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FP090 – AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM

TRABALHO CONV. ORDINÁRIA


INDICAÇÕES GERAIS:

O trabalho dessa disciplina consiste em desenvolver em grupos, um plano de


avaliação, com base nas diretrizes especificadas no conteúdo e na seleção de
atividades da lista fornecida na página do Porvir – Inovação em Educação.

https://porvir.org/8-formas-de-avaliar-sem-ser-por-multipla-escolha/

Requisitos formais:

Deve cumprir os seguintes requisitos formais:

 Extensão: 5 a 6 páginas (sem contar as instruções, os enunciados, a bibliografia


nem os anexos – se houver-).
 Tipo de letra: Arial.
 Tamanho: 11 pontos.
 Entrelinhas: 1,5.
 Alinhamento: Justificado.
 Normas APA

O trabalho deve ser realizado nesse documento Word seguindo as normas de


apresentação e edição quanto a citações e referências bibliográficas (ver o Guia de
Estudo).

A entrega deve ser feita seguindo os procedimentos descritos documento de


avaliação da disciplina e em hipótese alguma deve ser entregue através do e-mail do
professor ou professora correspondente.

Por outro lado, lembramos que existem alguns critérios de avaliação, que é de suma
importância que os alunos sigam. Para mais informações, consulte o documento de
avaliação da disciplina.

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TRABALHO

O trabalho deve apresentar:

 Nível de escolaridade:
 Ano acadêmico:
 Conteúdos trabalhados e formas de trabalho utilizadas:
 Tipo de avaliação (de acordo com o conteúdo):
 Atividades de avaliação selecionadas:
 Descrição do plano da sala de aula:

Muito importante: Na capa que aparece na página seguinte, devem indicar-se os


dados pessoais que se detalham e o título do trabalho (o trabalho que não
cumpra as condições de identificação não será corrigido). Após a capa, deve-se
incluir o Índice do trabalho.

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FP090 – AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM

Nomes e sobrenomes

Carina Figueira Guimarães Pinto BRFPMME2154934

Kátia Cilene Guimarães Pinto BRFPMME5035670

Marcio Odair Dias BRFPMME4057936

Patrícia Gomes Luzia da Fonseca BRFPMME4677324

Grupo: fp_mme_2022-10_pt_2

Data: 15 de Janeiro de 2024

Curso: Mestrado em Educação

SIM! SABER AVALIAR É PRECISO...

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Sumário

1. Introdução..........................................................................................................04
2. O Plano de Avaliação ......................................................................................05

2.1 Nível de Escolaridade .................................................................................


05
2.2 Ano Acadêmico ..........................................................................................
05
2.3 Conteúdos trabalhados e formas de trabalho utilizados ............................
05
2.4 Tipo de Avaliação .......................................................................................
05
2.5 Atividades de Avaliação selecionadas .......................................................
06
2.6 Descrição do Plano da sala de aula ...........................................................
07

3. Conclusão ........................................................................................................08
4. Referências Bibliográficas.................................................................................08

1. Introdução

Todas as pessoas que já passaram por uma escola sabem que quando se fala em
Avaliação de qualquer conteúdo, remete-se a provas escritas, sejam elas de múltipla
escolha ou de questões abertas. Desse modo, os alunos são invadidos por
lembranças nada agradáveis como: mãos suadas, noites sem dormir, questionários de
“decoreba”, revisões para o tão fatídico “teste” com dia e hora marcados. No entanto,
para alguns professores é o momento de “acerto de contas”; momento da “revanche”
com a turma por ocasiões em que os alunos não lhes deixaram dar as aulas como
planejado... todavia, para educadores com um olhar diferenciado é o momento de
repensar o seu fazer pedagógico através de um feedback que virá do trabalho
realizado...

E é assim que uma Avaliação de Aprendizagem deve ser encarada: como o momento
em que os educadores e os educandos terão respostas a algumas perguntas: o que
foi ensinado? o que foi aprendido? O que foi produtivo? Quais as habilidades e
competências foram construídas durante o projeto? Como foi o processo de
construção dessas habilidades? O que deve ser aprimorado? O que deve ser
modificado? Se encarada como um diagóstico do processo, a avaliação pode e deve
levar à reflexão docente sobre sua prática pedagógica como já dizia Paulo Freire: “é
pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima

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prática” (FREIRE: 1996). Assim sendo, é sabido que as diversas formas de avaliar se
tornam aliadas não só no âmbito educacional, mas na vida pessoal e profissional de
educadores e educandos como um todo.

2. O Plano de Avaliação

Entender que a avaliação de aprendizagem é um processo complexo que visa


responder a várias perguntas e levar à reflexão sobre os fazeres pedagógicos dos
docentes, leva os mesmos a criarem planos de Avaliação para melhor organizar suas
aulas. O referido plano deve conter uma organização para melhor atingir o objetivo
principal de ser um objeto que gera reflexões e para alcançar a o objetivo
determinado. Dessa maneira, eis os itens que compõem o Plano de Avaliação
proposto:

2.1 Nível de Escolaridade: Ensino Fundamental II

2.2 Ano Acadêmico: Nono Ano

2.3 Conteúdos trabalhados e formas de trabalho utilizados:

A habilidade de comunicação (Lìngua Portuguesa), de cálculo (Matemática), de


entender de espaço e da flora do espaço (Geografia e Ciências) e de planejar
artisticamente o espaço (Arte) é trabalhada nesta tarefa em que os alunos do nono
ano do Ensino Fundamental II são desafiados a realizarem Trabalhos reais na
transformação de um espaço depredado e repleto de desmatamento perto da escola
em um espaço de lazer para os educandos e a Comunidade local do bairro em que a
escola está inserida. Aqui os alunos são desafiados a “colocarem a mão na massa”
para limparem e arborizarem o espaço (com ajuda de parcerias entre a escola e a
prefeitura), tornando o mesmo um lugar prazeroso para alunos e moradores do bairro.

2.4 Tipo de Avaliação:

Entrando na categoria Trabalhos reais, os alunos são avaliados desde o primeiro


estudo in loco pelo bairro em que a escola está inserida, da elaboração e redação da
proposta de arborização do local e criação da praça de lazer, da ida à prefeitura, da

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capina do local, pintura dos banquinhos e adornos até à plantação de grama e árvore
no local da área de lazer. Um portfólio é criado com todo o passo a passo realizado
pelos alunos e várias fotos são adicionadas ao mesmo. As disciplinas envolvidas
avaliam o protagonismo e o envolvimento dos 30 estudantes do nono ano durante os 6
meses do projeto.

2.5 Atividades de Avaliação Selecionadas:

Aqui a avaliação é realizada de forma integral, ou seja, os educandos são avaliados na


elaboração dos processos mentais para a realização do projeto, na sua participação,
no registro dos objetivos e metas para a realização do trabalho, na capacidade de
argumentação na redação dos documentos necessários para enviar aos órgãos e
entidades parceiros, na socialização com seus pares durante todo o processo, no
protagonismo apresentado durante o projeto... Tudo é registrado com fotos, áudios,
mini filmagens, relatórios e um diário de bordo que irão compor o portfólio final. Os
alunos também criaram um vlog onde cada etapa do projeto é registrado online para
conhecimento da Comunidade Escolar. Dessa maneira, aspectos como o
autoconhecimento, o conhecimento, a resolução de problemas, a ética, as atitudes
protagonistas, a compreensão do processo de aprendizagem são envolvidos e
contemplados num processo de avaliação integral tornando a aprendizagem
significativa e prazerosa.

Para finalizar, uma rubrica em comum foi criada para que a avaliação cumprisse a
necessidade de quantificar em até 30 pontos a aprendizagem atingida durante o
projeto (exigida pelo Regimento Escolar) e fosse realizada em um contexto
interdisciplinar. A autoavaliação do grupo também encontra espaço durante todo o
processo. Assim sendo:

ATIVIDADE CRITÉRIO PONTUAÇÃO AUTOAVALIAÇÃO

Pesquisa sobre o tema in Responsabilidade 06


loco e em fontes virtuais e Participação

Exposição da pesquisa Participação, 06


feita e do registro das Organização e
fotos in loco Capricho/( Clarez

6
a)

Realização das Compromisso e 06


atividades escritas Habilidades
Técnicas

Realização das Participação, 06


atividades práticas Protagonismo

Construção do espaço Cooperação, 06


(montagem) Protagonismo

2.6 Descrição do plano da sala de aula

O Plano de Avaliação descrito neste documento, nasce na sala dos professores


motivado por inquietações dos estudantes a respeito do tema desmatamento e
queimadas estudado na disciplina de Ciências e de Geografia. Os professores
propõem aos alunos a realização de uma atividade diferente em que eles aprenderiam
de uma maneira mais eficiente e significativa. O plano foi proposto em 3 turmas de
nono ano do Ensino Fundamental II, mas só uma turma aceitou participar do projeto.
Assim sendo, os professores convidaram outros colegas a participarem efetivamente:
a Professora de Língua Portuguesa acompanharia a parte escrita do projeto, o
professor de Matemática acompanharia a medição da área a ser transformada e os
cálculos do material a ser gasto (areia, brita, metros quadrados de grama a ser
plantados), a professora de Arte acompanharia a elaboração do espaço juntamente
com o professor de Geografia e o professor de Ciências orientaria a construção do
espaço, limpeza, etc. O serviço pedagógico entrou de apoio na execução de todas as
tarefas e a gestão escolar aprovou a ideia e assinou todos os ofícios para os
parceiros, bem como acompanhou os estudantes e os professores nas visitas in loco
no bairro da escola e nos órgãos competentes da instância municipal (Prefeitura,
departamento de Obras, Secretaria Municipal de Educação, etc) para viabilizar os
recursos para o projeto.

O Plano começou na sala de aula com estudos sobre desmatamentos e queimadas:


suas consequências e impactos para o meio ambiente em Ciências e em Geografia,

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em seguida, os alunos aprenderam a redigir ofícios em Língua Portuguesa e a
formatar um vlog que seria alimentado e monitorado pela turma juntamente com os
professores... a disciplina de Arte os ensinou a se posicionarem diante de pessoas
consideradas autoridades e a trabalhar com lettering para confeccionar placas e
enfeites para o espaço. A matemática os ensinou a calcular e a medir material de
construção. E da sala de aula as atividades foram ganhando outros espaços extra
escolares como visitas ao bairro da escola, à Prefeitura, à Secretaria Municipal de
Educação, ao viveiro da Prefeitura para escolha de mudas de árvores e à Secretaria
de Obras. Um Plano de Aula e de Avaliação que começou como uma aula diferente,
tornou-se um Projeto que alçou os muros da escola e ganhou notoriedade e destaque
na cidade de João Monlevade em Minas Gerais.

3. Conclusão

Há várias formas de avaliar... várias formas de tornar o fazer pedagógico algo muito
significativo e atraente. Mas é preciso saber avaliar porque para os alunos nada é
mais significativo do que a teoria aplicada à prática transformando a realidade no qual
eles estão inseridos. Nenhum método de avaliação marca mais os educandos do que
a certeza de que participaram ativamente da construção do conhecimento e de que
foram protagonistas em tempo integral. Dessa maneira, o professor foi meramente o
mediador do conhecimento deixando que os alunos o construíssem com sua garra,
esforço e dedicação.

Tal prática demonstra que os tempos mudaram e a concepção de avaliação também...


os métodos de avaliação de que os docentes dispunham com provas de múltipla
escolha se tornaram obsoletos... ainda coexistem com práticas mais eficientes que
levam os educandos a aliarem a teoria com a prática, a ação com a reação e a
vontade de aprender com a transformação da sociedade em um lugar mais justo,
democrático e sustentável. E como diria Luckesi (LUCKESI: 1996):

Na avaliação inclusiva, democrática e amorosa não há exclusão, mas sim”.


Diagnóstico e construção. Não há submissão, mas sim liberdade. Não há
Medo, mas sim espontaneidade e busca. Não há chegada definitiva, mas. Sim
Travessia permanente em busca do melhor. Sempre!

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4. Referências Bibliográficas

FREIRE. Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa.

25ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996, página 39.

FUNIBER. (2021). Avaliação da Aprendizagem. Barcelona, Espanha

LUCKESI, C.C. Avaliação Educacional: estudos e propósitos. São Paulo. Cortez. 1996

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