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APEGO

APEGO
# São elementos básicos que permitem pensar vínculos
afetivos na infância e no resto da vida adulta.

# O desenvolvimento do “sentimento” de apego dá-se


no primeiro ano de vida e mantém-se ativado até o final
do terceiro ano, nos humanos.
APEGO
# O desenvolvimento do APEGO dá-se nos animais de
uma maneira geral, sempre por seu cuidador(es),
aquele que lhe dá cuidados maternos, e com escala de
preferência.
Ex: Mãe, Pai, Avó...

# Muito comum em aves, os filhotes se apegam a


primeira imagem que vêem.
Konrad Lorenz e o comportamento das aves
É preciso um longo período de observação para se familiarizar realmente com um
animal e obter uma compreensão mais profunda de seu comportamento; e sem o amor
pelo próprio animal, nenhum observador, por mais paciente que fosse, poderia olhar
para ele por tempo suficiente para fazer observações valiosas sobre seu
comportamento. (Konrad Lorenz, 1960)
Dr. Harry Harllow
APEGO Experiências com
macacos rhesus

Demonstrou o
APEGO – formas
de afeto e amor
https://www.youtube.com/watch?v=OrNBEhzjg8I&t=58s
APEGO
# É um vínculo recíproco e duradouro com seu
cuidador, essencial para o desenvolvimento do bebê.

# Experiências mostraram que alimento é vital, porém


o bebê não considera esse o fator mais importante
para desenvolver seu APEGO.
APEGO
# É um fator adaptativo, de segurança e confiança do
bebê, e que promove a sua sobrevivência.
# O desenvolvimento e o sentimento estabelecido de
apego são tão importantes, que vemos refletir na vida
adulta.
Ex: carência afetiva, baixa auto estima, falta de confiança em
si mesmo, etc...
# Desenvolvemos o sentimento de APEGO durante
nossa vida inteira, por diferentes referências, porém
aprendemos a nos apegar ainda quando bebês,
através da dependência.
TEORIA DO APEGO
Como você define uma relação de apego?

Psicanális
e

Ciências
Etologia Cognitivas
TEORIA DO APEGO
Influenciado pela etologia, Bowlby (1907/1990) postulou que pressões
evolutivas levaram os filhotes, particularmente os mamíferos, a
desenvolverem estratégias comportamentais peculiares em sua
relação com o cuidador, tal como manter-se próximo da figura de
intenso cuidado (figura de apego).

A função básica do apego nas diferentes espécies e, com destaque


para a relação mãe-bebê primata, seria a proteção contra os
predadores.
O apego pode, deste modo, ser compreendido como o conjunto de
comportamentos do bebê que se caracteriza não somente pela busca
de proximidade física da mãe, mas também pela exploração do
ambiente.
TEORIA DO APEGO
Segundo a teoria do apego, a busca de proximidade física da mãe e a
exploração do ambiente surgem no decorrer do primeiro ano de vida e
permanecem intensas durante a primeira infância.

John Bowlby afirma que o comportamento do apego caracteriza os seres


humanos durante toda a sua vida.
• O choro e o chamamento fazem parte dos comportamentos de apego,
suscitando cuidados, atenção, acompanhamento e apego, ou vigorosos
protestos se a criança for deixada sozinha ou na companhia de estranhos.

Na medida em que a criança cresce,


diminuem gradativamente a intensidade e
a frequência desses comportamentos, e
suscetível de ser ativado quando a pessoa
estiver assustada ou doente.
TEORIA DO APEGO
Bowlby fala sobre o conceito de “modelos representacionais”, ou
“modelos funcionais” que diz que ao final do primeiro ano de vida, e
durante os segundo e terceiro anos, quando adquire a linguagem, a criança
se habilita a construir modelos funcionais de como esperar que o mundo
físico se comporte, como a mãe e outras pessoas significativas poderão se
comportar, acerca dela mesma e das interações entre todos. É a partir
desse quadro de referência que a criança avalia a sua situação e traça seus
planos.

Bowlby equipara o conceito de


modelo representacional na teoria
do apego ao de objeto interno e ao
mesmo tempo, relaciona este
conceito aos processos e
capacidades cognitivas.
TEORIA DO APEGO
Assim, os modelos representacionais
tornam-se estabelecidos como estruturas
cognitivas influentes e são baseados em
experiências de vida real da criança, nas
suas interações com seus pais ou
cuidadores. Uma vez construídos, o autor
acredita que os modelos dos pais e do
self em interação tendem a persistir e
passam a atuar em nível inconsciente.

E que, no decorrer do desenvolvimento (na medida em que a criança


seguramente apegada cresce e os pais a tratam de forma diferente),
ocorre uma atualização gradual dos modelos.
Por outro lado, nas crianças ansiosamente apegadas parece haver
uma dificuldade e rigidez maior na atualização dos modelos.
TEORIA DO APEGO
Portanto a teoria do apego mostra que o desenvolvimento do individuo esta
ligado aos laços estabelecidos desde criança e que podem influenciar no
comportamento adulto.

Referencias:
http://www.scielo.br/pdf/prc/v16n2/a20v16n2.pdf
http://www.scielo.br/pdf/%0D/prc/v17n3/a04v17n3.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=WjOowWxOXCg
APEGO
Mary Ainsworth
# Criou a SITUAÇÃO ESTRANHA – técnica
clássica de laboratório, elaborada para avaliar
padrões de apego entre bebê e adultos.

# Aluna de John Bowlby, estudou o APEGO


por métodos de observação naturalistas com
filhos e mães africanas – Uganda.
APEGO
SITUAÇÃO ESTRANHA
Mary Ainsworth
# Consiste numa sequência de oito episódios
e leva menos de meia hora.

# A mãe deixa o bebê sozinho duas vezes


num ambiente não familiar.
APEGO
SITUAÇÃO ESTRANHA
Mary Ainsworth
# Observou-se o comportamento, principalmente de
stress e de interesse pela mãe.
# Identificou TRÊS PADRÕES principais de APEGO:
o SEGURO
o EVITATIVO
o AMBIVALENTE (RESISTENTE)
APEGO
SITUAÇÃO ESTRANHA
Mary Ainsworth
APEGO SEGURO – reclamam quando a mãe se
ausenta, porém respondem com entusiasmo quando a
mesma retorna.
Costumam ser cooperativos, raramente sentem raiva,
são mais seguros, e respondem com mais naturalidade
as adversidades.
APEGO
SITUAÇÃO ESTRANHA
Mary Ainsworth
APEGO EVITATIVO – dificilmente choram quando
a mãe se ausenta e à evita quando ela retorna.

Costumam ser/ficar bravos, não estendem as mãos e


não gostam de serem pegos no colo, nem de serem
colocados no chão.
APEGO
SITUAÇÃO ESTRANHA
Mary Ainsworth
APEGO AMBIVALENTE (RESISTENTE) – ficam
ansiosos antes da mãe se ausentar, e se perturbam quando
ela sai.
Quando ela volta, respondem com ambivalência,
buscando contato e ao mesmo tempo dão chutes e se
contorcem no colo.
https://www.youtube.com/watch?v=JqlbvpXp74k

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