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John Bowlby e a Teoria do Apego

Prof. Mestre Thiago de Almeida


www.thiagodealmeida.com.br
Biografia
• John Mostyn Bowlby
• Nasceu em Londres
(Inglaterra) no dia 26
de Fevereiro de
1907;
• Faleceu em 2 de
Setembro de 1990
Influências para a elaboração da
Teoria do Apego
• Etologia: O estudo de
Konrad Lorenz (1935) sobre
o processo de imprinting
(estampagem). Ver vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=eqZmW7uIPW4

Em zoologia, a Etologia é a disciplina que estuda o comportamento das


pessoas e dos animais em sua origem (do Grego ethos = ser profundo, logia =
estudo). Está ligada aos nomes de Konrad Lorenz e Niko Tinbergen sob
influência da Teoria da evolução darwiniana, tendo como uma de suas
preocupações básicas a evolução do comportamento por meio do processo de
seleção Natural.
O que é imprinting?
• Imprinting é fenômeno exibido por
vários animais jovens
principalmente pássaros, tais comos
patinhos e pintinhos. Quando saem
dos seus ovos, eles seguirão o
primeiro objeto em movimento que
eles encontrarem no ambiente (o
qual pode ser a sua mãe pata ou
galinha, mas não necessariamente).
Ocorre então uma ligação social
entre o filhote e este objeto ou
organismo.
Em outros experimentos, Lorenz
demonstrou que patinhos poderiam
receber o imprinting não somente de
seres humanos, mas também de
objetos inanimados, tais como um
balão. Ele descobriu também que
existe uma "janela“, ou seja, um
período sensível, muito restrito de
tempo após o nascimento dos
filhotinhos para que o imprinting se
realizasse efetivamente. Por este e Patinhos submetidos ao
outros trabalhos, Lorenz ganhou o imprintnig através de
Prêmio Nobel para Medicina e objetos inanimados (um
balão branco).
Fisiologia em 1973.
A pesquisadora imita a pata mãe fazendo
quack, quack, quack em frente de um
grupo de patinhos logo após eles terem
nascido. Eles aprendem rapidamente a
identificar a sua mãe com bases em
estimulos visuais, olfatórios e auditivos.

Então, os patinhos percebem a


pesquisadora como sua mãe (sua
protetora) e a seguem.
A ideia do impulso primário
Bowlby estava procurando descartar a
ideia do impulso primário, que
influenciava fortemente o pensamento
científico da época.
A ideia do impulso primário associava a
alimentação à razão pela qual a criança
desenvolve um forte laço com sua mãe e
substituindo-a pelo sentimento de
segurança, atribuindo a ele a noção de
função biológica de proteção.
Foi aí que um cientista (Harlow) forneceu
a evidência que ele precisava para
constestar esta noção
Os estudos de Harry Frederick Harlow (1958)

Harlow demonstrou por


meio do seu experimento
da mãe de arame/ mãe
felpuda que os bebês
queriam ficar perto de suas
mães não somente porque
elas eram suas fontes de
alimento, desmistificando o
mito do amor materno
como dispensador de
alimento como pensavam
os behavioristas da época.
O experimento...
Veja o vídeo completo do experimento em:
http://www.youtube.com/watch?v=hsA5Sec6dAI
Constatações de Harlow
• Nem só de pão vive o
homem, muito menos o
macaco.
• O amor derrotou
facilmente o paradigma
do impulso primário.
Constatações

A ausência de contato e de
estímulos perturbam os
processos de maturação
do sistema nervoso.

Se o bebê não é
suficientemente
acariciado, não há
estimulação vestibular
necessária para
Falta de afeto e de estímulos estimular
interconexões neurais
produzem desordens da e o processo de
mielinização.
organização cerebral
(Rygaard, N.P. 2008)
Apego
• O comportamento de apego é uma classe especial
de comportamento, com dinâmica distinta do
comportamento alimentar ou sexual;

• É uma conduta universal.

O sistema de apego é desenvolvido em mamíferos porque os seus jovens


são imaturos.
Vantagem: podemos aprender a se adaptar ao meio.
Desvantagem: sermos emocionalmente vulneráveis.
O sistema de apego é ativado para poder manter o contato após o
nascimento por meio de comportamentos de protesto como o chorar,
buscar, bater ... quando a mãe se separa. (Rygaard, P.N. 2008)
A que se referem os comportamentos de apego?

Os comportamentos de apego se referem a um


conjunto de condutas inatas exibidas pelo bebê,
que promove a manutenção ou o
estabelecimento da proximidade com sua
principal figura provedora de cuidados, a mãe,
na maioria das vezes. O repertório
comportamental do comportamento de apego
inclui chorar, estabelecer contato visual,
agarrar-se, aconchegar-se e sorrir (Bowlby,
1990).
Base segura do comportamento de apego
O termo “base segura”, no contexto da Teoria do Apego, refere-
se à confiança que o indivíduo tem numa figura particular,
protetora e de apoio, que está disponível e é acessível, e a partir
da qual se pode fazer uma exploração coparticipada. O
comportamento de apego será eliciado quando o bebê estiver
assustado, cansado, com fome ou sob estresse, levando-o a
emitir sinais que podem desencadear a aproximação e a
motivação do cuidador. O comportamento de apego traz
segurança e o conforto e possibilita o desenvolvimento - a partir
da principal figura de apego - do comportamento de exploração.
Quando uma pessoa está apegada ela tem um sentimento
especial de segurança e conforto na presença do outro e pode
usar o outro como uma “base segura” a partir da qual explora o
resto do mundo.
DOIS SISTEMAS COMPORTAMENTAIS COORDENADOS

A: O SISTEMA DE APEGO

Caracterizado pelo nosso comportamento em situações de


separação. Se não estamos ameaçados por separações
imprevistas construimos uma base segura

B: O SISTEMA DE EXPLORAÇÃO
Somente acontecem se a criança tem uma base segura e explorar
o mundo. Então, buscará, jogará, iniciará contatos sociais. A
exploração desenvolve a aprendizagem e a adaptação social.
(Rygaard, N.P. 2009)
Definição de comportamento de apego

Qualquer forma de Figuras de apego (possíveis


comportamento que cuidadores): Pai e mãe, avôs,
tios, educadores, outros,…
resulta em uma pessoa
alcançar e manter
proximidade com
algum outro indivíduo, Atenção
considerado mais apto O comportamento de apego
para lidar com o (resultado do processo) é
mundo (Bowlby, 1989, diferente de Apego que é o
processo.
p.38).
Especificidade
• O comportamento de apego é dirigido para um ou
alguns indivíduos específicos, geralmente em ordem
clara de preferência.
Duração
O apego persiste, geralmente, por grande parte do
ciclo vital.
Envolvimento emocional
Muitas das emoções
mais intensas surgem
durante a formação,
manutenção,
rompimento e
renovação de relações
de apego.
Aprendizagem
Recompensas e punições
desempenham apenas um
papel secundário. De fato, o
apego pode desenvolver-se
apesar de repetidas punições
por uma figura de apego.
Ontogenia
O comportamento de apego desenvolve-se durante
os primeiros nove meses de idade de vida dos bebês
humanos. Quanto mais experiências de interação
social um bebê tiver com uma pessoa, maior são as
probabilidades de que ele se apegue a essa pessoa.
Por essa razão, torna-se a principal figura de apego
de um bebê aquela pessoa que lhe dispensar a maior
parte dos cuidados maternos. O comportamento de
apego mantém-se ativado até o final do terceiro ano
de vida; no desenvolvimento saudável, torna-se, daí
por diante, cada vez menos ativado.
J. Bolwby: FASES (4)
• Pre-apego: 0-6 semana
• O bebê prefere estímulos humanos (rosto);
• Ele não reconhece ainda a figura do cuidador;
• Somente reconhece a voz e o cheiro de sua mãe;
• Não há qualquer apego.
• Formação do apego: 6 sem.- 6/8 mês
• Ele prefere pessoas com as quais está familiarizado;
• No entanto, recusa estranhos;
• Possui uma privilegiada interação com a mãe, sorrindo,
chorando e produzindo vocalizações diferenciais na
presença dessa.
J. Bolwby: FASES
• Apego bem definido: 6/8 mês – 18 mês
• Quando a figura de apego se afasta se produz a
ansiedade de separação;
• Medo do desconhecido, buscando refúgio na figura
de apego;
• A criança sabe que a mãe continua a existir mesmo
que não com ele.
Formação de uma relação recíproca: 18 – 24 mês.
• A interação com figuras de apego evolui graças às
novas capacidades mentais e linguísticas adquiridas
pela criança.
Os trabalhos de Mary Ainsworth
Mary Ainsworth,
discípula de John
Bowlby, criou uma
metodologia chamada
de Situação Estranha
para classificar os tipos
de apego que a criança
tem para com a mãe.
Mary Ainsworth: Situación extraña


Técnica: Situação estranha(comportamento e reações
das crianças de 12-14 meses):
Diante da presença de uma pessoa estranha;
Em um ambiente desconhecido;
Com ou sem a presença da mãe.

=Reflexos do sentimento de segurança e de confiança


de acordo com o vínculo de apego estabelecido com a
mãe.
PROCEDIMENTO: Episódios
 O experimentador: estranho para ambos, acompanha a mãe e a
criança a uma sala de jogos;
 A mãe se senta e a criança se põe a jogar e a explorar o entorno;
 O estranho entra na sala, conversa com a mãe e observa a reação da
criança;
 A mãe sai do local, deixando o estranho com a criança. Observa a
ansiedade pela separação;
 A mãe regressa e consola seu filho se isso se fizer necessário. O
experimentador sai e observa a reação da criança;
 A mãe se vai e a criança fica só. Observa-se a ansiedade de separação;
 O estranho regressa e consola a criança. Observa-se se a criança pode
ser consolada pelo estranho;
 A mãe volta, saúda a criança e a consola. Observa-se la reação da
criança na reunião/reencontro na presença da mãe.
Categorias de Ainsworth

-Seguramente apegada: quando ameaçada, a


criança busca ajuda na mãe, separa-se com
facilidade, é consolada sem dificuldades pela mãe,
prefere a mãe à estranha.
Assitam ao vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=QTsewNrHUHU
Inseguramente apegada:
-Desinteressada/ evitante
• a criança evita o contato com a mãe, não inicia a
interação, não tem preferência nem pela mãe
nem pela estranha.
Resistente/ambivalente:
• a criança explora pouco o ambiente e fica
desconfiada da estranha, separa-se com
dificuldade da mãe, mas não se consola com
facilidade, evita e busca a mãe em momentos
diferentes.
Desorganizada/desorientada
• - Foi uma categoria introduzida por Mary Main no
qual o comportamento entorpecido e
contraditório, pode se aproximar da mãe
evitando seu olhar, por exemplo.
MODELOS DE APEGO
(Topologia de acordo com Ainsworth e colaboradores, 1978)

Contextos nutritivos e
APEGO SEGURO
de bons tratos

APEGO INSEGURO
Contextos negligentes
ANSIOSO/AMBIVALENTE

APEGO INSEGURO Contextos de violência


EVITATIVO psicológica e física

APEGO Contextos de caos e de


DESORGANIZADO violência. Mutáveis e
(Main & Salomón, 1990) instáveis
Apego ansioso - ambivalente

• Caracteriza-se pela vivência de uma ansiedade


profunda de ser amado, de ser suficientemente valioso/
a, bem como uma grande preocupação pelo interesse e
a disponibilidade emocional para ele ou ela.
• A estrategia que lhe permitirá uma falsa segurança será
incrementar suas condutas de apego.

Cerca de 20% de crianças vítimas de maus tratos


apresentam este estilo de apego.

(
Apego ansioso - ambivalente
Conduta do cuidador frente a demanda do bebê

• Não responde ou responde tardiamente;


• Pouca disponibilidade emocional;
• Atendimento inconsistente, incoerente e imprevisível. Sem
sintonia emocional.

Grande ansiedade no bebê que lhe leva a aumentar a conduta


de proximidade para receber uma resposta
Desenvolvimento do estilo de apego ansioso
- ambivalente
• Não podem internalizar a figura de apego como cuidadora, protetora (a
ausência do cuidador(a) e sua inexistência e sua presença é insuficiente);
• No há conexão sequencial entre o que a criança faz e a resposta do(a)
cuidador(a);
• A criança não pode fazer previsões;
• Dificuldade para refletir, para saber como obter a atenção (ou como, nem
quando, nem quanto)

• Distorções cognitivas (leituras errôneas);
• Dor intensa;
• Visião do mundo negativa;
• Pessimismo;
• A premissa de que abrange todas as relações "Eu não sou simpático o
suficiente"
Consecuencias de la estrategia de aumentar la
demanda

Vantagens Desvantagens

• Manter a figura de apego próxima; • Mundo afetivo limitado


• Evitar o abandono; • A obsessão de ser amado
• Garantir a disponibilidade do outro. impede o desenvolvimento de
competências e capacidades
• Dificuldade em estabelecimento
e manutenção de
relacionamentos de qualidade
(confiança, intimidade,
empatia);
• Ficar em uma posição de
vítima;
• O manejo inadequado de raiva
e frustração
Desenvolvimento do estilo de apego ansioso -
ambivalente

2 anos:
- Dificultade para explorar o ambiente. Prefere a fusão relacional que a
autonomia;
- Vivência intensa de um vazio afetivo, necesidade, raiva, frustração,
ressentimento, medo de abandono. Tudo é misturado e não se discrimina

- Não há linguagem interna


- A dor do abandono não dá espaço para os processos cognitivos

4 anos:
- Uso de estratégias coercitivas: ambas cronificam a dependência:
- Agressivas
- desamparadas
- Contexto escolar: dificultade em prestar atenção e de se concentrar,
solicitações constantes de ajuda
- Socialmente difíceis: buscam aprovação constante, rivalidade, ciúme,
exclusividade, condutas impulsivas, posesividade.
Apego ansioso - ambivalente e adolescência

• Utilização de las estrategias coercitivas;


• Não sabem como manter, manejar nem desfrutar dos
relacionamentos;
• Dificultade de empatizar com o outro;
• Dificultade de refletir sobre sua responsabilidade nas relações;
• Distorções cognitivas constantes en seu modo de ver suas
relações;
• Falta de responsabilidade e de controle
• Exigência constante;
• Condutas impulsivas e agressivas
Apego Evitativo

• Se caracteriza por utilizar como mecanismo de


autoproteção evitar ou inibir os elementos de sua
conduta que buscam a proximidade com a figura de
apego

Cerca de 15-23% de crianças vítimas de maus


tratos apresentam este estilo de apego
Apego Evitativo
Conduta do cuidador frente às solicitações
do bebê
• Reação angustiosa
• Nega o desprazer sentido pela criança
• Hostilidade, rejeição à violência
Toma distancia física e psicológica

O bebê inibe o comportamento de apego e da expressão de seus


afetos. Desconecta-se de suas emoções, das suas necessidades e de
suas preocupações (nega, esconde ou deturpa suas próprias
emoções.)
A estratégia de evitação e suas consequências

Vantagens Desvantagens

• Manter a proximidade com • Mundo afetivo limitado;


a figura de apego; • Alienação de si e dos
• Evitar o abandono; outros;
• Proteger-se da rejeição • Dificuldade em
desenvolver relações de
intimidade, confiança,
empatia;
• Desenvolve distorções
cognitivas prejudicadas de
identidade e de autoestima
Manejo inadequado da
raiva e da frustração
Manifestações do apego evitativo

0 -2 anos:
Acentuação ou inibição da autonomia
3 - 5 anos:
A evitação se converte em inibição psicológica:
– Priorizam-se atividades, coisas e objetos ao invés das pessoas
– Apresentam-se como bons garotos/as colaboradores, perfeccionistas
6 anos ou mais
A aprepresentação de si mesmos como fortes, autossuficientes, que podem
controlar tudo.
– Baixa autoestima
– Representação dos outros como não disponíveis, nem confiáveis
– Apresentam uma hostilidade passiva ou rompantes de raiva ou frustração;
– Muitas vezes passam despercebidas pelos adultos em seu ambiente social, porque são
consideradas crianças problemáticas

Geralmente as crianças com apego evitativo podem desenvolver-se em nível motor e


cognitivo.
Apego evitativo e adolescência

Diferentes graus de evitação:


• Se mostram independentes e autossuficientes;
• Apresentam diferentes níveis de dissociação;
• Dificultade para pedir ajuda;
• Dificultade en compartilhar e de refletir sobre suas experiências;
• Dificultade em tolerar proximidade emocional;
• As relaciones interperssoais são funcionais e interessadas;
• Amizades e relacionamentos são curtos e superficiais;
“Respuestas camaleônicas” nas relações (Crittenden, 1990);
• Podem desenvolver comportamentos que produzem evitação, para se
proteger dos riscos relacionais: obssessões compulsivas, descuidos
pessoais, obesidade, aparência chamativa;
• Traços de personalidade antissocial
Apego desorganizado
• É o apego diante das experiências das relações
precoces tanto caóticas quanto dolorosas. Aquí, as
estrategias defensivas se colapsam para enfrentar a
situação. O recurso de vida é um "medo crônico
intenso"

• É o estilo de apego de mais alto riesgo de apegos


inseguros estudados.

C e r c a d e 7 5 % d e c r ia n ç a s
v í t i m a s d e m a u s t r a t o s sofrem deste
distúrbio
Apego desorganizado
Conduta do cuidador frente à demanda

• Relações parentais altamente incompetentes e


patológicas;
• Pais com experiências severamente traumáticas e/ou
perdas não elaboradas;
• Abuso de drogas e álcool;
• Violência física, negligência extrema;
• Cuidadores atemorizados frente a seus filhos ou com
condutas atemorizantes frente a eles;
• Constantes ameças de abandono.
Desenvolvimento do apego desorganizado

Bebê Cuidador/a
Estado de desprazer ou Aumenta a ansiedade que
desconforto. Demanda leva a uma conduta
violenta

Cessa a demanda Aumenta sensação de


provocação que termina en
condutas violentas

Controlados ou
Paradoxo indissolúvel
retirados
Apego desorganizado
• Representação de si mesmo: indigno, mau, não querido;
• Representação dos outros: inacessíveis, perigosos,
abusadores, imprevisíveis;
• Memória traumática;
• Trastornos dissociativos;
• Trastorno de memória e de atenção;
• Acontecimentos armazenados na memória implícita e não
narrativa (sensações e emoções intensas e fragmentadas)
com escasso ou nenhum conteúdo verbal (Van der Kolk,
2001);
• A memória traumática afetam o presente, inundando as
relações positivas e alteram seu corpo, sua percepção, sua
sensação, sua conduta e emoções.
Manifestações do apego desorganizado

• Comportamiento superficial com desconhecidos;


• Propenção para agir com grandiosidade e facer reclamações
extravagantes;
• Agitação;
• Repúdio ao contacto físico ou contato inadequuado ou invasivo;
• Rompantes de cólera, raiva e de violência;
• Comportamentos oposicionistas ou agressivos com os iguais ou
menores;
• Culpabilizam os que querem ajudá-los;
• Contato visual escasso;
• Pobre senso de humor;
• Mentiras, roubos, condutas coercitivas;
• Falta de connsciência, empatía e de sensibilidade moral;
• Crueldade com os animais.

.
Tipologia do apego desorganizado
Main & Salomon (1990)

Grupo Controlador
(Cassidy e Marvin, 1990)
Grupo
Desapegado
1.-Controlador agressivo ou punitivo Z(eanah, 1996)

2.- Controlador cuidador compulsivo


a) Desapegado inibido
3.- Controlador complaciente
compulsivo
b) Desapegado desinibido
Apego desorganizado controlador

• Agressivo ou punitivo:

É uma variante extrema do estilo evitativo. É uma estratégia organizada


condutualmente mas mal adaptada para controlar o outro/a.

Crianças que enfrentam o caos respondem com agressividade. Assumem o


controle da situação por meio da raiva e do abuso.

Comportamento: todas as formas possíveis de defesa: o apego confuso,


agressividade, irritabilidade, fuga, rejeição, coerção, privação

Adolescência: relacionamentos curtos e superficiais duradouro conflito ou


destrutivas. Condutas antissociais, agressivas e violentas.
Apego desorganizado controlador

• Cuidador compulsivo:
Para sentirem-se competentes, diminuir o risco de abandono e de
sentimentos de indefesa e manter certo controle na situação, satisfazem aos
pais(adultos);

Filhos de mães vítimas de violência conjugal, angustiadas, dependentes. Em


vez de exigir que dão assistência;

Comportamento hipervigilante frente aos adultos para evitar o abuso;

Percepção selectiva: minimiza aspectos negativos e amplifica os positivos


(Mc Crone, 1994);

Adolescência: relações de dependência com alguém que não pode oferecer


experiências reparadoras (exemplo: o noivo drogadicto)
Apego desorganizado
controlador
3. Compulsivo complacente
Exagerada necessidade de agradar ao invés de assumir a responsabilidade pelo
outro(a)

Mostram um alto grau de ansiedade e medo

Relacionado com situações de abuso sexual crônico (proceso de vampirização,


Barudy, 1997).

Adolescência: relaciones de codependencia com colegas ou pais que exigem,


controlam ou abusam.

Transtorno associado com: transtorno de personalidade borderline, psicopatia,


depressão crônica, a delinquência, a criminalidade.
Apego desorganizado desapegado

ausência de relacionamentos afetivos duradouros e contínuos no tempo.


Relacionamentos superficiais;

Incapacidade de reconhecer e de administrar estímulos emocionais e sociais


(danos neurológicos);

Não tem como prazeiroso estar na companhia dos outros;

Filhos de pais com patologias graves e transtornos de identidade;

Adolescência: Comportamentos evitativos extremos somados a


comportamentos impulsivos e violentos contra si mesmo ou aos demáis, sem
remorso ou expressão de sofrimento.
Apego desorganizado desapegado

• Inibidos:
Hipervigilantes, voltados para si mesmos, balanços e movimentos rítmicos,
movimentos estereotipados.

Comportamientos tipo autísticos ou bizarros. Criança de olhar "estranho“,


não brincaa com os outros, ou ri.

• Desinibido:
Afeto confuso com pouco critério frente aos estranhos.

Eles não mostram sinais de aflição às mudanças no seu contexto social.

Grave comprometimento nas relações interperssoais, controle de impulsos e


regulação da agressão.

A intimidade emocional leva-los a acompanhar, fiscalizar e intimidar os


outros

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