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ATIVIDADE A3

COMPONENTES:
Camila Borges
Camila Fernandes
Gabriela Oliveira
Pablo Alvarenga
Thamires Ribeira

TEMA:
EDUCAÇÃO SEXUAL
TITULO DO TRABALHO:
“MAMÃE, COMO FOI QUE EU NASCI?”
PROBLEMA:
As abordagem da temática, sexualidade, com crianças alvo da educação
infantil.
OBJETIVO:

Trazer embasamento para a um assunto polêmico e considerado como tabu


em nossa sociedade, em vista a necessidade de transmitir informações sobre
os cuidados com o nosso corpo e à nossa saúde sexual e reprodutiva, aos
direitos sexuais e à diversidade sexual com as crianças alvo da educação
infantil (crianças de 0 – 5 anos).

OBJETIVOS ESPECIFICOS:

 Elabora um material – Cartilha/Livreto informativo


 Dialogar sobre o que é sexualidade
 Expor os objetivos corretos para tratar de sexualidade com a Educação
infantil
 Evidencia a postura dita como correta para tratar da temática com os
alunos.
Embasamento teórico

O ensino de Ciências e a educação sexual

Entende-se hoje a sexualidade como um conceito amplo e histórico, que vêm


passando por várias modificações e representações considerando a cultura, a
sociedade e a história de cada indivíduo, mas sempre levando em
consideração que tal condição faz parte de todo ser humano.

Embora ainda visto como um assunto polêmico e considerado como tabu em


nossa sociedade, a sexualidade vem rompendo barreiras e ganhando espaço
para discussão, tendo em vista a necessidade de transmitir informações sobre
os cuidados com o nosso corpo e à nossa saúde sexual e reprodutiva, aos
direitos sexuais e à diversidade sexual.

Em ambiente escolar, discutir tal temática tem se mostrado de extrema


importância e urgência, levando em consideração a alta do número de abusos
de crianças e adolescentes, gravidez precoce e doenças sexualmente
transmissíveis. É na escola que os educandos aprendem a questionar, a refletir
e se posicionar sobre atitudes relacionadas à sociedade e aos seus direitos
enquanto cidadãos, visando formar adultos autônomos e críticos, o que inclui
ser livre, seguro e respeitado em sua vida sexual, assim como respeitoso sobre
a vida sexual dos outros indivíduos.

Talvez um receio por muitos, a educação sexual não consiste em ensinar a


fazer sexo, mas a sua metodologia consiste em ensinar que a sexualidade faz
parte de cada um de nós e que pode ser vivida com liberdade,
responsabilidade e com prazer, sem violação ou limitações.
Cartilha

O pensamento sobre aspectos simples como o corpo humano, elucida a


veemente observação do homem com ser presente no meio e na sociedade ao
seu entorno. Tal verdade, serve como ponto para que os investimentos
científicos, auxiliem as pessoas a compreender dentre outras coisas, aspectos
que desrespeitam a sexualidade. Para dentro das instituições de ensino formal
da educação os assuntos sexuais expressassem como o ensino que considera
desde: a anatomia, a psique (psicologia) e sobretudo os pontos
comportamentais relacionados à reprodução humana.
Rotineiramente tem, como público-alvo, os/as adolescentes, visando à
construção de uma vida sexual saudável e a prevenir problemas sociais como
a gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis e o abuso sexual.
Entretanto mesmo este sendo o principal público da Educação Sexual, nas
escolas, compete ainda a esta temática e ramo das ciências, a explanação
correta e cumprimento dos objetivos (citados anteriormente) para os demais
públicos da educação, como a EJA – Educação de Jovens e Adultos e a EDI -
Educação Infantil.
"A discussão acerca da sexualidade no contexto da educação envolve a
prática de projetos abrangentes que visam oferecer espaços para
reflexões emancipatórias relacionadas aos fenômenos afetivos e
sexuais. Do caráter informativo até a problematização da sexualidade e
do gênero, a educação sexual é disciplina em evidência na
contemporaneidade por sua necessidade histórica, política, social e
humana”
Pode ser motivo de espanto ou mesmo confusão para muitos ainda em dias
atuais a ideia de se falar sobre sexualidade para crianças menores de 10, 11
anos...
Mas é evidente que a sexualidade é inerente ao ser humano desde seu
nascimento, sendo assim, mesmo em silêncio e por mais que historicamente a
fala não seja direcionado aos pequenos, esse aspecto sempre pertenceu a sua
identidade quanto homem.
O QUE É SEXUALIDADE?
A melhor forma de responder essa pergunta é: substitua a palavra Sexualidade
por Vida.
Ao nascer, as crianças, ou melhor nós, temos contato com o mundo.
Começamos desde o primeiro segundo de vida, ali no primeiro choro, a
perceber o quanto é fundamental nos relacionar. A sexualidade é uma espécie
de sentido, como a visão, olfato, paladar etc., que nos leva ao contato,
constituindo-se no aspecto central da nossa personalidade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sexualidade é expressa
na forma de sentir, nos movimentos das pessoas e como estas tocam e são
tocadas. Ou seja, trata-se da atração física e afetiva que sentimos por outras
pessoas, com quem temos relações sexuais.
Mas estudos modernos revelam que a temática abrange inúmeros fatores e
dificilmente se encaixa em uma definição única e absoluta. Muitas vezes se
confunde o conceito de sexualidade com o do sexo propriamente dito. Todavia,
é preciso salientar que um não necessariamente precisa vir acompanhado do
outro. Sexo está dentro do que é Sexualidade, mas está, não se limita a ele. Ao
individuo caberá decidir qual o momento propício para que esta sexualidade se
manifeste de forma física e seja compartilhada com outro indivíduo através do
sexo.
CRIANÇAS DE 0 – 5 TEM SEXUALIDADE?
Por ser uma forma profunda e especial de comunicação do indivíduo consigo e
dele com o outro, a sexualidade promove o autoconhecimento e possibilita
conhecer o outro, sendo desenvolvida especificamente através da interação
social. Este desenvolvimento está estreitamente ligado ao bem-estar do
indivíduo, das pessoas que se relacionam com ele e dos outros que estão à
sua volta.
As dúvidas que norteiam as relações sociais vêm desde a primeira infância,
aqui interpretada como o momento gestatório. Mas expressar-se nesse assunto
normalmente é a partir dos 4 anos de idade.
Quando uma criança, lança indagações como:
MAMÃE, COMO É QUE EU NASCI?
Fica claro que ela já percebe seu lugar no espaço, relaciona e interpreta que a
vida é proveniente da interação e está por sua vez o gera e o formata. Assim
sendo, mesmo que ainda não tenham propriedades para discutir a respeito de
colocações profundas, já estão exercendo seu papel de pessoas que lidam
com a sexualidade.
POR QUE FALAM DISSO SENDO AINDA TÃO NOVAS?
Pois se trata de pessoas em pleno desenvolvimento.
O maior obstáculo que os pais encontram para falar da sexualidade na
infância se da pelo fato da associação com fantasias eróticas e ato sexual. Aqui
é preciso separar minimamente o que diz respeito às dificuldades que são do
adulto e não da criança.
Como em todo processo de desenvolvimento da criança, há a busca pelo que
atrai e lhe é prazeroso, e não seria diferente no que tange seu desenvolvimento
neste aspecto. Exatamente por isso é importante elucidar as fases de
desenvolvimento, citando os prazeres que marcam cada uma, para
contextualizar e desconstruir medos implícitos nesta temática.

SEXUALIDADE X DESENVOLVIMENTO – O QUE ESPERAR DE ACORDO


COM A IDADE
Do nascimento ao 1 ano Já nessa fase, os pequenos passam
a ter noções básicas do seu corpo,
A primeira experiência de prazer
explorando o controle da urina e do
que a criança possui na vida é
coco. Além do prazer obtido através
através da sensação oral, isso
do sentimento de realização e
porque está ligada à amamentação.
independência conquistados,
Ganhando um pouco de autonomia,
ela sente prazer ao testar sua
a criança fará descobertas que
capacidade de controle sob os
envolvem prazer através desse
pais através da retenção de fezes e
sentido. Fica caracterizada aquela
urina. É comum que isso seja um
fase em que as crianças colocam
mecanismo para receber atenção,
tudo na boca de
que se manifesta em falas de
preocupação ou acompanhado as
idas ao banheiro, com historinhas e
dedos e brinquedos, tecidos ao
incentivos.
braço da mamãe, entre outros.
De 1 a 2 anos e 11 meses
Fase fálica:
Aos 3 anos - Idade que ocorre a descoberta do corpo, especialmente dos
órgãos genitais. Ligada ao desfralde, assim como nas outras fases, a criança
irá explorar o prazer que pode sentir através do novo conhecimento adquirido.
Em outros dizeres, irão começar a brincar com o que é deles: isso é a
masturbação primária. Surgiram assim grandes preocupações nos pais, com a
confusão e o medo de conversar sobre a sexualidade e intimidade do corpo. A
primeira questão que merece destaque é que se trata de uma mera etapa da
fase de desenvolvimento, onde o corpo e o prazer são explorados com
entusiasmo pelos pequenos, não tendo qualquer ligação com erotismo,
promiscuidade ou o ato sexual. O que a criança persegue são as experiências
sensoriais de prazer e não o ato sexual.
Podem surgir as primeiras perguntas sobre como nascem os bebês e elas
merecem respostas simples, sem aulas sobre amor e sexo.

De 4 a 5 anos
Fase em que a maior parte das crianças começa a se interessar pela
reprodução. Perguntas de como se engravida. Como o irmãozinho fazes para
sair da barriga da mãe, se tornam mais frequentes nas pautas do diálogo.
Nenhuma criança é igual a outra, dessa formar nem todas as crianças se
tornam “interrogadoras”, e não há nada com que se preocupar. O importante é
aproveitar os exemplos da vida cotidiana para abordar a sexualidade
IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO EFICAZ
Não é incomum um adulto ou responsável se surpreender e reage de forma
impensada diante das questões e comportamentos sexuais das crianças de um
jeito que não ajuda a dar sentido às suas indagações e experiências. É na vida
cotidiana que a criança, percebe o corpo seja pela fala, brincadeiras ou
manipulações genitais, e através do corpo, ou seja tudo que chama atenção no
eu e no outro se dá pelo corpo. Especialmente quando o corpo é de um par da
mesma idade.
Repreender a criança, mudar de assunto, fingir que nada está acontecendo ou
aconteceu, ou ainda, entrar em desespero por achar que a criança "aprendeu"
aquilo com alguém são alguns exemplos de bloqueios na comunicação. Pense:
A comunicação é um dos principais meios de se desenvolver a
responsabilidade e chegar à maturidade plena.

Entendendo isso, é importante que exista espaço para essas conversas desde
cedo, começando dentro de casa.

É possível falar de sexualidade sem


sexualizar a criança
Estimular conversas saudáveis sobre
sexualidade em nada tem a ver com
ser negligente ou permissivo sobre a
sexualização da criança
O QUE? POR QUÊ? E COMO FALAR?

Aqui correndo o risco de redundância, o ponto de partida para o diálogo com os


pequeninos sobre esse assunto, deve ser a compreensão que a sexualidade
humana não diz respeito apenas ao sistema reprodutor. O ato do coito é
apenas um dos assuntos nesse grande tema, e lembre-se que a sexualidade
na infância não está ligada a tal ato.
O que se deve considerar ao falar sobre sexualidade com os alunos na
educação infantil (crianças de 0 - 5 anos) deve ter a primícia socioeducativa,
levando em consideração sua capacidade de assimilação da anatomia do
corpo. Neste período o assunto tem mais a ver com falar sobre autoestima,
prevenção a abusos sexuais, respeito à diversidade ou ainda sobre
consentimento (quem pode ou não o tocar, ou auxiliá-lo nas tarefas íntimas,
como tomar banho e se vestir).

“Sexualidade é um meio de expressão dos afetos, uma maneira de cada


um se descobrir e se relacionar com o mundo”

POR QUE CONVERSAR SOBRE ESSE ASSUNTO?


Se para o bebê a sexualidade se manifesta no contato e conforto que encontra
no colo de sua mãe ou de quem o cuida, e nas pequenas descobertas que lhe
mostram que ele possui um corpo, já nos anos finais da primeira infância (por
volta dos cinco ou seis anos), a maturação da sexualidade será percebida nas
brincadeiras, no ato de querer se vestir com roupas dos adultos, exercendo
papéis no faz-de-conta, tentando entender as diferenças anatômicas, fazendo
aquelas perguntas “constrangedoras”, para alguns adultos.
Sendo assim, objetivando contribuir para o aprimoramento pleno e a formação
de um cidadão criterioso, maduro é preciso que a partir do momento em que as
crianças na primeira infância revelem suas dúvidas sobre o assunto se torna
crucial a boa comunicação. No exato momento em que você sanar tais
dúvidas, falando de maneira confortável sobre a anatomia do corpo, você
evitará que a criança busque tais informações com colegas de sala ou outros
adultos, e cria uma cultura e ambiente seguro que o acompanhara pelo resto
da vida, onde o possibilitará ir até as pessoas corretas para a esse respeito.
Daí o porquê se conversar sobre sexualidade com as criancinhas.

COMO FALAR
Devo me sentir vergonhado ou constrangido de falar sobre as diferenças?
Claro que não!
Pense, os pais e responsáveis de uma criança em primeira infância são seus
principais ponto de referência de como se portar de ante das questões do dia a
dia. Agir de maneira exacerbada e confusa, trará além de mais dúvidas,
transmitirá que é um assunto tabu e errado, conferindo um caráter corrompido
sobre sexualidade.
Veja os pontos fundamentais na postura para se falar sobre sexualidade
infantil:

Não a recrimine ou a repreenda a criança!


Reações de raiva, medo e temor vão impactar diretamente no desenvolvimento
da criança e no conceito que ela constrói sobre a sexualidade e prazer.
No que se refere a masturbação primaria, sinalize que o ato do auto toque deve
ser praticado em locais reservados, como durante o banho ou quando estiver
sozinha em seu quarto. Você estará não só ensinando questões sobre
privacidade, como também ensinará que a manipulação dos genitais diz
respeito à intimidade e se restringem a ela, o que deixa a criança menos,
vulnerável a experiências traumáticas com terceiros.

Diferenças anatômicas entre meninos, meninas e adultos


Também é na descoberta de sexualidade na infância que as crianças começam
a notar as diferenças entre homens e mulheres, demonstrando intensa
curiosidade em conhecer o corpo de outros coleguinhas, além de perguntar
sobre a razão anatômica dos dois sexos. A famosa pergunta: “Mamão, por que
você não tem pinto?”. O processo de dúvidas diz respeito à autoimagem que a
criança está construindo sobre si mesma.
Você pode contar abertamente que homens e mulheres são diferentes, que
quando chegam à fase adulta nascem pelos, os seios crescem, e que isso faz
parte do desenvolvimento do corpo. A dica aqui, é que se coloque o
desenvolvimento do corpo dentro da realidade que a criança conhece. A
linguagem acessível, dentro das experiências já vividas, facilitará sua
compreensão sobre o tema; cite como bebês vão crescendo, tornando-se
crianças, ganhando altura, peso, fale sobre como os cabelos crescem por
exemplo etc.
Não é preciso abrir premissas e uso de termos complexos sobre anatomia
humana, é importante que você encontre uma forma de falar a verdade, de
maneira simples, atentando em todo momento ao que a criança está
perguntando. Se faça objetivo e claro na hora de responder! Por exemplo, as
crianças podem questionar sobre como se fazem bebês. Se são necessários
óvulos e espermatozoides, transforme essa informação em linguagem
acessível: você poderá falar que o homem tem uma sementinha e que a mulher
tem um ovinho no qual a sementinha é colocada.

“Estudos apontam que crianças expostas a informações de qualidade


sobre sexualidade, corpo e relações humanas apresentam seis vezes
mais ferramentas de proteção contra violência em situações com
potencial abusivo do que aquelas que não tiveram acesso a
informações, além de demonstrarem sentimentos positivos sobre seus
corpos e autoimagem”
Responda sempre o que a criança está perguntando, não tente evadir ou
confundir. Mais adiante, quando outras dúvidas surgirem, complemente as
informações: por onde a sementinha entra, por onde o bebê sai etc.

Sem tabus
O que posso fazer para contribuir com o desenvolvimento de uma criança e
evitar que grande parte das dificuldades e falta de manejo envolvem questões
de
nossa criação, valores ultrapassados que se perpetuam ao longo de gerações,
os quais possuem uma imensa carga cultural devem ser desconstruídos.
Essa onda de erotização infantil pode e dever ser combatida com diálogos e
com o incentivo a brincadeiras infantis, atividades lúdicas e dando um foco
totalmente infantil todos os aspectos, incluindo vestimentas, o que ouve, o que
vê.

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