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Oficina presencial Junho

Conflitos entre as crianças no


cotidiano escolar
4º Encontro – São Gonçalo

Mediação:
Heloisa Carreiro, Karolyne Cardoso & Maria José Vaz
Os Encontros Formativos:
1.° A criança como sujeito que pensa fala e reinterpreta
o mundo.
2.° Os espaços sociais e seus convites à experimentação
de modos de ser.
3.° Os conflitos fazem parte de movimentos de
construção da identidade infantil. Mas, como podemos
trabalhá-los pedagogicamente?
4.° Conhecendo estratégias didáticas para trabalhar: os
conflitos entre as crianças no cotidiano escolar.
Pauta do encontro:
→ Leitura literária:
A pele que tenho (bell hooks) – Mediação:
...

Maria José Vaz


→ Apresentação de dicas para trabalhar
conflito na escola.
→ Roda de conversa
Ao conviver comigo
A pele que eu tenho
A pele que tenho (Bell Hooks). Perceber
que sou uma pessoa inteira
É só uma camada
Não fala completamente de onde vem
Assim como você
Sou um conjunto diverso
A pele que nós temos
A pele que eu tenho Com muitas camadas
É só uma camada
É só uma camada na frente e no verso
Se quer mesmo me conhecer
Fortalecendo a amizade
De histórias
Narrando as histórias da nossa pele
Precisa chegar perto Passadas presentes e futuras
De coração bem aberto
Descobrindo outras
Trajetórias de gerações
Que a pele não conta
A pele que eu tenho me agrada E várias culturas
Por ela se revela um pouco
Quem somos
da minha identidade Algumas que me mostram
De ponta a ponta
Não a minha personalidade. Reais e autênticas
E outras que creio, divertidas Por dentro
A pele que eu tenho e de faz de contas Somos gente que sonha
Será sempre só uma camada Que chora
Que sozinha não me define Se quer saber quem sou Que ri
É só deixar de lado E que dança
Se quer mesmo me conhecer Tudo aquilo que Gente com confiança e liberdade
só precisa chegar Desde antes Para se abrir de verdade
Perto Imaginou
Leitura...

Rememorando:
...

o que vimos no encontro anterior?

Deixamos alguma pendência?


Por que as crianças brigam?
Muitas vezes, brigas acontecem simplesmente por causa de
sono, fome, cansaço, variações de humor no geral. Outras
vezes, as brigas podem ter uma motivação um pouco mais
profunda, mas independentemente do motivo, uma coisa é
fato, quando se sentem atacadas, as crianças contra-atacam,
mesmo quando não houve uma má intenção da parte do
outro. Crianças contra-atacam quando se sentem
contrariadas, invadidas, ameaçadas. Afinal, também é
através da discórdia/ conflitos, que as crianças expressam os
seus sentimentos, o que elas gostam e o que não gostam, o
que elas querem ou não, enfim, o que as está incomodando.
Blog - Delta Photo.
Por que os desentendimentos são importantes?
Os momentos de desacordo, são uma
oportunidade para pais e educadores ensinarem
para as crianças que as pessoas são diferentes
umas das outras. Uma oportunidade de mostrar
que todos nós temos pensamentos, sentimentos,
vontades e desejos que nem sempre estão de
acordo com os dos outros. Entretanto, não é tarefa
fácil ensinar para as crianças como resolver
conflitos, trata-se de um exercício constante de
paciência.
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O que fazer quando crianças brigam?
Antes de qualquer coisa, é importante compreender os
tipos de conflito que são normais em diferentes faixas
etárias, para melhor ajudar as crianças a construírem
recursos para lidar com suas emoções. Por exemplo, é
muito comum e normal, crianças na Educação Infantil
disputarem por objetos e espaços, pois ainda estão
aprendendo a cooperar e compartilhar. Pais e
professores devem ajudar as crianças a expressar seus
sentimentos para os amigos e colegas. Uma forma de
fazer isso pode ser dizendo em seu ouvido o que a
criança deve repetir. Blog - Delta Photo.
O que fazer quando crianças brigam?
... A intervenção, tanto quando um dos pais ou
professor que está presenciando a briga ou depois
que o episódio já aconteceu, é necessária para que
as crianças aprendam que brigar não é uma
atitude construtiva. O tipo de intervenção vai
depender da gravidade das agressões. Caso seja
uma agressão física muito forte, talvez o ideal seja
separar as crianças até que se acalmem e
conversar com elas juntas, depois que o estresse
emocional do momento já tenha passado.Blog - Delta Photo.
Atenção: intervir não é tomar partido
Um erro muito comum cometido por adultos ao
apartar uma briga de crianças é colocar a criança
que bateu no papel de vilão, a que apanhou no
papel de vítima e a si mesmo no papel de juiz,
dizendo o que é certo ou errado. Cuidado, pois
isso retira das crianças a oportunidade de
processarem o que aconteceu e pode levar a
criança que é tida como vítima a ter sentimentos
de fragilidade, enquanto que aquela que é tida
como vilã a se sentir injustiçada. Blog - Delta Photo.
Atenção: intervir não é tomar partido
... É melhor sempre estabelecer um diálogo respeitoso,
olhando nos olhos e com fala baixa, dando
oportunidade a todos para se expressarem, mantendo
uma postura imparcial, principalmente quando as
motivações da briga são subjetivas e não ameaçam a
segurança física de ninguém. A intervenção deve ser
feita de tal forma que as crianças sintam e entendam
que as suas opiniões e necessidades serão ouvidas,
sem que precisem se alterar. Pais e professores não
são juízes, mas intermediadores que auxiliam as
crianças a assumir responsabilidade pelas suas
atitudes e a pedir desculpas pelos seus atos.Blog - Delta Photo.
Como prevenir as brigas: identificando gatilhos
A forma mais eficiente de lidar com brigas entre crianças é
prevenir que aconteçam em primeiro lugar, mas como fazer
isso? Através da observação e da identificação de gatilhos
que levam a criança a adotar um comportamento
agressivo. Por exemplo, se um pai ou uma mãe já sabem que
seu filho tem uma tendência a ser agressivo quando está com
fome, é importante ficar atento a esse período antes da
refeição. Um professor que já conhece seus alunos e sabe
que uma criança em particular tem o hábito de apertar os
olhos e manter um olhar fixo antes de agredir um coleguinha,
deve prestar atenção aos sinais e intervir antes que o aluno
chegue ao ponto extremo.
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Dicas para trabalhar conflitos

→ Escutar sem julgamento


→ Mobilizar rodas de conversar (mediadas)
→ Conversar com os envolvidos (diálogo)
...

→ Aconselhamento
→ Sensibilizar
→ Apoio de psicólogos (profissional)
→ Chamar a família Dia a Dia na Escola (Youtube & Instagram)
Dicas para trabalhar com crianças desobediente
→ Exercícios de respiração (voltar para centralidade
de autoridade)
→ Ter uma postura respeitável – equilibrada.
→ Procurar os valores – gentileza, para elogiar.
→ Convidar a criança e experimentar a Empatia –
...

fazer exercício de se colocar no lugar do outro.


→ Investigar criticamente a inquietação infantil.
→ Investigar os motivos da desobediência.
→ Conversar – negociar, oferecer possibilidades.
Júlia Ester – Youtube (7 dicas para lidar com crianças desobedientes em sala de aula)
→ Buscar estabelecer relação de amizade com a
criança. A inimizade do adulto não colabora
(diálogo, trazê-la para perto) sem postura de
punição, como um reforço negativo.
→ Intervenção negativa (castigos/ interdições) não
...

resolvem o problema, principalmente se são


constantes. Convite a refletir...
→ Ter um canto com atividades “refresca cuca”
(almofadas, garrafas de gliter, abraçar/ apertar
objetos, espaços de registro e desenhos, etc).
Júlia Ester – Youtube (7 dicas para lidar com crianças desobedientes em sala de aula)
→ Construir o quadro de regras de convivência
(pode/ não pode) com a participação das
crianças.
→ Coletivamente construir as interdições para
...

quem optou por não obedecer as regras de


convivência.
→ Construir um quadro de incentivo/ roda de
conversa ponderando o movimento do coletivo
diante das regras de convivência
Júlia Ester – Youtube (7 dicas para lidar com crianças desobedientes em sala de aula)
→ Entender o temperamento da criança
→ Dar possibilidade de escolha – exercer a regra
diante da escolha feita.
→ Ajudar a criança a decidir, quando sentirmos
que ela tem dificuldades na tomada de decisões.
...

→ Convidar a criança a experimentar algo que não


é uma escolha constante ou voluntária.
→ Acolher (ouvir) e dialogar com os sentimentos
que as crianças manifestam.
DANIELLA FREIXO DE FARIA – Youtube (Filho Desobediente O Que Fazer)
→ Reconhecer as necessidades infantis.
→ Dizer não, mas considerar a necessidade infantil e
pensar possibilidade de negociação – não havendo
negociação possível. É importante ser empático
naquilo que a criança revela como necessidade.
→ Evitar castigos e ameaças como o caminho que
...

soluciona tudo (problema especialmente é que o


castigo é o mesmo para situações diferentes – isso
dispara um embate entre adultos e crianças. Na lógica
o adulto sempre ganha. Mas a criança, também quer
ganhar e, por isso é inventiva.
DANIELLA FREIXO DE FARIA – Youtube (Filho Desobediente O Que Fazer)
→ Na explosão que a gente seja exemplo/ modelo de
“arrependimento e perdão”
...

DANIELLA FREIXO DE FARIA – Youtube (Filho Desobediente O Que Fazer)


O que podemos refletir a partir
dos pontos que trabalhamos no
...

encontro de hoje e no anterior?


Pausando...
...

-Há questões?
→ Carta coletiva sobre a experiência...
...

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