la la la la la
Lava mão
La la la la la la la
Lava mão
Lava mão (x2)
Chegou da rua?
Foi ao banheiro?
Andou de busão?
Espuma espuma
E lava a mão
Uma
Lava a outra, Lava uma
Lava a outra, Lava uma (mão)
Lava outra (mão), Lava uma
Lava outra (mão)
Lava uma
49
A doença vai embora junto com a sujeira
Verme, bactéria, mando embora debaixo da torneira
Água uma, água outra,
Água uma (mão), Água outra
Água uma
FUI AO MERCADO
Fui no mercado comprar café
E a formiguinha subiu no meu pé
Eu sacudi, sacudi, sacudi
Mas a formiguinha não parava de subir
E SE VÃO E SE VÃO
50
Anelares, anelares
Onde estão aqui estão
Eles se saúdam eles se saúdam
E se vão e se vão
POP POP
Põe a mãozinha pra frente
Põe a mãozinha pro lado
Põe a mãozinha pra frente
Balanço ele agora
BONECA DE LATA
Minha boneca de lata bateu a cabeça no chão...
Levou mais uma hora pra fazer a arrumação
Desamassa aqui, pra ficar boa...
51
Nariz...
Ombro...
Cotovelo...
Mão...
Barriga...
Costas...
Joelho...
Pé...
Bumbum...
OS SENTIDOS
Meus olhinhos são pra ver
Meu nariz é pra cheirar
Minha boca é pra comer
Meu ouvido é pra escutar
Completando os sentidos
Tenho as mãos para pegar
E os bracinhos bem compridos
Pra mamãe eu abraçar
52
Fui ao mercado comprar jerimum
E a formiguinha subiu no meu bumbum
Eu sacudi, sacudi, sacudi
Mas a formiguinha não parava de subir
OS DEDINHOS
Polegares, polegares
Onde estão aqui estão
Eles se saúdam eles se saúdam
E se vão e se vão
Indicadores, indicadores
Onde estão aqui estão
Eles se saúdam eles se saúdam
E se vão e se vão
53
É o joelho esquerdo, é o joelho esquerdo,
Os dois juntos que eu vou acordar
Mocinha, mocinha
Eu era assim
Eu era assim
BONEQUINHO DE PAU
Eu sou um bonequinho de pau, de pau
Que mexe os bracinhos assim, assim
Eu sou um bonequinho de pau
Eu sou um bonequinho de pau, de pau
Que mexe as mãozinhas assim, assim
Eu sou um bonequinho de pau
MACACÃO BRINCALHÃO
Pula de galho em galho
E gosta de banana pra caramba
Gosta de ser macaco
É um grande amigo das crianças
54
A música “Sopa” do grupo Palavra Cantada, pode ser utilizada pelo
professor para apresentar aos alunos alguns alimentos nutritivos, conhecer
os benefícios de cada alimento além de estimular uma alimentação saudável.
55
Giovana Girardi (2004) em matéria publicada na revista Nova Escola,
traz algumas sugestões na utilização da música como ferramenta pedagógica.
Variar o repertório, há CDs produzidos para esta finalidade como Músicas
Folclóricas Brasileiras e Festas na Escola (Ed. G4). Outras opções são os
livros acompanhados de CD “O Tesouro das Cantigas para Crianças” (Vol. 1 e
2, Ana Maria Machado, Ed. Nova Fronteira) e Cadernos de Atividades
(Roseli Lepique e Mônica Lima, Ed. G4).
OBSERVAÇÃO
57
conhecimentos entre os envolvidos na leitura do mesmo: o próprio leitor, os
pais, o professor, seus colegas, etc. (LINSINGEN, 2008). Com isso, o
estudante-leitor tem como sair da contemplação de seu próprio cotidiano e
buscar compreender o cotidiano de outrem, que ele sequer conhece,
dialetizando a experiência (BACHELARD, 1996). Esta postura não permite o
encerramento da experiência da leitura em uma aquisição do conhecimento
pretendida, seja este conhecimento científico ou não, mas pode abrir as
portas para a mudança deste conhecimento, derrubando os obstáculos já
sedimentados pela vida cotidiana (BACHELARD, 1996, p.23).
OBSERVAÇÃO
Diante de tantas vantagens do uso deste tipo de livros no ensino das
Ciências, é necessário ter algumas precauções, tendo em conta que os
mesmos podem conter imprecisões, erros ou informações erradas (RICE,
2002). Estas podem confundir as crianças e como se referiu
anteriormente, os equívocos que se aprendem desde cedo e se não são
corrigidos, podem aumentar as concepções erradas dos alunos (FILIPE,
2012). Ao utilizar o conteúdo de um livro devem-se verificar a existência
de deturpações tanto ao nível do texto como das ilustrações, que devem
precisas e rotuladas e qualquer texto apresentado deve ter uma base na
realidade. O texto deve permitir uma relação estreita entre os conceitos de
ciência e as orientações para o ensino das Ciências.
58
- As generalizações são suportadas por factos, e os que são mais
importantes não são omissos;
59
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 03: COMO PROPORCIONAR SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM PARA CRIANÇAS
Introduzir conceitos de Além disso, os educadores, em sua maioria, não têm gosto pela Física e
velocidade, peso e força, por sentem-se inseguros para ensinar conceitos relacionados a fenômenos da
exemplo [1] natureza. Apesar de toda essa discussão, vale deixar claro que não se
pretende responsabilizar os educadores das séries iniciais pelo fato da Física
não ser abordada. Acredita-se que existe um conjunto de fatores, como a
realidade da escola e o currículo, que são elementos que contribuem para
esse fato (CAMPOS et al, 2012).
60
Se eu estiver aqui e alguém do outro lado do mundo, alguém
estará de ponta-cabeça?
O que é o vento?
VERSÃO TEXTUAL
1ª ATIVIDADE
61
2ª ATIVIDADE
3ª ATIVIDADE
62
Discutiram também sobre o que acontece quando tem muita água na
estrada em dia de chuva forte e outras experiências vivenciadas por elas no
dia a dia.
DICA
TV Cultura [3]
Sugestão de leitura:
63
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Percebemos nesta aula, a necessidade de o professor conhecer as
necessidades e especificidades do aluno da Educação Infantil para criar
situações de aprendizagem. Diante disso, pesquise outras estratégias
didáticas e elabore um plano de aula utilizando a estratégia mencionada.
Você escolhe o conteúdo a ser trabalhado e a forma de avaliação. Você
pode utilizar como modelo o plano de aula apresentado no site Portal do
Professor [6]. Sugestão de plano de aula (Visite a aula online para realizar
download deste arquivo.).
FÓRUM
REFERÊNCIAS
64
Natureza. Anuário da Produção de Iniciação Científica. v. 12, n.º 15,
2009.
65
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 04: O ENSINO DE CIÊNCIAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
TÓPICO: INTRODUÇÃO
PARADA OBRIGATÓRIA
66
Não aja, portanto, movido por uma maioria manipuladora, mas seja capaz de
defender seu ponto de vista, construído com base em pesquisas em fontes
seguras. São exemplos dessas questões:
a manipulação gênica
os desmatamentos [2]
OBSERVAÇÃO
O professor não pode trazer respostas prontas, defender seu
posicionamento, mas atuar como um mediador, mostrando os caminhos
seguros aos quais o aluno pode encontrar as respostas para seus
67
questionamentos. Agindo dessa forma estará promovendo uma
alfabetização científica.
68
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 04: O ENSINO DE CIÊNCIAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
TÓPICO 01: O QUE PODEMOS ENSINAR EM CIÊNCIAS DA NATUREZA/DO AMBIENTE PARA CRIANÇAS NOS ANOS INICIAIS D
ENSINO FUNDAMENTAL
DICA
Fica claro, que o professor de Ciências não deve resumir suas aulas à
apresentação de definições científicas, em geral fora do alcance da
compreensão dos alunos. Definições são o ponto de chegada do processo de
ensino, aquilo que se pretende que o aluno compreenda ao longo de suas
investigações, da mesma forma que conceitos, procedimentos e atitudes
também são aprendidos (BRASIL, 1997). Vejamos:
69
CONTEÚDOS CONCEITUAIS
CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS
Fonte [1]
Fonte
70
lousa, conversando com as crianças sobre os detalhes de cores e formas que
permitem que o desenho seja uma representação do objeto original. Em
seguida, os alunos podem fazer seu próprio desenho de observação, sendo
esperado que esse primeiro desenho se assemelhe ao do professor. Em
outras oportunidades as crianças poderão começar o desenho de
observação sem o modelo do professor, que ainda assim conversa com os
alunos sobre detalhes necessários ao desenho. O ensino desses
procedimentos só é possível pelo trabalho com diferentes temas de
interesse científico, que serão investigados de formas distintas. Certos
temas podem ser objeto de observações diretas e/ou experimentação,
outros não.
CONTEÚDOS ATITUDINAIS
PARADA OBRIGATÓRIA
71
Cada bloco temático deve abordar conceitos, procedimentos e atitudes
centrais para a compreensão da temática em foco. São quatro os blocos
temáticos propostos para o Ensino Fundamental:
• Ambiente;
• Recursos tecnológicos;
• Terra e Universo.
1º CICLO
No primeiro ciclo, a proposta dos PCN para o bloco temático Ambiente
é que o professor trabalhe os seres vivos (animais e vegetais), envolvendo o
estudo de suas características e hábitos, seu ciclo vital, bem como ar, água,
solo, luz e calor. A sugestão para o tema ser humano e saúde é abordar a
biologia do ser humano, as transformações relativas ao corpo, à
manutenção da saúde, características particulares de sexo, idade e etnia,
além da higiene e alimentação. Quanto aos recursos tecnológicos, discutir a
transformação da natureza para utilização de recursos naturais –
alimentos, materiais e energia, transformação artesanal e industrial de
materiais em objetos.
2º CICLO
Já no segundo ciclo, os mesmos blocos temáticos seriam abordados,
neste momento, com um repertório ampliado pelas noções anteriormente
aprendidas e pelo desenvolvimento das capacidades de ler, representar e
estabelecer relações. O aluno se torna capaz de realizar estudos
comparativos dos elementos constituintes dos ambientes, particularmente
o solo e a água, de algumas fontes e transformações de energia, das
interferências do ser humano no ambiente e suas consequências, do
funcionamento do corpo humano, integrar aspectos diversos e as condições
de saúde, bem como das tecnologias utilizadas para a exploração de
recursos naturais e reciclagem de materiais (BRASIL, 1997).
72
tecnológicos deve-se tratar da água, lixo, solo e saneamento básico, da
captação e armazenamento de água, destino das águas servidas, coleta e
tratamento de lixo, solo e atividades humanas, poluição, diversidade dos
equipamentos.
OLHANDO DE PERTO
• Propor situações-problema.
73
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 04: O ENSINO DE CIÊNCIAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
74
Após uma série de decretos-lei e iniciativas governamentais de
criar comissões e acordos para regulamentar uma política satisfatória
tanto de produção como de fiscalização e distribuição dos livros, foi
criado na década de 80 o Programa Nacional do Livro Didático –
PNLD, que visava coordenar a aquisição e distribuição gratuita de
livros didáticos aos alunos das escolas públicas brasileiras. A atual
política do livro didático para o Ensino Fundamental é regulada pelo
PNLD, que ao longo do tempo este programa foi aperfeiçoado e em
1996 o PNLD passou a ser responsável não somente pela distribuição,
mas também pela análise e avaliação da qualidade pedagógica dos
livros (BATISTA, 2005).
VERSÃO TEXTUAL
75
Com o PNLD, tem-se observado uma melhora significativa na produção
editorial dos livros didáticos de Ciências. Inicialmente, as avaliações tinham
como questão central a qualidade da informação, procurando essencialmente
garantir a correção conceitual, uma vez que erros de conteúdo eram
recorrentes nas coleções submetidas aos editais de seleção do PNLD.
Entretanto, nos últimos anos, o foco passou a ser outro. O livro pode até
apresentar algumas imprecisões, visto que a não existe uma narrativa ideal e
nem Ciência é um corpo de conhecimentos acabado, neste sentido, é dever
professor bastante atenção e cuidado ao utilizá-lo em suas práticas.
OBSERVAÇÃO
Erros conceituais continuam sendo motivo para exclusão de coleções,
mas agora a questão central da avaliação reside na questão metodológica,
quando se analisa com atenção e rigor se a proposta pedagógica contempla
um ensino investigativo e experimental (PNLD, 2013).
Outro aspecto que foi analisado com atenção no PNLD de 2013 (última
avaliação) foi o das ilustrações. Em geral, as coleções apresentam uma
profusão de ilustrações e nem todas são suficientemente precisas e claras.
Esse é um aspecto que ainda pode melhorar, mas que também apresentou
progressos nestes últimos anos.
76
O Manual do Professor, instrumento de suporte e formação teórico-
metodológica ao professor na utilização do livro didático. Foi avaliado com
bastante cuidado e o resultado é que agora o professor poderá se beneficiar
com bons textos acerca das teorias atuais do ensino de Ciências e variadas
referências bibliográficas.
PARADA OBRIGATÓRIA
LEITURA COMPLEMENTAR
Para saber mais, leia o PNLD 2013 (Visite a aula online para realizar
download deste arquivo.).
FÓRUM
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
77
REFERÊNCIAS
BATISTA, A. A. G. Política de materiais didáticos, do livro e da leitura
no Brasil: A política de livros escolares no Brasil. In: Materiais
didáticos: escolha e uso. Brasília: Ministério da Educação, Boletim 14,
2005. Disponível em:
<tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/151007MateriaisDidaticos.pdf>.
Acesso em: 26 mai. 2014.
78
Anais..., 2001. v. único.
79
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 05: ABORDAGENS METODOLÓGICAS DO PROCESSO ENSINO-AVALIAÇÃO-APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS
TÓPICO: INTRODUÇÃO
ATUALIZANDO
VERSÃO TEXTUAL
80
instrumentos que vão auxiliá-lo e se adequar a situações e conteúdos a
serem trabalhados.
81
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 05: ABORDAGENS METODOLÓGICAS DO PROCESSO ENSINO-AVALIAÇÃO-APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS
VERSÃO TEXTUAL
(FREITAS, 2012)
DICA
CONTRIBUIÇÃO
82
didático tradicionalmente utilizado na escola onde se deu a pesquisa
(LINSINGEN, 2008).
VERSÃO TEXTUAL
OS SEGREDOS DA FLORESTA
CONTRIBUIÇÃO
VERSÃO TEXTUAL
A CHAVE DO TAMANHO
83
Carvalho e Rodrigues (2005) discutem a Biologia como produção
cultural, tomando como exemplo a obra A chave do tamanho (1942) de
Monteiro Lobato. Para os autores, as obras de literatura que se
inspiram em temas das Ciências inevitavelmente remetem a esses
temas novos conceitos, e outros valores, além de erros conceituais ou
equívocos de juízo, que indiscutivelmente necessitam ser detectados e
reavaliados pelo estudante-leitor, com a mediação do professor.
CONTRIBUIÇÃO
VERSÃO TEXTUAL
(LINSINGEN, 2008)
84
O uso da literatura infantil ou infanto-juvenil no ensino de Ciências
tem se apresentado como excelente ferramenta para um aprendizado
motivador, interessante e principalmente significativo. No entanto,
estudos apontam uma carência de vínculos entre o uso da literatura
infantil nas escolas e o desenvolvimento de conceitos em disciplinas das
Ciências Naturais. É necessário um aprofundamento das possibilidades do
uso de livros de ficção destinados às crianças, uma vez que muitas vezes,
em consequência da fantasia característica desse tipo de literatura,
apresentam conceitos equivocados. Isso não impede sua utilização, mas
requer um maior cuidado e análise do professor e após a sua leitura, uma
discussão para a construção dos conceitos científicos de forma correta.
85
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 05: ABORDAGENS METODOLÓGICAS DO PROCESSO ENSINO-AVALIAÇÃO-APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS
AULAS DE CAMPO
A maioria dos professores considera de grande importância aulas de
campo e excursões, entretanto, ainda são poucos os que realizam esse tipo de
atividade. Obter a autorização dos pais, da direção e de outros professores
que precisam ceder suas aulas, o receio da possibilidade de acidentes, a
insegurança e o temor de não encontrar o que havia sido planejado,
Aula de campo[1] disponibilidade de transportes, são alguns dos obstáculos que contribuem
para a sua não realização.
86
• O trabalho de campo propriamente dito;
ZOOLÓGICO
SUPERMERCADO
UNIVERSIDADES
JARDIM BOTÂNICO
ZOOLÓGICO
SUPERMERCADO
87
seu tempo de decomposição. Pode ainda sugerir que os alunos levem
calculadoras e promovam uma compra de produtos para a produção de um
lanche coletivo na copa da escola.
UNIVERSIDADES
JARDIM BOTÂNICO
CONTRIBUIÇÃO
88
chegaram a ser consideradas como a grande solução para o ensino de
Ciências, as grandes facilitadoras do processo de transmissão do saber
científico.
VERSÃO TEXTUAL
89
demonstrar na prática a teoria ou conduzir o aluno à apropriação de um
determinado conceito, são, na compreensão de Fracalanza et al (1986),
classificadas como aula prática.
OLHANDO DE PERTO
O que percebemos, portanto, é que o termo experimentação didática
mostra-se bastante apropriado para caracterizar as atividades de
experimentação realizadas no âmbito do ensino das Ciências Naturais,
uma vez que o termo didática agregado ao termo experimentação remete à
ideia de estratégia didática para a abordagem de conteúdos. Assim, a
experimentação didática precisa ser compreendida como uma atividade
que, agregada a outras, visa à busca de resposta a um problema proposto
(AGOSTINI; DELIZOICOV, 2009).
Nos anos 90, uma maior valorização das questões ambientais, assim
como as discussões envolvendo as propostas dos PCN, contribuíram para
que a experimentação no ensino das Ciências Naturais ganhasse enfoque
tecnológico na formação dos cidadãos, com uma maior ênfase na observação
dos fenômenos relacionando-os aos conhecimentos prévios dos alunos. De
acordo com Santos (2001), diferentes propostas de mudanças metodológicas
na experimentação didáticas foram apresentadas, mas na prática essas
atividades continuaram tendo enfoque demonstrativo.
OBSERVAÇÃO
90
atividades práticas deve ser acompanhado por uma profunda reflexão não
apenas sobre sua pertinência pedagógica, como também sobre os riscos
reais ou potenciais à integridade física dos estudantes (BRASIL, 1998).
LEITURA COMPLEMENTAR
91
4. http://www.denso-wave.com/en/
92
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 05: ABORDAGENS METODOLÓGICAS DO PROCESSO ENSINO-AVALIAÇÃO-APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS
93
fazer uso das TIC’s e suas linguagens como um sistema diferenciado de
aprendizagem que permita o respeito pela individualidade, abrindo espaço
para debates e discussões, que sejam de caráter não só informativo como
também formativo, garantindo o desenvolvimento de cidadãos capazes de
ações condizentes e inseridos no contexto social vigente. (OLIVEIRA, 2008).
EXEMPLO
A escola pode, por exemplo, dispor de um computador acoplado a um
projetor, mas se o professor não souber fazer uso do equipamento
adequadamente, não será capaz de propiciar uma educação científica.
94
aplicação, mas também, conhecer opções pedagógicas para que nós
professores possamos utilizá-las em nossas práticas. Veja:
O BLOG
PESQUISA 01
De acordo com Oliveira (2008), o uso do blog possibilitou aos alunos
trabalharem e interpretarem informações, trocando-as com os colegas,
chegando à construção autônoma do conhecimento sócio cultural, regional,
mundial relevante. Para alimentar o blog, os alunos eram convidados a
pesquisar, a buscar imagens e reportagens para postar, ler, concluir e emitir
opiniões, concordando ou não com os colegas e o professor. Os alunos se
sentiram tentados a participar enriquecendo este diário eletrônico, com
postagens debatidas e discutidas em classe. As contribuições do uso desta
ferramenta não se restringiram em aumentar a participação e envolvimento
dos alunos da disciplina, mas também a interação de forma relevante de todo
o colégio, além de levar muitos professores a aprenderem com os alunos as
novidades do mundo virtual, tão conhecida por fazer parte do cotidiano dos
alunos (OLIVEIRA, 2008).
PESQUISA 02
Nunes e colaboradores (2012), também apresentaram resultados
bastante satisfatórios. Através da aplicação de um questionário constataram
que em geral, os alunos consideraram muito positiva a utilização do blog.
Esse resultado indica o sucesso das intervenções realizadas através do blog,
em especial, sua contribuição para a motivação dos alunos na aprendizagem.
Os alunos em sua maioria, não apresentaram dificuldades em acessar o blog,
além de afirmaram ter aumentado o tempo de estudo e seus interesses pelos
assuntos referentes à biologia.
A TELEVISÃO
95
do predomínio do videocassete e integrados ao acervo de materiais didáticos
nas escolas.
ATUALIZANDO
Hoje muito material é disponibilizado inclusive na internet.
Entretanto, muitos professores passam vídeos com uma temática
interessante e muitas vezes associada a algum assunto em curso, mas não
planejam sua aplicação, sua intencionalidade didática para uso, não
promovem uma discussão ao final ou mesmo durante o vídeo,
subutilizando o material, não o explorando como deveria. É como
submeter crianças e jovens a filmes muito longos, sem um planejamento e
a objetividade necessária para a aprendizagem, e assim, utilizar tempo
escolar de maneira inadequada.
96
filme possuem olhos frontais, ao invés de laterais e com a presença de
pálpebras.
97
para os Estados Unidos, uma população de uma pequena cidade
americana começa a apresentar os mesmos sintomas da doença. O
contágio, porém, se desencadeia muito mais rapidamente, assim o
exército coloca a cidade sob quarentena. Mas quando o cientista do
exército tenta ajudar a população é inexplicavelmente afastado do
caso. Temáticas como Imunização, Hospedeiro, Vírus, Tráfico
Biológico e Identificação de Vírus (PIBID BIOLOGIA UEPG, 2011).
98
CASO
Silva (2012) realizou uma experiência com a utilização de histórias em
quadrinhos nas aulas de Biologia. Através de um questionário aplicado aos
alunos que participaram da pesquisa, os mesmos revelam que “foi um
método bacana para passar conhecimento, sem que seja cansativo e
redundante”, “divertido, especialmente por ter podido dar vida aos meus
personagens, que sempre quis criar”, “achei legal, pois é um meio de
aprender brincando”.
99
ENSINO DE CIÊNCIAS
AULA 05: ABORDAGENS METODOLÓGICAS DO PROCESSO ENSINO-AVALIAÇÃO-APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS
VERSÃO TEXTUAL
- Como assim?
E continuou o espelho:
100
A avaliação está sempre presente no nosso cotidiano. Constantemente
fazemos a avaliação de uma comida, de um serviço, de uma pessoa. Quando
estamos doentes e vamos ao médico, por exemplo, desejamos que o médico
faça uma avaliação da nossa saúde. Imagine sair do consultório segurando
nas mãos, em vez da receita, um boletim. Estado geral de saúde nota seis e
ponto final. Doente nenhum se contentaria com isso. Coloquemo-nos agora
no lugar dos nossos alunos, que recebem apenas uma nota no final de um
bimestre, será que não se sentem igualmente insatisfeitos? Se a escola existe
para ensinar, de que vale uma avaliação que só confirma "a doença", sem
identificá-la ou mostrar sua cura? Assim como o médico, que ouve o relato
de sintomas, examina o doente e analisa radiografias, nós professores
também temos à disposição diversos recursos que podem nos ajudar a
diagnosticar problemas da nossa turma. É preciso, no entanto, prescrever o
remédio.
101
Frente à multiplicidade de funções das avaliações, fica evidente a
necessidade de cautela no momento de decidir sobre a escolha, a construção
e a aplicação dos instrumentos de verificação do aprendizado e sobre análise
dos seus resultados.
PARADA OBRIGATÓRIA
PESQUISA
TEMPO
CHECAGEM
INSTRUMENTOS
Interpreta
dados
Desenvolve
hipóteses a
partir de
dados
Critica e
discute ideias
apresentadas
pelos colegas
103
É pontual
É organizado
AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO
SEMINÁRIOS
ESCRITA ORAL
A avaliação escrita
(objetiva ou Os seminários, quando
subjetiva) é o formato bem explorados pode
A avaliação oral,
mais difundido de contribuir bastante para
embora pouco
avaliação, não apenas o aprendizado do aluno.
utilizada, estimulam
no ensino por Corresponde a exposição
a habilidade oral, a
transmissão- de um aluno ou grupo
organização mental
recepção, mas sobre um tópico seguida
das ideias bem como
também quando se de uma discussão junto
o poder de
visa a aprendizagem a turma para elucidar
argumentação,
significativa dos pontos obscuros. Para
dependendo da
conteúdos (CAMPOS; isso, irá exigir do aluno
forma como o aluno
NIGRO, 1999). pesquisa, organização de
foi questionado. A
Embora bastante ideias, expressão oral.
desvantagem é que,
criticada, essa forma Quando se restringe
ao contrário da
de avaliação apenas a apresentação
avaliação escrita,
apresenta uma série dos alunos, seu valor fica
demanda um tempo
de vantagens limitado Para a
relativamente longo
práticas, entre elas: organização dos
até que se avalie
avalia muitos alunos seminários: todos os
todos os alunos.
e conteúdos de uma alunos devem receber
Além disso, alguns
só vez, é um textos em tempo hábil
alunos são mais
documento que pode para estudá-los, é
tímidos e não
ser revisto e importante garantir a
gostam de se expor
analisado, é leitura por todos – pedir
diante da turma,
relativamente fácil de que elaborem perguntas,
podendo ser
aplicar e pode ser promover uma discussão
prejudicados neste
fácil de corrigir, sua generalizada coordenada
tipo de avaliação.
execução exige um pelo professor
tempo relativamente (KRASILCHIK, 2011).
curto.
104
O resultado do aluno não está somente na aplicação da avaliação, mas
também influi em outros aspectos, que podem ser o ambiente familiar e
escolar, o funcionamento dos grupos e a intervenção do professor. Por isso a
avaliação serve como base na aprendizagem e esta se transforma em
instrumento para a melhoria do ensino (JOAY et. al, 2005).
OLHANDO DE PERTO
A nota pode ser reflexo do não aprendizado do aluno, que pode estar
relacionado à falta de interesse pelo conteúdo, pela utilização de
metodologias inadequadas, por ter carência afetiva e nutricional, pela
dificuldade em apreender e se expressar ou até mesmo de relacionar-se
com outras pessoas.
DICAS
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ciências e biologia. Clique aqui[1].
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Elabore uma apresentação de Power Point abordando uma
modalidade avaliativa e mencionando as vantagens e desvantagens de
105
trabalha-la e as habilidades que são desenvolvidas no aluno quando o
professor utiliza essa forma de avaliação.
FÓRUM
REFERÊNCIAS
AGOSTINI, V.W.; DELIZOICOV, N.C. A experimentação didática no
ensino fundamental: Impasses e desafios. Encontro Nacional de
Pesquisa em Educação em Ciências – VII Enpec, 2009. Disponível em:
Acesso em 26 mai 2014.
106
CHANG, K.E.; SUNG, Y.T.; E H.T. HOU. Web-based Tools for
Designing and Developing Teaching Materials for Integration of
Information Technology into Instruction. Educational Technology e
Society, 9, 4, 139-149, 2006.
JOAY, A.; PEREIRA, C.A.; BUNHAK, K.K.; BAIJUK, S.; COSTA, R.R.
As avaliações no ensino de Ciências. V EDUCERE; III CONGRESSO
NACIONAL DA ÁREA DE EDUCAÇÃO. Curitiba, 2005. Disponível em
http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2005/anaisEvento/docum
Acesso em: 27 mai 2014.
107
LEYSER, V. Feios, nojentos e perigosos: os animais e o ensino de
Biologia através da literatura infantil ficcional. Atas do V ENPEC.
Bauru, SP, n. 5, nov. 2005. ISSN 1809-5100.
108
4. http://www.denso-wave.com/en/
109