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0 - INTRODUÇÃO
O presente trabalho surge no âmbito da disciplina de Psicologia B, leccionada pelo
docente Eduardo Pereira, que solicitou a elaboração de um trabalho subordinado ao
tema “Relações Precoces”.
Assim, este trabalho tem como principal objectivo adquirir e aprofundar conhecimentos
dentro desta temática, Relações Precoces, e servir como instrumento de avaliação á
disciplina de Psicologia B.
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Relaçõ es Precoces
Segundo Chiesa “O vínculo é um processo sútil, que proporciona uma troca profunda,
muito além da transmissão de nutrientes entre a mãe e o bebé” Porém, atualmente,
diz-se que vinculação é qualquer comportamento de proximidade entre o bebé e a
pessoa que cuida do mesmo e não só da mãe e do bebé. Pois a noção de figura de
vinculação tem sido progressivamente redefinida, ultrapassando hoje largamente a
figura da mãe e, mais ainda, da mãe biológica. É susceptível de se tornar figura de
vinculação qualquer pessoa (homem ou mulher) que se envolva numa interacção viva
e duradoura com o bebé. A ideia, veiculada pelas primeiras teorias da vinculação, de
que as mulheres estariam por natureza mais inclinadas para criar os filhos e
estabelecer laços afectivos com os bebés do que os homens foi progressivamente
posta em causa e abandonada.
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A Investigação de Bowlby
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se o bebé não se consegue alimentar sozinho, ele vai depender do progenitor para o
alimentar e para lhe “encontrar” alimento e desta forma cria um apego para com o
mesmo.
Outras Investigações:
Para além de Bowlby, várias foram as pessoas que se mostraram interessadas neste
ramo das investigações, Mary Ainsworth foi uma psicóloga norte americana conhecida
pela sua investigação na teoria do apego, “A Situação Estranha”, “A Situação
Estranha” foi uma investigação usada para estudar os bebés e de que forma é que
eles equilibram a sua necessidade de apego e autonomia em diferentes níveis de
stress. Nesta investigação, a investigadora colocava uma mãe e o filho com cerca de
um ano de idade numa sala com brinquedos para que o bebé pudesse brincar e
observava as interações de ambos antes e depois da introdução de uma pessoa
desconhecida na sala. A situação estranha incluia momentos em que a mãe saia da
sala e deixava o bebé com o desconhecido, para logo regressar.
Para Ainsworth, a informação mais relevante sobre o vínculo mãe-filho não era
proveniente da reação do bebé quando a mãe saía, mas de como reagia ao seu
regresso, e sugeriu que as reações do bebé depois de voltar a reunir-se com a mãe
indicam três modelos ou tipos de apego.
Vinculação segura: cerca de 70% dos bebés dos estudos de Ainsworth apresentaram
este tipo de apego, em que eles utilizavam a mãe como base segura a partir da qual
faziam explorações. Mostravam mal-estar se a mãe saía da sala, mas brincavam
tranquilamente, inclusive na presença de um desconhecido, sempre que a mãe não
estivesse acessível.
Vinculação evitante: cerca de 15% dos bebés apresentaram este tipo de apego. Estes
bebés pareciam indiferentes à mãe e apenas reagiam quando esta deixava a sala.
Consolavam-se tanto com o desconhecido como com a mãe.
Vinculação insegura: os restantes 15% dos bebés apresentavam este tipo de apego.
Mostravam receio perante o desconhecido, inclusive na presença da mãe. Quando
esta saía da sala davam provas de intenso mal-estar, mas continuavam aborrecidos e
resistiam ao contacto com ela quando regressava.
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Em 1946, Spitz identificou duas enfermidades que ocorrem por privação afectiva
precoce depois de se terem estabelecido vínculos. A depressão anaclítica (resultante
de privação afectiva parcial) e a síndrome de hospitalismo (consequência de privação
afectiva total e duradoura). Quando falamos em depressão anaclítica referimo-nos a
um estado depressivo precoce que ocorre em bebés a partir dos 6 meses de vida
como consequência de rutura na relação com o agente maternante devido a
separação ou negligência. Já a síndrome de hospitalismo decorre da rutura total e
duradoura da relação afectiva precoces durante os primeiros 18 meses de vida.
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Como é que estes indivíduos foram capazes de superar a adversidade quando tinham
tanto contra eles? Para além de recursos pessoais e de fontes não oficiais de apoio,
Werner descobriu um aspeto comum a todos a todos eles: sem exceção, todos haviam
usufruído, ao longo do seu desenvolvimento, do apoio irrestrito de um adulto
significativo, familiar ou não, ou seja, do auxílio, afeto e acompanhamento de um tutor
de resiliência.
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4 – CONCLUSÃO
Ao longo deste trabalho podemos concluir que a vinculação precoce marca o
comportamento futuro do bebé e permite que a criança cresça equilibrada. A forma
como a mãe se relaciona com o bebé contribui para o modo como a criança, o
adolescente e também o adulto se relacionará com ele próprio e com os outros.
A vinculação fornece ao bebé a confiança que ele necessita para explorar o mundo e
tranquiliza-o em situações de stress. Os primeiros anos de vida são os alicerces da
vida futura e qualquer perturbação que ocorra neste período poderá ter repercussões
ao nível da sua saúde mental enquanto indivíduo.
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5 – Web Grafia
https://erikas40.wixsite.com/psicologia/blank-9 (06/01/2023)
https://adriana-psy.webnode.pt/rela%C3%A7%C3%B5es-precoces/caracteriza
%C3%A7%C3%A3o-as-rela%C3%A7%C3%B5es-precoces/ (06/01/2023)
https://www.scielo.br/j/sausoc/a/5GZpvRjD4BBkFJS5qjCNfvy/?lang=pt (06/01/2023)
https://revistacrescer.globo.com/Bebes/Desenvolvimento/noticia/2015/06/o-vinculo-com-
seu-bebe-comeca-antes-mesmo-de-ele-sair-da-barriga.html (10/01/2023)
https://associacaogravidezeparto.pt/crescer-com-amor-a-importancia-da-vinculacao-precoce/
(10/01/2023)
file:///C:/Users/Francisca%20Garcia/Downloads/12109-39744-1-PB.pdf (10/01/2023)
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2014000100006
https://revistacrescer.globo.com/Bebes/Desenvolvimento/noticia/2015/06/o-vinculo-com-
seu-bebe-comeca-antes-mesmo-de-ele-sair-da-barriga.html (24/01/2023)
https://www.lusiadas.pt/blog/gravidez-maternidade/gravidez/dentro-para-fora-como-bebe-
percebe-mundo (24/01/2023)
https://www.studocu.com/pt/document/escola-secundaria-de-camoes/psicologia/a-
estrutura-da-relacao-do-bebe-com-a-mae/28921291 (25/01/2023)
6- Bibliografia
Psicologia B 10