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TRANSTORNOS DE

PERSONALIDADE
Noélia Marques CRP-11/02676
TURMA 15/2021
“Características de personalidade são padrões duradouros de percepção,
relação e pensamento acerca do ambiente e de si mesmo, e são exibidos
numa ampla faixa de contextos sociais e pessoais importantes. É somente
quando as características de personalidade são inflexíveis e inadaptadas, e
causam um comprometimento funcional significativo é que elas constituem os
Transtornos da Personalidade”

DSM IV -TR
“Um transtorno da personalidade é um padrão persistente de experiência
interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas
da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível, começa na adolescência ou no
início da fase adulta, é estável ao longo do tempo e leva a sofrimento ou
prejuízo (p.689).”

DSM 5. Associação Psiquiátrica Americana, 2014


“Padrões de comportamento permanentes e profundamente arraigados no
ser, os quais se manifestam como respostas inflexíveis a uma ampla série de
situações pessoais e sociais. Elas representam desvios extremos ou significativos
do modo como o indivíduo médio, em uma dada cultura, percebe, pensa,
sente e, particularmente, se relaciona com os outros”

CID 10
“Personalidade pode ser conceitualizada como uma organização
relativamente estável, composta de sistemas e moldes. Sistemas de estruturas
(esquemas) interconectadas respondem pela sequência que se estende
desde a recepção do estímulo até o ponto final de uma resposta
comportamental.”
(Beck & Freeman, 1993)
FRAGMENTOS
PERSONALIDADE

◦ ________________________________________ + ________________________________________
PERSONALIDADE
PERSONALIDADE
◦ Cognição e Evolução

◦ Busca pela sobrevivência e reprodução

◦ Desenvolvimento de esquemas e Padrões Comportamentais

Temperamentos:
◦ Lábil Não Reativo;
◦ Pessimista Otimista;
◦ Ansioso Calmo;
◦ Obsessivo Distraído;
◦ Passivo Agressivo;
◦ Irritável Alegre;
◦ Tímido Sociável
PERSONALIDADE
Formada a partir de:
- Genes
- Experiências
- Percepções

A formação da personalidade é um processo gradual, complexo e único a


cada indivíduo.
Adaptação x Desadaptação
O processo de adaptação pode trazer subprodutos indesejáveis

• Utilização estereotipada de estratégias


• Desenvolvimento de esquemas inflexíveis
• Conflitos entre padrões comportamentais e normas sociais
Estratégias Ineficazes
TEORIA DO APEGO DE BOWLBY
O cuidado inadequado na primeira infância e o desconforto e a ansiedade de
crianças pequenas relativos à separação dos cuidadores (John Bowlby,1907-
1990).

Encontrou evidências de efeitos adversos ao desenvolvimento, atribuídos ao


rompimento na interação com a figura materna, na primeira infância
(AINSWORTH & BOWLBY, 1991 ).
TEORIA DO APEGO DE BOWLBY
Desenvolvimento socioemocional tem uma relação direta com modelo de
apego que um indivíduo desenvolve durante a primeira infância.

A criança é profundamente influenciada pela maneira como os cuidadores


primários (pais ou pessoas substitutas) atendem as suas necessidades básicas.

O desenvolvimento do apego está ligado a fatores temperamentais e genéticos


(M. Ainsworth, 1978; 1985)
TEORIA DO APEGO DE BOWLBY
A TA compreende o comportamento em termos de um sistema motivacional

Ponto de partida para o desenvolvimento de uma nova teoria da motivação


humana que integra aspectos da biologia moderna e inclui afeto, Cognição,
sistemas de controle e de memória, além dos aspectos envolvidos no
desenvolvimento, sustentação e provimento dos laços de apego (M. Cortina &
M. Marrone, 2003).
TEORIA DO APEGO DE BOWLBY
Contempla os processos normais de desenvolvimento e a psicopatologia
humana.

Aborda os processos de informação para a compreensão dos mecanismos


psicológicos utilizados na vivência de um trauma ou uma perda, ou, ainda, na
experiência de negligência ou rejeição pelas figuras de apego (Cortina &
Marrone, 2003)

Oferece uma base para estudos sobre os afetos e as emoções humanas.


TEORIA DO APEGO DE BOWLBY
Aponta diversas direções:
1. A relação entre as experiências de apego da infância e o comportamento
parental;
2. A transmissão intergeracional dos padrões de apego;
3. O impacto das experiências de apego da infância nos relacionamentos de
adolescentes e adultos;
4. O papel do apego entre adultos, tanto na parentalidade, como nas relações
românticas e em seus pensamentos, percepções e comportamentos;
5. As relações entre o apego da infância e sua continuidade na adolescência;
6. O apego entre o bebê e seu cuidador.
(J. Crowell & D. Treboux , 1995)
APEGO
É um comportamento biologicamente programado, como o mecanismo de
alimentação e da sexualidade, e é considerado como um sistema de controle
homeostático, que funciona dentro de um contexto de outros sistemas de
controle comportamentais.

O papel do apego na vida dos seres humanos envolve o conhecimento de que


uma figura de apego está disponível e oferece respostas, proporcionando um
sentimento de segurança que é fortificador da relação (J. Bowlby, 1989).
TEORIA DO APEGO
O relacionamento da criança com os pais é instaurado por um conjunto de sinais inatos do
bebê, que demandam proximidade (J. Bowlby, 1973/1984).

Um verdadeiro vínculo afetivo se desenvolve, garantido pelas capacidades cognitivas e


emocionais da criança, assim como pela consistência dos procedimentos de cuidado, pela
sensibilidade e responsividade dos cuidadores.

Um dos pressupostos básicos da TA sugere que as primeiras relações de apego, estabelecidas


na infância, afetam o estilo de apego do indivíduo ao longo de sua vida (Bowlby, 1989).
TEORIA DO APEGO
COMPORTAMENTO DE APEGO
Tem função biológica e corresponde a uma necessidade de proteção e segurança (BOWLBY,
1973/1984).

É instintivo, evolui ao longo do ciclo da vida, mas não é herdado; o que se herda é o potencial para
desenvolver comportamentos adaptativos, garantindo sua evolução e preservação.

As crianças também se apegam a figuras abusivas, porque o comportamento de apego não é eliciado
apenas por associações de prazer, mas quando seus cuidadores respondem às suas necessidades
fisiológicas, mesmo que intermitente (CASSIDY, 1999).
TEORIA DO APEGO
Dois fatores que podem interferir na ativação do sistema de comportamento do apego:
1. Relacionados às condições físicas e temperamentais da criança,
2. Relacionados às condições do ambiente.
Sistema de Apego
Tem função direta nas respostas afetivas e no desenvolvimento cognitivo,
Envolve uma representação mental das figuras de apego, de si mesmo e do ambiente, sendo
estas baseadas na experiência (J. Bowlby, 1969/1990)
TEORIA DO APEGO
Modelos Internos de Funcionamento (Working Models)

O sistema de comportamento de apego é complexo e envolve uma habilidade de


representação mental: representações das experiências da infância relacionadas às percepções
do ambiente, de si mesmo e das figuras de apego (Bowlby, 1969/1990; 1973/1980).

De acordo com J. Bowlby (1989), as experiências precoces com o cuidador primário influenciam
as expectativas geradas sobre si mesmo, sobre os outros e sobre o mundo, com implicações
importantes na personalidade.
TEORIA DO APEGO
A criança constrói um modelo representacional interno de si mesma, dependendo de como foi
cuidada. Mais tarde, em sua vida, esse modelo internalizado permite à criança, quando o
sentimento é de segurança em relação aos cuidadores, acreditar em si própria, tornar-se
independente e explorar sua liberdade.

V. Ramires (2003) ressalta a importância da cognição social na formação do modelo de


funcionamento interno. O conceito de cognição social inclui o pensar sobre o que as pessoas
deveriam fazer, como elas se sentem e a forma como um indivíduo compreende o que pensa
sobre os outros.
TEORIA DO APEGO
Modelos Internos de Funcionamento (Working Models)
Descrevem as representações ou expectativas que guiam o comportamento.
Servem como base de predição e interpretação do comportamento de outras pessoas às quais
se é apegado.
Estão relacionados com os sentimentos de disponibilidade das figuras de apego, com a
probabilidade de recebimento de suporte emocional em momentos de estresse e, de maneira
geral, com a forma de interação com essas figuras (Bowlby, 1989).
Prelúdio da construção dos esquemas desadaptativos.
TEORIA DO APEGO
Há uma tendência de recriação do padrão de apego primário internalizado, o qual é perpetuado nas
relações ao longo da vida.
Nas famílias abusivas:
A construção da representação mental infantil tende a se dar de forma rígida, mal-adaptada, inapropriada
e, como consequência, o desenvolvimento da função de mentalização poderá ser pobre ou inexistente.
A criança perde a confiança ou tem dificuldade de compreender os outros por meio dos seus próprios
sentimentos.
Há a possibilidade de que a criança iniba sua capacidade de se envolver em relacionamentos de apego
intensos.
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DO APEGO ENTRE O CUIDADOR E A CRIANÇA

Padrão Desorganizado
Padrão
Padrão seguro ambivalente ou
evitativo
ou resistente desorientado
PADRÃO SEGURO
Relacionamento cuidador-criança provido de uma base segura, na qual a criança pode explorar
seu ambiente de forma entusiasmada e motivada e, quando estressada, mostra confiança em
obter cuidado e proteção das figuras de apego, que agem com responsividade.

Interação entre o cuidador e a criança são de cooperação, com instruções seguras e


monitoração por parte do cuidador, ao mesmo tempo em que este encoraja a independência.
PADRÃO RESISTENTE / AMBIVALENTE
A criança apresenta comportamento imaturo para sua idade e pouco interesse em explorar o
ambiente, voltando sua atenção aos cuidadores de maneira preocupada.

Ao se separar dos cuidadores demonstra bastante incômodo, não se aproxima de estranhos, e


quando os cuidadores retornam apresenta resistência, alternando o comportamento entre a
busca por contato e a expressão de irritabilidade.

Demandas atendidas de forma intermitente provocam falta de confiança em relação aos


cuidados, à disponibilidade e à responsividade dos cuidadores.
PADRÃO EVITATIVO
Brinca de forma tranquila, mas interage pouco com os cuidadores,
Mostra-se pouco inibida com estranhos, brincando com pessoas desconhecidas durante a ausência dos
cuidadores.
Mantêm distância e não procuram os cuidadores para obter conforto.
São crianças menos propensas a procurar o cuidado e a proteção das figuras de apego quando vivenciam
estresse.
Crianças negligenciadas sentem-se rejeitadas, porque, apesar dos cuidadores demonstrarem preocupação,
não correspondem aos sinais de necessidade quando a criança os indica. Aprendem a ocultar suas
necessidades (Cortina & Marrone, 2003).
PADRÃO DESORGANIZADO / DESORIENTADO
São crianças que tiveram experiências negativas para o desenvolvimento infantil adaptativo.
Apresentam comportamento contraditório e/ou estratégias de coping incoerentes para lidarem com a
situação de separação dos cuidadores.
Exibem um comportamento constante de impulsividade, que envolve apreensão durante a interação,
expressa por irritabilidade ou confusão facial, ou expressões de transe e perturbações.
Para M. Main & E. Hesse (1990), elas vivenciam um conflito, sem ter condições de manter um estratégia
adequada para lidar com o que as assusta. Comum em situações de abuso, nas quais o cuidador pode
significar uma fonte amedrontadora mesmo que não seja o abusador.
O padrão desorganizado é associado a fatores de risco e aos maus-tratos infantil, transtorno bipolar nos
pais ou uso parental de substâncias psicoativas (Cortina & Marrone, 2003).
TEORIA DO APEGO E IMPLICAÇÕES NA VIDA ADULTA
As representações dos modelos internos de apego nos adultos referem a relação do indivíduo
com os pais durante a infância e os efeitos dessas experiências retratam o seu funcionamento
atual.
Categorias de padrões de apego em adultos:
seguro/autônomo, desapegado/evitativo, preocupado/ansioso e desorganizado/desorientado,
sendo que cada uma corresponde a determinadas características de personalidade, a formas de
interação, aos tipos de resposta social apresentados e ao surgimento de psicopatologias
(Atkinson, 1997).
TEORIA DO APEGO E IMPLICAÇÕES NA VIDA ADULTA
A segurança em adolescentes e adultos não se identifica com nenhuma relação em particular,
ou seja, com nenhuma figura de apego específica, nem do passado, nem do presente.

O que há são as diferenças individuais do estado mental de acordo com a história global do
apego.

A categoria segura/autônoma faz um paralelo com o grupo de crianças de apego seguro. Os


adultos desse grupo apresentam um relato espontâneo e vívido das experiências de infância,
com lembranças positivas e uma descrição equilibrada de ocorrências infantis difíceis.
TEORIA DO APEGO E IMPLICAÇÕES NA VIDA ADULTA
Os adultos que se enquadram na categoria de apego evitativo ou desapegado apresentam um
relato idealizado da infância, com falha na reconstrução das memórias infantis, ou dificuldades
em relatar essas experiências, seus efeitos são negados ou minimizados.
A categoria preocupado/ansioso apresenta relato de experiências confusas, vagas ou
conflitantes, inabilidade para se colocar nas situações infantis. Demonstra dificuldade de
compreender a origem de suas preocupações.
A categoria de apego adulto desorganizado/desorientado está relacionada a relatos com sinais
graves de desorientação e desorganização, sobretudo no que se refere a eventos traumáticos
ou perdas importantes (Cortina & Marrone, 2003).
PRESSUPOSTOS DA TCC TRADICIONAL
A TCC focaliza três níveis de fenômenos cognitivos: pensamentos automáticos, distorções
cognitivas e suposições subjacentes.

Permite melhor acesso aos sentimentos, imagens e pensamentos;

Paciente com motivação p/ tarefas de casa e aprende estratégias de autocontrole;

Paciente pode engajar-se em relação colaborativa c/ o terapeuta em poucas sessões.


PRESSUPOSTOS DA TCC TRADICIONAL
Foco na identificação do problema ajuda o paciente a identifica-los mais facilmente;

Facilita a relação terapêutica;

Todos os padrões de cognições e comportamentos podem ser modificados através da análise


empírica, do questionamento lógico, da experimentação; em passos graduais e pela prática.
TEMPERAMENTO - Classificação
 Fácil - Crianças que apresentam regularidade nas funções biológicas, resposta de
aproximação positiva a estímulos novos, alta adaptabilidade a mudança, intensidade de
humor de leve a moderada e preponderantemente positiva
 Difícil - Apresentam irregularidade nas funções biológicas, resposta de retraimento
negativo a estímulos novos, inadaptação ou adaptação lenta a mudanças, expressões de
humor intensas e frequentemente negativas
 Lento para reagir – Caracterizado pela combinação de respostas negativas à estímulos novos
com adaptabilidade lenta.
Necessidade Emocionais Fundamentais
• Vínculos Seguros: Segurança, estabilidade e aceitação.

• Autonomia, Competência e Juízo de Identidade – Experimentar o sucesso e o fracasso.

• Liberdade para expressar suas necessidade e emoções.

• Espontaneidade e lazer.

• Limites realistas e Autocontrole – compreensão de regras, estratégias para lidar com a


frustração. Pais indugentes x Pais negligentes.
Esquemas Iniciais Desadaptativos - EIDs
São crenças e sentimentos incondicionais sobre si em relação ao ambiente. São verdades implícitas e
aceitas como se fosse natural.

São autoperpetuadores e, portanto muito mais resistentes a mudanças.

Quanto mais cedo se desenvolverem passam a constituir o núcleo do autoconceito da pessoa e sua
concepção do ambiente.

A pessoa realiza uma série de manobras cognitivas para manter o esquema e evitar uma
desorganização cognitiva.
Esquemas Iniciais Desadaptativos - EIDs
Precisam ser disfuncionais e recorrentes, e deve levar a um sofrimento psicológico (depressão,
pânico, relacionamentos destrutivos, mal desempenho laboral ou acadêmicos, etc.)
São ativados por acontecimentos relevantes para o esquema específico
Estão sempre ligados a altos níveis de afeto, diferente das suposições subjacentes.
Tem relação direta com o temperamento inato da criança na interação com experiências
disfuncionais com os pais, irmãos, amigos, etc., durante os primeiros anos de vida
Não é resultado de eventos traumáticos, mas de experiências nocivas continuadas.
Esquemas Iniciais Desadaptativos - EIDs
Padrões emocionais e cognitivos autoderrotistas iniciados precocemente e repetido ao longo
da vida (Young et al, 2008).

Oriundos da não satisfação das necessidade emocionais fundamentais e/ou da repetição de


experiências afetivas nocivas durante a infância e adolescência.

Na infância os esquemas são adaptativos, em consonância com as interações com o ambiente.


No entanto, eles podem interferir no desenvolvimento normal quando leva a criança a repetir
experiências negativas enrijecendo o esquema.
Esquemas Iniciais Desadaptativos - EIDs
Armazenados no nível mais profundo da cognição e se perpetuam pelas distorções cognitivas.

São formados ao longo da vida e consistem de temas estáveis e duradouros.

São desenvolvidos na infância e vão se tornando significativamente disfuncionais, através de


padrões de vida autoderrotistas e estilos de enfrentamento disfuncionais.

Atuam como modelo para o processamento de experiências futuras.


Esquemas Iniciais Desadaptativos EIDs
Não resultam, necessariamente, de eventos traumáticos vividos pela pessoa.

Se desenvolve através de padrões continuados em experiências cotidianas (familiares, entre os


pares ou adultos com maior valência afetiva), os quais são reforçadores do esquema.

Resultam do temperamento da criança e sua interação com experiências disfuncionais do


ambiente.
ESQUEMAS INICIAIS DESADAPTATIVOS
• Verdades Incondicionais que se autoperpetuam

• Disfuncionais

• Relação direta com altos níveis de afeto

• Ativados por acontecimentos relevantes e significativos


ESTRUTURAÇÃO DE DOMÍNIOS E EID’s (Young, 2008)
Desconexão / Rejeição Autonomia / Desempenho Limites Prejudicados Direcionamento para o Supervigilância e Inibição
Prejudicados Outro
Abandono/Instabilidade Dependência/Incompetência Arrogo / Grandiosidade Subjugação Negativismo / Pessimismo

Desconfiança e Abuso Vulnerabilidade ao dano ou Autocontrole / Autodisciplina Autossacrifício Inibição Emocional


doença insuficientes
Privação Emocional Emaranhamento Busca de Aprovação / Padrões Inflexíveis /
Reconhecimento Hipercriticismo
Defectividade / Vergonha Fracasso Postura Punitiva

Isolamento Social/
Alienação

ESTRUTURAÇÃO DE DOMÍNIOS E EID’s (Bach, Lockwood et al. 2017)


Desconexão / Rejeição Autonomia / Desempenho Prejudicados Limites Prejudicados Padrões e Responsabilidades
Excessivas
Privação Emocional Dependência/Incompetência Arrogo / Grandiosidade Autossacrifício

Isolamento Social/ Alienação Social Fracasso Autocontrole / Autodisciplina Padrões Inflexíveis / Hipercriticismo
insuficientes
Inibição Emocional Subjugação / Invalidação

Defectividade / Vergonha Abandono / Instabilidade

Desconfiança e Abuso Emaranhamento

Negativismo / Pessimismo Vulnerabilidade ao dano ou doença Postura Punitiva


Busca de Aprovação / Reconhecimento
Desconexão / Rejeição
“ Expectativa de que as necessidades de segurança, estabilidade, carinho, empatia,
compartilhamento de sentimentos, aceitação e respeito não serão atendidas,
previsivelmente.”

“A família de origem é tipicamente desligada, rejeitadora, solitária, explosiva,


imprevisível e abusiva”
Autonomia / Desempenho Prejudicados
“ Expectativa sobre si mesmo e o ambiente que interferem na capacidade percebida de
separar-se, sobreviver, funcionar independentemente ou ter um bom desempenho.”

“ A família de origem é tipicamente emaranhada, abala a confiança da criança em si mesma, é


superprotetora ou não consegue reforçar a criança para ter um desempenho competente fora
da família.”
Limites Prejudicados
“ Deficiência em limites internos, responsabilidade com os outros ou orientação para objetivos
de longo prazo. Tem dificuldade de respeitar os direitos dos outros, cooperar com eles,
comprometer-se ou estabelecer e cumprir metas pessoais.”

“A família de origem é tipicamente caracterizada por permissividade, excesso de indulgência,


falta de direção ou um senso de superioridade – em vez de confrontação, disciplina e limites
apropriados em relação a assumir responsabilidades, cooperar de maneira recíproca e
estabelecer metas. As crianças não se expuseram a tolerar níveis normais de desconforto ou
não recebeu supervisão, direção ou orientação adequada.”
Direcionamento para o outro
“Um foco excessivo nos desejos, sentimentos e respostas dos outros, à custa das próprias
necessidades a fim de obter amor e aprovação, manter o sentimento de conexão ou evitar
retaliação. Envolve a supressão e ausência de consciência da própria raiva.”

“A família é tipicamente baseada na aceitação condicional: as crianças precisam suprimir


aspectos importantes de si mesmas a fim de obter amor, atenção e aprovação. As necessidades
e osdesejos emocionais dos pais – ou aceitação social – são mais valorizados do que as
necessidades e os sentimentos de cada criança.”
Supervigilância e Inibição
“ ênfase excessiva na supressão dos sentimentos, dos impulsos e das escolhas pessoais
expontâneas ou na criana de regras e expectativas internalizadas, rígidas sobre desempenho e
comportamento ético – a custa da felicidade, autoexpressão, relaxamento, relacionamentos
íntimos ou saúde.”

“A família de origem é tipicamente severa, exigente e, as vezes, punitiva: desempenho, dever,


perfeccionismo, seguir regras, esconder emoções e evitar erros predominam sobre prazer,
alegria e relaxamento. Existe uma propensão ao pessimismo e a preocupação de que as coisas
não vão dar certo se a pessoa não for vigilante e cuidadosa o tempo tempo.”
ORIGENS DOS ESQUEMAS
Necessidades emocionais
fundamentais não atendidas

Experiências de Vida
Precoce

Temperamento Emocional
DOMÍNIOS ESQUEMÁTICOS
Autonomia e
Desconexão e Limites
Desempenho
Rejeição Prejudicados
Prejudicados

Orientação Supervigilância
para o Outro e inibição
DOMÍNIOS ESQUEMÁTICOS X NECESSIDADES FUNDAMENTAIS
Desconexão / Rejeição Conexão segura, aceitação e cuidados

Autonomia e Desempenho Prejudicados Autonomia, Competência, Senso de Identidade

Limites Prejudicados Limites Realistas, Autocontrole

Direcionamento para o Outro Livre expressão das necessidades emocionais

Supervigilância / Inibição Lazer e Espontaneidade


MANUTENÇÃO
Refere-se as distorções cognitivas e padrões de comportamentos autoderrotistas que reforçam
os EID’s.
Isso explica a rigidez característica dos transtornos de personalidade.
A cognição mantém o esquema salientando informações que confirmam o esquema, ao
mesmo tempo que nega ou minimiza as evidências que contradizem o esquema.
Este processo acontece pelas distorções cognitivas de magnificação, minimização, abstração
seletiva ou supergeneralização.
ESTILOS DE ENFRENTAMENTO
Manutenção:

Nível Cognitivo Reage conforme o


conteúdo dos EIDs
Nível Comportamental ativados.
EVITAÇÃO
O esquema ativado provoca emoção intensa causando desconforto provocando a evitação
cognitiva.
Evitação cognitiva é uma tentativa e bloquear pensamento ou imagens desagradáveis.
Ex.: “eu não quero mais pensar nisso”
Evitação afetiva é uma tentativa de bloquear sentimentos desencadeados pelos esquemas.
Ex.:“Cortar a pele para desfocar da dor emocional”
Evitação comportamental é a tendência de evitar situações ou circunstâncias da vida real que
desencadeiem esquemas dolorosos.
Ex.: “Isolamento social para evitar pensamentos acusatórios”
ESTILOS DE ENFRENTAMENTO
Evitação:
 Cognitiva Evita contato com
informações, situações e/ou
 Afetiva afetos relacionados ao
 Comportamental conteúdo dos EIDs ativados.
COMPENSAÇÃO
É uma atitude de hipercompensação dos EDI’s.

Pessoas adotam estilos cognitivos ou comportamentais opostos aos seus esquemas

Ex.: Pacientes com privação Emocional se tornam narcisistas.

Ela pode ser funcional até certo ponto.

Envolve a incapacidade de reconhecer a vulnerabilidade subjacente. O paciente fica vulnerável,


correndo o risco do esquema falhar
ESTILOS DE ENFRENTAMENTO
Hipercompensação “Formação Reativa”

Agir de modo aparentemente OPOSTO ao


conteúdo dos EIDs. Entretanto, a sistemática
desta ação tem, invariavelmente, como
resultados a confirmação das crenças do
EIDs. Processo totalmente insconsciente.
ESTILOS DE ENFRENTAMENTO E RESPOSTA
(Processos esquemáticos)

RENDIÇÃO
Desistir

COMPENSA
ÇÃO EVITAÇÃO
Reação Fugir
disfuncional
RESPOSTAS COMUNS DE ENFRENTAMENTO
RENDIÇÃO (Manutenção):

Complacência

Dependência
RESPOSTAS COMUNS DE ENFRENTAMENTO
EVITAÇÃO:

Abuso de substâncias

Afastamento, desligamento

Isolamento; tornar-se workaholic


RESPOSTAS COMUNS DE ENFRENTAMENTO
COMPENSAÇÃO (HIPERCOMPENSAÇÃO)

Agressão, hostilidade

Manipulação, exigências, controle excessivo

Perfeccionismo
OS MODOS ESQUEMÁTICOS

“Conjunto de esquemas ou operações de


esquemas – adaptativos ou
desadaptativos – que estão ativados no
indivíduo em um dado momento”.
OS MODOS ESQUEMÁTICOS

“As emoções, as cognições e os


comportamentos específicos
que são ativados no momento”
O QUE SÃO MODOS ESQUEMÁTICOS
O modo é o estado predominante em um determinado momento.

• Modos incluem sentimentos, estilos de enfrentamento, cognições (percepções, pensamentos


e interpretações) e reações saudáveis que experimentamos no momento.

• Os modos desadaptativos são utilizados quando necessidades primordiais não são cumpridas
e os esquemas são acionados.
QUANDO SE UTILIZA O TRABALHO COM MODOS?
Quando há grande número de EIDs ativados e quando há forte resistência do paciente.

Quanto mais grave ou refratário for o caso, mais útil é a terminologia dos modos e de suas
estratégias.

Quanto mais autopunitivo e autocrítico for o paciente é indicativo de pai ou mãe disfuncional
internalizado.
MODOS GERAIS
Modos
Modos Inatos da Modos Modos Internalizados
Desadaptativos de
Criança Hipercompensadores de Pais Disfuncionais
Enfrentamento

Modo Adulto
Saudável
MODOS CRIANÇA
MODO DESCRIÇÃO ESQUEMAS ASSOCIADOS
Criança Vivencia sentimentos disfóricos ou ansiosos, em Abandono
Vulnerável especial medo, tristeza e desamparo quando em
contato com esquemas associados Desconfiança/abuso

Crenças de que ninguém suprirá suas necessidades Privação emocional


emocionais e desconfia das intenções dos outros
Defectividade

Emaranhamento
MODOS CRIANÇA
MODOS DESCRIÇÃO ESQUEMAS ASSOCIADOS

Criança Vulnerável Sente-se excluída e rejeitada Isolamento Social

Demonstra estar em situação Dependência/Incompetência


de perigo e que o ambiente é
perigoso Vulnerabilidade ao dano/doença

Negatividade/Pessimismo
MODOS CRIANÇA
MODO DESCRIÇÃO ESQUEMAS ASSOCIADOS

Criança Zangada Libera raiva e hostilidade diretamente Abandono


em resposta a necessidades
fundamentais não satisfeitas ou Desconfiança/abuso
tratamento injusto relacionado ao
esquema nuclear Privação emocional

Subjugação
MODOS CRIANÇA
MODO DESCRIÇÃO ESQUEMAS ASSOCIADOS

Criança Zangada Expressão física e verbal de raiva Abandono


e solicitação hostil de seus direitos
Desconfiança/abuso
Pode se apresentar como uma
criança birrenta (explosões de raiva) Privação emocional

Suas percepções podem incluir Subjugação


traição, abandono e rebaixamento
MODOS CRIANÇA
MODO DESCRIÇÃO ESQUEMAS ASSOCIADOS
Criança Age impulsivamente, segundo desejos imediatos Arrogo
Impulsiva de prazer, sem considerar limites nem as
necessidades e sentimentos dos outros Autocontrole Insuficiente

Busca satisfazer desejos de forma egoísta e Os desejos que busca


descontrolada satisfazer não estão ligados às
necessidades fundamentais
Baixo controle de suas emoções e impulsos
MODOS CRIANÇA
MODO DESCRIÇÃO ESQUEMAS
ASSOCIADOS
Criança Age impulsivamente, segundo desejos imediatos Arrogo
Impulsiva de prazer, sem considerar os limites nem as
necessidades e sentimentos dos outros Autocontrole insuficiente

Busca satisfazer desejos de


forma egoísta e descontrolada
MODOS CRIANÇA
MODO DESCRIÇÃO ESQUEMAS ASSOCIADOS
Criança Demonstração importante de falta de tolerância Arrogo
Indisciplinada à frustração
Autocontrole Insuficiente
Não suporta desconforto com tarefas de sua
rotina ou atividades que considere enfadonhas

Dificuldade de persistir nas tarefas

Nenhuma tolerância frente a dor, conflito ou


persistência
MODOS CRIANÇA
MODO DESCRIÇÃO ESQUEMAS ASSOCIADOS
Criança Feliz Sente-se amada, conectada, contente e Nenhum.
satisfeita, compreendida e validada

Autoconfiante e age de forma autônoma e


competente

Espontaneidade no contato
MODO PAI/MÃE DISFUNCIONAL
MODO DESCRIÇÃO ESQUEMAS ASSOCIADOS
Restringe, critica ou pune a si ou aos Subjugação
Pai/Mãe outros
Punitivo-Crítico Postura punitiva
É uma reprodução dos pais internalizados
Defectividade

Automutilação, autodepreciação e Desconfiança/abuso (como


suicídio podem ocorrer neste modo abusador)
MODO PAI/MÃE DISFUNCIONAL
MODO DESCRIÇÃO ESQUEMAS ASSOCIADOS
Agressivo, crítico e intolerante consigo Subjugação
Pai/Mãe mesmo e com os outros
Punitivo-Crítico Postura punitive
Está sempre se criticando e se culpando
Defectividade,
Intolerância com os erros e considera que Desconfiança/abuso (como
os mesmos devem ser punidos abusador)
MODO PAI/MÃE DISFUNCIONAL
MODO DESCRIÇÃO ESQUEMAS ASSOCIADOS
Pai/Mãe São internalizações dos pais no Padrões Inflexíveis
Exigente início da vida do paciente;
Autossacrifício
Tratam-se como eram tratados
em sua infância
Pensa, sente e se comporta da
mesma forma que seus pais
atuavam com eles mesmos
MODO PAI/MÃE DISFUNCIONAL
MODO DESCRIÇÃO ESQUEMAS ASSOCIADOS
Pai/Mãe Foca-se em suas falhas Padrões inflexíveis
Exigente
Autossacrifício

Busca pela excelência –


insatisfação constate com seu
desempenho, bem como com o
dos outros
MODO PAI/MÃE DISFUNCIONAL
MODO DESCRIÇÃO ESQUEMAS ASSOCIADOS
Pai/Mãe Estabelece expectativas e níveis Padrões inflexíveis
Exigente de responsabilidade altos em
relação aos outros e se Autossacrifício
pressiona para cumprí-los

Sente que precisa agir de


acordo com regras e padrões
rígidos e elevados
MODOS HIPERCOMPENSADORES
MODO DESCRIÇÃO
Autoengrandecimento Sente-se superior ou poderoso. Divide o
mundo em categorias focalizando-se mais
em aparências do que em sentimentos ou
contato com os outros.
Provocativo e Ataque Usa ameaças e intimidações para obter o
que quer. Sente um sadismo em atacar os
outros
MODO ADULTO SAUDÁVEL
MODO DESCRIÇÃO

Enfrentamento: assertivo, • Consegue identificar suas necessidades


positivo, sadio
• Envolve-se em atividades e relações sadias e positivas
que preenchem suas necessidades

• Apresenta tolerância a frustração, assertividade e


capacidade de planejamento
ESTILOS DE ENFRENTAMENTO DESADAPTATIVOS
ESTILO DE ENFRENTAMENTO DESCRIÇÃO
• Capitulador Complacente - • Adota enfrentamento baseado em obediência e
Resignado (Fuga de maus-tratos) dependência.
• Protetor Desligado - Evitativo (Fuga • Adota estilo de retraimento emocional, desconexão,
de emoções negativas) isolamento e evitação comportamental – robótico.

• Hipercompensador (Fuga emoções • Estilo de enfrentamento caracterizado por contra-


negativas) ataque e controle. Pode hipercompensar por meios
indiretos, como trabalho excessivo.
ESTILOS DE ENFRENTAMENTO DESADAPTATIVOS
CAPITULADOR DESCRIÇÃO
COMPLACENTE
• Resignação Adota um estilo de enfrentamento baseado em obediência,
dependência e passividade

• Submissão Para evitar agressões ou consequências desagradáveis o


indivíduo se submete aos desejos dos outros, desconsiderando os
seus

Suprime suas necessidades e emoções com medo de represálias


ESTILOS DE ENFRENTAMENTO DESADAPTATIVOS
PROTETOR DESLIGADO DESCRIÇÃO
Evitação Estilo de retraimento emocional e desconexão
Pode se sentir vazio, desatento
Atitudes cínicas e pessimistas para manter os outros
afastados
Distanciamento Psicológico Evitação e isolamento comportamental
Sua função é fugir de emoções Desligamento dos sentimentos e da realidade
negativas / desagradáveis despersonalização e
ocasionadas pelo aparecimento desrealização)
dos esquemas
ESTILOS DE ENFRENTAMENTO DESADAPTATIVOS
PROTETOR AUTOAVALIADOR DESCRIÇÃO
Evitação Busca distrações para evitar sentimentos negativos:
Justifica racionalmente suas fugas
Sua função é fugir de emoções Dormir, abuso de substâncias, trabalhar em excesso e
negativas/desagradáveis compulsão por esportes, sexo, jogos
ocasionadas pelo aparecimento
dos esquemas
Parecido com o protetor desligado, mas consegue se
vincular mais no contato
ESTILOS DE ENFRENTAMENTO DESADAPTATIVOS
HIPERCOMPENSADOR DESCRIÇÃO
hipercompensação Conjunto de maneiras onde busca aliviar o desconforto da
ativação dos EIDs através de exageros
Sua função é fugir de emoções Caracterizado por contra-ataque, controle e
negativas/desagradáveis autoengrandecimento
Agem como o oposto do esquema fosse verdade
Defectividade se mostram perfeitos
ESTILOS DE ENFRENTAMENTO DESADAPTATIVOS
TIPOS
Paranóide Autoengrandecedor

Enganador e manipulador Provocativo e Ataque

Predador Obsessivo supercontrolador


ESTILOS DE ENFRENTAMENTO
HIPERCOMPENSADOR
AUTOENGRANDECEDOR
Acredita que é superior, diferente dos demais e que tem direitos especiais

Postura arrogante, egoísta e abusiva

Comum agir de forma agressiva ou com ironia e humilhar outras pessoas


ESTILOS DE ENFRENTAMENTO
HIPERCOMPENSADOR
PROVOCATIVO E ATAQUE
Busca controlar o comportamento do outro através de ameaças, intimidações e todos os tipos de
agressões

Ataca antes de ser atacado, pois teme ser ferido ou controlado pelos outros

Sadismo em machucar o outro

Relação terapêutica difícil quando este modo é ativado


ESTILOS DE ENFRENTAMENTO
HIPERCOMPENSADOR
OBSESSIVO SUPERCONTROLADOR
Busca controlar supostas ameaças do ambiente

Presença de muitos rituais que são justificados racionalmente

Uso de repetições e verificações


ESTILOS DE ENFRENTAMENTO
HIPERCOMPENSADOR
PARANÓIDE
Tenta proteger-se de possíveis ameaças através de verificação recorrente das intenções que estão
por detrás do comportamento do outro

A desconfiança é presente invariavelmente nas relações

Dificuldade de falar acerca de aspectos íntimos de sua vida


ESTILOS DE ENFRENTAMENTO
HIPERCOMPENSADOR
ENGANADOR MANIPULADOR

Evita punições e responsabilizações por meio de mentiras, intrigas e manipulações

Comportamento exageradamente sedutor, onde busca enganar e vitimizar o outro na relação


ESTILOS DE ENFRENTAMENTO
HIPERCOMPENSADOR
PREDADOR

Eliminação de ameaças, obstáculos, inimigos e rivais

Se apresenta de forma fria e calculada

Não demonstra remorso e arrependimento


INTERVENÇÃO
Roteiro de Atendimento em Terapia do Esquema
1. Identificar sintomas e problemas na queixa inicial
2. Avaliar o paciente através de instrumentos baseados na TE
3. Psicoeducar sobre os esquemas e Discutir o resultado da avaliação inicial
4. Provocar o desencadeamento do esquema abordando temas que favoreçam, indicando
vídeos, livros, etc.
INTERVENÇÃO
5. Confrontar empaticamente os esquemas
6. Identificar comportamentos desencadeados pelos esquemas: Manutenção, Evitação ou
Compensação.
7. Integrar as informações precedentes realizando a conceituação do caso.
8. Distinguir os esquemas: primários, secundários e vinculados. Escolher um ou dois esquemas
nucleares para o processo de mudança.
TÉCNICAS EM TE
COGNITIVAS
1. Revisar evidências que apoiam os esquemas:
Eliciar todas as informações usadas para comprovar a veracidade e necessidade do esquema.
Revisar as origens do esquema na infância, evocando lembranças importantes.
Demonstrar como o esquema se desenvolveu e como foi reforçado.
Encenar de forma vivencial o esquema
TÉCNICAS EM TE
COGNITIVAS
2. Examinar criticamente as Evidências comprobatórias
Utilizar o empirismo colaborativo ou descoberta guiada para que o paciente perceba que o
esquema não é válido.
Realizar a confrontando empática
Considerar as experiências familiares iniciais refletindo sobre as expectativas e os padrões
desadaptativos dos pais.
Acolher as emoções que surgem e esclarecer que as experiências iniciais não implicam em
falha, incompetência, maldade ou falta de amabilidade.
TÉCNICAS EM TE
COGNITIVAS
3. Revisar as Evidências que Contradizem o Esquema
Esclarecer as informações positivas sobre o cliente que contradizem o esquema
Lembrando que o esquecimento seletivo das informações positivas é parte do processo de
manutenção do esquema.
TÉCNICAS EM TE
COGNITIVAS
4. Ilustrar como o cliente descarta Evidências Contraditórias
Utilizar a técnica do Ponto e Contraponto ou Advogado do diabo onde o cliente vai representar
o papel do seu esquema enquanto o terapeuta assume o papel do adulto saudável.
Em casa o cliente desempenha ambos os papéis: o esquema e o ponto de vista adaptativo.
Demonstra quanto o paciente está a vontade com o seu esquema e quão pouca habilidade ele
tem para contradize-lo .
TÉCNICAS EM TE
COGNITIVAS
5. Contestar o esquema sempre que ele for ativado (na terapia ou fora dela)
Estar atento a ativação do esquema
Identificar qual esquema foi ativado
Escolher no baralho qual a carta que reflete o que sente naquele momento
TÉCNICAS EM TE
EXPERIENCIAIS
1. Diálogos Imaginários -
2. Catarse Emocional – Técnica das cadeiras transformacionais
3. Imagem Segura
4. Imagens Mentais
TÉCNICAS EM TE
INTERPESSOAIS
1. Relacionamento Terapêutico
Proporcionar um relacionamento terapêutico que se contraponha aos EID’s

COMPORTAMENTAIS
1. Mudar comportamentos provocados pelo esquema
2. Fazer mudanças ambientais
INTERVENÇÃO
Reparentalização Limitada: Preenchimento das necessidades emocionais não atendidas do
paciente, dentro dos limites da relação terapêutica. Objetiva enfraquecer os EID’s e corrigir a
relação primitiva e obter uma nova experiência emocional.
INTERVENÇÃO
Confrotação Empática:
Estilo que transmite ao mesmo tempo Compreensão e
necessidade de mudança.

Postura empática com o sofrimento do cliente, compreendendo


os motivos para tal comportamento, no entanto, não avalisa o
Comportamento disfuncional.
PERSONALIDADE
Normalidade x Patologia
◦ A diferença entre uma personalidade “normal” e outra “patológica” é quantitativa

◦ Todos distorcem a realidade, a questão é o quanto isso é disfuncional

◦ Esquemas nos transtornos de Personalidade são:


 Generalizados
 Inflexíveis
 Imperativos
 Resistentes á mudanças
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
◦ Cada transtorno de personalidade apresenta uma conceitualização distinta

Esquiva: os outros rejeitam e criticam e eu sou incompetente ou falho


Dependente: os outros abandonam e eu sou vulnerável
(Leahy, Beck & Beck, 2005)
Esquemas

São estruturas que integram eventos e atribuem significado a eles

Introduzem um viés sistemático no processamento da informação

Quando os esquemas estão latentes, eles não estão participando do processamento da


informação; quando ativados, eles canalizam o processamento cognitivo do estágio
mais inicial até o final.
Qualidade dos esquemas

Amplitude – estreita, moderada ou ampla

Flexibilidade ou rigidez (sua capacidade de modificação)

Densidade (sua relativa proeminência da organização cognitiva)

Valência – grau em que são energizados em um determinado momento do tempo –


nível de ativação emocional – varia de latente a hipervalente *
Processamento da informação

• Os esquemas vão influenciar a atenção, a recuperação e o valor associado à


informação

• Foco seletivo na informação que reforça as crenças negativas

• Os esquemas de personalidade são coordenados com outros esquemas ou modos:


crenças sobre si
 Crenças sobre outros
 Relações interpessoais
 Comportamentos outro
 Afeto.
Esquema de
Incompetência

Os outros
Afeto: Ansiedade
rejeitam e
e Tristeza
criticam

Comportamento
Isolamento e de retirada e
passividade precaução
◦ Quando o sujeito tem uma experiência que poderia rejeitar o esquema e quando ele
tem experiências positivas, ele falha em atentar a esses aspectos positivos;

◦ Cada transtorno de personalidade apresenta visões específicas de si mesmo e dos


outros, estratégias de coping e percepções de vulnerabilidade;

◦ Cada transtorno de personalidade é caracterizado por estilos específicos de


adaptação com certas qualidades ou comportamentos enfatizados e outros
subdesenvolvidos
Origens dos esquemas

◦ Nós aprendemos esses esquemas a partir de nossos pais, irmãos, pares ou


companheiros;

◦ Há diversas formas diferentes de ensinar essas ideias negativas sobre si mesmo, sobre
os outros e sobre o mundo;

Cultura
◦ Imagens sobre ser bonito, ter um corpo perfeito, ter muito dinheiro e muito sucesso
◦ Essas imagens não realísticas reforçam esquemas de inferioridade, perfeccionismo,
inadequação...
Vetores

◦ Dependente: Abaixo (submissão)


◦ Passivo-agressivo: Imóvel e pode obstruir os outros
◦ Narcisista: Acima dos outros
◦ Compulsivo: Acima para ter o controle
◦ Esquizóide: Para longe
◦ Esquiva: Para perto e recua
◦ Histriônica: Atrai os outros na sua direção
Visão geral da TCC para TP
◦ É mais produtivo identificar e modificar problemas “centrais” ao tratar transtornos de
personalidade

◦ O viés atributivo e não o viés motivacional é a principal fonte de afeto e conduta


disfuncional nos adultos

◦ Os pacientes com TP vêem a sua dificuldade de lidar com as outras pessoas como
independente de seu próprio comportamento ou input
Sentimentos e condutas disfuncionais são significativamente decorrentes da função de
certos esquemas, que produzem consistentemente julgamentos tendenciosos e uma
tendência concomitante de cometer erros cognitivos em determinadas situações

O viés atributivo é a principal fonte de afeto e conduta disfuncional nos adultos


◦ Frequentes eventos negativos da vida estavam associados a transtornos de
personalidade

◦ Severidade causada, pelo menos em parte, pela cronicidade dos eventos e pela
resposta do paciente a essa cronicidade

◦ Alto índice de stress e risco de suicídio


◦ Um transtorno do eixo I é responsável pela procura de terapia

◦ A presença de um transtorno de eixo II diminui imensamente a probabilidade de um


tratamento efetivo

◦ Existem resultados contraditórios em relação a influência na efetividade do


tratamento

◦ Probabilidade maior de abandono da terapia prematuramente


TRANSTORNOS DA
PERSONALIDADE
PERSONALIDADE
“Personalidade pode ser conceitualizada como uma
organização relativamente estável, composta de sistemas e
moldes. Sistemas de estruturas (esquemas) interconectadas
respondem pela sequência que se estende desde a recepção do
estímulo até o ponto final de uma resposta comportamental.”
(Beck & Freeman, 1993)
DIAGNÓSTICO
Clínico-descritivo baseado na história de vida

ASPECTOS AVALIADOS

• Cognitivos (Abstração, interpretação e memória)


• Afetivos (geração de sentimentos)
• Motivacionais (vontades e desejos)
• Instrumentais (preparação para ação)
• De Controle (Automonitoramento)
DIAGNÓSTICO
• Prejuízo no funcionamento da personalidade prediz a presença de um transtorno da
personalidade
• A gravidade do prejuízo prediz se um indivíduo apresenta mais de um transtorno da
personalidade ou um dos transtornos da personalidade mais tipicamente graves
• Um nível moderado de prejuízo no funcionamento da personalidade é necessário
para o diagnóstico
• Evidências empíricas sugerem que o nível moderado de prejuízo maximiza a
capacidade dos clínicos de identificar com precisão e eficiência uma patologia de
transtorno da personalidade.
Epidemiologia
População geral – 10 a 13%
População ambulatorial – 30 a 50%

HOMENS MULHERES

- Paranóide - Borderline
- Esquizóide - Histriônica
- Esquizotípica - Dependente
- Anti-social
- Narcisista
- Obsessivo-compulsivo
DIAGNÓSTICO
O Sistema de Controle Interno

Funções de Controle
Autorregulação
Comunicação interna
Autoanálise
Rel. c/ Ambiente (Comportamento social)
Relacionamento interpessoal
TRAÇO DE PERSONALIDADE
Os traços de personalidade são características mensuráveis.

São aspectos da personalidade que determinam padrões habituais de


comportamento, pensamento e sentimento.

O que diferencia uma pessoa da outra é a AMPLITUDE e INTENSIDADE com que


cada traço é vivenciado.

Aspecto do comportamento duradouro.


FATORES DA PERSONALIDADE
Os cinco fatores básicos do modelo de análise da personalidade são:
Extroversão
Neuroticismo
Socialização
Realização
Abertura à experiência
FATORES DA PERSONALIDADE
Neuroticismo refere-se ao nível crônico de ajustamento emocional e
instabilidade (Nunes, 2000)

Psicoticismo padrão de personalidade tipificado por agressividade e


hostilidade interpessoal. Altos níveis dessa característica implicam no
aumento da vulnerabilidade à psicoses como na esquizofrenia.
PERSONALIDADE E TRANSTORNO
As anormalidades da personalidade estão relacionadas à
possibilidade que se tem de classificação das características humanas

O “normal” (esperado?!) seria a pessoa ser "um pouco de tudo", sem


prevalecer patologicamente nenhuma delas
PERSONALIDADE E TRANSTORNO
Quando se destaca um traço marcante torna-se possível a
classificação

Caso esta característica responsável pela classificação prejudique ou


faça sofrer seu portador ou outras pessoas, ao invés de ser um certo
tipo de traço de personalidade, fala-se em transtorno de
personalidade
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
Pouco motivados para tratamento

•Os traços de personalidade pouco geram sofrimento para eles →


Perturbam suas relações com outras pessoas

•Eles não percebem o sofrimento ou não querem perceber o


sofrimento → Diferentes intenções
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
Em geral, o paciente chega ao tratamento:

• Por Imposição (cônjuge / família)


• Quando o comportamento afeta de maneira drástica os relacionamentos pessoais e
profissionais
• Queixas de depressão e ansiedade

Terapeuta pode ter a falsa impressão de que está diante de um “caso fácil”
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE & TCC
Quando não há Transtorno de Personalidade
 os esquemas são constantemente modificados, a fim de facilitar a organização
e a compreensão realística do mundo e das relações  função

Quando há Transtorno de Personalidade


 os indivíduos apresentam habilidade limitada para assimilar ou adaptar
esquemas mais funcionais
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
Amigos e familiares aconselham o tratamento

Raramente buscam psicoterapia → “Inflexíveis, instáveis e persistentes”

Não percebem seus traços de personalidade como disfuncionais;


parecem “certos” aos seus olhos
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
Pacientes são um desafio para o psicoterapeuta

Possuem crenças muito rígidas, negativas e super generalizadas sobre si


e sobre os outros

Desenvolvem estratégias disfuncionais para lidar com essas crenças, as


quais são dolorosas e promovem uma difícil interação social
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE & ESQUEMAS

Esse modo de ser é tudo o que a pessoa conhece para estabelecer


relações com o mundo

Esquemas: quase inquestionáveis → A verdade!

Terapeutas: REFORÇAR O QUESTIONAMENTO rumo A FLEXIBILIDADE


TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE – DSM IV -TR

“Características de personalidade são padrões duradouros de percepção,


relação e pensamento acerca do ambiente e de si mesmo, e são
exibidosnuma ampla faixa de contextos sociais e pessoais importantes.
Somente quando as características de personalidade são inflexíveis e
inadaptadas, e causam um comprometimento funcional significativo é que
elas constituem os Transtornos da Personalidade”.
DSM 5 (Modelo Alternativo)
(...) “o paciente típico que atende os critérios para um transtorno da
personalidade específico com frequência também atende critérios para outros
transtornos da personalidade. Igualmente, outro transtorno da personalidade
especificado ou não especificado é com frequência o diagnóstico correto
(porém pouco informativo), no sentido de que os pacientes não tendem a
apresentar padrões de sintomas que correspondem a somente um transtorno
da personalidade” (APA, p. 805)
DSM 5 (Modelo Alternativo)
(...) “Os transtornos da personalidade são caracterizados por prejuízos no
funcionamento da personalidade e por traços de personalidade patológicos.
Os diagnósticos específicos de transtorno da personalidade que podem ser
derivados desse modelo incluem os transtornos da personalidade antissocial,
evitativa, borderline, narcisista, obsessivo-compulsiva e esquizotípica. Essa
abordagem também inclui um diagnóstico de transtorno da personalidade –
especificado pelo traço (TP-ET), que pode ser feito quando um transtorno da
personalidade é considerado presente, mas os critérios para um transtorno
específico não são satisfeitos” (APA, p.805).
Critérios Gerais para Transtorno da
Personalidade
◦ As características essenciais de um transtorno da personalidade são:

◦ A. Prejuízo moderado ou grave no funcionamento da personalidade (self/interpessoal). O


aspecto essencial de um transtorno da personalidade é um padrão persistente de
experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas
da cultura do indivíduo e que se manifesta em pelo menos duas das seguintes áreas:
cognição, afetividade, funcionamento interpessoal ou controle de impulsos (Critério A)

◦ B. Um ou mais traços de personalidade patológicos. Esse padrão persistente é inflexível e


abrange uma ampla faixa de situações pessoais e sociais (Critério B)

◦ C. Os prejuízos no funcionamento da personalidade e a expressão dos traços de


personalidade do indivíduo são relativamente inflexíveis e difusos dentro de uma ampla
faixa de situações pessoais e sociais, provocando sofrimento clinicamente significativo e
prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo (Critério C)
Critérios Gerais para Transtorno da
Personalidade

◦ D. Os prejuízos no funcionamento da personalidade e a expressão dos traços de


personalidade do indivíduo são relativamente estáveis ao longo do tempo, podendo
seu início remontar no mínimo à adolescência ou ao começo da idade adulta. O
padrão é estável e de longa duração, e seu surgimento ocorre pelo menos a partir da
adolescência ou do início da fase adulta (Critério D).

◦ E. Os prejuízos no funcionamento da personalidade e a expressão dos traços de


personalidade do indivíduo não são mais bem explicados por outro transtorno mental.
O padrão não é mais bem explicado como uma manifestação ou consequência de
outro transtorno mental (Critério E)
Critérios Gerais para Transtorno da
Personalidade
◦ F. Os prejuízos no funcionamento da personalidade e a expressão dos traços de
personalidade do indivíduo não são unicamente atribuíveis aos efeitos fisiológicos de
uma substância ou a outra condição médica (p. ex., traumatismo craniano grave)
(Critério F)

◦ G. Os prejuízos no funcionamento da personalidade e a expressão dos traços de


personalidade do indivíduo não são mais bem entendidos como normais para o
estágio do desenvolvimento de um indivíduo ou para seu ambiente sociocultural
(Alternativo).
Critérios Gerais para Transtorno da
Personalidade
◦ O diagnóstico de transtornos da personalidade exige avaliação dos padrões de
funcionamento de longo prazo do indivíduo, e as características particulares da
personalidade devem estar evidentes no começo da fase adulta.

◦ Os traços de personalidade que definem esses transtornos devem também ser


diferenciados das características que surgem em resposta a estressores situacionais
específicos ou estados mentais mais transitórios (p. ex., transtornos bipolar, depressivo
ou de ansiedade; intoxicação por substância).

◦ O clínico deve avaliar a estabilidade dos traços de personalidade ao longo do tempo


e em diversas situações. É frequentemente necessário realizar mais de uma entrevista
e espaçá-las ao longo do tempo.
Critérios Gerais para Transtorno da
Personalidade

◦ A avaliação pode ainda ser complicada pelo fato de que as características que
definem um transtorno da personalidade podem não ser consideradas problemáticas
pelo indivíduo (i.e., os traços são com frequência egossintônicos).

◦ Para ajudar a superar essa dificuldade, informações suplementares oferecidas por


outros informantes podem ser úteis.
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
DSM IV-TR
A. Comportamento que desvia consideravelmente do que a cultura vigente espera.
Manifestado em 2 ou mais áreas:

1. cognição (auto / outros / de eventos)

2. afeto (intensidade, flexibilidade e conveniência das respostas emocionais)

3. funcionamento interpessoal

4. controle do impulso
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
DSM IV-TR
B. O comportamento é inflexível e invasivo, com alcance em diversas situações pessoais
e sociais.
C. O comportamento leva a um significante desconforto e prejuízo nas áreas de
funcionamento social e ocupacional, ou outra área importante de funcionamento.
D. O padrão é estável, de longa duração e deve iniciar, pelo menos, na adolescência
ou início da idade adulta.
E. O comportamento não pode ser identificado como uma manifestação ou
conseqüência de outra doença mental.
F. O comportamento não pode ser identificado como uma manifestação ou
conseqüência de causas fisiológicas como abuso de substâncias ou uma condição
médica geral tal como dano cerebral.
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
DSM 5
É um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia
acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível,
começa na adolescência ou no início da fase adulta, é estável ao longo do tempo e
leva a sofrimento ou prejuízo.

DSM 5:
-seção II: Atualização do texto associado aos mesmos critérios do DSM IV TR.

-seção III: inclui modelo de pesquisa proposto para diagnóstico e conceitualização de


transtorno da personalidade desenvolvido pelo grupo de trabalho da personalidade e
transtornos da personalidade DSM 5.
DSM 5
Critério A: Nível de Funcionamento da Personalidade

Perturbações no funcionamento individual e interpessoal constituem o núcleo da


psicopatologia da personalidade e, são avaliadas em um continuum.

O funcionamento individual envolve identidade e autodirecionamento;

O funcionamento interpessoal envolve empatia e intimidade.


DSM 5
A Escala do Nível de Funcionamento da Personalidade

Utiliza cada um desses elementos para diferenciar cinco níveis de prejuízo, variando de
pouco ou nenhum prejuízo

1. Saudável funcionamento adaptativo – Nível 0


2. Algum prejuízo - Nível 1
3. Prejuízo moderado - Nível 2
4. Prejuízo grave - Nível 3
5. Prejuízo extremo Nível 4
ELEMENTOS DO FUNCIONAMENTO DA PERSONALIDADE
Si mesmo (Self)
1. Identidade: Vivência de si como único, com fronteiras claras entre si mesmo
e os outros; estabilidade da autoestima e precisão da autoavaliação;
capacidade para, e habilidade de regular, várias experiências emocionais.

2. Autodirecionamento: Busca de objetivos de curto prazo e de vida coerentes


e significativos; utilização de padrões internos de comportamento construtivos
e pró-sociais; capacidade de autorrefletir produtivamente.
ELEMENTOS DO FUNCIONAMENTO DA PERSONALIDADE
Interpessoal
1. Empatia: Compreensão e apreciação das experiências e
motivações das outras pessoas; tolerância em relação a perspectivas
divergentes; entendimento dos efeitos do próprio comportamento
sobre os outros.
2. Intimidade: Profundidade e duração do vínculo com outras pessoas;
desejo e capacidade de proximidade; respeito mútuo refletido no
comportamento interpessoal.
CRITÉRIO DIAGNÓSTICO DSM 5
B. O padrão persistente é inflexível e abrange uma faixa ampla de
situações pessoais e sociais.
Traços de Personalidade Patológicos
Estão organizados em cinco domínios amplos: Afetividade Negativa,
Distanciamento, Antagonismo, Desinibição e Psicoticismo

Dentro dos cinco domínios de traços amplos encontram-se 25 facetas de


traços específicas
CRITÉRIO DIAGNÓSTICO DSM 5
Critérios C e D: Difusão e Estabilidade

C. O padrão persistente provoca sofrimento clinicamente significativo e


prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes
da vida do indivíduo.

D. O padrão é estável e de longa duração, e seu surgimento ocorre pelo


menos a partir da adolescência ou do início da fase adulta.
CRITÉRIO DIAGNÓSTICO DSM 5
Critérios C e D: Difusão e Estabilidade

Prejuízos no funcionamento da personalidade e traços de personalidade


patológicos são relativamente difusos dentro de uma ampla faixa de contextos
pessoais e sociais, visto que personalidade é definida como um padrão de
percepção, relação e pensamento sobre o ambiente e si mesmo.

O termo relativamente reflete o fato de que todas as personalidades, exceto


as mais extremamente patológicas, mostram algum grau de adaptabilidade.
CRITÉRIO DIAGNÓSTICO DSM 5
Critérios C e D: Difusão e Estabilidade

O padrão nos transtornos da personalidade é mal--adaptativo e relativamente inflexível,


o que leva a deficiências no funcionamento social, profissional ou em outros objetivos
importantes.

Os indivíduos são incapazes de modificar seu pensamento ou comportamento, mesmo


diante de evidências de que sua abordagem não está funcionando.
CRITÉRIO DIAGNÓSTICO DSM 5
Critérios C e D: Difusão e Estabilidade

Os prejuízos no funcionamento e os traços de personalidade também são


relativamente estáveis.

Os traços de personalidade – modo de se comportar ou sentir – são mais


estáveis do que as expressões sintomáticas, embora possam variar.
CRITÉRIO DIAGNÓSTICO DSM 5
Critérios E, F e G: Explicações Alternativas para a Patologia da Personalidade
(Diagnóstico Diferencial)

Em algumas ocasiões, o que parece ser um transtorno da personalidade pode


ser mais bem explicado por outro transtorno mental, pelos efeitos de uma
substância, por outra condição médica, por um estágio normal do
desenvolvimento (p. ex., adolescência, velhice) ou pelo ambiente sociocultural
do indivíduo.
CRITÉRIO DIAGNÓSTICO DSM 5
Critérios E, F (Diagnóstico Diferencial)

E. O padrão persistente não é mais bem explicado como uma manifestação


ou consequência de outro transtorno mental.
F. O padrão persistente não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma
substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição
médica (p. ex., traumatismo craniencefálico).
CRITÉRIO DIAGNÓSTICO DSM 5
Critérios E, F e G: Explicações Alternativas para a Patologia da Personalidade
(Diagnóstico Diferencial)

Quando outro transtorno mental está presente, o diagnóstico de um transtorno da


personalidade não é feito se as manifestações do transtorno da personalidade são
claramente uma expressão de outro transtorno mental (p. ex., se características de
transtorno da personalidade esquizotípica estão presentes somente no contexto da
esquizofrenia).
CRITÉRIO DIAGNÓSTICO DSM 5
Critérios E, F e G: Explicações Alternativas para a Patologia da Personalidade
(Diagnóstico Diferencial)

Transtornos da personalidade podem ser diagnosticados com precisão na presença de


outro transtorno mental, como o transtorno depressivo maior, e pacientes com outros
transtornos mentais devem ser avaliados para transtornos da personalidade comórbidos
porque estes com frequência impactam o curso de outros transtornos mentais.
Sempre é apropriado avaliar o funcionamento da personalidade e os traços de
personalidade patológicos que oferecem um contexto para outra psicopatologia.
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE ESPECÍFICOS

Critérios diagnósticos para transtornos da personalidade antissocial,


evitativa, borderline, narcisista, obsessivo-compulsiva e esquizotípica.

Cada transtorno da personalidade é definido por prejuízos típicos no


funcionamento da personalidade (Critério A) e por traços de
personalidade patológicos característicos descritos no Critério B.
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE ESPECÍFICOS

As características típicas do transtorno da personalidade antissocial


são: falha em se adequar a um comportamento lícito e ético e
egocêntrica e insensível falta de preocupação com os outros,
acompanhada de desonestidade, irresponsabilidade, manipulação
e/ou exposição a riscos.
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE ESPECÍFICOS

As características típicas do transtorno da personalidade evitativa são:


evitação de situações sociais e inibição nas relações interpessoais
relacionadas a sentimentos de incapacidade e inadequação,
preocupação ansiosa com avaliação negativa e rejeição e medo do
ridículo ou constrangimento.
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE ESPECÍFICOS

As características típicas do transtorno da personalidade borderline


são: instabilidade da autoimagem, dos objetivos pessoais, das relações
interpessoais e dos afetos, acompanhada de impulsividade, exposição
a riscos e/ou hostilidade.
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE ESPECÍFICOS

As características do transtorno da personalidade narcisista são:


autoestima variável e vulnerável, com tentativas de regulação por
meio da busca de atenção e aprovação, e grandiosidade declarada
ou encoberta.
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE ESPECÍFICOS

As características típicas do transtorno da personalidade obsessivo-


compulsiva são: dificuldades no estabelecimento e na manutenção
de relacionamentos íntimos, associadas a perfeccionismo rígido,
inflexibilidade e expressão emocional restrita.
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE ESPECÍFICOS

As características típicas do transtorno da personalidade esquizotípica


são: prejuízos na capacidade para estabelecer relações sociais e
relacionamentos íntimos e excentricidades na cognição, na
percepção e no comportamento que estão associadas a autoimagem
distorcida e objetivos pessoais incoerentes e acompanhados por
desconfiança e expressão emocional restrita.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL
As características típicas
• Falha em se adequar a um comportamento lícito e ético
• Egocêntrica e insensível, falta de preocupação com os outros, acompanhada de
desonestidade, irresponsabilidade, manipulação e/ou exposição a riscos.
• As dificuldades características são aparentes na identidade, no autodirecionamento,
na empatia e/ ou na intimidade,
• Possui um conjunto com traços mal-adaptativos específicos nos domínios do
Antagonismo e da Desinibição.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL
Critérios Diagnósticos Propostos
A. Prejuízo moderado ou grave no funcionamento da personalidade, manifestado por
dificuldades características em duas ou mais das seguintes quatro áreas:

1. Identidade: Egocentrismo; autoestima derivada de ganho, poder ou prazer pessoal.

2. Autodirecionamento: Definição de objetivos baseada na gratificação pessoal;


ausência de padrões pró-sociais internos, associada a falha em se adequar ao
comportamento lícito ou ao comportamento ético em relação às normas da cultura.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL
Critérios Diagnósticos Propostos

3. Empatia: Ausência de preocupação pelos sentimentos, necessidade ou


sofrimento das outras pessoas; ausência de remorso após magoar ou tratar mal
alguém.
4. Intimidade: Incapacidade de estabelecer relações mutuamente íntimas,
pois a exploração é um meio primário de se relacionar com os outros, incluindo
engano e coerção; uso de dominação ou intimidação para controlar outras
pessoas.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL
Critérios Diagnósticos Propostos
B. Seis ou mais dos sete traços de personalidade patológicos a seguir:
1. Manipulação (um aspecto do Antagonismo): Uso frequente de subterfúgios
para influenciar ou controlar outras pessoas; uso de sedução, charme,
loquacidade ou insinuação para atingir seus fins.
2. Insensibilidade (um aspecto do Antagonismo): Falta de preocupação pelos
sentimentos ou problemas dos outros; ausência de culpa ou remorso quanto
aos efeitos negativos ou prejudiciais das próprias ações sobre os outros;
agressão; sadismo.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL
Critérios Diagnósticos Propostos

3. Desonestidade (um aspecto do Antagonismo): Desonestidade e


fraudulência; representação deturpada de si mesmo; embelezamento ou
invenção no relato de fatos.
4. Hostilidade (um aspecto do Antagonismo): Sentimentos de raiva persistentes
ou frequentes; raiva ou irritabilidade em resposta a desprezo e insultos mínimos;
comportamento maldoso, grosseiro ou vingativo.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL
Critérios Diagnósticos Propostos
5. Exposição a risco (um aspecto da Desinibição): Envolvimento em atividades perigosas,
arriscadase potencialmente prejudiciais de forma desnecessária e sem dar importância
às consequências; propensão ao tédio e realização de atividades impensadas para
contrapor ao tédio; falta de preocupação com as próprias limitações e negação da
realidade do perigo pessoal.
6. Impulsividade (um aspecto da Desinibição): Ação sob o impulso do momento em
resposta a estímulos imediatos; ação de caráter momentâneo sem um plano ou
consideração dos resultados; dificuldade em estabelecer e seguir planos.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL
Critérios Diagnósticos Propostos

7. Irresponsabilidade (um aspecto da Desinibição): Desconsideração por – e


falha em honrar – obrigações financeiras e outras obrigações e compromissos;
falta de respeito por – e falta de continuidade nas – combinações e
promessas.
Nota: O indivíduo tem no mínimo 18 anos de idade.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL
Com características psicopáticas
Especificadores

Uma variante distinta frequentemente denominada psicopatia (ou psicopatia


“primária”) é marcada por ausência de ansiedade ou medo e por um estilo
interpessoal audacioso que pode mascarar comportamentos mal-adaptativos
(p. ex., fraudulência).
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL
Com características psicopáticas
Especificadores

Essa variante psicopática é caracterizada por baixos níveis de ansiedade


(domínio da Afetividade Negativa) e retraimento (domínio do Distanciamento)
e altos níveis de busca de atenção (domínio do Antagonismo).
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL
Com características psicopáticas
Especificadores

A intensa busca de atenção e o baixo retraimento capturam o componente


de potência social (assertivo/dominante) da psicopatia, enquanto a baixa
ansiedade captura o componente da imunidade ao estresse (estabilidade
emocional/resiliência).
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE EVITATIVA

As características típicas são a evitação de situações sociais e inibição nas relações


interpessoais relacionadas a sentimentos de incapacidade e inadequação,
preocupação ansiosa com avaliação negativa e rejeição, medo do ridículo ou
constrangimento.

As dificuldades características são aparentes na identidade, no autodirecionamento, na


empatia e/ou na intimidade, conforme descrito em conjunto com traços mal-
adaptativos específicos nos domínios da Afetividade Negativa e do Distanciamento.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE EVITATIVA
Critérios Diagnósticos
A. Prejuízo moderado ou grave no funcionamento da personalidade,
manifestado por dificuldades características em duas ou mais das seguintes
quatro áreas:
1. Identidade: Baixa autoestima associada à autoavaliação como socialmente
incapaz, sem atrativos pessoais ou inferior; sentimentos excessivos de vergonha.
2. Autodirecionamento: Padrões irrealistas de comportamento associados a
relutância em buscar objetivos, assumir riscos pessoais ou participar de novas
atividades que envolvam contato interpessoal.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE EVITATIVA
Critérios Diagnósticos
A. Prejuízo moderado ou grave no funcionamento da personalidade,
manifestado por dificuldades características em duas ou mais das seguintes
quatro áreas:
3. Empatia: Preocupação e sensibilidade a crítica ou rejeição, associadas a
inferência distorcida das perspectivas dos outros como negativas.
4. Intimidade: Relutância em envolver-se com pessoas a menos que esteja
certo de ser benquisto; reciprocidade diminuída nos relacionamentos íntimos
devido ao medo de passar vergonha ou ser ridicularizado.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE EVITATIVA
Critérios Diagnósticos
B. Três ou mais dos quatro traços de personalidade patológicos a seguir, um
dos quais deve ser (1) Ansiedade:
1. Ansiedade (um aspecto da Afetividade Negativa): Sentimento intenso de
nervosismo, tensão ou pânico, frequentemente em reação a situações sociais;
preocupação com os efeitos negativos de experiências passadas
desagradáveis e possibilidades futuras negativas; sentir-se temeroso,
apreensivo ou ameaçado pela incerteza; medo de passar constrangimento.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE EVITATIVA
Critérios Diagnósticos
2. Retraimento (um aspecto do Distanciamento): Reserva nas situações sociais;
evitação de contatos e atividades sociais; ausência de início de contato social.
3. Anedonia (um aspecto do Distanciamento): Falta de prazer, envolvimento ou
energia em relação às experiências de vida; déficits na capacidade de sentir
prazer ou se interessar pelas coisas.
4. Evitação da intimidade (um aspecto do Distanciamento): Evitação de
relações próximas ou amorosas, de vínculos interpessoais e de relações sexuais
íntimas.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE EVITATIVA
Especificadores
É encontrada considerável heterogeneidade na forma de traços de personalidade
adicionais entre indivíduos diagnosticados com transtorno da personalidade evitativa. Por
exemplo, outros traços de Afetividade Negativa (p. ex., tendência à depressão,
insegurança de separação, submissão, desconfiança, hostilidade) não são critérios
diagnósticos para o transtorno da personalidade evitativa, mas podem ser especificados
quando apropriado.
Embora seja necessário um prejuízo moderado ou grave no funcionamento da
personalidade para o diagnóstico de transtorno da personalidade evitativa, o nível de
funcionamento da personalidade também pode ser especificado.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE BORDERLINE
As características típicas do transtorno da personalidade borderline são
instabilidade da autoimagem, dos objetivos pessoais, das relações interpessoais
e dos afetos, acompanhada por impulsividade, exposição a riscos e/ou
hostilidade.

As dificuldades características são aparentes na identidade, no


autodirecionamento, na empatia e/ou na intimidade, conforme descrito a
seguir, em conjunto com traços mal-adaptativos específicos no domínio da
Afetividade Negativa e também do Antagonismo e/ou da Desinibição.
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE BORDERLINE
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE

10 sinais que podem indicar a presença de T. Personalidade:

1) O paciente/familiar relata o problema como sendo severo, disfuncional e persistente:


“Ele/ela sempre fez assim, desde criança”.

2) O paciente é resistente ao regime terapêutico. Embora essa resistência seja comum,


a contínua resistência deve ser vista como um sinal para a exploração adicional de
questões do Eixo II.

3) A terapia parece parar, repentina e inexplicavelmente, apesar do terapeuta ajudar


a reduzir ansiedade ou depressão.
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE

4) O paciente parece não perceber o efeito de seu comportamento sobre outros.

5) Há dúvidas sobre a motivação do paciente para mudar. Paciente não tem demanda
clara ou não coopera.

6) O paciente “fala da boca para fora” sobre a terapia e a importância de mudar, mas
parece evitar mudanças.
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE

7) Os problemas de personalidade parecem ser aceitáveis e naturais para o paciente:


“É assim que eu sou”.

8) O paciente considera seus problemas o resultado somente de causas externas.


TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE

9) Alguns são superficialmente cientes do autoboicote presente em seus problemas de


personalidade, mas vêem-se impotentes para efetivamente mudar seus próprios
comportamentos (“Não consigo”)

10) Outros podem reconhecer integralmente seus padrões de comportamento mal-


adaptativos e ter a motivação para mudá-los mas não ter as habilidades necessárias
(“Não sei”)
TRANSTORNO X ALTERAÇAO
Classificação por Agrupamentos
DSM–IV-TR
GRUPO A - Bizarros e Excêntricos
◦ Paranóide
◦ Esquizóide
◦ Equizotípica
◦ Anti-social

GRUPO B – Dramáticos, Emotivos e Erráticos


◦ Borderline
◦ Estriônica
◦ Narcisista
Classificação por Agrupamentos
DSM–IV-TR

GRUPO C – Ansiosos e Medrosos


◦ Evitativa – Esquiva
◦ Dependente
◦ Obsessivo-compulsiva
CLASSIFICAÇÃO DSM -5

AGRUPAMENTO A (bizarros, excêntricos) AGRUPAMENTO B (dramáticos, emotivos, erráticos)

◦ Paranóide ◦ Anti-social
◦ Esquizóide ◦ Limítrofe / Borderline
◦ Esquizotípico ◦ Histriônico
◦ Narcisista
CLASSIFICAÇÃO DSM -5
AGRUPAMENTO C (ansiosos, medrosos)

◦ Evitativa
◦ Dependente
◦ Obsessivo-compulsivo
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE

,• Os transtornos de personalidade afetam:

- o modo como o indivíduo vê o mundo,


- a maneira como sente e expressa as emoções,
- o comportamento / (re)ação.

Estilo de vida mal-adaptado, inflexível e prejudicial a si e/ou aos outros.


TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
Os transtornos da personalidade apresentam o perigo de uma estigmatização do
paciente.

Terminologia muitas vezes ligada a juízos morais.

“Meu humor está doente” X “Eu sou doente”.

“Minha ansiedade está descontrolada” X “Tenho problemas de relacionamento”


AGRUPAMENTO A
(Características)
- Estranheza
- Excentricidade
- Distanciamento afetivo e/ou social (isolamento)

Temperamento predominante: baixa dependência de gratificação.

TP Paranóide (desconfiança)
TP Esquizóide (isolamento, indiferença afetiva)
TP Esquizotípica (excentricidade, crenças estranhas)
PERFIS COGNITIVOS DOS TRANSTORNOS DE
PERSONALIDADE
TP VISÃO DE SI VISÃO DE MUNDO CRENÇAS PRINCIPAIS
ESTRATÉGIAS
PARANÓIDE Cheio de razão, Interferentes, maliciosos, Os motivos dos outros Ser cauteloso, procurar
inocente, nobre e discriminadores, motivos são suspeitos. Preciso motivos ocultos, acusar,
vulnerável abusivos estar sempre de contra atacar
guarda. Não posso
confiar nas pessoas.

ESQUIZÓIDE Auto-suficiente e Intrusivo Os outros são frustrantes. Manter distância


solitário Os relacionamentos são
complicados.
Indesejáveis

ESQUIZOTÍPICA Irreal, Isolado, Solitário, Inconfiáveis, Pensamentos Ficar atento e


Vulnerável, socialmente malevolentes superticiosos, mágicos, neutralizar a atenção
conspícuo, sexto sentido malevolente dos outros.
sobrenaturalmente Ficar consigo mesmo.
sensível e talentoso Estar atentos quanto as
forças e eventos
sobrenaturais
AGRUPAMENTO A

AFETO E INTERAÇÃO EMOCIONAL RESTRITA E ESTRANHA


Paranóide
Grave padrão de suspeitas e desconfiança ← as intenções dos outros seriam sempre
maldosas

Esquizóide
Grave restrição na interação emocional → EU NÃO PRECISO DO OUTRO

Esquizotípica
Grave desconforto na interação emocional, distorções e excentricidade
comportamental
Transtorno de
personalidade paranóide
Os indíviduos com TPP são caracterizados por uma tendência persistente e irrealista de
interpretar as intenções e as ações dos outros como humilhantes ou ameaçadoras, mas
estão livres de sintomas psicóticos persistentes (delírios e alucinações).

◦ PREVALÊNCIA: 2,3% a 4,4%.

◦ Não suporta ser contrariado

◦ Desconfia de tudo, Tende a distorcer os fatos

◦ Sentimento de estar sempre sendo prejudicado pelos outros


Transtorno de
personalidade paranóide

Palavra chave: Desconfiança

Visão de si: Cheio de razão e vulnerável

Visão dos outros: Desviantes, enganadoras, traiçoeiras e manipuladoras


TP Paranóide
Crenças centrais:

◦ “Eu sou vulnerável às outras pessoas”


◦ “Não podemos confiar nos outros”
◦ “Eles têm más intenções em relação a mim”
◦ “Eles são fingidos”
◦ “Eles querem me atacar ou depreciar”
TP Paranóide
Crenças condicionais:
◦ “Se eu não tomar cuidado, as pessoas vão me manipular, abusar ou tirar vantagem
de mim”
◦ “Se as pessoas agirem amigavelmente, é porque estão tentando me usar”
◦ “Se as pessoas parecerem distantes, isso prova que são hostis”

Estratégias:
◦ Hipervigilância
◦ Cautela

Afeto:
◦ Raiva e ansiedade
TP Paranóide

Experiência inicial (abuso verbal, conflito com os pais, negligência emocional,


negligência de supervisão)

Diagnóstico diferencial
◦ Esquizofrenia paranóide
◦ Transtorno delirante do tipo persecutório
◦ Transtorno de humor com características psicóticas
Foco do tratamento
Autoeficácia
◦ Aumentar a confiança na sua capacidade de enfrentamento do problema

Suposições básicas
◦ Atuar diretamente nas crenças pode fazer com que o paciente reforce suas
estratégias defensivas (isso deve ser feito em momentos posteriores da terapia)
◦ Flexibilizar generalização sobre pessoas serem ameaçadoras

Relacionamentos interpessoais
◦ Importante abordar interações interpessoais disfuncionais para que o cliente deixe de
provocar reações hostis que acabam confirmando a visão paranóide
◦ Compreensão da perspectiva do outro - empatia
Transtorno de personalidade
paranóide
“O transtorno é resultado da “projeção” Essa suposição resulta em níveis
de sentimentos e impulsos inaceitáveis de intoleráveis de vergonha e humilhação.
si mesmo. Serve como uma defesa contra
o conflito interno.
Quando ocorre uma situação
humilhante, o indivíduo consegue evitar
A paranóia é na verdade um conjunto de aceitar a culpa e os consequentes
estratégias que visam minimizar ou impedir sentimentos de vergonha e humilhação
a vergonha e a humilhação. culpando a outra pessoa” (Shapiro,
1965)

O indivíduo paranóide acredita que é


inadequado, imperfeito e insuficiente.
Transtorno de personalidade
paranóide
◦ O transtorno origina-se de uma falta Papel central no TPP:
básica de confiança, resultante de Falta de confiança (medo de ser
possíveis maus tratos por parte dos pais coagido e controlado pelos outros e
e da ausência de um amor parental
desempenhar problemas interpessoais)
consistente. A criança aprende a
receber um tratamento sádico dos
outros, a ficar atenta a sinais de perigo
e a agir rapidamente para se
defender.
◦ A vigilância leva a pessoa a detectar Estratégias Disfuncioais
deixas sutis de reações negativas nos -Isolamento interpessoal
outros e reagir fortemente a eles. Ao
mesmo tempo, ela não percebe o -Verificações da realidade
impacto que suas atitudes hostis têm
sobre os outros. (Cameron 1963, 1974)
MODELO COGNITIVO COMPORTAMENTAL
PARA TPP

Interação da criança + pais

“Você deve tomar cuidado para não cometer erros”

“Você é diferente dos outros”

Preocupação do indivíduo em relação à avaliação dos outros, sentimentos de obrigação em


relação às expectativas parentais, a exclusão e a humilhação pelos iguais
MODELO COGNITIVO
COMPORTAMENTAL PARA TPP
Ruminação sobre o isolamento e os maus tratos recebidos dos iguais

Conclusão: é perseguido por ser especial e por causa da inveja dos outros

Explicação racional: redução do sofrimento pelo isolamento

Antecipação da rejeição

Ansiedade nas relações sociais


Transtorno de Personalidade
Paranóide

◦ Prevalência aumentada em familiares de portadores de esquizofrenia crônica e


transtorno delirante;

◦ Complicações: psicose reativa breve frente a situações estressantes, evolução para


transtorno delirante persistente(paranoia e outros)

◦ Comorbidades: risco aumentado para depressão, TOC, agorafobia e abuso ou


dependência de substâncias.
Transtorno de Personalidade
Paranóide
•Desconfiança excessiva, dúvida quanto a lealdade de amigos e fidelidade de
parceiros

•Tendência a interpretar as ações dos outros como deliberadamente ameaçadoras,


maldosas, prejudiciais ou com a finalidade de enganar ou tirar proveito

•Preocupações com conspirações, ameaças veladas em situações benignas

•Frequentemente associado a senso de autonomia elevado, dificuldade em


comprometer-se, disputas legais, fanatismo, formar círculos sociais fechados / cultos e
propagar o medo em outros
CONCEITUALIZAÇÃO COGNITIVA DO TPP

“Com a CC, o terapeuta ensina ao paciente como os acontecimentos do seu desenvolvimento


influenciaram o modo como ele desenvolveu o aprendizado a respeito do mundo e sobre si
mesmo e, de maneira importante, como as estratégias que ele usa se perpetuaram e
fortaleceram as suas crenças”.
Sudak, Donna (2008)
Diagrama de Conceitualização
Cognitiva

1.Dados de identificação
2.Dificuldades atuais / Problemas / Queixas
3.Fatores relevantes da infância / adolescência
4.Vigores psicológicos / Capacidade de resiliência
5.Gatilhos estressores
6.Mecanismos de vulnerabilidade
7.Mecanismos de respostas
Diagrama de Conceitualização
Cognitiva

Visão de
Si

Visão Visão
do de
outro Futuro
Diagrama de Conceitualização
Cognitiva
Emoções
Situações em que as emoções aparecem

Principais Pensamentos
As pessoas são Elas atacarão se tiverem Só estarei bem se estiver
maldosas e enganadoras chance sempre atento

Crenças e Suposições Condicionadas

Buscar evidências confirmatórias Aumentar a Vigilância Baixa Autoeficácia


Diagrama de Conceitualização
Cognitiva
Principais Comportamentos
Reserva e desconforto com a
Buscar evidências confirmatórias
proximidade

Estratégias Compensatórias
“Índole agressiva ou provocadora” Elicia hostilidade e desconfia dos outros
Diagrama de Conceitualização
Cognitiva
Principais Formas de Resolução de Problemas
Podem desenvolver rituais de checagem de evidencias na busca de
confirmação da suposição

Consequências
Tendência à evitação
Foco no Tratamento do TPP
Aumento da autoeficácia

Identificar os PAs
Melhorar o Comportamento Interpessoal
Confrontação Empática das Suposições básicas

Estabelecer estratégias de colaboração: O terapeuta deve aceitar abertamente a


desconfiança do paciente, depois que ela se tornou aparente e demonstrar
gradualmente que é confiável.
Foco no tratamento
Postura do Terapeuta

Identificar os aspectos menos sensíveis do paciente

Usar questionamentos indiretos : “algumas pessoas”...

Dar ao paciente TPP mais controle do que o habitual com o conteúdos das sessões, tarefas
de casa, e especialmente, a frequência das sessões (podem ser mais espaçadas).

Usar a técnica do continuum da competência, desconfiança para trabalhar os pensamentos


dicotômicos do paciente.
(0 a 10 Incompetência x Competência /Desconfiança x Confiança)

Trabalhar situações de enfrentamento da ansiedade


TRATAMENTO TPP
Postura do Terapeuta

Na relação terapêutica...
◦ Provar que é digno de confiança
◦ Só oferecer o que será possível
◦ Esforçar-se para ser claro e consistente
◦ Corrigir ativamente entendimentos e percepções errôneos assim que ocorrerem

Para o início da terapia:


◦ Abordar tópicos menos sensíveis
◦ Iniciar por estratégias comportamentais
◦ Não utilizar estratégias muito invasivas (como o RPD, por exemplo)
TRATAMENTO TPP
Prevenção à recaída

◦ Antecipar situações em que o paciente poderá emitir desconfiança, reserva e


defensividade

◦ Planejar como lidar com essas situações de modo efetivo


TRATAMENTO TPP

-Modificar suposições básicas de


ameaça e medo (preservação da
◦ Ciclos autoperpetuadores!
segurança).

CUIDADO: É DIFÍCIL!!!
-Diminuição da vigilância e
defensividade
Transtorno de Personalidade
Esquizóide
Principais características

Ausência de relacionamentos pessoais ou indiferença em relação à eles.

Há um padrão global de distanciamento dos relacionamentos sociais em todos os


contextos.

Pouca ou nenhuma satisfação nos contatos que têm, independente do seu foco.
Acentuada restrição na manifestação de afeto.
PREVALÊNCIA: 3,1% a 4,9%.
Transtorno de Personalidade
Esquizóide
Outras características

◦ Humor moderadamente negativo

◦ Vivem isolados

◦ Podem ser lentos ou letárgicos

◦ A fala, quando presente, é lenta e monotônica ou com pouca expressão


Transtorno de Personalidade
Esquizóide
Distanciamento social, preferência por atividades solitárias, ausência de desejo ou prazer em
amizades ou atividades sexuais;
Indiferença a opinião alheia;
Sem amigos próximos ou confidentes, exceto familiares;
Passividade em situações adversas e ausência de habilidades sociais frequentes.

Mais comum em homens

◦ Relatos esparsos de prevalência aumentada em familiares de portadores de esquizofrenia


e transtorno esquizotípico;

◦ Complicações: psicose reativa breve em resposta a estresse;


◦ Pode ocorrer como antecedente pré-mórbido de esquizofrenia ou transtorno delirante.
TPE Critérios Diagnósticos

◦ A. Um padrão global de distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de


expressão emocional em contextos interpessoais, que se manifesta no início da idade
adulta e está presente em uma variedade de contexto, indicado por, no mínimo, quatro
dos seguintes critérios:

◦ (1) não deseja nem gosta de relacionamentos íntimos, incluindo fazer parte de uma família

◦ (2) quase sempre opta por atividades solitárias.

◦ (3) manifesta pouco, se algum, interesse em ter experiências sexuais com um parceiro

◦ (4) tem prazer em poucas atividades, se alguma


TPE Critérios Diagnósticos

◦ (5) não tem amigos íntimos ou confidentes, outros que não parentes em primeiro grau

◦ (6) mostra-se indiferente a elogios ou críticas

◦ (7) demonstra frieza emocional, distanciamento ou embotamento afetivo

◦ B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia, Transtorno do Humor


com características Psicóticas, outro transtorno Psicótico ou um Transtorno Global do
Desenvolvimento, nem é decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma condição
médica geral.
TCC TP Esquizóide

Palavra chave: Isolamento


Visão de si: autossuficientes e solitários
Visão dos outros: intrusivos e controladores

Crenças centrais:
◦ “Eu sou, basicamente, uma pessoa sozinha”
◦ “Relacionamentos íntimos com as pessoas são frustrantes e complicados”
◦ “Eu consigo fazer melhor as coisas se não for perturbado pelos outros”
◦ “Relacionamentos íntimos são indesejáveis porque interferem na minha liberdade de
ação”
TCC TP Esquizóide
Crenças condicionais:
◦ “Se eu me aproximar muito das pessoas, elas vão querer tomar conta”
◦ “Não poderei ser feliz se não tiver mobilidade completa”

Estratégias:
◦ Manter distância

Afeto:
◦ Níveis baixos de tristeza quando conseguem manter distância
◦ Muito ansiosos se forçados a encontros íntimos
TIPOS
Kretschmer (1936)
 Primeiro tipo: rígido, formal e correto em situações sociais. Demonstra uma aguda
percepção dos requerimentos sociais.
 Segundo tipo: isolado e excêntrico, não se preocupa com as convenções sociais ou
não as percebe.
 Terceiro tipo: frágil e delicado, hipersensível.

Millon e Davis (1996)


 Sem afeto: emoções diminuídas
 Remoto: solitário, inacessível, desconectado
 Lânguido: letárgico, debilitado, moroso
 Despersonalizado: desligado dos outros e de si mesmo
Diagnóstico diferencial

◦ Transtorno delirante, esquizofrenia e transtorno de humor com aspectos psicóticos – o


TP deve ter existido antes e permanecer após remissão de sintomas psicóticos

◦ TP esquiva – desejo

◦ Formas brandas de Asperger e Autismo


Focos do tratamento
Objetivos do tratamento
◦ Terapeuta e paciente podem discordar quanto aos objetivos...

Ansiedade
◦ “Não vejo sentido em me comunicar, mas não me comunicar me faz esquisito...”

Comportamentos de segurança
◦ Evitação de contato visual, esconder expressões faciais...

Reestruturação de crenças centrais


◦ “sou esquisito”
Tratamento
Na relação terapêutica...
◦ Dificuldade em se envolver em um relacionamento terapêutico colaborativo
Transtorno de Personalidade
Esquizóide
Comorbidades

- Ansiedade e depressão

- Dificuldade para se engajar em estratégias de colaboração

- Avaliar as vantagens e desvantagens da terapia!


DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
ESQUIZÓIDE - ESQUIVA
SEMELHANÇAS X DIFERENÇAS
- Não possuem relacionamentos interpessoais íntimos

- Se dedicam a atividades solitárias

- TP Esquiva: evitam relacionamentos por medo de rejeição e críticas. Apresentam-se


arredias e indiferentes.

- TP Esquizóides, também podem evitar, mas não possuem o desejo de estabelecer


relacionamentos. Sua solidão é autoimposta, logo, menos problemática.
Transtorno de Personalidade
Esquizotípica
-Evitação de relacionamentos interpessoais

-Podem experimentar sintomas psicóticos e peculiaridades comportamentais


pronunciadas ou sintomas psicóticos subclínicos

-Agudo desconforto com os relacionamentos íntimos e reduzida capacidade para eles

-Distorções cognitivas ou perceptuais e excentricidades de comportamento

-Ficam ansiosos em situações sociais


Transtorno de Personalidade
Esquizotípica
Crenças excêntricas / estranhas e pensamento mágico (superstições, paranormalidade,
esoterismo e misticismo, etc);

• Experiências perceptivas não usuais;

• Comportamento excêntrico, peculiar, esquisito;

•Podem ocorrer desconfiança e ideação autoreferente, com ansiedade e isolamento


social associados, além de comprometimento do afeto.
Transtorno de Personalidade
Esquizotípica
◦ Critérios Diagnósticos

◦ A. Um padrão global de déficits sociais e interpessoais, marcado por desconforto


agudo e reduzida capacidade para relacionamentos íntimos, além de distorções
cognitivas ou perceptivas e comportamento excêntrico, que se manifesta no início da
idade adulta e está presente em uma variedade de contextos, indicado por, no
mínimo, cinco dos seguintes critérios:

◦ (1) ideias de referência (excluindo delírios de referência)


Transtorno de Personalidade
Esquizotípica
Critérios Diagnósticos

(2) crenças bizarras ou pensamento mágico que influenciam o comportamento e não


estão de acordo com as normas da subcultura do indivíduo (p. ex., superstições, crença
em clarividência, telepatia ou ¨sexto sentido¨, em crianças e adolescentes, fantasias e
preocupações bizarras)

(3) experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões somáticas

(4) pensamento e discurso bizarros (p. ex., vago, circunstancial, metafórico, supernóstico
ou estereotipado)
Transtorno de Personalidade
Esquizotípica
Critérios Diagnósticos

(5) desconfiança ou ideação paranoide

(6) afeto inadequado ou constrito

(7) aparência ou comportamento esquisito, peculiar ou excêntrico

(8) não tem amigos íntimos ou confidentes, exceto parentes em primeiro grau
Transtorno de Personalidade
Esquizotípica
Critérios Diagnósticos

(9) ansiedade social excessiva que não diminui com a familiaridade e tende a estar
associada com temores paranóides, em vez de julgamentos negativos acerca de si
próprio

B. Não ocorre exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia, Transtorno do Humor


Com Características Psicóticas, outro Transtorno Psicótico ou um Transtorno Global do
Desenvolvimento.
Transtorno de Personalidade
Esquizotípica
Palavra chave: excentricidade

Visão de si: diferente, anormal

Visão dos outros: perigosos e não confiáveis

Crenças centrais: desconfianças ou ideias de referência ou alucinações


◦ “não tenho valor”
◦ “sou vulnerável”
◦ “sou desinteressante”
◦ “sou diferente e especial”
Transtorno de Personalidade
Esquizotípica
Afeto
◦ Inadequado ou constrito

Estratégias
◦ Hipervigilância
◦ Relutância em confiar nas pessoas
◦ Comportamento bizarro (linguagem, roupas)
◦ Evitar situações sociais
Transtorno de Personalidade
Esquizotípica

Crenças Condicionais

◦ “se eu tentar ser amigo das pessoas, elas me rejeitarão”


◦ “se eu for muito diferente, os outros me notarão”
◦ “se eu tiver experiências muito incomuns, poderei ser importante”
◦ “se eu puder conversar com a minha mãe, não estarei sozinho”
◦ “se as pessoas virem como eu sou extraordinário, poderão ficar interessadas”
Transtorno de Personalidade
Esquizotípica
Resultados das Pesquisas

◦ Déficits cognitivos e prejuízo atencional


◦ Negligência, abuso físico, abuso sexual
◦ Na escola: passivos e desligados, hipersensíveis a críticas
◦ Estilo de apego ansioso e evitativo

Evidência de prevalência aumentada em familiares de portadores de esquizofrenia e


vice-versa, além de agregação familiar do próprio transtorno.

Complicações: episódios psicóticos transitórios e evolução para esquizofrenia;

Comorbidades: depressão em 30-50%.


Transtorno de Personalidade
Esquizotípica
Diagnóstico diferencial

◦ Transtorno delirante, esquizofrenia, transtorno de humor com características psicóticas


– estar presente antes e depois de sintomas psicóticos

◦ TP esquizoide e esquizotípica – crenças e experiências perceptuais bizarras,


pensamento mágico e aparência comportamental ou peculiar ou incomumente
individualista
Focos do tratamento
◦ Desconfiança pode se estender ao terapeuta

◦ Lista compartilhada de problemas e objetivos – negociar colaborativamente

◦ Utilidade das crenças no passado e no presente

◦ Redução da ansiedade (relacionada à desconfiança e paranoia)

◦ Mudança de crenças – reestruturação

◦ Experimentos comportamentais

◦ Normalizar experiências alucinatórias – menos estigmatizante


TRATAMENTO TP ESQUIZOTÍPICA
Se forem socialmente ansiosas, evitarão a terapia!

A desconfiança pode se estender ao terapeuta, de modo que ele precisa verificar se a


pessoa o acha merecedor de confiança ou não. Se a resposta for negativa, deve-se
desenvolver estratégias colaborativas para lidar com isso.
◦ EX: contras e a favor de “Eu não posso confiar no meu terapeuta”.
TRATAMENTO TP ESQUIZOTÍPICA
-Traçar metas e objetivos para a terapia.

- Sempre verificar a eficácia!

-Negociar colaborativamente uma lista de problemas e uma lista de objetivos.

-Reduzir a ansiedade.

-Mudança de crenças paranóides.


TRATAMENTO TP ESQUIZOTÍPICA

-Experimentos comportamentais.

-Trabalhar o estigma e outros problemas.

-Reestruturar as crenças centrais.

Comunicação verbal, reestruturação cognitiva, técnicas de socialização e expressão


corporal!
Classificação
AGRUPAMENTO C
Temperamento Predominante: Alta esquiva ao dano
TP Evitativa TP Dependente TP Obsessivo-compulsivo
Esquiva fóbica Preocupações com o Meticulosidade e
abandono escrupulosidade
Perfis cognitivos dos Transtornos de
Personalidade
TP Visão de si Visão dos Outros Crenças Estratégias
Evitativa Vulnerável à rejeição Críticos É terrível ser rejeitado, Evitar situações de
Socialmente inepto Exigentes desprezado. Se as pessoas avaliação. Evitar
Incompetente Superiores conhecessem meu sentimentos ou
verdadeiro eu, elas me pensamentos
rejeitariam. Não posso desagradáveis.
tolerar sentimentos
desagradáveis.

Dependente Carente Idealizada Eu preciso das pessoas Cultivar relacionamentos


Frágil Nutridores para sobreviver, ser feliz. Eu dependentes.
Incapaz Apoiadores preciso de uma fonte
Incompetente Competentes constante de apoio,
encorajamento.

Obsessivo-compulsiva Responsável Irresponsáveis Eu sei o que é melhor. Os Aplicar regras.


Meticuloso Incompetentes detalhes são cruciais. As Perfeccionismo.
Confiável Auto-indulgentes pessoas deveriam fazer Avaliar, controlar.
Competente melhor e se esforças mais Controlar o que deveria
fazer e punir.
AGRUPAMENTO C
ANSIOSOS E INIBIDOS
Evitativa
◦ Grave inibição social e sensibilidade a críticas

Dependente
◦ Grave submissão ao outro na espera de proteção e cuidado

Obsessivo compulsiva (Anancásticos)


◦ Grave necessidade de ordem, perfeccionismo e controle
◦ Diferente de T.O.C. (Eixo I)
Transtorno de Personalidade Evitativa
O TPE é caracterizado por uma evitação global comportamental, emocional e cognitiva,
mesmo quando essa evitação impede objetivos ou desejos pessoais.

Temas cognitivos que provocam a evitação no TPE incluem a autodesvalorização, a crença


de que os pensamentos ou emoções desagradáveis são intoleráveis e a suposição de que
mostrar aos outros o verdadeiro eu, ou se expressar de forma assertiva despertará rejeição.

Expressam o desejo de afeição, aceitação e amizade, mas é comum que tenham poucos
amigos e pouca intimidade com os outros. Podem ter dificuldade para falar sobre este
assunto com o terapeuta.

Frequente solidão, ansiedade e tristeza nos relacionamentos são mantidas pelo medo de
rejeição, o que inibe o aprofundamento das relações.
PREVALÊNCIA: 2,4% .
Pessoa tensa e insegura
Faz tudo para ser aceita
TP ESQUIVA
Critérios Diagnósticos
A. Um padrão global de inibição social, sentimentos de inadequação e
hipersensibilidade à avaliação negativa, que se manifesta no início da idade adulta e
está presente em uma variedade de contextos, indicado por, no mínimo, quatro dos
seguintes critérios:
◦ (1) evita atividades ocupacionais que envolvam contato interpessoal significativo por
medo de críticas, desaprovação ou rejeição
◦ (2) reluta a envolver-se, a menos que tenha certeza da estima da pessoa
◦ (3) mostra-se reservado em relacionamentos íntimos, em razão do medo de passar
vergonha ou ser ridicularizado
TP ESQUIVA
◦ Critérios DIagnósticos

◦ (4) preocupação com críticas ou rejeição em situações sociais


◦ (5) inibição em novas situações interpessoais, em virtude de sentimentos de
inadequação
◦ (6) vê a si mesmo como socialmente inepto, sem atrativos pessoais, ou inferior
◦ (7) extraordinariamente reticente em assumir riscos pessoais ou envolver-se em
quaisquer novas atividades, porque estas poderiam provocar vergonha.
TP ESQUIVA
Palavra chave: evitação (emocional e cognitiva)

Visão de si: Socialmente inepta, Indesejável e Inaceitável

Visão dos outros: Superiores, Críticos e Rejeitadores

Crenças centrais:
◦ “eu não sou capaz de lidar com sentimentos intensos”
◦ “eu sou inadequado”
◦ “eu tenho defeitos”
◦ “eu sou diferente”
◦ “não mereço ser amado”
◦ “eu não me encaixo”
◦ “sou vulnerável a experienciar emoções negativas”
TP ESQUIVA
Afeto: medo e desconfiança, ansiedade social (medo de rejeição)
Estratégias:
◦ Abuso de substâncias
◦ Evitação emocional, comportamental e cognitiva
◦ Vigília constante (emocional) e retraimento ativo
◦ Solidão
Crenças condicionais:
◦ “se eu me permitir sentir alguma coisa, ela vai aumentar e nunca mais vai acabar”
◦ “se ele me trata tão mal, então eu sou uma pessoa má”
◦ “se não tenho amigos, é porque sou diferente”
◦ “ se os meus pais não gostam de mim, quem vai gostar?”
◦ “se alguém gosta de mim, é porque não conhece meu verdadeiro eu”
TP ESQUIVA
Pesquisa
◦ Redução da ansiedade social e aumento das interações com TCC e THS

Diagnóstico diferencial
◦ Fobia social generalizada – semelhantes
◦ Pânico e agorafobia e o sintoma de evitação social – evitação por medo do ataque
de pânico (diferente do medo de críticos ou de rejeição)
◦ TP dependente e TP esquiva - visões diferentes sobre as outras pessoas
(fortes/capazes de cuidar delas ou críticas/rejeitadoras)
◦ TP esquizoide, esquizotípico e esquiva – deseja relacionamentos e aceitação.
Esquizoides são indiferentes a críticas
Focos do tratamento
Na relação terapêutica, o paciente vai inferir críticas e rejeição/desaprovação
◦ O terapeuta pode dizer/compartilhar seus pensamentos com o paciente (para
confrontar com o que o paciente pensou sobre os pensamentos do terapeuta)
◦ O paciente pode ficar submisso e relutar em dar feedback negativo ao terapeuta –
abordar a assertividade do paciente
◦ Descoberta orientada – contestar autocrítica, predições negativas, suposições
desadaptadas e avaliação errônea das reações alheias

Focos do tratamento

◦ Diagrama do processo de evitação

◦ Desvantagens da evitação

◦ Identificar a origem da evitação

◦ Aumentar a tolerância emocional – discutir experiências que provocam desconforto


no paciente (em sessão) – hierarquia de assuntos crescentemente dolorosos
Focos do tratamento
◦ Ponto-contraponto – “voz emocional” e “voz antievitação”
◦ Cartões de enfrentamento com respostas antievitação
◦ Diário de sentimentos, RPDs
◦ Treinamento de habilidades – assertividade, formas de manter uma conversa,
sexualidade, enfrentamento de conflitos, Identificar e testar crenças – verificar origem
(raízes desenvolvimentais das crenças negativas)

Mantendo o progresso
◦ Prever dificuldades
◦ Espaçamento das sessões
◦ Permanecer nas atividades/tarefas que “funcionaram”
Transtorno de Personalidade Evitativa
◦ Transtorno de Personalidade
◦ Esquiva
◦ • Hipersensibilidade a avaliações negativas (críticas), inibição social e sentimentos de
inadequação;
◦ •Preocupações com relação à rejeição e desaprovação sociais, com evitação
associada;
◦ •Indisposição de se envolver com outros exceto quando há certeza de aprovação,
restrição a relacionamentos íntimos, relutância em assumir riscos ou se engajar em
novas atividades;
◦ •Inibição em novas situações sociais por sentimento de inadequação: medo e
desconfiança em relação aos outros.
◦ • Ideias de inaptidão social, ser desinteressante ou inferior.
Transtorno de Personalidade Evitativa

•Apresentam baixa tolerância à disforia, dentro e fora da sessão, usam diferentes


atividades, incluindo abuso de substâncias para se distraírem de cognições e emoções
negativas.

•Buscam a terapia por depressão, TAG, abuso de substâncias, transtornos do sono, ou


queixas relacionadas ao estresse, incluindo transtornos psicofisiológicos.
Transtorno de Personalidade Evitativa

Medo de críticas ou de rejeição social


X
Ansiedade social generalizada
Transtorno de Personalidade
Evitativa
Visão de si: Eu sou inadequado.

Visão do outro: São críticas e rejeitadoras.

◦ Comportamento: medo de relacionamentos íntimos e sentem-se vulneráveis nestes


relacionamentos.

◦ Isolamento

◦ Deseja aceitação e relacionamentos íntimos

◦ Autodesvalorização
Transtorno de Personalidade
Esquizóide e esquizotípica

Preferem ISOLAMENTO SOCIAL.

Esquizóide: Indiferentes às críticas

Esquizotípica: ideias e ações negativas (O que eles estão tramando?)


Transtorno de Personalidade
Evitativa

Transtorno somatoformes + TPE (algum problema físico fornece a razão para a evitação
social).

Transtornos dissociativos + TPE (padrões de evitação cognitiva e emocional são


extremos e culminam na perturbação da identidade, memória e consciência).
Transtorno de Personalidade
Evitativa
-Tendem a se concentrar em seus pensamentos, sentimentos e reações fisiológicas
negativas, mais do que nas expressões faciais e linguagem corporal das pessoas com as
quais estão interagindo.

-Desejam eliciar fortes reações positivas.

-Dados positivos são descartados: ele me acha inteligente, mas só porque eu consegui
enganá-lo!

-Usam desculpas e racionalizações

- Possuem pensamento fantasioso: Não acreditam que serão capazes de atingir seus
objetivos por meio do esforço pessoal. O Relacionamento perfeito e emprego perfeito
surgirão do nada.
Transtorno de Personalidade
Evitativa
1) Os pacientes percebem um sentimento disfórico.

2) Tendência à disforia é baixa, de modo que fazem alguma coisa para se distrair e se
sentir melhor. Buscam uma diversão para afastar pensamentos e sentimentos
incômodos.

3) Esse padrão da evitação cognitiva e comportamental é reforçado por uma redução


da disforia e acaba se tornando arraigado e automático.
TRATAMENTO DE TPE
Aliança terapêutica de confiança

-Barreiras a serem enfrentadas: medo da rejeição e desconfiança das expressões de


carinho das pessoas.

-O terapeuta deve dizer o que realmente pensa e verificar ser o pensamento do


paciente de fato é verdadeiro.

-O paciente deve testar seus PA’s com experimentos.

-Usar a DESCOBERTA ORIENTADA!!!


TÉCNICAS
-Ensinar aos pacientes manejo da depressão e da ansiedade
(CUIDADO: a evitação emocional e cognitiva pode se constituir num impedimento ao
tratamento. Na TCC o paciente precisa experimentar estas emoções e registrar os
pensamentos e as imagens que acompanham.)

-Trabalhar o aumento de tolerância: DESCOBERTA ORIENTADA (confirmar as


desvantagens da evitação).

-Explorar a origem da evitação e da disforia (investigar a infância).

-Trabalhar a prática de tolerância emocional e superando a evitação (EX: “o que vai


acontecer se falarmos sobre tal assunto?”)

-Pacientes esquivos têm dificuldade de identificar PA’s!!!!


TÉCNICAS
-Usar role-play (psicodrama)

-Desenvolvendo habilidades sociais

-Identificar e testar crenças desadaptativas

-Indicar terapia de casal ou de família quando necessário

-Atentar a evitação da tarefa de casa!

-CONTRATRANSFERÊNCIA: “Outro terapeuta faria melhor!”


MANTENDO O PROGRESSO NO
TRATAMENTO DE TPE

◦ É usual o paciente levar mais tempo para tentar novas experiências entre as sessões e
apresentar dificuldade para testar seus medos após o tratamento.

◦ Por outro lado, desejam terminar o tratamento mas ficam preocupados em magoar o
terapeuta ao fazer a sugestão.
MANTENDO O PROGRESSO NO
TRATAMENTO DE TPE
Plano para o paciente ser o seu autoterapeuta:

1) examinar o progresso semanalmente das tarefas autodeterminadas e alcançadas,

2) refletir sobre alguma situação que está evitando,

3) planejar uma maneira de lidar com as prováveis evitações,

4) reler as anotações e registros da terapia,

5) marcar uma tarefa para si mesmo e fazer autoterapia.

6) prever e planejar maneiras de lidar com as situações problemáticas


Transtorno de personalidade
dependente
◦ Necessidade excessiva de ser cuidado, levando a passividade, submissão, medo de
separação e dependência interpessoal. Manifesta-se no início da idade adulta e está
presente em diferentes contextos. Relutam em tomar as decisões do dia-adia.

◦ Dificuldade de tomar decisões sem o reasseguramento e conselho de outros. Se sentem


devastados e desamparados em resposta à desaprovação ou à distância nos
relacionamentos, temem ser abandonados.

◦ Tendem a se submeter aos outros mesmo discordando. Não possuem autoconfiança e


costumam não levar em conta as suas capacidades e forças.

◦ PREVALÊNCIA: 0,6% .
Transtorno de personalidade
dependente
Critérios Diagnósticos

◦ Uma necessidade global e excessiva de ser cuidado, que leva a um comportamento


submisso e aderente e a temores de separação, que se manifesta no início da idade
adulta e está presente em uma variedade de contextos, indicado por, no mínimo,
cinco dos seguintes critérios:
◦ (1) dificuldade em tomar decisões do dia-a-dia sem uma quantidade excessiva de
conselhos e reasseguramento da parte de outras pessoas

◦ (2) necessidade de que os outros assumam a responsabilidade pelas principais áreas


de sua vida

◦ (3) dificuldade em expressar discordância de outros, pelo medo de perder apoio ou


aprovação. Nota: Não incluir temores realistas de retaliação.
Transtorno de personalidade
dependente
Critérios Diagnósticos

◦ (4) Dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria (em vista de uma falta
de autoconfiança em seu julgamento ou capacidades, não por falta de motivação ou
energia)

◦ (5) Vai a extremos para obter carinho e apoio, a ponto de oferecer-se para fazer coisas
desagradáveis

◦ (6) Sente desconforto ou desamparo quando só, em razão de temores exagerados de ser
incapaz de cuidar de si próprio

◦ (7) Busca urgentemente um novo relacionamento como fonte de carinho e amparo,


quando um relacionamento íntimo é rompido

◦ (8) Preocupação irrealista com temores de ser abandonado à própria sorte


Conceitualização do TPD
Palavra chave: submissão

Visão de si: incapaz, vulnerável, desamparado e inadequado sendo incapazes de lidar com
o mundo sozinhos.
Visão de mundo: frio, assustador, solitário e perigoso.

Visão dos outros: capazes de cuidar de mim, fortes, capazes de cuidar e proteger perante o
mundo ajudando a enfrentar os desafios.

Comportamento: buscam relacionamentos íntimos e se sentem confortadas por eles

Crenças centrais:
◦ “eu não consigo sobreviver sem alguém para cuidar de mim”
◦ “eu sou inadequada demais para enfrentar a vida sozinha”
Transtorno de personalidade
dependente
Afeto: medo de perder o relacionamento, ansiedade para enfrentar os problemas sozinha,
baixas habilidade de autonomia, se ficar menos carente será abandonado. Desesperados
com o término dos relacionamentos.

Estratégias:
◦ Agradar o outro
◦ Comportamento aderente
◦ Evitar conflitos
◦ Não expressar suas opiniões

Crenças condicionais:
◦ “se meu cônjuge me deixar, estou acabada”
◦ “se eu for mais independente, ficarei isolada e sozinha”
Transtorno de personalidade
dependente
Pesquisa
◦ Depressão, ansiedade e transtorno de ajustamento associados ao TPD
◦ Maior percentual de mulheres
◦ Falta de iniciativa, sentimento de incapacidade e dificuldade de tomar decisões
◦ Déficits em habilidades sociais
◦ Predisposição para problemas físicos

Diagnóstico diferencial
◦ TPD e TP histriônica – os TPD são menos exagerados, egocêntricos e superficiais. São
passivos, submissos, modestos e dóceis.
◦ TP esquiva e TPD – ambos querem afeição, mas o esquivo não confia nessa afeição,
enquanto o TPD confia e depende sinceramente desse afeto
◦ Agorafóbicos podem parecer dependentes, mas tem uma razão diferente: querem evitar
ataques de pânico
Focos do tratamento
◦ Autonomia – ser capaz de agir independentemente dos outros, mas ao mesmo
tempo, ter a capacidade de desenvolver relacionamentos estreitos e íntimos

◦ O terapeuta deve permitir certa dependência no início do tratamento

◦ É provável que o terapeuta precise trabalhar mais no início...mais do que o habitual e


esperado para que o paciente realmente consiga se engajar

◦ Aumentar autoconfiança e autoeficácia

◦ Até o estabelecimento da agenda pode ser um exercício para que o paciente possa
tomar decisões dentro do setting
Focos do tratamento
◦ Coletar evidências concretas da competência pessoal do paciente

◦ Exposição gradual a situações ansiogênicas – hierarquia de ações independentes de


crescente dificuldade

◦ Experimentos comportamentais em sessão e entre sessão

◦ Monitorar e desafia pensamentos automáticos


Focos do tratamento
◦ Se existir realmente um déficit de habilidade – treinamento assertivo, em resolução de
problemas, em tomada de decisão e interação social

◦ Treinar uma auto avaliação mais apropriada

◦ Aprender a distinguir quando pedir ajuda é realmente necessário

◦ Auto reforço por esforços em direção à autonomia

◦ Vantagens e desvantagens da mudança

◦ Pensamento dicotômico (ou as pessoas são totalmente independentes e capazes ou são


incapazes e dependentes)

◦ Explorar a crença “se eu for independente, serei abandonada”


Transtorno de personalidade
dependente
•Necessidade de que outros assumam a responsabilidade por grandes áreas de sua
vida;

•Falta de iniciativa;

•Medo exagerado de ser incapaz de cuidar de si, com desconforto quando sozinho e
preocupações com abandono;

•Tendência a atribuir felicidade a eventos externos;

•Busca urgente por um outro relacionamento após o término de um relacionamento


íntimo.
Transtorno de personalidade
dependente
◦ Baixa autoconfiança + Necessidade visivelmente grande de reasseguramento
= Transtorno de personalidade dependente

CONDUTAS DO TERAPEUTA:
1) Avaliar como foi a história dos relacionamentos do paciente (em especial o término);
2) Perguntar como as decisões são tomadas;
3) Colher informações sobre como o paciente se sente ao ficar sozinho por longos
períodos de tempo;
4) Perguntar como lida com a situação quando discorda de alguém ou quando é
solicitado a fazer alguma coisa desagradável.
Transtorno de Personalidade
Dependente
◦ Tendem a confiar e a depender sinceramente dos outros, antecipando que estes esforços
serão recompensados com afeição e cuidados.

◦ • Cuidar com as palavras: dependência, independência e autonomia. Os pacientes


temem o isolamento e a independência!

◦ • Estabelecer uma Estratégia de colaboração: é normal que no início o terapeuta precise


fazer mais do que a metade do trabalho.

◦ • Utilizar a descoberta orientada: ajuda o paciente a identificar seus pensamentos e


sentimentos.

◦ • Monitorar os próprios pensamentos e sentimentos do terapeuta: O terapeuta sente-se


tentado a salvar o paciente ou faz exceções incomuns.
TRATAMENTO
◦ Estabelecer limites claros na extensão do relacionamento profissional do terapeuta.
Estes pacientes costumam se apaixonar pelos terapeutas! É crucial expressar
verbalmente este fato e trabalhar a impossibilidade da relação profissional se tornar
pessoal.
• Trabalhar exposição gradual.
• Estabelecer hierarquias.
• Trabalhar os RPDs para os PAs
• Praticar as tarefas de casa em sessão antes de elas ocorrerem fora da sessão.
TRATAMENTO
• Explorar as vantagens e desvantagens de mudar

• Fazer um continuum de independência em conjunto com o paciente.

• Terapia de casal/família

• Terapia de grupo para estabelecer a modelagem de desenvolver habilidades

• Término da terapia: pode ser ameaçador ao paciente. Ao invés de estabelecer


verbalmente, estabelecer experimentalmente espaçando e avaliando.

• Ofertar as sessões de apoio para “retornar aos trilhos” quando necessário for.
Pensamentos automáticos

◦ Um homem prevenido vale por dois


◦ Se vai fazer que faça bem feito
◦ Há um lugar para cada coisa e uma coisa para cada lugar.
TP Obsessivo-Compulsiva
Critérios Diagnósticos

◦ Um padrão global de preocupação com organização, perfeccionismo e controle


mental e interpessoal, à custa de flexibilidade, abertura e eficiência, que se manifesta
no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos, indicado
por, no mínimo, quatro dos seguintes critérios:
◦ (1) preocupação tão extensa com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou
horários, que o alvo principal da atividade é perdido
◦ (2) perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas (p. ex., é incapaz de
completar um projeto porque não consegue atingir seus próprios padrões
demasiadamente rígidos)
◦ (3) devotamento excessivo ao trabalho e à produtividade, em detrimento de
atividades de lazer e amizades (não explicado por uma óbvia necessidade
econômica)
TP Obsessivo-Compulsiva
Critérios Diagnósticos
◦ (4) excessiva conscienciosidade, escrúpulos e inflexibilidade em questões de
moralidade, ética ou valores (não explicados por identificação cultural ou religiosa)

◦ (5) incapacidade de desfazer-se de objetos usados ou inúteis, mesmo quando não


têm valor sentimental

◦ (6) relutância em delegar tarefas ou trabalhar em conjunto com outras pessoas, a


menos que estas se submetam a seu modo exato de fazer as coisas

◦ (7) adoção de um estilo miserável quanto à gastos pessoais e com outras pessoas; o
dinheiro é visto como algo que deve ser reservado para catástrofes futuras

◦ (8) rigidez e teimosia


TP Obsessivo-Compulsiva

Palavras chaves: perfeccionismo e rigidez

Visão do self: inadequado, porém responsável

Visão dos outros: críticos

Crenças centrais:
◦ “preciso evitar erros a todo custo”
◦ “existe um caminho/resposta/comportamento certo para cada situação”
◦ “erros não são toleráveis”
TP Obsessivo-Compulsiva
Afeto: ansiedade crônica, emocionalmente contido

Estratégias:
◦ Procrastinação
◦ Prestar atenção a detalhes
◦ Perceber erros imediatamente
◦ Corrigir erros
◦ Evitar/eliminar erros
◦ Controle

Crenças condicionais:
◦ “se o curso perfeito de ação não está claro, entõa melhor não fazer nada”
◦ “se não está totalmente certo, então está errado”
◦ “se eu me preocupar, então evitarei erros”
TP Obsessivo-Compulsiva
Pesquisa
◦ Há poucas evidências de que o TPOC seja resultado de treinamento esfincteriano
inadequado
◦ Pais rígidos e controladores, sem empatia, que desaprovam a expressão espontânea
do afeto

Diagnóstico diferencial
◦ TPOC e TOC – TOC com O e C egodistônicas
◦ TPOC e TP Narcisista – o primeiro é muito crítico consigo mesmo e o último
◦ acredita ter atingido a perfeição
◦ TPOC e TP Antissocial – enquanto o POC é avarento consigo mesmo, o AS é
◦ generoso consigo mesmo
◦ TPOC e TP esquizotípica – isolamento em função do desconforto com emoções
◦ e dedicação ao trabalho e não em função da incapacidade de intimidade
Focos do tratamento
Objetivos do tratamento
◦ Permanecer no perfeccionismo x flexibilidade
◦ Falar abertamente sobre o diagnóstico
Relação terapêutica
◦ Não tentar estabelecer uma relação emocional no início...mas baseada no respeito,
objetividade e foco no problema
◦ Agenda e estrutura da sessão são fundamentais
◦ Técnicas de relaxamento e meditação devido à ansiedade e sintomas
psicossomáticos
◦ Experimentos comportamentais
◦ Pensamentos ruminativos – interrupção e redirecionamento dos processos de
pensamento
◦ Utilidade dos esquemas no passado e no presente
Foco no Tratamento
Mantendo o progresso
◦ Uso das estratégias trabalhadas em terapia
◦ Sessões de apoio
◦ Prevenção à recaída
Transtorno anancástico ou
obssessivo-compulsivo

◦ Preocupações com detalhes, regras, organização, listas ou agenda de forma que o


objetivo principal é perdido; autodisciplina; controle emocional; perseverança;
confiabilidade e polidez. Perfeccionismo que interfere com o término da tarefa;
trazendo prejuízo funcional ou sofrimento subjetivo. Hipercrítica, excesso de escrúpulos,
dogmática; ruminativa; moralista; inflexível; indecisa e bloqueada em termos
emocionais e cognitivos. PREVALÊNCIA: 2,1 a 7,9% .
Transtorno anancástico ou
obssessivo-compulsivo
• Diferente da patologia TOC
• Pensamentos repetitivos e intrusivos
• Dedicação excessiva ao trabalho e produtividade em detrimento da atividade de
lazer e amizade;
• Relutância em delegar tarefas a não ser que esteja submisso ao seu jeito;
• Dificuldade em jogar fora objetos sem valor ou utilidade;
• Rigidez e teimosia.
Transtorno anancástico ou
obssessivo-compulsivo
Busca pela psicoterapia: ansiedade ou transtorno de pânico.
- Obsessões e compulsões específicas.
- Depressão crônica. Transtorno distímico.
- Vida monótona, aborrecida e insatisfatória.
- Grande necessidade de estar no controle de si mesmos, das suas emoções, e do seu
ambiente. Sentem-se massacrados, desesperançados e deprimidos.
- Podem apresentar transtornos psicossomáticos: dor de cabeça tensional, dor nas
costas, constipação e úlceras. Podem possuir problemas cardiovasculares.
- Apresentam transtornos sexuais com frequência: desejo sexual inibido, incapacidade
de ter orgasmo, ejaculação precoce e dispareunia.
- A terapia de casal pode acontecer por falta de disponibilidade emocional,
comportamento workaholic.
Transtorno anancástico ou
obssessivo-compulsivo
-Teoria biopsicossocial-evolutiva: modelo bem adaptado às demandas sociedades
desenvolvidas. Luta fundamental: obediência e desafio.

-Teoria psicanalítica: “estilos neuróticos” apresentando vários traços, sintomas e


mecanismos de defesa.

-Cognitivo: estilo de pensamento rígido, intenso, com foco bem definido. Logo, são bons
em tarefas técnicas, que envolvem detalhes.

-Desatenção ativa: são facilmente distraídos por novas informações. Raramente são
surpreendidos, pois apresentam autodireção da volição.
Transtorno anancástico ou
obssessivo-compulsivo
EU DEVO!!!!
• Experenciam qualquer relaxamento na atividade deliberada ou intensional como
impróprio ou perigoso.

• Comportamentos ritualistas.

• Possuem excessivas dúvidas, procrastinação, superatenção à detalhes e incerteza na


tomada de decisões.

• Cresceram em lares nos quais recebiam mensagens contraditórias por pelo menos um
dos genitores.
Transtorno anancástico ou
obssessivo-compulsivo
• Genitores: rígidos e controladores, superconformistas, sem empatia e desaprovavam a
expressão espontânea do afeto.

• O paciente não possui relacionamentos íntimos nos quais se auto revela.

• O paciente está em uma profissão técnica e orientada para detalhes.

• O paciente não se dedica a muitas atividades de lazer, ou suas atividades são


intencionais e dirigidas a um objetivo e não realizadas meramente por diversão.

• Perguntar, sem rodeios os critérios do DSM, de forma clara e objetiva.


Transtorno de personalidade
Obsessivo Compulsivo
TPOC X TPN

TPOC TPN
Perfeccionismo Perfeccionismo
Crença de que os outros não farão tão Crença de que os outros não farão tão
bem bem

Críticas consigo mesma Já atingiram a perfeição


Avarentos consigo e com os outros São generosos, mas satisfazem os próprios
desejos
Transtorno de personalidade
Obsessivo Compulsivo
TPOC X TPE

TPOC TP Esquizotípica

Aparente formalidade de isolamento social Aparente formalidade de isolamento social

Desconforto com as emoções e excessiva Ausência de capacidade de intimidade


dedicação ao trabalho
Transtorno de personalidade
Obsessivo Compulsivo

Associação com o “Espectro Obsessivo-compulsivo”;

Complicações: estresse e dificuldades frente a novas situações que demandam


flexibilidade;

Comorbidade: Transtornos ansiosos e depressão.


Transtorno de personalidade
Obsessivo Compulsivo
ESQUEMAS QUE IMPULSIONAM:
◦ “Preciso evitar erros a todo o custo!”
◦ “Existe um caminho/resposta certo em cada situação!”
◦ “Erros são intoleráveis!”

ESTRATÉGIAS UTILIZADAS PARA EVITAR ERROS:


◦ “Preciso ser cuidadoso e meticuloso!”
◦ “Devo prestar atenção aos detalhes!”
◦ “Preciso perceber os erros imediatamente, para que eles possam ser corrigidos!”
◦ “Cometer um erro é merecer críticas!”
Transtorno de personalidade
Obsessivo Compulsivo
OBJETIVO DO TPOC:
◦ Eliminar erros, não apenas minimizá-los, o que resulta numa necessidade total de
controle sobre si e sobre o ambiente.

DISTORÇÃO COGNITIVA RECORRENTE:


◦ Pensamento dicotômico “Podemos evitar desastres se nos preocuparmos com eles”!
◦ Catastrofização Relacionamentos são problemáticos, pois distraem os indivíduos do
trabalho!
◦ Evita emoções e situações ambíguas!
Tratamento de Transtorno de
personalidade Obsessivo
Compulsivo
1) Ensinar os pacientes sobre a teoria cognitiva da emoção

2) Estabelecer objetivos terapêuticos: ser específico nas metas

3) Classificar os objetivos quanto à importância e quão facilmente solucionável ele é. Isto


ajuda na motivação à terapia!

4) Identificação de pensamentos e esquemas automáticos às áreas problemas.

5) Apresentar ao paciente o ABC

6) Monitorar o problema semanalmente (RPD)


Tratamento de Transtorno de
personalidade Obsessivo
Compulsivo
7) Utilizar estratégias de colaboração

8) OBJETIVO GERAL: AJUDAR A ALTERAR OU REINTERPRETAR AS SUPOSIÇÕES


SUBJACENTES PROBLEMÁTICAS, DE MODO QUE OS COMPORTAMENTOS E SUPOSIÇÕES SE
MODIFIQUEM.

9) A terapia tende a ser mais objetiva e focada no problema, com menos ênfase no
emocional e no relacionamento.

10)Os pacientes eliciam reações emocionais nos terapeutas.

11)Alguns pacientes atuam sua necessidade de estar em terapia de maneira direta ou


de forma passivo agressiva.
Tratamento de Transtorno de
personalidade Obsessivo
Compulsivo
1) As reações dos terapeutas aos compulsivos podem fornecer valiosas informações
sobre os pacientes e as fontes de dificuldades. Devem evitar fazer mudanças no
paciente com base em seus próprios valores; precisam considerar as necessidades e
os problemas dos pacientes.

2) TÉCNICAS ESPECÍFICAS:
3) Estruturar as sessões de terapia priorizando os problemas e utilizando técnicas para
solucioná-los. (É útil para Indecisão, ruminação e procrastinação).
4) Examinar os PAs e relacionar aos problemas de indecisão e procrastinação.
5) Observar as “planilhas e a extrema conscienciosidade”.
6) Frequente problemas de ansiedade e psicossomáticos: usar técnicas de relaxamento
e meditação.
Tratamento de Transtorno de
personalidade Obsessivo
Compulsivo
7) Listar vantagens e desvantagens de relaxamento e meditação.

8) Ajudar o paciente a ver que a valorização do prazer é bem menor do que a da


produtividade. Avaliar o que está diretamente relacionado a isto.

9) Usar técnicas cognitivo comportamentais para lidar com as preocupações e


ruminações crônicas.

10) Ao final da terapia, alertar os pacientes sobre as possibilidades de recaída. E


monitorar as recorrências dos problemas que os fizeram buscar ajuda.
CRENÇAS E ESTRATÉGIAS BÁSICAS
ASSOCIADAS A TRANSTORNOS
TRADICIONAIS DE PERSONALIDADE
TP CRENÇAS / ATITUDES ESTRATÉGIAS (CPTO
BÁSICAS MANIFESTO)
Dependente Eu sou incapaz Apego/vinculação
Esquiva Eu posso me machucar Evitação
Passivo-agressivo Eu poderia ser controlado Resistência
Paranóide As pessoas são perigosas Cautela
Narcisista Eu sou especial Auto-engrandecimento
Histriônico Eu preciso impressionar Dramaticidade
Obsessivo-compulsivo Eu não posso errar Perfeccionismo
Anti-social Os outros estão aí para Ataque
serem explorados
Esquizóide Eu preciso de muito espaço Isolamento
ESTRATÉGIAS TÍPICAS SUPERDESENVOLVIDAS E
SUBDESENVOLVIDAS
TP SUPERDESENVOLVIDA SUBDESENVOLVIDA
Dependente Busca de ajuda. Auto-suficiência/Mobilidade
Apego extremo.
Esquiva Vulnerabilidade social Auto-assertividade /
Evitação/Inibição Agregacionismo
Passivo-agressivo Autonomia/Resistência Intimidade/Assertividade
Passividade/Sabotagem Atividade/Cooperação
Paranóide Vigilância/Desconfiança/ Suspeita Serenidade/ Confiança/Aceitação

Narcisista Auto-engrandecimento Compartilhamento


Competitividade Identificação com o grupo
Histriônico Exibicionismo/expressividade/Impres Reflexão/Controle/Sistematização
sionismo
Obsessivo-compulsivo Controle/sistematização/ Espontaneidade/Divertimento
Responsabilidade
Anti-social Combatividade/Exploração/ Empatia/Reciprocidade/
Predação Sensibilidade social
Esquizóide Autonomia/Isolamento Intimidade/Reciprocidade
TRATAMENTO
Psicoterapia
• Tratar as comorbidades
• Prevenção de complicações

Terapia farmacológica específica visando reduzir:


- Instabilidade afetiva
- Impulsividade
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE &
TRATAMENTO
• Uma luta para alcançar a si mesmo

• Preservação da continuidade do vínculo

• Ideal equipe terapêutica: psicólogo, psiquiatra, terapias alternativas, terapia familiar...


Coesão ficar menos vulnerável aos ataques do cliente.

Obs.: Estes ataques funcionam como defesa.


TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE &
TRATAMENTO

◦ • conceituação e reestruturação cognitiva


◦ • relação terapêutica colaborativa
◦ • psicoeducação

◦ •sessão relativamente estruturada - negociação da estrutura ajuda a fortalecer a


aliança terapêutica e a flexibilidade

◦ •foco na resolução de problemas e objetivos específicos - mutuamente aceitáveis e


razoáveis
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE &
TRATAMENTO
GRANDES APRENDIZADOS X GRANDES ENSINAMENTOS
◦ Pacientes:
◦ -dificuldade em discriminar suas próprias percepções das percepções dos outros (o
que é normalmente superado na adolescência).
◦ Terapeutas:
◦ -inicialmente mostra a tendência a lidar com as pessoas como uma audiência
imaginária que vê o mundo da mesma forma que ele o vê
◦ -depois facilita a percepção de que cada pessoa é um mundo e não uma réplica do
que ele pensa
◦ -inicia-se o exercício de tentar se colocar no lugar do outro e entender o que ele
sente e pensa e dar o direito de sentir e pensar assim
◦ - deve-se desafiar a idéia de que ele/as pessoas são imunes ao tempo incentivo à
flexibilidade + tolerância à incoerência.
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE &
TRATAMENTO
◦ Terapia se torna especialmente difícil quando as crenças são ativadas durante o
tratamento.

◦ Os pacientes empregam suas estratégias disfuncionais de enfrentamento na sessão!

◦ Terapeutas:
◦ • ACOLHER
◦ • TER COMPAIXÃO
◦ • NÃO JULGAR
◦ • MOSTRAR FUNÇÃO: distorcer a realidade em certos contextos pode ser mais
vantajoso do que promover a leitura acurada dela
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE &
TRATAMENTO
As características que definem os TP são opostas as que seriam necessárias para um
“bom andamento” da terapia ?!

Requerem + tempo, energia e sistemas de apoio, necessitam estar em

terapia por um tempo maior → Tempo maior não é pior!


Reações do terapeuta:
empatia X hostilidade,
preferência X aversão.

Variar para o cliente se perceber e treinar.


TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE &
TRATAMENTO
◦ Avaliação

◦ Identificar esquemas centrais;

◦ Educar o paciente sobre os esquemas;

◦ Relacionar história de vida, esquemas e dificuldades atuais;

◦ Contato com as emoções relacionadas aos esquemas;

◦ Identificar estratégias de enfrentamento disfuncionais.


TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE &
TRATAMENTO
Etapas:
Identificação de esquemas

Objetivos terapêuticos

História de vida

Ativação de imagens

Relação terapêutica

Questionário de esquemas
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE &
TRATAMENTO
Mudanças:
O processo de terapia buscará reenergizar os esquemas mais adaptativos ↔
Diminuição da tendenciosidade no processamento de informações

Técnicas:
◦ Cognitivas
◦ Comportamentais
◦ Experienciais
◦ Interpessoais (relação terapêutica)
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE &
TRATAMENTO
Técnicas Cognitivas
◦ Teste da validade do esquema

◦ Análise de evidências

◦ Avaliação de vantagens e desvantagens dos estilos de enfrentamento

◦ Condução de diálogos entre o lado disfuncional do esquema e o lado saudável

◦ Cartões de enfrentamento

◦ Diário de esquemas
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE &
TRATAMENTO
Estratégias:
◦ Conceituação cognitiva → Permite:

Compreender comportamentos passados + Predizer as respostas comportamentais


futuras + Explorar os fatores precipitantes dos problemas.

◦ Identificação de distorções cognitivas → Permite:

Testar a função e a validade dos pensamentos/percepções.


Obs.: Requer muita habilidade e tato (pacientes podem se sentir invalidados -
resistência em compreender suas experiências sob outros pontos de vista).
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE &
TRATAMENTO
Cartões lembrete + questionamento esquema:

1. Reconhecimento de sentimento atual desadaptativo.

2. Identificação do esquema.

3. Teste de realidade.

4. Instruções Comportamentais.
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE &
TRATAMENTO

1)Diário de rotina e humor com carinha feliz e triste

2)Diário de esquema com Adesivos

Pacientes descrevem situações reais, cognições, emoções, comportamentos,


esquemas e cognições e comportamentos (saudáveis ou não).
Reconhecimento do sentimento atual No presente momento me sinto fracassada porque eu não fui bem sucedida
profissionalmente

Identificação do Esquema No entanto, sei que essas reações são guiadas pelo esquema de fracasso,
formado a partir das críticas do meu pai que desqualificava os meus feitos e
de minha mãe para quem nada era bom o suficiente, levando-me a
acreditar que eu era burra, inapta e limitada. Este esquema me leva a
exagerar o grau que percebo a situações.

Testagem da Realidade Apesar de acreditar que não tenho capacidade para atuar
profissionalmente, a realidade é que nunca atuei em outras áreas que me
permitissem confirmar isto. As evidências em minha vida que apoiam uma
visão saudável incluem: quando participei de uma entrevista de emprego,
fui admitida pelo meu atual chefe.

Orientação Comportamental Assim, ainda que seja mais confortável no momento evitar procurar novas
oportunidades profissionais, me mantendo em casa e sentindo-me triste e
magoada eu poderia em vez disso procurar uma atividade, mesmo me
sentindo ansiosa, porque esta é a forma de atingir as minhas necessidades
emocionais e profissionais.
Diário de Esquemas
◦ Disparador
◦ Emoções
◦ Pensamentos
◦ Comportamentos
◦ Esquemas
◦ Visão saudável
◦ Preocupações realistas
◦ Super reações
◦ Comportamento saudável
Técnicas Ccmportamentais
◦ Role-play

◦ Treinamento em Habilidades Sociais

◦ Treinamento emAssertividade

◦ Exposição sistemática

◦ Agendamento de atividades

◦ Experimentos comportamentais
Técnicas Experienciais
◦ Diálogos com imagens

◦ Carta aos pais

◦ Imaginação para quebra de padrões

◦ Imaginação para reparentalizaçao


Técnicas vivenciais Permitem

◦ Explorar e modificar o significado das experiências da infância.

◦ Obs.: Técnicas para alterar crenças são necessárias. CONTUDO...

◦ T. Personalidade: relatam que, embora possam ter mudado suas crenças, ainda
"sentem" desconforto quando tendenciosamente interpretam um evento
negativamente ou lembram de alguma situação

◦ Técnicas vivenciais são valiosas para ajudar a entender emocionalmente o que já


apreenderam intelectualmente.
Técnicas vivenciais Permitem:

Pacientes entram em contato com esquemas disfuncionais, afim de mudá-los.

◦ Ex.2: “Diálogos Imaginários”:


◦ Ex.1: “Cartas aos Pais”:

◦ 1) Paciente convidado a escrever uma carta descrevendo como os pais o


prejudicaram - lembranças, emoções e cognições. Também inclui o que o paciente
queriam e querem de seus pais.

◦ 2) Paciente lê esta carta para o terapeuta.


Técnicas vivenciais Permitem:

1) Pacientes imaginam-se com seus pais em uma situação adversa.

2) Pacientes estimulados a expressar afetos (em terapia) pelos pais, particularmente a


raiva.

◦ 3) Pacientes estimulados a pensar sobre o que queriam de seus pais. Se fosse assim, o
que seria diferente? Já que não foi, dá pra construir hoje?!
◦ Ex.3: “Cartas sobre si”
Técnicas Interpessoais

◦ Reparetalização limitada → Preenchimento das necessidades emocionais não


atendidas do paciente, dentro dos limites da relação terapêutica

◦ Confrontação empática → Compreensão + necessidade de mudança


Relação terapêutica:

a) terapeuta como um modelo – paciente internaliza esquemas saudáveis do


terapeuta.

b) terapeuta fornece, dentro da razão de funcionalidade, o que os pacientes


precisavam mas não receberam de seus pais na infância (“reparenting” limitada).

c) confrontação empática - mostrar empatia pelos esquemas disfuncionais do paciente


+ como eles são experimentados pelo terapeuta + ressaltar que esses esquemas são
distorcidos ou disfuncionais.
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE &
TRATAMENTO
◦ Terapeutas → reconhecer a natureza delicada deste relacionamento ← CUIDADO e
NÃO CUIDADO!!!

◦ Ex.: Apenas dois minutos de atraso para uma sessão com um paciente de
personalidade dependente pode evocar a ansiedade sobre o abandono; os mesmos
dois minutos, para um paciente paranóide, podem sugerir estar sendo “passado para
trás”.
ESTRATÉGIAS
Cliente PRECISA estar ciente da conexão entre SEUS pensamentos, emoções e ações &
REAÇÃO DOS OUTROS
◦ 1. Sessões psicoeducativas

◦ 2. Questionamento Socrático / Descoberta guiada

◦ 3. Role-plays

◦ 4. Registro dos pensamentos automáticos

◦ 5. Coleta de mais informações - não supor nada → avaliação de evidências.

◦ 6. Rotular distorções.
ESTRATÉGIAS
◦ 7. Conscientizar de que os padrões automáticos de pensamento são, muitas vezes,
enviesados e não razoáveis.

◦ 8. Desafiar afirmações supergeneralizadas (“nunca”, “sempre”, e “ninguém”).

◦ 9. Examinar alternativas / ver além hierarquização: colocar as experiências em


perspectiva e reduzir a tendência de percebê-las isoladamente.

◦ 10.Reatribuição de eventos: é especialmente útil ao paciente que atribui


responsabilidades de forma estereotipada (responsabilizando unicamente a si ou a
outros).

◦ 11. Uso de autoinstrução: encoraja e guia o cliente no uso de novos padrões de ação.
Prevenção de recaída → Permite

◦ Aprender estratégias para identificar a reativação de suas crenças e comportamentos


disfuncionais e modificá-los.

◦ Apesar das fases e etapas do tratamento estarem delineadas, o terapeuta deve


sepreparar para enfrentar possíveis resistências do paciente

◦ Não há uma rigidez excessiva em relação às técnicas, abrindo espaço para uma
maior criatividade do terapeuta na condução do processo.
ATENÇÃO

◦ Terapeuta: manter uma visão abrangente dos sistemas envolvidos → compreender as


relações delicadas entre cliente & ambiente.

◦ Jeffrey Young não propõe um outro conceito de esquema, apenas enfatiza o que
considera um nível mais “profundo” de cognição: os esquemas que vão aparecendo
na infância - Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs).
GRUPO B - Sedutores/Dramáticos

◦ T. P. Antissocial
◦ Bordeline
◦ Histriônica
◦ Narcisista
T. P. Antissocial
◦ História de T. Conduta na infância

◦ Padrão de comportamentos profundamente irresponsáveis

◦ Socialmente ameaçadores

◦ Padrão que persiste na idade adulta


T. P. Antissocial
◦ Não buscam tratamento espontaneamente
◦ Família
◦ Sistema judiciário
◦ Empregadores
◦ Escola
◦ Podem procurar clínicos voluntariamente com queixas falsas a fim de obter prescrição
de medicação controlada
MITO
◦ Padrão global de desrespeito e violação aos direitos alheios
◦ Transtorno pode incorporar atos criminais que ameaçam e ferem pessoas e
propriedades
◦ Alguns autores dizem que são incapazes de se beneficiar de tratamento
◦ Outros dizem que é geneticamente determinado, não uma série de comportamentos
relacionados

◦ ● Logo, é intratável porque não tem empatia e não aceita regras e normas
Ausência de motivação para tratamento
◦ ● Logo, é intratável porque TPA não procura tratamento espontaneamente
T. P. Antissocial
Psicopata primário
◦ Aparente ausência de culpa ou ansiedade
◦ Não possui consciência moral

Psicopata secundário
◦ Relata sentimento de culpa
◦ Pode temer possíveis consequências da sua má ação, mas continua com o mesmo
comportamento
● Falta controle de impulsos e é lábil emocionalmente
T. P. Antissocial
Crenças + comportamentos relacionados
Desde os 15 anos
Fracasso em conformar-se com normas sociais
Propensão para enganar, mentir repetidamente para obter vantagens
Impulsividade
Irritabilidade e agressividade, lutas corporais ou agressão física Irresponsabilidade
consciente
Ausência de remorso, incapacidade em sentir culpa ou aprender com a experiência e
o castigo
Egoísmo, insensibilidade
T. P. Antissocial
◦ Padrão deve se manifestar em 2 ou mais áreas

Cognição
◦ Maneira de se perceber e interpretar a si mesmo, outras pessoas e eventos
◦ ● TPA ! suas regras são diferentes das regras da comunidade
◦ ● Objetivo é limitar ou evitar o controle dos outros
◦ ● As regras não se aplicam a mim
T. P. Antissocial
Afetividade
Variação, intensidade, labilidade e adequação da resposta emocional

● Déficit significativo no processamento emocional

● Respostas afetivas podem percorrer toda a gama – do isolado ao agressivo, atuador


T. P. Antissocial
Funcionamento interpessoal
◦ Não há padrão
◦ Alguns tem poucas habilidades interpessoais outros tem muitas, utilizando-as para
manipulação
◦ THA pode ser útil para o indivíduo com TPA
◦ Controle de impulsos
◦ Vai de um extremo a outro
◦ Excelente controle de impulsos ! esperam pacientemente pela chance de conseguir o
que querem
◦ Oportunistas ! buscam o que querem sem pensar nas consequências
◦ Combinação de bom controle de impulsos agregado a oportunismo episódico
T. P. Antissocial
Conceitualização

◦ Visão de mundo pessoal – não interpessoal.Vê a si mesmo como inteligente,


persistente

◦ Visão do Outro: Não conseguem assumir ponto de vista do outro


T. P. Antissocial
◦ Dimensões comportamentais do TPA podem ser divididas em um continuum criminal.
Com gradações de antissocialidade

◦ I – Viola regras sociais, mas as ações destrutivas são dirigidas a si mesmos (alcoolismo,
drogas, prostituição).
◦ II – Pode ser muito sociável dentro do subgrupo em que o comportamento
identificado pode ser aceitável ou mesmo ignorado, mas entra em conflito com a
população em geral. Pode ser volitivo ou não (briga física).
◦ III – Ações não violentas e dirigidas contra grandes instituições (fraude de seguro,
imposto)
T. P. Antissocial
◦ IV – Ações não violentas, volitivas, dirigidas contra a propriedade sem causar danos a
pessoas (roubo, furto de carro e carteira).

◦ V – Ações violentas, volitivas contra a propriedade (incêndio premeditado, uso de


explosivos).

◦ VI – Ações não violentas, volitivas, contra pessoas ( enganar, trapacear)

◦ VII – Ações não violentas, volitivas, mas assustadoramente predatórias contra os outros
(perseguir alguém, fazer ameaças verbais, ações fisicamente ameaçadoras)
T. P. Antissocial
◦ VIII – Atos violentos, não volitivos, são acidentais ou causados por ignorância ou
ingenuidade (disparar acidentalmente)

◦ IX – Ações violentas, volitivas, embora fisicamente não danosas, contra os outros


(seqüestro, roubo de carro com a pessoa dentro)

◦ X – Ações violentas, descontroladas, desreguladas, embora não letais (respostas de


raiva descontroladas
T. P. Antissocial
◦ XI – Dano físico volitivo e violento, embora não letal aos outros (estupro, abuso sexual,
crime organizado)

◦ XII – Crimes físicos volitivos, letais ou potencialmente letais, contra pessoas (


assassinato, agressão com arma, agressão física)
T. P. Antissocial
DSM 5 - modelo alternativo
◦ Prejuízos no funcionamento da personalidade e por traços de personalidade
patológicos

◦ Diagnóstico de Transtornos da Personalidade especificado pelo traço TP-ET

◦ Quando um transtorno de personalidade é considerado presente, mas os critérios não


são satisfeitos
Tratamento

◦ Freqüentemente se limita a um melhor manejo dos comportamentos disruptivos dentro


de um ambiente institucional ou a leves alterações de comportamento que evitem a
necessidade desses ambientes

◦ Não tenta construir uma estrutura moral melhor por meio de indução de afeto
Tratamento

◦ Busca melhorar o comportamento social e moral, em virtude de progresso no


funcionamento cognitivo

◦ Transição das operações concretas e autodeterminação para operações cognitivas


mais formais de pensamento abstrato e consideração interpessoal, crenças
alternativas e ações possíveis
Transtorno de
Personalidade Borderline
◦ Padrão de instabilidade de relacionamentos, autoimagem e afetos (relacionamentos)

◦ Busca frenética para evitar abandono

◦ Impulsividade

◦ Sentimentos crônicos de vazio

◦ Ideações paranóides transitórias

◦ Raiva inadequada ou intensa


Epidemiologia

◦ 2% na população em geral
◦ 10% em pacientes ambulatoriais
◦ 20% em pacientes internados
◦ 30-60% em populações clínicas com transtornos de personalidade
◦ 70-75% tem histórico de pelo menos um ato parasuicida
◦ 5-10% consumam o suicídio
Transtorno de
Personalidade Borderline
◦ Pacientes do TPB costumam ser uma carga para parentes, amigos e colegas

◦ Há risco grande de que induzam psicopatologia na prole

◦ Muitos são inteligentes e talentosos, mas seu transtorno os impede de se


desenvolverem

◦ É comum haver dificuldade em concluir escola, não trabalhar ou ter empregos


aquém de sua capacidade
Transtorno de
Personalidade Borderline
◦ É comum crises relacionais

◦ Freqüentemente infligem ferimentos a si mesmos

◦ Apresentam abuso de substâncias, normalmente na forma de automedicação

◦ Notórios por explosões de fúria e crises

◦ Costumam ter má reputação nos locais de atendimento

◦ Alguns terapeutas os temem


Transtorno de
Personalidade Borderline
Organização Borderline
◦ Personalidade imatura
◦ Difusão de identidade
◦ Uso de defesas primitivas como cisão e identificação projetiva
◦ Representações das relações objetais não estão integradas, mas cindidas e
separadas umas das outras
● Organização Borderline + amplo que TPB
Transtorno de
Personalidade Borderline
◦ Representações de apego desorganizado

◦ Genitor = fonte de medo + porto seguro

◦ Associação TPB a abuso físico e emocional

◦ Alguma forma de abuso na infância é altamente prevalente nesses pacientes

◦ Experiências traumáticas em idade inicial – tipo de resposta punitiva, rejeitadora ou de


abandono = apego desorganizado
Transtorno de
Personalidade Borderline
Temas específicos
◦ Solidão
◦ Ser indigno de amor
◦ Rejeição e abandono por parte dos outros
◦ Pode se ver como má e merecedora de punição

Crenças específicas
◦ Dependência
◦ Desamparo
◦ Desconfiança
◦ Comportamento extremo em busca de atenção
◦ Medo de rejeição e de abandono
◦ Perda do controle emocional
Transtorno de
Personalidade Borderline
◦ Visão de si: impotente, inaceitável, vulnerável

◦ Visão dos outros: perigosos e maldosos

◦ Principais crenças: “O mundo é totalmente benigno, ou é mortífero”

◦ Principais estratégias: evitar a intimidade, instáveis na busca de companhia.


Transtorno de
Personalidade Borderline
Padrões de desregulação

◦ Emocional

◦ Comportamental

◦ Cognitiva

◦ Interpessoal
Transtorno de Personalidade Borderline

Incapacidade para
Ambientes classificar e regular
Invalidantes a excitabilidade
emocional

Busca de Controle
sobre os afetos Comportamentos Solução
intensamente disfuncionais desadaptativa
negativos
TPB Modelo Cognitivo
Esquemas
Infância

◦ Abuso Físico Self: Mau, vulnerável, desamparado, inaceitável


Outros: Malévolos, abusadores, rejeitadores
◦ Abuso Sexual
Emoções: Perigosas
◦ Abuso Emocional Relações: Precisa de ajuda
Expectativa de abuso/abandono(repulsa)

Hipervigilância
Pensamento Dicotômico Transtorno Borderline
TP HISTRIÔNICA
◦ Excessiva emotividade

◦ Busca de atenção

◦ Preocupação com atratividade física

◦ Único transtorno de personalidade explicitadamente ligado à aparência física Exageradamente


sedutores

◦ Sentem-se bem ao ser o centro das atenções

◦ Estilo de fala global impressionista

◦ Percebidos pelos outros como superficiais, exigentes, excessivamente dependentes, de difícil convívio
TP HISTRIÔNICA
◦ Apresentação de si mesmo excessivamente dramática

◦ Emoções se expressam com intensidade, mas parecem exageradas ou não


convencem

◦ Falta profundidade e autenticidade

◦ Um dos T. P. com menor prejuízo funcional

Família:
◦ Geralmente com alto controle e orientação intelectual-cultural e com baixa coesão
TP HISTRIÔNICA
◦ Mudam conforme cenário

◦ Podem se tornar tão instáveis a ponto de não sabem mais nem quem realmente são,
quais são suas reais preferências, comportamentos e, de forma geral, sua própria
personalidade

◦ Encenam e mudam tanto que às vezes chegam a acreditar em suas próprias


encenações
TP HISTRIÔNICA
◦ Tornam-se muito inconstantes, sem um modo estável de ser

◦ O conflito interno nesses pacientes é enorme

◦ Mudam de planos e objetivos a toda hora, identidade, relacionamentos, gostos,


aparência física, sentimentos e até preferência sexual

◦ Queixam-se sempre de incompreensão por parte de outras pessoas.

◦ Essa confusão interna é tão grande que por vezes leva à dissociação, Amnésia
psicogênica, negação, repressão, depressão
TP HISTRIÔNICA
Relacionamentos interpessoais

◦ Tendem a ser tumultuados e pouco gratificantes

◦ Especialmente vulneráveis à ansiedade de separação

● podem procurar tratamento por ficarem perturbados com o término de uma relação
TP HISTRIÔNICA
◦ Querem sempre ter a atenção de todos

◦ Caso isso não aconteça, pela hipersensibilidade que essas pessoas têm, tendem a se
sentir excluídos e tristes facilmente, com muito ciúmes ao perceberem que outra
pessoa está recebendo mais atenção que ele.

◦ Na verdade, eles querem ter a atenção apenas para eles.

◦ Fazem uso da manipulação, como a autodramatização, para terem mais atenção


para si.
TP HISTRIÔNICA
◦ Estão sempre atentas às outras pessoas, pensando em alguma forma de manipular
para que estejam a todo momento no centro das atenções, caso contrário,
facilmente ficam depressivas.

◦ Não toleram que outras pessoas sejam "o centro das atenções“

◦ Freqüentemente demonstram ciúmes, acessos de mau humor e acusações. Quando


percebem que tais atitudes extremas não são bem sucedidas, podem se afastar das
pessoas que não satisfazem suas necessidades de atenção
TP HISTRIÔNICA
Afeto principal
◦ Alegria
◦ Geralmente sentem ansiedade subjacente que reflete seu medo de rejeição

Epidemiologia
◦ Segundo pesquisas, há chances aumentadas de desenvolvimento de T. P. Antissocial
(homens) e T. Somatização (mulheres)

◦ Padrões de reforçamento por comportamentos de ser fisicamente atraente,


“engracadinhas”. Nos meninos por serem “machões”, e não por competência
interpessoal ou por capacidade de resolução de problemas
TP HISTRIÔNICA
Prevalência
◦ Cerca de 2-3% da população
TP HISTRIÔNICA
Diagnóstico Diferencial
◦ Períodos hipomaníacos

● Podem ser encontrados em TPH assim como no THBipolar


● Não costuma interferir seriamente na rotina social e funcionamento ocupacional

T. P. Narcisista
● TPH é mais subservientes para manter a atenção, TPN sacrifica a atenção para se manter
superior

T. P. Borderline
● Emoções lábeis e dramáticas, porém border apresenta comportamentos autodestrutivo e
extremo desconforto com afetos intensos.
Modelo Cognitivo
TP HISTRIÔNICA
Visão de si
◦ Glamouroso, impressionante

Visão dos outros


◦ Seduzíveis, receptivos, admiradores

Principais crenças
◦ “As pessoas estão aí para me admirar e me servir”
◦ “As pessoas não têm direito de negar meus desejos”
◦ “Eu posso seguir meus sentimentos”

Principais estratégias
◦ Dramatização, acessos temperamentais, choros, ameaças de suicídio
TP HISTRIÔNICA
Estratégia Hiperdesenvolvida Estratégia subdesenvolvida

Exibicionismo Reflexividade

Expressividade Controle

Impressionismo Sistematização
Estratégias de tratamento
◦ Sistemática voltada para resolução de problemas que costuma ser altamente prejudicada

◦ Foco na agenda da sessão

◦ Dificuldades para que o paciente sinta-se motivado e não entediado com a sessão e com as tarefas
de casa

◦ Treinamento de empatia Escuta ativa, parafrasear e refletir o que o outro diz

◦ ◦ Registro de Diário de Pensamentos

◦ ◦ Autoexposição para se manter em contato com a realidade

◦ ◦ Uso do humor para desinflar o estilo melodramático


T. P. Narcisista

Prevalência
- 2 a 16% na população clínica
- <1% da população geral
T. P. Narcisista
◦ Amplo padrão de consideração distorcida, por si mesmo e pelos outros

◦ Visão inflada de si mesmos, especiais, superiores

◦ Orgulha-se de sua posição social

◦ Aparência enganadoramente amistosa pode ser estragada por explosões arrogantes,


comentários impiedosos ou ações insensíveis
T. P. Narcisista

◦ Não há preocupação com as necessidades e sentimentos dos outros – falta de


empatia

◦ Pode ser muito hábil em inverter uma confrontação e atribuir culpa aos outros

◦ Limites ou críticas podem gerar reação desagradável e defensiva


T. P. Narcisista

◦ Rotineiramente superestimam suas capacidades e exageram suas realizações,


freqüentemente parecendo presunçosos ou arrogantes

◦ Surpreendem-se quando não recebem o louvor que esperam e julgam merecer

◦ Pode achar que somente consegue ser compreendido e apenas deve associar-se
com outras pessoas especiais ou de situação elevada, podendo atribuir qualidades
de "singularidade", "perfeição" ou "talento" àqueles a quem se associa
T. P. Narcisista

◦ Falta de sensibilidade para com os desejos e necessidades alheias, pode resultar na


exploração consciente ou involuntária dos outros

◦ Quando reconhecem as necessidades, desejos ou sentimentos alheios, tendem a vê-


los como sinais de fraqueza ou vulnerabilidade

◦ Tendem a formar amizades ou relacionamentos românticos somente se vislumbrarem


a possibilidade de que a outra pessoa vá ao encontro de seus objetivos ou de outro
modo aumente sua auto-estima
T. P. Narcisista
Grande autoconfiança X Autopreocupação
◦ Ativo e competitivo ao buscar status

◦ Sinais externos de status são usados como forma de medir seu valor pessoal

◦ Não ser considerado especial ativa crenças de inferioridade, insignificância ou


incapacidade
T. P. Narcisista
Afeto principal: raiva

◦ Quando as outras pessoas não lhe dedicam a admiração ou o respeito que


acreditam merecer

◦ Tendem a deprimir quando suas estratégias são desmascaradas

◦ A expressão da grandiosidade é uma super compensação de um sentimento primitivo


de inferioridade ou insignificância
T. P. Narcisista
Família

◦ Apoio inadequado

◦ Cuidadores inconsistentes, pouco disponíveis, fazem exigências autocentradas à


criança

◦ Ferida narcísica ! falso self grandioso (compensação)

◦ Diferencial !TPH = resultado de ações compensatórias do indivíduo que se percebe


pouco importante ou inferior
T. P. Narcisista
◦ Diagnóstico Diferencial

◦ Transtorno de humor (hipomania)


● A grandiosidade pode emergir como parte de Episódios Maníacos ou Hipomaníacos,
mas a associação com uma alteração do humor ou prejuízos funcionais ajuda a fazer a
distinção entre esses episódios e TPN.

◦ Anorexia nervosa
● Pode haver associação
● A anorexia demonstraria uma fragilidade narcísica em que as relações com os objetos
materiais substituem as relações humanas, entendidas como perigosas.
T. P. Narcisista
Diagnóstico Diferencial

◦ Transtornos relacionados a substâncias (cocaína)


● Pode haver associação TP Histriônica, Borderline, Antisocial e Paranóide
● O aspecto mais útil para a discriminação entre esses transtornos é a grandiosidade
● A relativa estabilidade da auto-imagem, além da relativa ausência de
autodestrutividade, impulsividade e preocupações com abandono, também ajudam a
distinguir o TPN do Border

◦ Pode ficar vulnerável a transtornos de ajustamento


● Mudanças desenvolvimentais afetam auto-imagem e o senso de potência na vida
Tratamento – Estratégias
◦ A estratégia mais importante é reforçar o paciente gradativamente para mantê-lo no
tratamento

◦ Há de se atender certas expectativas de relacionamento do paciente

◦ Melhorar habilidades de avaliação do significado de sucesso pessoal e interpessoal

◦ Avaliação de limites e perspectivas em relação aos outros

◦ Exame de crenças sobre valor pessoal e emoções


Tratamento
Técnicas

◦ Role play – com inversão de papéis

◦ THS
“Eu tenho certeza que, daqui a dez anos, existirão novas terapias (...). Eu espero que o futuro
das psicoterapias seja integrador. Eu acho que o maior perigo é que as pessoas façam o que
eu fiz no início, ou seja, toda vez que você achar uma nova terapia, pensar que esta é a
resposta para tudo e depois perceber que esta é somente uma parte da resposta. Eu
gostaria que as pessoas começassem a perceber que ser um bom terapeuta é integrar o
que você sabe com outras coisas e sempre estar aberto para novas ideias. Eu espero que o
futuro das psicoterapias seja entender que, assim como na medicina, cada transtorno
precisa de um tipo de tratamento, e que sempre surgirá um tratamento melhor, que o que
temos é apenas temporário. Espero que em terapia(...) haja o entendimento de que nós
estamos sempre aprendendo coisas novas e que nós temos que seguir ampliando o
conhecimento, ao invés de trocar de uma terapia para outra. Se você ficar alternando entre
as terapias, há sempre perdas e no final sempre se terá terapias incompletas. Um modelo
mais aberto seria manter o que já se sabe, mas sempre adicionando novos conhecimentos e
ideias de intervenção”.
JeffreyYoung (2008)

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