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Curso Gratuito Cuidador


Infantil
Carga horária: 60 horas
Conteúdo programático:

Introdução
Crescimento e Desenvolvimento Infantil
As Doenças mais Comuns da Criança e a Imunização
Jogos e Brincadeiras Infantis
Técnicas Recreativas por Faixas Etárias (0 – 7 anos)
Brinquedos Indicados para Cada Idade
Contação de Histórias
Noções de Nutrição e Dietética Infantil
Problemas na Alimentação Infantil
Princípios de Higiene, Profilaxia e Biossegurança
Patologias Comuns na Infância
Necessidades Infantis
Introdução

Cuidador é um profissional de qualidades especiais, expressas


pelo forte traço de amor à humanidade, de solidariedade e de
doação. A ocupação de cuidador integra a Classificação Brasileira
de Ocupações – CBO sob o código 5162, que define o cuidador
como alguém que "cuida a partir dos objetivos estabelecidos por
instituições especializadas ou responsáveis diretos, zelando pelo
bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, educação,
cultura, recreação e lazer da pessoa assistida". É a pessoa, da
família ou da comunidade, que presta cuidados à outra pessoa de
qualquer idade, que esteja necessitando de cuidados por estar
acamada, com limitações físicas ou mentais, com ou sem
remuneração.
Nesta perspectiva mais ampla do cuidado, o papel do cuidador
ultrapassa o simples acompanhamento das atividades diárias dos
indivíduos, sejam eles saudáveis, enfermos e/ou acamados, em
situação de risco ou fragilidade, seja nos domicílios e/ou em
qualquer tipo de instituições na qual necessite de atenção ou
cuidado diário.
O cuidador infantil tem a função de acompanhar o
desenvolvimento global de crianças de 0 a 7 anos, observando as
suas necessidades particulares e realizando as seguintes
atividades:
• Observar e compreender a dinâmica da criança e do contexto
sociofamiliar, entendendo sua função e o papel de cada indivíduo
envolvido para atuar de forma adequada a cada situação;
• Intermediar a relação entre a mãe e a criança, comunicando-se
adequadamente com ambas, mostrando interesse e
disponibilidade e ajudando nas rotinas diárias, a fim de dar à mãe
o suporte esperado;
• Facilitar as relações da criança com o grupo e com o ambiente,
atendendo às necessidades coletivas e singulares para permitir o
pleno desenvolvimento individual;
• Dar andamento às rotinas diárias, utilizando-se de práticas
apropriadas visando à saúde e o bem-estar da criança.
Crescimento e Desenvolvimento Infantil

Atender as necessidades essenciais da criança é uma das formas


de garantir o seu crescimento e desenvolvimento saudáveis.
Dessa forma, saúde, amor, segurança e presença de novas
experiências e estímulos, têm papel fundamental.
Nos seis primeiros anos de vida a criança descobre o mundo que
a rodeia, adquire as experiências básicas e elabora valores de
referência.
Entretanto, é sabido que, um número crescente de crianças vive
em condições sanitárias, culturais e sociais deficientes, o que
tende a afetar seu desenvolvimento, já que as oportunidades de
recreação e estímulo são poucas, constituindo um grave
impedimento para se alcançar suas potencialidades físicas,
psicológicas e espirituais.
Pais, educadores, atendentes de creches e todos que direta ou
indiretamente cuidam da criança devem trabalhar para que ela
tenha saúde e desenvolva-se integralmente. Nesta unidade
abordaremos algumas informações básicas sobre: crescimento e
desenvolvimento; fatores que influenciam o crescimento e
desenvolvimento; parâmetros utilizados para acompanhar o
crescimento e desenvolvimento infantil, enfim os fundamentos
para atuação do cuidador infantil.
Ao nascer, a criança não tem a percepção de todas as coisas que
estão ao seu redor. Ela inicia sua relação com o mundo por meio
de reflexos básicos. Executa o sugar, o movimento da língua, o
engolir e o pegar. Utiliza seus sentidos vendo, ouvindo, provando,
tocando, cheirando. Dessa forma vai gradualmente apropriando-
se do mundo a sua volta. O desenvolvimento da linguagem inicia-
se com o nascimento, com o primeiro choro. É um ato reflexo,
porém logo a criança aprende a usá-lo como forma de expressão.
A criança ao fazer barulho, consegue gratificar-se, ao chorar
consegue alimento, a tagarelice lhe proporciona aprovação dos
outros. Isto tudo fará com que ela aprenda que a linguagem é uma
forma de interagir com o meio ambiente e as pessoas. Usar as
mãos para explorar o mundo por meio dos atos de tocar, pegar e
alcançar ajuda a criança a descobrir como sentir as pessoas e as
coisas. Sente diferença entre um pano suave e um chocalho duro,
uma barba áspera e uma pele lisa e macia. Assim, é necessário
deixar à sua disposição objetos coloridos e brincadeiras para que
ela possa fazer várias vezes. A criança goza e se beneficia com a
repetição das ações dos demais.
À medida que cresce a criança vai necessitando de mais
experiências e de estímulos aprimorar o desenvolvimento dos seus
sentidos. Tem que escutar, olhar e tocar toda uma variedade de
coisas. Recebendo a necessária estimulação nos primeiros meses
de vida, terá capacidade de começar a desenvolver um grande
leque de respostas. A visão se desenvolverá através da ação de
olhar, a audição, da capacidade de ouvir ou de escutar, seus
movimentos descontraídos da mão se convertem em atos de
pegar; inicia-se então o desenvolvimento de sua coordenação
motora; olha para ver o que faz ruído, volta-se para a direção de
onde vem barulhos e a voz das pessoas, etc.
Fases do desenvolvimento infantil

O conceito de desenvolvimento humano inclui todos os processos


de mudança ocorridos nas interações estabelecidas num
determinado contexto, levando em conta não somente os
processos biológicos, mas também as mudanças sócio históricas
ao longo tempo. Para entendermos melhor o desenvolvimento
humano, é necessário considerar os ciclos de vida como
fenômenos intrínsecos aos ciclos familiares e representados por
estágios vivenciados pelos membros da família.
Esses estágios são definidos também pelos papéis assumidos
entre esses membros e pelas tarefas de desenvolvimento a serem
cumpridas pelo grupo familiar. As escolhas e as decisões tomadas
pelos indivíduos na composição de sua trajetória dependem tanto
de fatores pessoais, quanto sociais, somados ainda aos padrões
socioculturais, que exercem grande influência. Pelo fato de o
indivíduo estar continuamente percebendo as similaridades e
diferenças entre ele e os outros, a forma como constrói a si próprio
está muito próximo à forma como ele constrói o outro, e vice-versa.
Os estudos específicos sobre o desenvolvimento infantil entendem
o comportamento do bebê e da criança como resultado da
interação dos seguintes aspectos: biológico, social, afetivo e
cognitivo.
Desde a gravidez, a relação entre mãe e filho já compõe um
espaço essencial no desenvolvimento da criança e da sua
personalidade. O apego e a vinculação entre o bebê e os pais e,
posteriormente, a construção dos laços afetivos sólidos com a
família extensa, propiciam a formação de um indivíduo mais bem
preparado para os desafios da vida. Uma criança com autonomia
e boa autoestima consegue refletir e encontrar soluções utilizando
suas competências e criatividade.
Convém destacar que esse processo vai se ampliando por meio
das trocas com o outro e com o meio alicerçado pelo afeto que
envolve essas trocas. Mas o seu primeiro contato será sempre a
família, sistema que fornece as bases para que o desenvolvimento
humano aconteça de forma equilibrada. O mundo da imaginação,
do concreto, das brincadeiras, dos símbolos, do imaginário, da
fantasia, da realidade, do corpo, do movimento, do som, das
sensações…tudo isso faz parte do universo infantil e desempenha
um papel fundamental na construção da personalidade da criança.
O nível de curiosidade e espontaneidade de uma criança diz muito
acerca da forma com que ela vê o mundo e se coloca nele. A partir
do momento em que a criança trabalha junto com adultos e pares
num ambiente seguro e estável, ela dá um passo em relação à sua
autonomia e à sua autoconfiança. O espaço lúdico que apresenta
desafios sem, no entanto, criar pressão para a sua resolução, cria
uma atmosfera propícia para que ela se sinta à vontade para
experimentar o mundo à sua volta e encontrar o suporte para as
suas necessidades.
Quando da espontaneidade infantil surgem soluções criativas,
alcançamos a possibilidade de fazer parte, ao lado da família, de
uma engrenagem maior em prol do crescimento de uma criança
feliz. Os primeiros anos de vida de uma criança são marcados por
grandes transformações e descobertas. Aos poucos, os pequenos
começam a entender o mundo em que vivem e aprendem a lidar
consigo mesmos e com os outros.
Para ajudar a compreender melhor o universo infantil,
abordaremos cada fase/estágio por idade cronológica.
Sensório-motor (Recém-Nascido, Lactente e Toddler)
É o período que vai do recém-nascido até os dois anos de idade
da criança, antes do surgimento da fala, sendo marcado pelo
desenvolvimento mental. Nesta fase a criança explora o mundo
através dos sentidos, isto é, ela precisa tocar e provar os objetos.
Nesse estágio as ações geralmente não são intencionais, a
aprendizagem ocorre "acidentalmente", por reflexos. A inteligência
é essencialmente prática, baseando-se em exercícios de
aparelhos reflexos: coordenações sensoriais e motoras de fundo
hereditário, que correspondem a tendências instintivas, como a
nutrição.
Faixa etária:0 a 3 meses
No primeiro mês, reage perante barulhos muito altos e pode se
assustar com barulho inesperado. Passa boa parte do tempo
dormindo. Seu sistema visual é limitado, portanto só enxerga
algum objeto ou alguém se estiver bem próximo a ele. 2º ao 3º
mês, o bebê já começa a acompanhar objetos e pessoas com os
olhos e reconhece os pais. Abre e fecha as mãos, leva-as à boca
e suga os dedos. Segura objetos com firmeza por certo tempo e
consegue pegar objetos suspensos.
Desenvolve um tipo diferente de choro para cada problema que se
apresenta, como por exemplo, o constante e agudo. Com
brincadeiras e músicas o bebê fica agitado, realizando movimentos
de pernas, braços, sorri e dá gritinhos.
Quando ouve a voz dos pais, o bebê virar a cabeça. Comunica-se
através do choro e ruídos. Imita alguns sons de vogal. Nesta fase,
é importante organizar a rotina do bebê, tornando os horários das
atividades fixos, como por exemplo, trocar a fralda depois da
mamada ou dar banho todos os dias na mesma hora. É importante
que a rotina seja de forma razoavelmente metódica.
aos 7 meses
Fica na postura de bruços e se apoia nos antebraços quando quer
ver o que está acontecendo ao seu redor. Rola de um lado para o
outro. Estende a mão para alcançar o objeto que deseja, transfere-
o de uma mão para outra e coloca-o na boca. Apresenta equilíbrio
quando colocado sentado.
Ri quando algo o agrada e quando o desagrada mostra raiva
através da expressão facial. Nesta fase, alguns bebês podem
demonstrar medo perante pessoas estranhas. Fica repetindo os
seus próprios sons e imita as vozes das pessoas ao seu redor
movimenta a cabeça na direção do som escutado. Para de chorar
ao ouvir música. Sorri quando quer atenção do adulto. Formação
do conceito de causa e efeito quando está explorando um
brinquedo.
8 a 11 meses
Engatinha e se senta sem apoio. Consegue ficar em pé com apoio.
Aponta para objetos ou pessoas. Pega pequenos objetos com o
indicador e o polegar.
Demonstrar raiva quando não é o centro das atenções. Reconhece
sua imagem no espelho e reage com euforia. Reclama quando é
contrariado.
Localiza a fonte sonora. Bate palmas, joga beijo e entende quando
lhe dizem tchau. Começa a compreender o significado de alguns
gestos. Balança a cabeça quando não quer alguma coisa. Fase do
treino com monossílabos do tipo: “ma-ma”, “da-da”, “nene”.
1 a 2 anos
Anda sem apoio. Com 1 ano e 6 meses pode começar a correr,
subir em móveis e ficar nas pontas dos pés sem apoio. Vira
páginas de um livro ou revistas (várias ao mesmo tempo). Gosta
de rabiscar no papel. Sabe quando uma ilustração está de cabeça
para baixo.
Mostra senso de humor. Nesta fase, o bebê ainda não compreende
as regras, contudo chora quando leva uma bronca e sorri quando
é o centro das atenções ou quando é elogiado. Quando está bravo,
pode atirar objetos ou brinquedos. É possessivo. Prefere não
compartilhar brinquedos com as outras crianças. Reconhece o
próprio nome. A partir dos 18 meses começa a criar frases curtas.
A criança começa a formar frases com uma palavra só, tipo “nenê-
papá, nenê-naná”, mas até o término do ano constrói frases de até
três palavras como: “quer ver tevê”. Esta é a fase das perguntas:
“que é isso?” Usa o próprio nome. Reconhece as partes do seu
corpo e de outras pessoas. Apresenta atenção para histórias
pequenas.
Período Pré-operatório (dois a sete anos) – (Pré-escolar)
Neste período, a Inteligência Simbólica e Intuitiva é também
comumente apresentada.
Inteligência Simbólica - dos 2 anos aos 4 anos, aproximadamente.
Neste período surge a função semiótica que permite o surgimento
da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização etc.
Podendo criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação
é o período da fantasia, do faz de conta, do jogo simbólico. Com a
capacidade de formar imagens mentais pode transformar o objeto
numa satisfação de seu prazer (uma caixa de fósforo em carrinho,
por exemplo). É também o período em que o indivíduo “dá alma”
(animismo) aos objetos ("o carro do papai foi 'dormir' na garagem").
A linguagem está a nível de monólogo coletivo, ou seja, todos
falam ao mesmo tempo sem que respondam as argumentações
dos outros. Duas crianças “conversando” dizem frases que não
têm relação com a frase que o outro está dizendo. Sua socialização
é vivida de forma isolada, mas dentro do coletivo. Não há liderança
e os pares são constantemente trocados. Existem outras
características do pensamento simbólico como por exemplo, o
nominalismo (dar nomes às coisas das quais não sabe o nome
ainda), super determinação (“teimosia”), egocentrismo (tudo é
“meu”, não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do
outro), etc.
Inteligência Intuitiva - dos 4 anos aos 7 anos -. Neste período já
existe um desejo de explicação dos fenômenos. É a “idade dos
porquês”, pois o indivíduo pergunta o tempo todo, não aceita a
ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação. Distingue a fantasia
do real, podendo dramatizar a fantasia sem que acredite nela. Seu
pensamento continua centrado no seu próprio ponto de vista. Já é
capaz de organizar coleções e conjuntos sem, no entanto, incluir
conjuntos menores em conjuntos maiores (rosas no conjunto de
flores, por exemplo). Quanto à linguagem não mantém uma
conversação longa, mas já é capaz de adaptar sua resposta às
palavras do companheiro.
2 a 3 anos
Tirar os sapatos. Chuta bola sem perder o equilíbrio. Gosta de
dançar, consegue acompanhar o ritmo da música batendo palmas.
Nesta fase a criança está pronta para abandonar o uso das fraldas.
Apresenta percepção de quem é. Mexe em tudo e faz mal criação,
testa a autoridade tenta impor suas vontades. Prefere companhia
para brincar. Gosta de participar dos serviços de casa, como por
exemplo arrumar a mesa do jantar. As frases vão aumentando e
surge o plural. As crianças nesta fase têm uma ótima
compreensão, entendem tudo que é dito em sua volta. Pergunta:
"cadê", "O que", "onde". Fala de si mesma na 3a. pessoa. Chama
familiares próximos pelo nome.
3 a 4 anos
Consegue colocar suas roupas e tirá-las sem ajuda de um adulto.
Gosta de desenhar. Nesta fase já consegue segurar um lápis na
posição correta. Consegue pedalar.
Brinca com as outras crianças. Apresenta interesse pelos
sentimentos das pessoas que estão ao seu redor, por exemplo, se
perceber que seu pai está triste, procura confortá-lo.
Constrói frases com até seis palavras, sobre o dia a dia, situações
reais e pessoas próximas. Compreende a existência de regras
gramaticais e tenta usá-las. É comum a troca do '"r" pelo "l", a qual
acaba por volta dos 3 anos e 6 meses. Compreende os conceitos
de igual e diferente. É capaz de separar os brinquedos por
tamanho e cor. Lembra e conta histórias.
4 a 7 anos
Consegue usar a tesoura, corta papel. Maior domínio no uso de
talheres. Consegue pegar a bola com as duas mãos quando está
em movimento.
Está mais sociável com as outras crianças. Se sente grande perto
das crianças menores. Sente vontade de tomar as suas próprias
decisões. Nesta fase o vocabulário da criança aumentou bastante,
já fala muitas palavras. Expressa seus sentimentos e emprega
verbos como “pensar” e “lembrar”. Também fala de coisas
ausentes e usa palavras de ligação entre as sentenças, como por
exemplo: “e então”, “porque”, “mas” etc. Gosta de inventar e contar
as próprias histórias. Consegue identificar algumas letras do
alfabeto e números.

As Doenças mais Comuns da Criança e a Imunização

1. Pneumonia – As infecções respiratórias inferiores incluem não


apenas as pneumonias bacterianas, mas também as pneumonias
virais, como a bronquiolite.
2. Diarreia– Acontecem com muita frequência nas crianças.
Durante os primeiros anos de vida o sistema imunológico da
criança é deficiente e, dessa forma, é muito comum
microrganismos causarem infecções intestinais ou distúrbios
gastrointestinais que podem ser simples ou sérios de acordo com
o agente causador.
3. Prematuridade e baixo peso ao nascer — Nascer antes do
tempo (prematuridade) ou com peso baixo para a idade não
costumam ser bem diferenciados em países com sistemas de
saúde mal estruturados, daí a Organização Mundial da Saúde -
OMS ter agrupado as duas condições. Elas predispõem o recém-
nascido a uma série de complicações, além da morte súbita.
4. Infecções e outros problemas dos recém-nascidos — Quando
um recém-nascido nasce doente, muitas vezes uma doença leva
à outra, daí elas serem contadas em conjunto. Como quase todos
os partos do Brasil são feitos numa maternidade, esses bebês
ficam internados até estarem saudáveis o suficiente para ir para
casa.
5. Anomalias congênitas — Os defeitos de nascença podem até
não ser comuns, mas infelizmente podem ser muito graves.
Alguns, inclusive, podem ser prevenidos, como a anencefalia
(criança que nasce sem o cérebro).
6. Complicações do parto — A asfixia (falta de oxigênio) ou o
trauma (acidentes) durante o parto são sempre um risco latente, e
é por isso que a pessoa precisa de assistência obstétrica de
qualidade.
7. Asma– É uma doença comum no inverno devido o tempo frio.
No entanto pode ocorrer em qualquer época do ano, caso a criança
seja alérgica e tenha contato com o agente causador. Hoje em dia
devido a poluição, industrialização etc., as crianças logo nos
primeiros anos de vida começam a desenvolver alergias aos mais
diversos fatores, como: poeira, pólen, ácaros, umidade, pelos de
animais, alimentos e outros.
8. Desnutrição proteico-calórica — Existem outros tipos de
desnutrição, mas é nesse tipo que todo o mundo pensa quando se
fala em desnutrição. Ocorre pela falta de nutrientes essenciais ao
organismo.
9. Depressão — Parece que não, mas as crianças e adolescentes
também podem ter depressão. Vale apena lembrar que um dos
fatores de risco para depressão é a história pessoal de abuso
sexual.
10. Cárie– É um acometimento que não causa risco a criança,
porém provoca diversos problemas a saúde como: dor, infecção,
deformidade, entre outros.
Imunização – a melhor maneira de proteger a criança contra
doenças que podem causar danos sérios:
Vacinas
Após o nascimento, ainda na maternidade ou hospital, o bebê será
imunizado contra uma série de doenças. O calendário oficial de
imunizações do Brasil, o PNI (Programa Nacional de Imunização),
prevê que todas as crianças sejam vacinadas contra mais de 10
tipos de infecções, incluindo uma série de doses de reforço. Todas
essas vacinas são oferecidas gratuitamente em postos de saúde
ou durante campanhas.
Na primeira vacinação da criança, a mãe receberá a carteirinha de
imunizações que apresenta todas as vacinas obrigatórias nos
primeiros anos de vida e deve ser considerado como um
documento da criança, tendo em vista que ali estão todas as
informações de imunização.
O cronograma de vacinação é a seguinte:
Ao nascer A primeira dose da vacina contra a hepatite B costuma
ser aplicada logo após o nascimento, e a vacina contra a
tuberculose (BCG) geralmente antes da alta, se o bebê tem mais
de 2 kg, ou então é aplicada ao longo do primeiro mês de vida.
A hepatite B é uma inflamação no fígado causada por um vírus,
transmitido por sangue ou secreções do corpo.
A tuberculose é uma infecção que geralmente afeta os pulmões,
mas pode também atingir outras partes do corpo. O chamado
Mycobacterium tuberculoses ou bacilo de Koch é transmitido por
gotículas de secreções respiratórias espalhadas no ar. A doença é
mais comum em áreas de higiene mais precária e em locais de
confinamento, como presídios e asilos para idosos. A vacina
protege contra as formas graves da doença.
Um mês
A segunda dose da vacina contra a hepatite B pode ser aplicada
30 dias após a primeira.
Dois meses
Aos 2 meses, a criança toma a primeira dose da vacina
tetravalente (DTP Hib.), contra difteria, tétano, coqueluche e
infecções provocadas pela bactéria Haemophilus influenza e tipo
b.
Toma também a primeira dose da vacina contra a poliomielite ou
paralisia infantil (VOP, em gotinhas) e da vacina contra o rotavírus
(VORH, em gotinhas), um vírus que causa diarreias severas.
O bebê toma ainda a primeira dose da vacina pneumocócica 10-
valente, contra dez tipos da bactéria Streptococcus pneumonia e,
causadora de diversas infecções, principalmente da meningite e
da pneumonia. Essa vacina também foi incluída recentemente no
calendário gratuito de vacinação.
A difteria é uma infecção bacteriana que afeta principalmente a
garganta, e suas complicações podem levar a problemas
respiratórios, danos ao coração e ao sistema nervoso e, em casos
mais extremos, até a morte.
O tétano é causado por uma bactéria que entra no corpo através
de ferimentos. Produz uma toxina que provoca enrijecimento
muscular geral, causando dificuldade na deglutição e na
respiração, podendo ser fatal.
A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis, uma
doença do aparelho respiratório, conhecida também como tosse
comprida. É especialmente grave em bebês. A bactéria
Haemophilus influenza e tipo b (Hib) é uma importante causadora
de meningites e pneumonias em crianças pequenas. Em locais
onde as crianças tomam as vacinas, a incidência cai
vertiginosamente.
O vírus da poliomielite ataca o tecido nervoso do cérebro e da
medula espinhal e pode levar à paralisia, geralmente dos membros
inferiores. Ele é transmitido através de fezes ou secreções de uma
pessoa infectada, e se espalha em lugares onde a higiene é
inadequada. Atualmente, a pólio está erradicada no Brasil, mas a
vacina continua sendo necessária.
Três meses
No calendário oficial do governo, foi incluída aos 3 meses a
vacinação contra o meningococo C, uma das principais bactérias
causadoras de meningite.
Quatro meses
A partir dos 4 meses, o bebê recebe a segunda dose das seguintes
vacinas: tetravalente (DTP Hib, contra difteria, tétano, coqueluche
e infecções provocadas pela bactéria Haemophilus influenza e tipo
b), pólio (VOP) e rotavírus (VORH).
Aos 4 meses, pelo calendário oficial do governo, é aplicada
também a segunda dose da pneumocócica conjugada 10-valente.
Cinco meses
Com 5 meses, é aplicada a segunda dose da vacina
meningocócica C conjugada.
Seis meses
Aos 6 meses, completa-se a série de 3 doses das vacinas iniciadas
aos 2 meses: tetravalente (DTP Hib), contra difteria, tétano,
coqueluche e hemófilos tipo B, mais pólio (VOP). Também já é o
momento da terceira dose da vacina contra a hepatite B. O bebê
também recebe a terceira dose da vacina pneumocócica
conjugada 10-valente, pelo calendário do PNI.
Nove meses
Dose única da vacina contra o vírus da febre amarela para crianças
residentes em áreas consideradas de risco (região Norte, Centro-
Oeste, Estado do Maranhão, partes de Piauí, Bahia, São Paulo,
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
Para as pessoas que moram nessas regiões ou pretendem visitá-
las, a vacina precisa ser reaplicada a cada dez anos, porém não
deve administrada a gestantes nem a pessoas alérgicas a ovo. O
melhor caminho é sempre conversar com um médico para
esclarecer se seu filho e sua família precisam ou não ser
imunizados.
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, transmitida por
mosquitos contaminados. No Brasil, sua forma urbana foi
erradicada, mas a silvestre ainda persiste. Entre os principais
sintomas da doença estão febres, dor de cabeça e no corpo,
náusea, pele e olhos amarelados (icterícia) e hemorragias.
Um ano de idade
Aos 12 meses, os bebês são imunizados contra a rubéola, o
sarampo e a caxumba com uma dose da vacina tríplice viral (SRC),
e recebem a dose de reforço da vacina meningocócica C
conjugada. Os que não tomaram a vacina contra o meningococo
C durante o primeiro ano de vida recebem uma dose a partir de 12
meses. Na rede pública essa vacina está disponível para os
menores de 2 anos.
A rubéola não costuma ser uma doença grave, mas sua forma
congênita, transmitida para um bebê durante a gestação, pode ser
bem mais séria, causando surdez, cegueira, problemas cardíacos
e até danos cerebrais.
O sarampo é altamente contagioso. No Brasil sua incidência caiu
drasticamente devido ao sucesso da imunização, mas as pessoas
podem pegar a doença fora do país e transmitir para quem não
tiver sido vacinado. Seus principais sintomas são primeiramente
prostração, febre, tosse, nariz escorrendo e dor nos olhos,
seguidos pelo aparecimento de manchas na pele. As complicações
são relativamente comuns, porque o sistema imunológico da
criança fica muito fragilizado, e incluem pneumonia e infecções de
ouvido. Em casos bem mais raros, as complicações podem afetar
o sistema nervoso, causando, por exemplo, meningite ou
encefalite.
A caxumba é caracterizada por febre e inchaço na região das
glândulas parótidas, que ficam à frente e embaixo das orelhas.
Entre as complicações mais graves que pode provocar estão
surdez, encefalite e, nos meninos, inflamação dos testículos, o que
pode levar a problemas de fertilidade.
Um ano e três meses
A partir dessa idade, as crianças recebem as chamadas doses de
reforço da DTP (difteria, tétano e coqueluche), da poliomielite e da
pneumocócica.
Quatro a seis anos
Uma segunda dose de reforço da vacina tríplice bacteriana (DTP)
-- contra difteria, tétano e coqueluche -- é dada às crianças com
mais de 4 anos, assim como uma dose de reforço do tríplice viral
(SRC) -- contra sarampo, rubéola e caxumba.
A partir de 10 anos
Para crianças que tomaram vacina contra a febre amarela no
primeiro ano de vida, uma dose de reforço é dada com 10 anos
(lembrando que esta vacina é válida por 10 anos e sempre terá
que ser reaplicada após este intervalo de tempo).
Outras vacinas
Além das imunizações que já fazem parte do calendário oficial do
Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que os
bebês também recebam outras vacinas já disponíveis no país,
porém essas vacinas não são gratuitas e dependem das condições
financeiras da família.
São as seguintes: hepatite A; contra gripe (vírus influenza); contra
catapora ou varicela.
Jogos e Brincadeiras Infantis

O que são jogos? O que é a brincadeira? O que está em jogo


quando a criança brinca? A brincadeira é um processo de relações
entre a criança e o brinquedo e das crianças entre si e com os
adultos. O ato de brincar é muito importante para o
desenvolvimento integral da criança. As crianças se relacionam de
várias formas com significados e valores inscritos nos brinquedos.
Os jogos e brincadeiras como atividades lúdicas tem sido
valorizados e enfatizados como uma das condições fundamentais
para o desenvolvimento motor, intelectual, social e emocional das
crianças, sendo considerados, de maneira geral, como atividades
espontâneas que propiciam prazer e se constituem, ao mesmo
tempo, em um meio de expressão e de interação com os outros.
Ao observarmos uma criança brincando, identificamos que nesta
atividade ela coloca em funcionamento todas as suas
capacidades, sejam elas motoras, cognitivas e socioemocionais,
de maneira que elas se integram e produzem uma resposta
adequada ao contexto que o brinquedo, a brincadeira ou jogo
exigem.
Piaget esclarece ainda que “... ao manifestar a conduta lúdica, a
criança demonstra o nível de seus estágios cognitivos e constrói
conhecimentos”. (KISHIMOTO,2005. P.32)
Na evolução das pesquisas sobre o jogo, brincar e o brinquedo no
universo infantil, estes são apresentados sob as visões teóricas de
Piaget e Vygotsky, que em seus conceitos atribuíram a atividade
lúdica um importante papel para o desenvolvimento da criança.
Piaget não atribui uma conceituação específica à brincadeira.
Entendida como ação assimiladora, a brincadeira aparece como
forma de expressão da conduta: livre, espontânea e prazerosa.
Através da expressão que a criança incorpora quando inserida em
uma atividade lúdica, ela se desenvolve, assimilando e
transformando a sua realidade. Na teoria piagetiana encontra-se
uma classificação dos jogos baseada na evolução das estruturas
mentais, caracterizando três formas básicas de atividade lúdica, de
acordo com a etapa do desenvolvimento: os jogos de exercícios,
os jogos simbólicos e os jogos de regras.
Piaget (1946) classificou os jogos infantis, distinguindo três tipos
de estruturas – o exercício, o símbolo e a regra - as quais estão
relacionadas às estruturas da inteligência, ou seja, o estágio
sensório-motor caracterizado pelo jogo de exercício, o estágio pré-
operatório, pelo jogo simbólico; e o estágio operacional concreto,
pelo jogo de regras. (BARRETO,2001)
Já Vygotsky (1998) diferentemente de Piaget, considera que o
desenvolvimento ocorre ao longo da vida através do processo
interativo, ou seja, a criança usa as interações sociais como forma
privilegiada de acesso a informações. Partindo da premissa acima
e valorizando a forma peculiar de interação da infância que é
primordialmente a atividade lúdica, é possível afirmar que os
brinquedos, as brincadeiras e os jogos se relacionam com o
processo de desenvolvimento e aprendizagem, e que eles são
introduzidos já nas fases inicias do desenvolvimento da vida da
criança:
A criança desenvolve-se, essencialmente, através da atividade de
brinquedo. Somente neste sentido o brinquedo pode ser
considerado uma atividade condutora que determina o
desenvolvimento da criança (VYGOTSKY,1989,117)
Na escola, o brincar pode ser uma prática eficaz na sala de aula,
pois é uma atividade que possibilita a vivência de situações do
cotidiano, provendo uma aprendizagem mais espontânea.
No entanto, as manifestações lúdicas, isoladamente, não são
suficientes para garantir eficiência para o desenvolvimento global
da criança, caso não seja associado junto a elas um outro
mediador de igual importância, que é o adulto, o professor, o
companheiro ou qualquer pessoa que, de alguma forma,
estabeleça uma relação de interação com ela. Dessa forma, a
atividade lúdica é essencial para estimular a aprendizagem e o
desenvolvimento social, cultural, físico, cognitivo e afetivo da
criança. E que tal conhecermos mais sobre isso?
As atividades que descrevemos na próxima lição podem ser
utilizadas como brincadeiras, pequenos jogos, ou grandes jogos,
adaptando-se as regras de acordo com as necessidades do grupo.
Acreditamos, ainda, que toda atividade pode ser utilizada para
várias faixas etárias, dependendo somente da forma como é
utilizada por quem a conduz. O material a ser utilizado pode ser
improvisado, pois sabemos que nem sempre temos materiais
específicos disponíveis no local onde estamos trabalhando. A
pessoa que vai conduzir a brincadeira, poderá a partir das
atividades a seguir, criar muitas outras, basta apenas modificar
detalhes e adaptá-las às circunstâncias em que se encontra.

Técnicas Recreativas por Faixas Etárias (0 – 7 anos)


Bebês de 0 a 12 meses
-Bebê que não se senta
Converse com ele:Ao ouvir a sua voz, o som que mais o acalma no
mundo, é uma verdadeira brincadeira. Fale bastante, conte o que
está acontecendo a sua volta, explique o que está fazendo,
trocando a fralda, dando banho, alimentando-o. Lógico que ele não
entenderá o significado exato, mas captará seus bons
sentimentos.

Cante:O bebê vai adorar ouvir sua voz e vai entender que a música
é outra forma de comunicação. Relembre as cantigas de roda que
sua mãe cantava para você na infância e suas atuais músicas
preferidas. Vale tudo desde que você o faça com prazer.

Bebês adoram olhar rostos e vai adorar ver sua boca,


Faça caretas:
seus olhos e suas mãos em movimentos diferentes. Mesmo que
ele não demonstre grandes reações, como dar risadas, ficará
entretido tentando entender.

Mímicas: Fazermímicas para ele também é uma forma de interação.


O bebê vai, no mínimo, acha engraçado ver você se mexendo de
forma diferente.

Mostre objetos diferentes:Mostre a ele objetos como chocalhos,


mordedores e móbiles e ensine como eles funcionam. Na frente do
bebê, aperte, rode, agite o brinquedo várias vezes. Assim ele
aprende como cada coisa funciona. Coloque o acessório perto
para que ele tente segurar. Ainda é cedo para conseguir, mas as
tentativas são válidas e irão ajudar no seu desenvolvimento motor.

Bebês adoram janelas! Fique perto do vidro e


Mostre a paisagem:
mostre a paisagem lá fora, as gotas da chuva, o gato da vizinha, o
cachorro que passeia na calçada, as flores, os carros e os aviões
no céu. Com o tempo, o bebê vai apontar os dedinhos e até
reconhecer alguns nomes.

Brinque com sua voz: Em algumas conversas, faça vozes mais


grossas e mais finas, fale rápido ou muito devagar, imite os sons
dos animais. Talvez você consiga até algumas gargalhadas.
Segurando o bebê no colo, rode, leve na altura da sua
Rode, pule:
cabeça e desça, pule. Eles vão adorar as novas sensações que
esses movimentos proporcionam. Tome cuidado apenas para
sempre deixar a coluna e o pescoço apoiados em seus braços.
Nada de grandes malabarismos enquanto o bebê não estiver firme.

Esconde-esconde:A tradicional brincadeira de "Cadê? Achou!" é


sempre um sucesso. Esconda seu rosto com as mãos ou com um
pedaço de pano e brinque bastante. Se o bebê não ficar irritado,
vale também esconder o rostinho dele. Além de divertir, seu filho
aprenderá que quando algo desaparece, não significa que deixa
de existir. O objeto vai e volta. E isso vai ajudá-lo inclusive a
aprender que você também vai e volta.

Outra brincadeira bem tradicional e simples, mas que


Com os dedos:
muita gente esquece: finja que seus dedos são formiguinhas e vá
"andando" pelo corpo do bebê. As risadinhas estão garantidas...

Pisca-pisca:Use os olhos para piscar! Pisque devagar, depois


rápido, revire os olhos, feche e abra em velocidades diferentes. Os
bebês adoram ficar observando essas ações e com o tempo
tentarão imitar.

Bichinhos: Deixe o bebê perto de bichinhos de pelúcia de diferentes


cores, formatos e texturas para ele conhecer novas sensações
táteis e visuais. Encoste o ursinho nele e deixe que sua mãozinha
o toque da forma como ele conseguir, por exemplo.

Fantoches: Use osbichinhos também como um tipo de fantoche para


conversar e cantar. Os bebês se divertem muito observando os
brinquedos criarem vida.

Rolar:
Deite-se ao lado do bebê na cama ou no edredom e estimule
os seus movimentos rolando seu corpinho, colocando-o de bruços.
Aperte o colchão para seu corpo dar pulinhos, como se estivesse
em uma cama elástica. Ele vai amar!

Dançar: Dance com o bebê no colo. Faça isso ouvindo músicas


diferentes para alternar movimentos mais rápidos e mais lentos.
- Bebê já consegue ficar sentado e começa a engatinhar
Com o bebê mais firme, as possibilidades aumentam. Seu ângulo
de visão muda, ele será capaz de identificar brinquedos maiores e
as atividades envolvendo movimentos ficam ainda mais
interessantes.
Colocar o bebê sentado no edredom com
Aproxime os brinquedos:
vários brinquedos em volta é sempre bom. Mas sente ao seu lado,
mostre os brinquedos, ensine como eles funcionam. Procure
colocar alguns objetos que cabem nas mãozinhas do bebê para
ele segurar. Mas nada muito pequeno - o mais seguro é usar o
tamanho de uma bola de pingue-pongue como referência.

Jogar no chão: Sabe quando o bebê joga algo no chão milhões de


vezes para você pegar? Pois é, trata-se de uma brincadeira. não
perca a paciência ou tire o objeto da mão dele, achando que o
objetivo é irritá-la. Para o bebê, é divertido fazer isso e, mais uma
vez, ajuda a perceber que objetos e pessoas podem ir e voltar.

Quando aprender a engatinhar, o bebê começará a


Cabanas e túneis:
explorar a casa. Os móveis se transformaram em brinquedos
também. Participe da brincadeira montando cabaninhas e túneis
para vocês passarem por baixo. Lençóis, cadeiras e sofás vão
ajudar bastante.

Empilhar de novo:Crianças pequenas adoram colocar coisas em


caixas e com o seu bebê não será diferente. Deixe várias
disponíveis para ele. Pode ser plástico ou aquela embalagem de
algum produto que acabou. Ele vai encher com brinquedos, com
colheres, CDs, roupas, qualquer coisa que estiver ao seu alcance.
você pode brincar, tirando e colocando junto com ele. Mais uma
vez, vale lembrar: cuidado com objetos e brinquedos que não
sejam seguros - pequenos demais, que tenham pontas, que
cortem etc.

Caça ao brinquedo:
Para diverti-lo e ajudar a fortalecer seus músculos
da perna, coloque o bebê sentado em uma extremidade do sofá e
fique com o brinquedo na outra. Ele vai tentar pegá-lo. Ou, se o
bebê estiver no chão, tentará alcançar você e o brinquedo subindo
no sofá.
Use os brinquedos para várias atividades:
Rolar, apertar, explorar:
mexa em diferentes direções para a criança seguir com o olhar.
Estimule o bebê a rolar, apertar e explorar o brinquedo. Mostre
como ele funciona para a criança imitar.

Pega-pega: Já
dá para brincar de pega-pega! Se você falar e mostrar
que está indo atrás dele, com certeza seu bebê vai desandar a
engatinhar na direção contrária, rindo e tentando escapar.

Coloque diversas almofadas e travesseiros em


Alturas e obstáculos:
cima de um edredom e deixe o bebê rolar para lá e para cá,
explorando as alturas e os obstáculos que esses objetos
proporcionam. Faça isso no chão - e não em cima da cama -, assim
poderá brincar mais relaxada, sem se preocupar com que o bebê
caia.

Serra, serra, serrador...:


Lembra do "serra, serra, serrador..."? Pois
invista em todas as brincadeiras que seus pais faziam com você
quando criança. Essa em particular, por causa dos movimentos,
da sua atenção e da canção bacana, é uma das preferidas dos
pequenos.

As cadeiras são uma delícia nessa fase e ajudam no


Corrida Maluca:
processo de andar. Empurre com eles para mostrar como se faz.
Com o tempo, vocês podem bolar até uma corrida maluca.

-Crianças de 2 a 4 anos
Você pode usar praticamente qualquer
Um para mim, outro para você:
coisa para fazer essa brincadeira: giz de cera, cereais em forma
de argola, bloquinhos, peças de jogo. Dê uma pilha dos objetos
para seu filho e peça a ele que os distribua: "Um para mim, um
para você", colocando-os em dois pratos ou caixas. Depois que ele
já estiver craque, você pode acrescentar uma terceira pessoa (ou
pode ser um bichinho ou boneco) para que a criança aprenda a
dividir as coisas em três. Crianças desta idade adoram se sentir no
controle, e a brincadeira ajuda.

Use jornal velho ou papéis destinados à


Basquete dentro de casa:
reciclagem para fazer bolas. A criança pode ajudar (ela vai adorar
poder amassar os papéis à vontade, e ainda aproveita para
exercitar a coordenação motora). Depois faça uma competição
para ver quem consegue lançar a bola mais longe. Quando seu
filho já estiver com prática, improvise um jogo de basquete:
coloque uma caixa ou um cesto a cerca de um metro de distância
e peça ao seu filho para tentar acertar. Além de ser divertida, essa
brincadeira ajuda a desenvolver a coordenação entre os
movimentos dos olhos e das mãos. Você pode também começar a
marcar um placar, estimulando dessa forma a noção de
quantidade.

Piquenique com bonecos: Numdia normal, transforme a hora do lanche


da tarde num gostoso piquenique. Você não precisa nem mesmo
sair de casa: coloque uma toalha no chão da sala mesmo e arrume
comidinhas fáceis de comer. Sugestões: sanduichinhos, palitinhos
de cenoura, erva-doce ou salsão, ovos cozidos, pedaços de queijo.
Convide alguns bonecos ou bichinhos de pelúcia da criança para
se sentarem em torno da toalha e participarem do piquenique. Esta
é uma ótima ideia para um dia de chuva, quando não dá nem para
sonhar com um piquenique de verdade. Você pode pedir ao seu
filho que imagine que está em um lugar diferente, com árvores, ou
na praia. É uma atividade boa para estimular a imaginação de
crianças nesta idade, e renderá um bom tempo de diversão.

Não pode cair no mar! Ou, numa variação mais bem-humorada ainda, não pode cair
no mar de lama! Combine com seu filho que o chão da sala é o mar (ou mar de lama),
e que vocês não podem cair nele. Espalhe algumas almofadas, tapetinhos ou papéis
para servirem de "ilhas" para que vocês consigam passar de um lugar para o outro sem
"molhar" o pé. É uma brincadeira divertida que colabora para o senso de equilíbrio e de
consciência de espaço. Teste o caminho antes para ver ser não há perigo de a criança
escorregar.

Dia do vermelho: Escolha um dia e decrete que aquele é o Dia do Vermelho. Vista-se
de vermelho, proponha a criança que se vista de vermelho também. Na hora de comer,
ofereça macarrão com molho de tomate, salada de beterraba, morango de sobremesa,
suco de goiaba... Invente alguma atividade para que a criança use giz de cera ou tinta
vermelha, ou ainda massinha. No caminho para a escola, conte quantos carros
vermelhos vocês encontram, ou quantas flores vermelhas. Esta é uma ideia divertida
que ajuda seu filho a aprender as cores e a fazer relações, despertando a percepção
visual para a cor em questão. Se a brincadeira pegar, vocês podem repetir outras vezes
com outras cores.
Bingo: Esta é uma brincadeira simples que você pode fazer com duas crianças
pequenas, ou com seu filho e outro adulto, se não houver outra criança por perto. Use
um jogo de memória simples. Divida as cartas ou peças iguais em duas pilhas (um
pedaço do "par" em cada pilha). Fique com uma, embaralhe a outra e a dívida entre os
dois participantes do jogo. Aí você vai sorteando as peças que ficaram com você,
enquanto a criança confere se tem a peça igual ou não. As peças iguais vão sendo
retiradas. Ganha quem ficar sem peças primeiro. É um jogo que ensina a noção de
regras, de esperar a vez do outro, além da observação de detalhes e a noção de número
e quantidade.

Seu mestre mandou: Sim, a criança já tem idade para brincar de Seu mestre mandou!
Você começa como o mestre. Dê comandos simples e os demonstre, como: "Seu mestre
mandou colocar a mão na cabeça". Seu filho tem que imitar você. Vá fazendo coisas
engraçadas: "Seu mestre mandou mostrar a língua", ou "Seu mestre mandou fazer a
careta mais feia do mundo!". Para incrementar a brincadeira, dê alguns comandos sem
dizer "Seu mestre mandou" antes, e aí seu filho não vai poder obedecer. É uma ótima
maneira de exercitar a comunicação e a observação, e para ensinar o nome das partes
do corpo.

Está quente, está frio! Esconda um brinquedo do seu filho em algum lugar da sua casa,
como na sala, e peça a ele que venha procurar. Se ele se aproximar do lugar do
esconderijo, você diz que está esquentando. Se ele se afastar, diga que está esfriando.
Caso ele comece a ficar impaciente, dê uma ajudinha.

-Crianças de 5 a 7 anos
Carrinho maluco: A criança que está à frente será o carrinho, a que está atrás, o
motorista. Este "carro" se locomoverá da seguinte forma: quando o motorista colocar o
seu dedo indicador na parte superior "das costas", do carro este irá andar para frente,
e, ao retirar o dedo, o carro ficará parado. Para dobrar à direita ou à esquerda, basta
colocar a mão no ombro direito ou esquerdo do carro. Para a ré, colocam-se as duas
mãos, uma em cada “ombro" do carrinho. Depois, trocam-se as posições.

O fotógrafo e o modelo: Uma criança será a fotógrafa, que deverá fotografar, de forma
bem dinâmica, o modelo em várias situações (praticando esportes, na praia, na
passarela, a escolha do próprio modelo etc.). Diga às crianças que tanto fotógrafo
quanto modelo são muito criativos e de nível internacional.

Pique-cola americano: O aluno pegador corre atrás dos demais; aqueles que forem
pegos deverão ficar "colados", com as pernas afastadas. O pegador continua "colando"
e os colegas que estiverem livres, deverão passar por baixo das pernas deles, salvando-
os.

Eu estou assim: Dois círculos, um interno, outro externo. Os alunos do círculo interno
ficarão com os olhos fechados, os do círculo externo irão "modelar" o corpo dos colegas,
fazendo lindas poses. Depois, irão procurar um espaço e farão com o seu corpo a
mesma pose que fizeram com o corpo do seu companheiro; estes, ao sinal do professor,
abrirão os olhos e irão descobrir quem os "modelou". A seguir, trocam-se os círculos.
Esta atividade é ótima!

Caminho colorido: Com folhas de papel pardo, faça um caminho para que as crianças
carimbem os pés, com tintas coloridas.

Toca do coelho: Dispor bambolês no chão de forma que fiquem duas crianças em cada
um e que sobre uma fora do bambolê. Ao sinal, as crianças deverão trocar de toca,
entrando duas em cada um. Sempre sobrará uma criança fora da toca.
Veja também:

Brinquedos Indicados para Cada Idade

0 a 5 Chocalhos, brinquedos musicais, mordedores,


meses:
brinquedos de berço, móbiles, livrinhos de pano ou plástico, bolas
com texturas diferentes para serem agarradas com as duas mãos.
6 meses a 1 ano: Brinquedos flutuantes (patinhos de borracha que
boiam na água), cubos que tenham guizos embutidos ou
ilustrações, caixas ou brinquedos que se encaixam uns dentro dos
outros, argolas empilháveis, brinquedos para martelar, empilhar e
desmontar, brinquedos eletrônicos de aprendizado, mesa pequena
com cadeirinhas na altura em que a criança possa alcançar os pés
corretamente no chão, telefone de brinquedo, espelhos,
brinquedos que emitem sons por meio de botões de apertar, girar
ou empurrar.

Brinquedos de variadas texturas (estimulam os sentidos


1 a 2 anos:
da visão, da audição e do tato), bonecas de tecido e bichos de
pelúcia feitos de materiais atóxicos, livros e álbuns de fotografia
com ilustrações dos familiares e objetos conhecidos, brinquedos
de empurrar ou puxar, brinquedos de montar e desmontar. Os
brinquedos devem ter cores vivas e não podem ser tóxicos.

Bolas, muitos blocos de brinquedos para empilhá-los e


2 a 3 anos:
colocá-los dentro de caixas, brinquedos de encaixar e desmontar,
brinquedos musicais, carrinhos, bonecas, cavalinho de balanço,
brinquedos para praia ou piscina, brinquedos de equilibrar um em
cima do outro. Nesta idade deve-se ensinar a criança a organizar
e recolher os brinquedos.

3 a 4 anos:Triciclo, carrinho grande de puxar, aviões, trenzinhos,


brinquedos infláveis, bolhas de sabão, caixas de areia com pás e
cubos, cabaninhas, casas de bonecas, ferramentas de brinquedos,
massinha de modelar, objetos domésticos, fantasias, máscaras,
fantoches, instrumentos musicais de brinquedo como pandeiros,
pianinhos, trombetas e tambores, brinquedos de montar e
desmontar mais complicados, blocos de formas e tamanhos
variados, jogos e quebra cabeças simples, lápis de cor e papel
para desenhar (círculos, bonecos, enumerar os elementos de uma
ilustração, colorir), livros com diferentes ilustrações e histórias
alegres.

4 a 6 anos:
Esta é a fase do mundo imaginário, sua criatividade está
se desenvolvendo. Os brinquedo nesta fase devem auxiliar a
criança a entrar no mundo da fantasia, por exemplo: dinheirinho de
brinquedo, caixa registradora, casas de boneca com móveis,
telefone, cidadezinhas, circos, fazendas com animais, materiais de
papelaria, postos de gasolina, meios de transporte (caminhões,
automóveis e pistas, motos, aviões, trens elétricos, barcos e
tratores), instrumentos musicais e eletrônicos, jogos. Nesta idade,
a criança começa a sentir o que chamamos de medos infantis,
como o medo do escuro, as bruxas, o bicho papão e outras coisas
feias que impedem que a criança durma, desta forma
recomendamos uma boneca ou um ursinho de pelúcia, que tem a
função de ajudar as crianças a superarem esta fase.

Jogos de tabuleiro, bolinhas de gude, pipas, carros


acima de 6 anos:
de corrida, trens elétricos, argila para modelar, pincel, brinquedos
de mágica, artigos esportivos, bicicletas, patins, skate, jogos
eletrônicos, de memória, videogames, patinetes, futebol de botão,
laptops, brinquedos.

Contação de Histórias

O ato de contar histórias proporciona recreação e prazer, mas é


óbvio, nenhum conto resulta só nisso. Numa história bem contada,
aprecia-se a beleza da língua bem articulada, o vocabulário, a
postura, aprende-se a ouvir e a se concentrar, estimula-se a
imaginação, abre-se caminho à leitura, aprende-se a compartilhar
emoções, descobrem tradições culturais e tantas outras
manifestações da vida íntima e social dos homens.
O primeiro objetivo dos contos é lúdico, um elemento que não pode
faltar. A fantasia tem uma força muito grande sobre os seres
humanos, pois foi por meio das narrações orais que o homem
experimentou compartilhar o prazer, sensações, alegria e beleza.
Além disso, com a sequência narrativa, a criança começa a
entender o mundo ao seu redor, a ideia de tempo, as relações
sociais, a complexidade dos conflitos e a interpretação dos
sentidos, o que facilitará e abrirá o caminho à leitura. O conto
também é um elemento muito eficaz na educação informal,
independente dos centros educacionais.
Ler e contar histórias apresentam, na verdade, visões de mundo,
de valores, dos conflitos humanos e sociais, da história do mundo
em diferentes épocas e culturas. Isso permite a contemplação, a
reflexão e a análise. Muitos educadores reclamam de não
conseguirem manter a atenção das crianças durante uma
contação de história, gerando assim uma frustração para eles e,
por consequência, um desânimo para se atreverem a uma nova
contação.
Todos nós que trabalhamos ou convivemos com crianças sabemos
desta inquietude natural de todas elas que estão sempre buscando
encontrar ações que supram as necessidades cognitivas, suas
curiosidades e as façam se deleitar em aprender e conhecer
melhor o objeto, a ação, “o novo”. Isso também ocorre com os
adultos com a diferença que, durante os anos, vamos aprendendo,
muitas vezes contra a vontade, a ficar parados e prestar atenção
em um fato que está ocorrendo ou na observação de um objeto
que seja novo para o nosso intelecto.
Para aqueles que se proponham a contar histórias para as crianças
pequenas, procurem observar o seguinte:
- Quanto menor a criança, menos poder de concentração terá;
- Para crianças bem pequenas a ilustração, gesticulação, colorido,
sonorização são os fatores que conseguem prender a atenção.
- Crianças maiores seguem o ritmo da narrativa e a interação com
a história ajuda muito manter a atenção delas;
- Na hora de preparar uma contação para bebês, por exemplo, leve
materiais coloridos, com texturas diferentes que eles possam
tocar, sentir; leve objetos ou livros que produzam sons.
- Atente para não cometer exageros na hora da contação com
gesticulações excessivas, evitando assustar os bebês. Vá
contando e testando a aceitação deles.
- Histórias curtas faladas, lidas ou cantadas encantam os
pequeninos e vão criando o hábito de ouvir e interagir na hora do
conto. Crianças habituadas a ouvir histórias, desenvolvem mais a
capacidade de atenção do que as outras.
À medida que a criança vai tendo mais idade, você pode ir abrindo
mão dos recursos visuais (gradativamente) e trabalhando mais
com voz, corpo, como se estivesse em cena sem, contudo,
esquecer que a ação proposta é uma contação de história.
Não subestime as crianças e evite explicar as histórias. Deixe que
a imaginação de cada uma as leve a embarcar no sonho que cada
história propõe.
A história será mais bem contada, quando o contador gostar da
história que está narrando, por isso escolha boas histórias. Antes
de contá-las, leia, releia, traga-as para dentro de si para que assim
você possa vivenciá-las no momento da contação.

Noções de Nutrição e Dietética Infantil

Saúde é condição essencial a vida. A alimentação se constitui um


fator determinante para se ter saúde. É sabido que a vida depende
de um suprimento adequado de nutrientes apesar de não se
constituir um fator único para a manutenção da vida. Portanto, a
oferta adequada e com variedade suficiente de alimento são
condições básicas e necessárias para atender o organismo. Assim
sendo, cuidar da alimentação é cuidar de uma necessidade básica
do homem e que deve ser ajustado as várias fases do
desenvolvimento humano.
Temos como objetivo reconhecer as necessidades nutricionais da
criança das várias faixas etárias, descrever problemas na
alimentação infantil a fim de contribuir para a promoção da nutrição
infantil.
Importância da Alimentação
A alimentação é a base da vida, pois dela depende a saúde do ser
humano. Se uma pessoa não se alimenta bem, ou se alimenta de
maneira errada, o organismo enfraquece e as doenças aparecem.
Muitas vezes, os problemas de saúde aparecem porque no
organismo estão faltando os alimentos necessários para o seu
bom funcionamento.
Cuidar da alimentação é cuidar de uma necessidade básica do
homem de extrema importância em sua vida. Saber alimentar-se
de acordo com as suas necessidades, significa “comer para viver”.
A alimentação exerce grande influência sobre o indivíduo,
principalmente sobre sua saúde, sua capacidade de trabalhar,
estudar e divertir-se, sua aparência e sua longevidade.
O problema alimentar depende de dois fatores fundamentais:
capacidade aquisitiva para alimentação e educação alimentar.
Finalidade da alimentação
• Dar energia;
• Oferecer nutrientes para os processos de crescimento e
desenvolvimento da pessoa;
• Entrada de água e eletrólitos para regular o meio interno do nosso
organismo. Cada indivíduo tem exigências alimentares distintas,
segundo característica do seu organismo. Têm-se assim as regras
fundamentais da alimentação, o que implica dizer que devemos
comer com quantidade, qualidade, harmonia e adequação.
O indivíduo nas diferentes fases de sua vida, apresenta
características específicas, que determinam necessidades
nutritivas próprias a cada fase. É indispensável para o indivíduo ter
um bom padrão nutricional, ajustado as várias fases do
desenvolvimento humano, levando-se em conta o período rápido
de crescimento e desenvolvimento, as mudanças psicológicas da
adolescência, as exigências durante a gravidez, bem como na
velhice.
Classificação dos Alimentos
Para que o organismo seja saudável, é necessário que a pessoa
tenha uma alimentação equilibrada, pois cada alimento exerce
uma função no corpo humano. De acordo com as funções que
desempenham, os alimentos são classificados em três grupos:
• Construtores (proteínas)
• Energéticos (carboidratos e gorduras)
• Reguladores (vitaminas e sais minerais)
Alimentação equilibrada é aquela que contém estes três
elementos. Só uma alimentação equilibrada pode garantir bem-
estar físico e mental, além de boa disposição para o trabalho.
Alimentos construtores são alimentos que contêm proteínas. Eles
ajudam a formar, a “construir” o corpo. São responsáveis pela
manutenção dos músculos, sangue, ossos, dentes, unhas, cabelos
e órgãos como rins, cérebro, coração e fígado. A proteína é um
elemento da maior importância no organismo. É necessária em
qualquer idade e principalmente durante a infância, quando o
corpo está em fase de crescimento. Pode-se saber se uma pessoa
tem quantidade de proteínas suficiente no organismo observando-
se o seguinte: os cabelos estão bonitos, as unhas fortes e as
feridas cicatrizam com rapidez. Alimentos que contêm proteínas de
origem animal (carne, ovos, leite e derivados) e de origem vegetal
(feijão, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico). É necessário comer
diariamente alimentos que contenham proteínas, porque o corpo
humano não tem reserva de proteínas. A falta de proteínas no
organismo constitui um sério problema para a saúde.
Alimentos energéticos: aqueles que contêm carboidratos e
gorduras. Produzem energia para que o indivíduo tenha ânimo,
força e disposição para trabalhar, estudar, brincar, correr etc. Os
carboidratos e gorduras são indispensáveis na composição do
sistema nervoso e na formação das células. Nosso organismo
consome energia o tempo todo. Um trabalhador braçal, por
exemplo, gasta mais energia do que alguém que trabalha sentado.
Mesmo assim, alimentos que contêm carboidratos e gorduras
devem fazer parte da refeição de qualquer pessoa.
Alimentos Reguladores: Minerais Alimentos reguladores são
aqueles que contêm vitaminas (A, C, D, E, K e complexo B) e sais
minerais (cálcio, ferro e outros). Estes alimentos regulam as
funções do corpo, como a digestão, a respiração, a circulação do
sangue etc. Os alimentos reguladores são: frutas, hortaliças. As
vitaminas não contêm em si nenhuma energia. Elas ajudam o ser
humano a liberar energia dos alimentos. Isso significa que nós não
podemos viver só de vitaminas, só de complementos. Elas podem
atuar sozinhas, mas o que ocorre mais frequentemente é que
atuam como constituintes de uma enzima. Por isso se diz que são
coenzimas. As vitaminas diferem umas das outras do ponto de
vista químico e cada uma delas desempenha um, ou vários papéis
concretos. As vitaminas se apresentam sob duas formas: as
vitaminas hidrossolúveis, quer se dissolvam na água: a vitamina C
e todo complexo B, vão embora, por exemplo, na água da torneira
quando lavamos os alimentos, ou na cocção quando jogamos a
água fora. Isso explica por que, às vezes, os alimentos inicialmente
ricos nessas vitaminas depois da lavagem, cozimentos, geladeira,
não tem mais gosto e valor nenhum. As vitaminas lipossolúveis que
se dissolvem nos corpos gordurosos: as vitaminas A, D, E, K, em
geral menos frágeis. As vitaminas lipossolúveis se armazenam no
fígado e nos tecidos adiposos que são utilizados na medida das
necessidades do corpo. Contudo, a capacidade de
armazenamento é limitada, e existe a possibilidade de intoxicação
em doses excessivas.
É através das gorduras e carboidratos que se extrai o mais alto
grau de energia. Estes elementos são indispensáveis na
composição do sistema nervoso e na formação das células.
Alimentos com carboidratos (açúcar, melado, rapadura, mel, arroz,
trigo, milho, batata, mandioca, farinhas em geral) e com gordura
(manteiga, margarina, toucinho, óleo de milho, óleo de soja, óleo
de algodão, banha, azeite de dendê).
Todos os alimentos oriundos das diversas fontes (construtores,
reguladores, energéticos) devem fazer parte da alimentação diária,
devendo ter qualidade, quantidade, harmonia e adequação, para
garantir ao indivíduo boa saúde. Para escolher de maneira correta
os alimentos, existe uma regra prática conhecida como roda dos
alimentos, onde é suficiente escolher pelo menos um alimento de
cada grupo no almoço e no jantar para garantir os nutrientes de
que nosso organismo precisa. O indivíduo nas diferentes fases de
sua vida, apresenta características específicas, que determinam
necessidades nutritivas próprias a cada fase.
Daremos enfoque somente na alimentação do primeiro ano de vida
até o período do escolar.
Alimentação no primeiro ano de vida
Aleitamento materno
O leite humano é a dieta mais completa para o lactente, durante
os primeiros seis meses de vida. É possível manter o leite materno,
mesmo na ausência da mãe, pois é só retirar o leite e guardá-lo,
mesmo fora da geladeira, por até 8 horas. Na geladeira, o leite
pode ser mantido por um período de 24 horas e no freezer por 15
dias. Na hora de dar o leite para a criança é só aquecê-lo em
banho-maria.
Amamentação
É a forma natural de alimentar o recém-nascido. Requer atenção
por parte dos profissionais de saúde, já que os índices de
desmame precoce no Brasil ainda são bastante elevados. A
criança deve ser alimentada exclusivamente no seio materno até
os 6 meses de idade. Nesse período não é necessário nenhum tipo
de complementação, nem mesmo água. O leite materno é um
alimento completo que atende a todas as necessidades do
organismo da criança e a protege contra infecções.
O desmame
Até os seis meses, o leite materno supre todas as necessidades
nutricionais da criança. Por isso não é necessário dar nenhum
outro tipo de alimento. Nem sequer é preciso dar água ou chá,
porque o leite materno tem água suficiente para matar a sede do
bebê. Quando o bebê só recebe o leite materno, diz-se que ele
está em aleitamento materno exclusivo. Quando a criança
completa seis meses de idade, ela vai precisar de outros alimentos,
além do leite materno. Inicia-se assim, o desmame, quando o bebê
começa a receber qualquer outro tipo de alimento, além do leite
materno.
O desmame deve ser feito aos poucos, à medida que novos
alimentos vão sendo introduzidos. Deve-se utilizar colher ou copo
ao introduzir os novos alimentos, ao invés de mamadeira. No
período do desmame, diz-se que a criança está em aleitamento
misto: com leite materno e outros alimentos.
Cuidados importantes durante o desmame são: oferecer alimentos
complementares somente após as mamadas, introduzir os
alimentos de forma gradual, utilizar a colher para alimentar a
criança, preparar e acondicionar higienicamente os alimentos, os
ingredientes devem ser incorporados às receitas gradativamente
de acordo com a idade da criança, ao oferecer os alimentos
posicionar a criança de maneira ideal, evitando assim, engasgar.
Durante o primeiro ano, inicia-se a formação dos hábitos
alimentares da criança. Por isso, é importante oferecer os mais
diversos tipos de alimentos e fazer uso moderado de açúcar, sal e
condimentos no preparo das refeições.
Alimentação artificial
A alimentação artificial constitui um risco para a saúde da criança
em função da má qualidade do leite e inadequado manejo da
mamadeira. Entretanto em função de alguns obstáculos
relacionados à mãe e a criança, tais como: inflamação da mama,
desnutrição, dificuldade de sucção e deglutição, problemas
psíquicos da mãe, uso de medicamentos pela mãe, que impedem
a amamentação.
Tipos:
utiliza normalmente o leite de vaca, que deve ser fervido
Leite fresco:
mesmo que tenha sido pasteurizado;

tem a vantagem do fácil armazenamento e de ter


Leite em pó:
recebido tratamento descontaminante. Os cuidados especiais
referem-se à qualidade da água e preparo;

Leite vegetal:
o mais comum é o leite de soja. Empregado para
crianças com síndromes diarreias ou para lactente alérgico ao leite
de vaca. Neste caso, igualmente importantes são a qualidade da
água e a técnica de preparo.

Ocorrendo a impossibilidade do aleitamento materno, são pontos


essenciais de orientação:
• Seguir rigorosamente a prescrição médica, do nutricionista ou
enfermeiro, quanto ao tipo de leite, diluição e acréscimos, se for o
caso (açúcar, farinha).
• Lavar com água e sabão o local de preparo, as mãos e todo
material usado no preparo da mamadeira, ou seja: copos,
colheres, vasilhames, a mamadeira e o bico.
• Ferver mamadeira e bicos, durante vinte minutos. Enxaguar com
água fervente os demais utensílios previamente lavados com água
e sabão.
• Ferver a água utilizada no preparo da mamadeira e para beber
durante vinte minutos.
• Manter as mamadeiras protegidas e em locais limpos.
• Utilizar bicos com furos de tamanho apropriado;
• Lavar com água e sabão a mamadeira logo após seu uso.
• Pode-se também preparar várias mamadeiras de uma só vez,
onde todos os passos acima devem ser respeitados seguido, além
do mais, a cada refeição, deve-se aquecer a mamadeira em
banho-maria e ajustar o bico.
Métodos de administração de mamadeiras
• Verificar as condições de higiene e vestuário da criança, trocar
se necessário;
• Lavar cuidadosamente as mãos com água e sabão;
• Conferir o tipo e a quantidade, o tamanho do furo do bico e a
temperatura do leite. A última pode ser verificada, colocando gotas
de leite sobre o punho do administrador;
• Levar a criança ao colo sempre que possível. Ter à mão uma
fralda ou similar, para uso em caso de regurgitação ou vômito.
Incentivar para que o bebê segure a mamadeira com as próprias
mãos, tão logo seu desenvolvimento lhe permitir;
• Manter a mamadeira em um ângulo que encha completamente o
bico com o líquido. Se a criança demonstrar cansaço ou agitação
retirar periodicamente o bico da mamadeira da boca;
• Fazer a criança arrotar;
• Se for bebê ou estiver acamada, deitá-la de lado;
• Fazer anotações nas fichas da criança referindo: quantidade
ingerida, ocorrência, se a aceitação foi espontânea ou estimulada
e outras ocorrências.
a) Diluições

Mingau: fazer somente com leite integral (1 colher de chá para 100
ml de leite). Pode acrescentar arrozina, cremogema, maisena,
mucilon. Além da alimentação, é necessário que o bebê seja
colocado ao sol, no máximo até às 10 horas. Esse procedimento é
para o aproveitamento da vitamina D, que só ocorre sob a ação
dos raios solares.
Alimentação no período de 12-36 meses de idade
A alimentação neste período já inclui todos os grupos de alimentos,
a maioria das crianças já come da mesma comida que é preparada
para os outros. As carnes e vegetais frescos, de difícil mastigação,
devem ser picados em pequenos pedaços. É preferível servir
pequenas porções de alimentos de alto valor nutritivo, uma vez que
ele se desinteressa quando vê o prato cheio. Seu apetite e suas
preferências alimentares são muito irregulares, onde é frequente
períodos de boa alimentação e os de alimentação precária.
A introdução, em cada refeição, de pelo menos três itens dos
quatro grupos básicos de alimentos é uma medida que contribui
para o desenvolvimento de hábitos alimentares equilibrados e para
variar as preferências em relação ao paladar. Alimenta-se sozinho
com uso das mãos e de colher. Quando for necessário ajudá-lo,
use outra colher, permitindo que ele continue o treino de alimentar-
se. As refeições devem seguir um horário regular, para favorecer
tanto os aspectos nutricionais quanto os de formação de hábito.
Alimentação do pré-escolar
O pré-escolar alimenta-se sem ajuda, exceto para cortar alimentos
rígidos (carnes) e para descascar frutas. As necessidades
nutricionais são semelhantes ao período anterior, entretanto, deve-
se respeitar suas preferências alimentares, sem, contudo,
descuidar do valor nutricional da dieta. Neste período a criança
começa a adquirir hábitos alimentares dos outros, mostrando-se
disposta a provar alimentos novos. Vale enfatizar, que a criança de
3 – 4 anos dificilmente consegue permanecer sentada durante toda
refeição, já a criança de 5 anos está geralmente pronta para o
aspecto social do ato de alimentar-se.
Alimentação do escolar
A criança come geralmente aquilo que a família ou o que come na
creche, então, a qualidade de sua dieta depende essencialmente
dos padrões alimentares da família e da creche. Entretanto, ele
adquire gosto para uma variedade crescente de alimentos.
Todavia, a influência dos meios de comunicação e a tentação de
provar uma imensa variedade de alimentos não nutritivos, o que
leva a criança a sentir-se satisfeita com alimentos que não
favorecem o crescimento. A educação nutricional pode e deve ser
integrada neste período.

Problemas na Alimentação Infantil

• Alergias nutricionais;
• Distúrbios nutricionais;
• Cólicas abdominais;
• Diarreia, constipação;
• Gases;
• Regurgitação.
Alergias nutricionais
Intolerância ao leite, a mais comum é alergia ao leite de vaca. Em
geral, surge dentro dos primeiros dois meses de vida, após a
introdução do leite de vaca, pode apresentar vômitos, diarreia,
cólicas e outros sintomas. A confirmação do problema ocorre após
suspensão do leite e o desaparecimento desses sintomas. Neste
caso, deve-se substituir o leite e em algumas situações a criança
pode vir a tolerar o leite de vaca por volta dos dois anos de idade.
Vale ressaltar que, todos os produtos derivados do leite também
devem ser evitados.
Distúrbios nutricionais
é um termo geral que se refere à nutrição inadequada
Desnutrição:
ou deficiente. Pode manifestar- se como: subnutrição,
supernutrição (obesidade ou Hipervitaminose). Temos ainda,
anemia ferropriva e as deficiências vitamínicas. Os estados mais
graves de desnutrição envolvem as deficiências proteicas e
calóricas, o kwashiorkor e o marasmo.
Os principais distúrbios vitamínicos presente em nosso meio são:
deficiência de vitamina A, complexo B, C e D. O principal
tratamento consiste na reposição de vitaminas. Temos ainda
deficiência de ferro, um tipo mais comum de anemia em nosso
meio, aparecendo entre 6 a 12 meses de vida, preferencialmente
em crianças que recebem leite de vaca.
A subnutrição infantil se apresenta como um dos maiores
problemas de saúde pública no nosso país, especialmente no
Nordeste. É agravada pela anemia, verminose, falta de vitamina,
desmame precoce, cárie dentária, infecções e doenças diarreicas
no primeiro ano de vida.
Na desnutrição calórico-proteica, causada pela ingestão deficiente
de calorias e, por vezes, de proteínas, agravada por episódios de
diarreia e outras infecções. Crianças com este tipo de desnutrição,
apresentam falhas no crescimento e predisposição a doenças
infecciosas. Temos Kwashirokor e o Marasmo. O tratamento
consiste no fornecimento de uma dieta rica em proteínas de alto
valor e/ou carboidratos, vitaminas e sais minerais.
Cólicas abdominais
São descritas como dor ou cãibras abdominais, que se manifestam
por choro alto e retração das pernas sobre o abdome. A cólica
desaparece espontaneamente, em geral por volta dos três meses
de vida, embora nunca se deva garantir que isso ocorrerá, já que
o problema pode persistir por muito mais tempo.
Causas: alimentação rápida e excessiva, deglutição de ar, técnica
de alimentação inadequada etc. Pode-se tentar aliviar as cólicas,
tais como: colocar o lactente de bruços sobre uma tolha aquecida,
massagear o abdome, fazer arrotar e manter a criança sentada
após as refeições ou de lado, mudar frequentemente a posição do
lactente.
Diarreia e constipação
Problema de diarreia na criança merece atenção especial, portanto
será abordado em separado mais à frente. Constipação:
dificuldade ou desconforto ao tentar evacuar. Importante identificar
se a criança está fazendo uso de alguma dieta, medicamento que
estejam causando este problema. Deve-se oferecer mais líquidos,
suspensão de alimentos constipantes, às vezes introduzir açúcar
ou mel na mamadeira resolve a situação. Evitar uso de laxantes.
Gases
O abdômen apresenta-se distendido. Neste caso deve-se
identificar a causa, fazer exercícios e posicionar o bebê
adequadamente no berço (decúbito ventral).
Regurgitação
É o retorno de pequenas quantidades de alimento após a
alimentação constitui ocorrência comum durante o primeiro ano de
vida. Nestes casos, é possível reduzi-la através de medidas
simples, como colocar a criança para arrotar após a alimentação,
movimentação mínima da criança, antes e durante a refeição, e
seu posicionamento de lado com a cabeça ligeiramente elevada,
após a amamentação.
Princípios de Higiene, Profilaxia e Biossegurança

Higiene significa limpeza; asseio; inter-relação entre o homem e o


meio ambiente, no sentido da preservação da saúde. Existem
vários tipos de higienização, a individual (banho, cabelos, unhas e
mãos, boca, dentes e vestuário), coletiva (saneamento básico,
água, esgoto, lixo, vetores), a mental (equilíbrio, costumes morais
e sociais), do trabalho (riscos físicos, químicos e biológicos), e
ambiental (limpeza de moveis, utensílios e estrutura).
Profilaxia é a aplicação de meios que tendem evitar doenças ou
contágios. As medidas profiláticas interrompem a interação entre o
agente causador da doença e o organismo. Alguns exemplos de
doenças sujeitas a profilaxia são peste bubônica, hepatite,
verminoses, DSTs, infecções hospitalares.
Higiene e profilaxia estão intimamente ligadas, pois a higienização,
em todas as suas formas, evita a transmissão e/ou contágio por
agentes infectocontagiosos, logo é uma medida profilática.
Biossegurança, segundo a Comissão de Biossegurança em
Saúde, do Ministério da Saúde, é a condição de segurança
alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir,
controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que
possam comprometer a saúde humana, animal e vegetal e o
ambiente.
Infecção:
Penetração, alojamento, multiplicação e desenvolvimento
de microrganismos patogênicos no corpo de um hospedeiro,
provocando reações orgânicas patológicas.
Período de Incubação:
Intervalo de tempo entre o início da infecção e
o aparecimento do primeiro sintoma ou sinal da doença.

Noções de Higiene
A higiene é o aspecto mais importante da manutenção da saúde.
Relaciona-se ao comportamento pessoal, familiar, coletivo, cultural
e é dependente de ações governamentais.
A limpeza e a higiene são, hoje, um diferencial nos serviços de
saúde.
a) Limpeza: Consiste na remoção de sujidade visível e por
conseguinte na retirada de sua carga microbiana.
b) Descontaminação: Medidas adotadas para assegurar que a
manipulação de um instrumento médico seja inócua, ao reduzir a
contaminação por microrganismos.
c) Esterilização: Destruição de todas as formas de vida microbiana,
incluindo os esporos bacterianos, que são as formas mais
resistentes. O aquecimento é o método mais comum usado para a
esterilização.
d) Desinfecção: Controle voltado para a destruição de micro-
organismos nocivos. Refere-se à destruição de patógenos
vegetativos (não-formadores de esporos). Reduz ou inibe o
crescimento, mas não esteriliza necessariamente.
e) Assepsia: Conjunto de medidas adotadas para impedir a
introdução de agentes patogênicos no organismo.
Normas universais de Biossegurança
Todos os profissionais de saúde devem adotar normas anti-
infecciosas quando houver possibilidade de contato com sangue,
outras substâncias corporais, mucosa e pele não íntegra. As
normas se baseiam em 03 fundamentos:
• Lavagem das mãos;
• Uso de EPI;
• Evitar acidentes com perfurocortantes.
Importância da higiene na saúde da criança
Os cuidados prestados ao nosso corpo. A pele é a nossa primeira
proteção contra as doenças, ela só funcionará se estiver limpa,
livre de poeiras, células mortas e germes. O banho tem esta tarefa,
de retirar os obstáculos, além de proporcionar relaxamento. Ele
deve ser completo, limpando todas as partes do corpo. Na higiene
individual, abordaremos inicialmente a higiene do recém-nascido,
no período de 12 a 36 meses, período pré-escolar e escolar. De
acordo com cada faixa etária tem-se alguns cuidados peculiares
nestes períodos, que são importantes considerá-los no cuidado
com a criança.
Higiene do recém-nascido e do lactente
Os recém-nascidos são frágeis, estando sujeitos a infecções. Por
isso, é preciso tomar cuidados em relação às condições de higiene
da própria criança e do ambiente. O banho é muito importante para
a higiene do bebê, além de ser refrescante e prazeroso. Para
realizar o banho, inicialmente prepare e reúna o material:
recipiente com água, sabonete, toalha, fralda de pano e peças do
vestuário. No recém-nascido, o banho poderá ser dado na
banheira, bacia ou pia limpa. A temperatura da água deve ser
morna, o que é experimentado colocando o braço dentro da água.
Uma posição confortável e segura durante o banho deve ser
mantida. Em nenhum momento se pode deixar uma criança
sozinha no banho, mesmo quando for capaz de sentar-se sem
apoio. Permita que a criança brinque com a água e outros objetos,
bem como movimente suas pernas e braços, tornando o banho um
momento agradável. Inicie lavando o rosto apenas com água,
limpando os olhos, narinas e orelhas. Lave os cabelos e o couro
cabeludo com sabonete. Se houver crostas em um desses locais,
passe óleo antes do banho e remova as que se desprenderem ao
lavar e secar a área. Continue lavando o tronco e os membros.
Realize a higiene da genitália de ambos os sexos no sentido de
cima para baixo. Então, vire o bebê de costas, e complete a
lavagem.
O coto umbilical deve ser limpo com um sabão suave e água
durante o banho, e secando-o cuidadosamente a seguir. O uso de
um cotonete com álcool pode ser usado, pois promove o
ressecamento. Ao retirar da água e transportar a criança, segure-
a junto ao seu corpo. Enxugue todas as partes do corpo do bebê
suavemente. Vista-o com roupas adequadas à temperatura
ambiente. As trocas de fraldas devem ser realizadas sempre que
o bebê urina ou evacuar. Remova os resíduos de fezes, urina e
creme ou pomada que estiverem aderidos à pele, lavando com
água e, quando necessário, com sabonete. Seque bem e coloque
outra fralda limpa.
Para a higiene oral, resíduos de leite ou alimentos na boca e na
língua podem ser removidos usando fralda ou gaze limpas e
úmidas, com o intuito de evitar o sapinho (placas esbranquiçadas
na parte interna dos lábios e bochecha ou na língua, causada por
monília).
A partir do aparecimento dos primeiros dentes inicia-se a
escovação, o que é importante tanto para a limpeza quanto para a
formação de hábito. A escova deve ser pequena e macia. Não é
recomendado o uso de creme dental, uma vez que a criança vai
ingeri-lo.
Realizar curativo do coto umbilical
O curativo do coto umbilical é feito diariamente após o banho ou
sempre que estiver molhado de urina ou sujo de fezes. Tem por
objetivo promover a cicatrização, por meio da mumificação e evitar
a contaminação local. É importante atentar a qualquer
anormalidade, como presença de sangramento, secreção
purulenta, hiperemia, edema e odor fétido.
Material necessário: frasco com álcool a 70%, cotonete e gaze. O
curativo consiste na limpeza da base do coto com o cotonete
embebido em álcool, fazendo movimentos suaves e circulares.
Higiene no período de 12 a 36 meses de idade
Nesta fase, deve-se dar especial atenção à higiene dentária, pois
se completa a dentição. Os dentes devem ser escovados
diariamente e após as refeições ou quando comer doces,
chocolates etc. Para uma adequada higiene oral, todas as faces
do dente devem ser escovadas, assim como a língua. A escova de
dente deve ser macia e de tamanho pequeno possibilita a limpeza
sem ferir a criança.
Higiene no período do pré-escolar e escolar
Nestes períodos as crianças são capazes de tomar banho
sozinhas, porém resiste e, às vezes, finge ter se lavado, apenas
molhando os cabelos. O mesmo ocorre com relação a escovação
dos dentes. Assim sendo, convém reforçar a importância da
higiene corporal e dentária, ser firme ao ordenar sua execução e,
eventualmente, verificar o resultado. Não esquecer de cuidar das
unhas, que devem ser cortadas quando necessário. Os pés devem
ser bem lavados e secados, principalmente entre os dedos. Deve-
se andar sempre calçado.
Atenção! O uso de objetos pessoais, tais como pente, toalha,
escova de dente, deve-se evitar o uso coletivo dos mesmos, porém
sempre que uma pessoa usar o pente deve lavá-lo, que não seja
pessoal deve lavá-lo. Evitando a disseminação de piolhos. A
escova de dente deve ser mantida com as cerdas limpas, sem
resíduos de pasta ou água. Trocá-la periodicamente e a toalha de
banho após uso deve ser colocada ao sol, lavá-la uma vez por
semana.
Higiene das Roupas
As roupas nos servem como proteção contra sujeira, frio,
traumatismos etc., por isso devemos cuidar delas. Alguns cuidados
são necessários: roupas de baixo (calcinhas, cuecas, fraldas),
devem ser trocadas sempre que necessário, secar ao sol, em
varais, nunca ao chão; passar ferro as roupas lavadas, se possível,
pois isto auxilia a matar os germes que ainda existem nelas,
conservar as roupas sempre em bom estado, ou seja, com botões,
colchetes, etc. Caso na creche exista alguma criança com
problema de pele, suas roupas devem ser lavadas separadas das
outras. Deve-se também evitar o uso de roupas coletivas.
Higiene dos alimentos
Os alimentos têm importância fundamental em nossas vidas. Não
podemos viver sem eles. Porém, alguns cuidados devemos ter
com eles:
• Manter os alimentos longe de insetos, baratas, moscas, ratos;
• Colocá-los em depósitos fechados;
• Lavar os alimentos crus, antes de comê-los;
• Limpar os armários onde são depositados os alimentos;
• Evitar que as crianças comam alimentos que estejam no chão,
sem que sejam lavados;
• Um alimento só deve ser ingerido se em perfeitas condições, ou
seja, se estiver com cheiro diferente do normal ou aspecto, deve
ser jogado fora;
• Carnes de porco deve ser bem cozida ou bem assada;
• Manter o ambiente limpo;
• Lavar as mãos antes de cuidar dos alimentos, evitar tossir ou
espirrar próximo a eles.
Água
Mesmo aparentando estar limpa, a água que é usada para beber,
deve ser filtrada ou fervida. Os recipientes que servirem de
depósito para a água, devem ser lavados periodicamente, e
manterem-se tampados.
Higiene do ambiente
Manter os espaços da criança limpos também é tarefa nossa, pois
um ambiente limpo é fundamental para a saúde. Não esquecer
também de arejar o ambiente o máximo possível, deixando as
janelas abertas para renovação do ar e entrada da luz do sol, bem
como de colocar os colchões no sol.

Patologias Comuns na Infância: Sintomas e Tratamento

Nesta lição aprofundaremos os conhecimentos das patologias


mais comuns na infância, já citadas em lição anterior.
Diarreia
A diarreia é uma das doenças mais conhecidas pela população.
Isso porque, além de ser muito frequente, ela é responsável pela
morte de um número grande de crianças no Brasil e no mundo. É
uma doença perigosa porque pode levar à desidratação e
comprometer o estado de nutrição, colocando a criança em risco
de tornar-se desnutrida ou mesmo de morrer. Em muitas
comunidades, parece que a diarreia é uma doença comum de
criança. As pessoas estão tão acostumadas a verem crianças com
diarreia que até acham natural essa situação. No mundo inteiro a
diarreia é mais frequente nas regiões menos desenvolvidas e mais
pobres. No Brasil, na região norte e nordeste, a diarreia é a
principal causa de morte em crianças menores de 5 anos de idade.
Ela ocorre, principalmente nas crianças de famílias com menos
recursos, que moram em casas sem condições adequadas de
saneamento, que não conseguem ter uma boa alimentação e que
têm grandes dificuldade para obter assistência à saúde. A atuação
da atendente de creche à criança com diarreia deve visar sempre
a prevenção de complicação, como desidratação e desnutrição.
O que é diarreia?
Diarreia é uma doença, na maioria das vezes, muito contagiosa,
aguda ou crônica, causada por agentes infecciosos, como vermes,
bactérias e vírus. Por ser aguda, quando dura algumas horas ou
dias, ou crônica, quando persiste por semana ou meses. Essa
doença se espalha, rapidamente, em condições precárias de vida
e em pessoas com menos defesas, como as crianças desnutridas
e as de baixa idade.
Quando uma pessoa está com diarreia, ela evacua mais vezes que
o habitual. As fezes são mais líquidas e muitas vezes com cheiro
diferente. Em alguns casos pode haver nas fezes sangue ou muco.
As crianças com doença diarreica ficam abatidas e fracas. Podem
ter cólicas, vômitos ou febre. Logo perdem o apetite e se a diarreia
é mais intensa, rapidamente começam a perder peso. Quando a
diarreia se torna mais intensa, a criança perde muita água e sais
minerais pelas fezes ou vômitos, podendo ficar desidratada. Além
disso, no caso da criança desnutrida, a doença é mais grave,
piorando a desnutrição e aumentando o risco de morte.
É bom lembrar que no primeiro ano de vida, principalmente no
recém-nascido, é normal a criança evacuar várias vezes ao dia,
com fezes líquidas e até esverdeadas. Isso é mais frequente,
ainda, nas crianças em aleitamento materno. Também algumas
crianças até os dois ou três anos, mesmo sem diarreia, podem
evacuar um número maior de vezes. A diferença é que essas
crianças não parecem estar doentes, comem bem e estão
ganhando peso. Isso, portanto, não é diarreia.
Como é que ocorre a transmissão da diarreia?
A transmissão da diarreia ocorre através de vermes, bactérias e
vírus. As pessoas que têm diarreia eliminam esses agentes
infecciosos pelas fezes. Quando as fezes são despejadas no solo
ou nos córregos e rios, esses micróbios podem contaminar as
pessoas, quando, por exemplo, usam a água contaminada para
lavar as mãos e preparar alimentos. As moscas são, também,
agentes de transmissão da diarreia, pois pousam em locais
contaminados, carregando em suas patas os micróbios. Assim ao
pousar nos alimentos, acabem contaminando-os. Pode-se dizer,
portanto, que o destino adequado das fezes e do lixo e o
tratamento da água são fatores indispensáveis para evitar a
transmissão da diarreia.
Prevenção da diarreia
São medidas importantes de prevenção da diarreia:
• saneamento básico (cuidados com água, com as fezes e com o
lixo);
• aleitamento materno;
• práticas adequadas de desmame;
• imunização.
Tratamento da criança com diarreia
A diarreia é uma doença grave porque causa a desidratação e a
desnutrição. Os sinais de desidratação são: olhos afundados, sem
lágrimas; vômitos muito intensos; boca seca; moleira afundada;
pele ressecada e quando beliscada forma uma prega que demora
para voltar ao normal; dificuldade de urinar; febre.
O Ministério da Saúde elaborou um esquema de avaliação do
estado de hidratação da criança, que procura facilitar a
classificação e conduta nos casos de crianças com diarreia.
Apresenta-se, a seguir, uma adaptação do referido esquema.
Conduta nos casos de diarreia sem desidratação
1 - Aumentar a ingestão de líquidos
Durante a diarreia, a criança perde líquidos e sais minerais, através
das evacuações e dos vômitos. É preciso, portanto, que ela receba
mais líquidos para compensar essas perdas. Ao primeiro sinal de
diarreia, portanto, é preciso oferecer mais líquidos para a criança.
Assim, para:
• as crianças em aleitamento materno – oferecer o peito mais vezes
e, se a diarreia for muito intensa, introduzir também o soro caseiro;
• as crianças após o desmame – aumentar a oferta de água, chás
caseiros, suco de frutas diluídos, leite, água de coco, água de arroz
ou de outros cereais cozidos, sopas, soro caseiro.
A quantidade de líquidos a ser dada depende da sede e da
aceitação da criança. Quando a criança vomitar, esperar um pouco
e recomeçar em pequenas quantidades, aos goles ou em
colheradas.
2 - Manter a alimentação
Sabe-se que a criança com diarreia pode absorver e aproveitar os
alimentos no intestino. A criança que se alimenta durante a diarreia
tem mais condições de reagir à doença e menos risco de ficar
desnutrida. Assim, oferecer alimentos da preferência da criança,
em pequenas quantidades e mais vezes ao dia; oferecer alimentos
cozidos sob a forma de papas ou amassados para facilitar a
mastigação e digestão, misturar à comida, duas colheres das de
chás de óleo, para aumentar as calorias. Durante o período de
recuperação, a criança precisa ainda de mais alimentos para
recuperar seu peso. É preciso, portanto, oferecer uma ou mais
refeições suplementares, até a criança voltar a apresentar o peso
adequado.
Conduta no caso de diarreia com algum grau de desidratação
A grande maioria dos casos de diarreia se curam dentro de 1 a 2
semanas, só com o tratamento feito em casa. Entretanto, alguns
casos podem se agravar, necessitando de encaminhamentos para
os serviços de saúde. Se a criança apresentar sinais de
desidratação, deve começar a dar soro de reidratação oral (pode
vir pronto comercialmente ou pode ser caseiro). Deve procurar
assistência médica nas seguintes situações: a criança apresentar
sangue e muco nas fezes; vomitar tudo que bebe ou não aceitar
beber nada; a diarreia piorar muito; a febre continuar e quando tiver
associada a desnutrição; ficar sem urinar mais de 6 horas, mesmo
tomando soro; apresentar convulsões; estiver largada, sonolenta e
apresentar barriga inchada ou fofa.
Conduta nos casos de diarreia com desidratação grave
A criança deve ser levada imediatamente ao hospital para
tratamento.

Infecções respiratórias agudas


As infecções respiratórias agudas (IRA) e uma das principais
causas de morte de crianças, no Brasil. Nem sempre são doenças
graves. O nome “aguda” significa que a doença é de curta duração,
com evolução média de sete dias. As IRA caracterizam-se pela
presença de um ou mais dos seguintes sinais: tosse, dificuldade
para respirar, chiado no peito, nariz escorrendo, dor de ouvido e
dor de garganta.
Existem infecções respiratórias agudas, como é o caso das
chamadas gripes e resfriados que, mesmo sendo benignas,
prejudicam a criança no seu dia-a-dia, incomodando-a para dormir,
comer, chegando, às vezes, a comprometer o seu peso e
crescimento. Ainda que não sejam graves e que possam se curar
sozinhos, os resfriados e gripes incomodam a criança, devendo ser
acompanhados com cuidado para evitar complicações.
Entre as infecções respiratórias agudas, a maior número de mortes
de crianças é por pneumonia; razão pela devemos identificar e
tratar o mais rápido possível.
O que são as infecções respiratórias agudas?
São as infecções do aparelho respiratório, que podem afetar o
nariz, a garganta, os ouvidos, a laringe, os brônquios e os pulmões.
A criança com infecção respiratória aguda pode ter tosse,
dificuldade para respirar, chiado no peito, nariz entupido ou
escorrendo, dor de ouvido e dor de garganta.
Além disso, a criança perde o apetite, pode ficar muito irritada e
chorosa. Algumas ficam com os olhos vermelhos e lacrimejando.
As crianças maiores reclamam de dor de cabeça e dores no corpo.
Em geral, são os vírus que causam a maioria das infecções
respiratórias. Mas podem ocorrer infecções por bactérias, que
costumam ser mais graves. Às vezes, os resfriados causados por
vírus se complicam quando se junta uma infecção por bactéria.
Contra os vírus não se tem remédio específico. Contra as bactérias
podem ser usados os antibióticos. Em geral, os resfriados e gripes
são causados por vírus e as infecções do ouvido e pneumonias por
bactérias. Assim, os resfriados e gripes não precisam de
tratamento com antibióticos e as pneumonias sim.
Existem várias situações de risco para a criança ter IRA, dentre
eles: crianças que vivem em ambientes fechados, com pouca
circulação de ar, crianças que moram na periferia das cidades, isto
é, perto das fábricas ou ruas sem asfalto, com muita poeira, à vida
da criança em creches, geralmente as creches são pouco arejadas
e ventiladas. As crianças ficam muito tempo fechadas nesses
ambientes, em contato com outras crianças que já estão com
infecções respiratórias. Por isso, as crianças de creche adoecem
mais do que as que não frequentam creches.
Quando há uma aglomeração de pessoas num mesmo cômodo, a
qualidade do ar fica prejudicada, fazendo com que haja a
ocorrência de infecções respiratórias. Existem outras situações
que fazem com que a criança tenha mais chances de agravamento
da doença, tais como: criança nos primeiros meses de vida,
quando as defesas do organismo não estão bem desenvolvidas;
com baixo peso; desnutrida, bebês alimentados em mamadeira,
doenças como sarampo, coqueluche, tuberculose, difteria e as
crianças que não estão com esquema vacinal completo.
Avaliação da criança com infecção respiratória aguda
A tosse é um dos sinais mais frequentes nas doenças respiratórias
agudas. No bebê com menos de dois meses, a tosse pode não ser
tão frequente. Observe com atenção:
• A criança respira mais depressa que o normal
• A parte inferior do peito (abaixo das costelas) da criança afunda
quando estiver inspirando;
• O bebê não consegue mama ou beber líquido;
• Criança sonolenta ou difícil desperta;
• Bebê menor de 2 meses apresentar febre ou temperatura baixa.
a) Respiração
Quando as vias respiratórias estão cheias de catarro fica difícil
para o ar chegar até os pulmões ou ser expelido. Diminui, então, a
quantidade de oxigênio que chega aos pulmões e a criança tem de
respirar mais vezes por minuto para conseguir oxigênio de que
precisa.
Assim, a respiração fica mais rápida, isto é, aumenta o número de
vezes que a criança puxa o ar por minuto. Para contar a respiração,
é necessário que a criança esteja calma, no colo, com o peito e a
barriga visível. Observa-se a respiração da criança e contam-se os
movimentos da respiração durante 1 minuto, marcando com um
relógio. O número de vezes que a criança respira vai mudando com
a idade. O recém-nascido respira mais rápido do que o bebê maior
de 2 meses, a criança maior tem uma respiração mais devagar
ainda.

A criança com infecção respiratória aguda tem de fazer mais força


para conseguir que o ar chegue até os pulmões. Este esforço pode
ser visto na parte inferior do peito da criança, que apresenta um
afundamento embaixo das costelas, chamado de tiragem.
Importante também observar se algumas crianças apresentam um
barulho alto e áspero ao inspirar. Isso significa que pode haver
obstrução das vias aéreas superiores, porém deve diferenciar se o
chiado é de uma pneumonia ou uma crise de asma.
A pneumonia é uma infecção dos pulmões. Uma pessoa com
pneumonia não consegue fazer a renovação adequada do ar nos
pulmões, passando a ter dificuldade para respirar.
b) Sinais de doença grave
Para as crianças de todas as idades:
• Sonolência anormal ou dificuldade para despertar;
• Estridor;
• Convulsões;
Em crianças menores de dois meses:
• Febre ou temperatura baixa;
• Redução acentuada da aceitação alimentar;
• Chiado no peito.
Em crianças a partir de 2 meses até 4 anos:
• Dificuldade para beber líquidos, em geral;
• Desnutrição grave.
Se a criança apresenta qualquer um desses sinais de perigo, ela,
provavelmente, está com uma doença muito grave e precisa ser
encaminhada ao médico.
Pneumonia grave em crianças menores de 2 meses: Tiragem
acentuada ou Respiração rápida (60 ou mais respirações por
minuto).
Pneumonia grave em crianças a partir de 2 meses até 4 anos:
Tiragem (excluir se é crise de asma). Encaminhar ao médico.

Pneumonia não grave em crianças a partir de 2 meses até 4 anos:


Sem tiragem; com respiração rápida. Encaminhar ao médico.

Não é pneumonia, em crianças menores de 2 meses: Não tem


tiragem acentuada e não está com respiração rápida (menor de 60
por minuto).
Não é pneumonia, em crianças a partir de 2 meses até 4 anos:
Sem tiragem; não está com respiração rápida. Oferecer bastante
líquido, retirar as secreções do nariz, tratar a febre (Se tiver).
Observar sinal de perigo.
Toda criança menor de 2 meses com qualquer sinal de pneumonia
será classificada como tendo pneumonia grave. Isso porque a
criança menor de 2 meses pode adoecer e morrer com grande
rapidez, devido a infecções graves causadas por bactérias.
Encaminhar ao médico.
Tem tosse ou resfriado:
Tratamento
• Amamentar mais vezes o bebê;
• Aumentar a oferta de líquidos (água, chá, sucos). Caso não
amamente.
• Manter o bebê agasalhado;
• Limpar o nariz da criança e para facilitar a retirada das secreções
do nariz, pinçar soro fisiológico ou água limpa;
• Observar se apresenta sinais de gravidade (respiração rápida ou
dificuldade para se alimentar ou ingerir líquidos).
- Entre as IRA, a infecção no ouvido é uma das mais conhecidas e
a criança pode apresentar:
• Febre, irritabilidade, choro intenso e frequente, recusa da
alimentação;
• Ouvido supurado;
• Dor de ouvido.
O tratamento consiste: encaminhar ao médico, fazer compressas
quentes e secas no ouvido para aliviar a dor, limpar o ouvido
(nunca use cotonete e sim uma ponta de um pedaço de pano de
algodão limpo; coloque no ouvido da criança até ficar bem
molhado; retire o pedaço de pano e faça tudo de novo até que o
ouvido fique bem seco.
A dor de garganta também é uma queixa muito frequente nas
crianças com gripe ou resfriado. Este tipo de inflamação na
garganta se cura sozinho, resolvendo-se com os cuidados gerais
que são feitos para os resfriados e gripes (limão com açúcar, mel,
chá com alho e limão, chá de hortelã, alecrim são bons para tosse).
A dor de garganta é um problema sério quando a criança apresenta
também febre alta, dificuldade para engolir e placas de pus na
garganta. Neste caso encaminhar ao médico.
Protocolo:
Observar sinais de gravidade:
• Respiração rápida ou difícil;
• Dificuldade em alimentar-se ou ingerir líquidos;
• Piora do estado geral
Conduta:
• Alimentar a criança durante a doença;
• Limpar o nariz para facilitar a alimentação e respiração;
• Aumentar a oferta de líquidos;
• Observar presença de algum sinal de gravidade
• Encaminhar ao médico

Verminoses
As crianças vivem em constante interação com o meio, esta
relação resulta no processo saúde-doença. É comum, as crianças
apresentarem verminoses. Na creche, devido grande aglomerado
de crianças, é importante conhecer as principais verminoses do
meio, bem como as principais medidas de prevenção.
O que provoca as verminoses?
Verminose, é uma doença causada por vermes que vivem,
crescem e se multiplicam na pessoa. Os vermes são conhecidos
pelo nome de parasitas ou hospedeiro, porque vivem às custas de
outros seres (homens e animais).
A verminose espalha-se facilmente onde não há cuidados com a
limpeza, por exemplo: quando uma pessoa evacua, os ovos dos
vermes saem junto das fezes. Se esta evacuar no chão, os ovos
dos vermes irão se espalhar na terra. E é assim que acontece a
contaminação, pois esses ovos acabam sendo levados pelo vento
ou água da chuva até os rios, lagos, açudes e, o que é mais grave
ainda, até os poços de onde se retira água para beber, lavar louça
e alimentos, cozinhar, tomar banho, etc. Outro exemplo: quando
uma atendente de creche limpa uma criança após evacuar e
esquece de lavar as mãos, ela por sua vez pega oura criança ou
então vai fazer comida sem lavar as mãos. Nesta situação ela se
contamina e contamina outras crianças.
De que maneira a pessoa contrai a verminose?
Os ovos dos vermes penetram no organismo da pessoa quando
ela bebe água contaminada, ou quando come alimentos que não
foram bem lavados ou se foram lavados com água contaminada,
tomar banho em rios, lagoas cujas águas podem conter vermes,
também é um meio de contaminação. Quando os ovos penetram
no organismo da pessoa, eles soltam seus filhos (larvas) que se
transformam em vermes.
Os vermes crescem, se multiplicam e começam a soltar ovos que
irão do organismo junto com as fezes. Por isso, se as fezes forem
depositadas no chão os ovos contaminarão as águas, e outras
pessoas serão atingidas pela verminose.
A contaminação não acontece apenas através da água, isto vai
depender do tipo de verme. Suponhamos que, se uma pessoa
andar descalça perto do local onde havia fezes contaminadas,
poderá pegar o verme que provoca o amarelão. Isso porque, os
ovos eliminados com as fezes podem também soltar suas larvas
na terra. Elas penetram no organismo pela própria pele e
percorrem quando uma criança, brincando perto do local onde
casos, a contaminação pode acontecer quando uma criança,
brincando perto do local onde foram evacuadas fezes
contaminadas, coloca a mão na boca, depois de mexer na terra.
Ascaridíase
Doença causada por um verme, com tamanho de 20 a 30 cm, de
cor rosa branca. Conhecida como lombriga ou bicha. As lombrigas
vivem nos intestinos, onde colocam seus ovos. Se as pessoas
evacuarem no chão, os ovos eliminados junto com as fezes
poderão ser levados pelo vento ou água da chuva até os rios,
lagos, poços etc. Se esta água for usada para beber, regar as
plantas ou lavar alimentos, outras pessoas irão pegar o verme.
A criança pode ter tanta lombriga, que formar um bolo obstruindo
o intestino. Às vezes é possível palpar esse bolo através da
barriga. Se a quantidade de lombriga é muito grande, a criança
pode ficar desnutrida.
a) Manifestações
Barriga grande, cólicas abdominais, enjoos, fraqueza, falta de
disposição, perda de apetite, diarreia, perturbação do sono.
QUANDO não tratada pode causar obstrução intestinal e levar à
morte.
b) Transmissão
Quando há falta de higiene, os ovos de áscaris podem passar das
fezes de uma pessoa, para a boca de outra, através de alimentos
contaminados e das mãos sujas levadas à boca.
c) Prevenção
• Usar privada, lavando as mãos em seguida;
• Lavar as mãos antes de comer e ao mexer nos alimentos;
• Proteger os alimentos contra moscas;
• Lavar bem frutas e verduras antes de comer
- Oxiurose
Doença causada por vermes de cor branca, muito fino com cerca
de 1 cem de comprimento.
a) Manifestações
Coceira no ânus, perturbação no sono; irritabilidade.
b) Transmissão
Estes vermes deixam milhares de ovos ao redor do ânus causando
coceira, principalmente à noite. Quando a pessoa coça, os ovos
ficam debaixo das unhas e são levados para a comida e outros
objetos. A roupa de cama fica cheia de ovos. Desta maneira os
ovos podem até a boca da mesma pessoa ou a boca dos outros,
causando infestação.
c) Tratamento e prevenção
• Usar fraldas ou calças para dormir, para não tocar no ânus;
• Lavar as mãos e nádegas das crianças quando acordam;
• Cortar as unhas bem curtas;
• Trocar roupas de cama com frequência;
• Educar as crianças para lavar as mãos ao acordar, depois de
evacuarem e antes das refeições;
• A limpeza é a melhor prevenção.
- Tricocéfalo (trícuro)
Verme arredondado de cor rosa, ou cinza, com 3 a 5 cm de
comprimento, que infesta o intestino grosso.
a) Transmissão:
Passa das fezes de uma pessoa para a boca de outra.
b) Prevenção: Mesma da ascaridíase.
- Ancilostomíase
Doença causada por um verme que se localiza no intestino
delgado, tem a forma arredondada, de cor vermelha e mede 1 cm
de comprimento.
a) Manifestação
Anemia, fraqueza, barriga grande, desânimo.
b) Transmissão
Os ovos são eliminados através das fezes do doente que chegam
ao solo. As larvas se desenvolvem entram nos pés, alguns dias
depois alcançam o sangue e o intestino. No intestino se ficam e
ficam chupando o sangue, causando anemia e fraqueza à pessoa.
Uma criança muito pálida, anêmica e que come muita terra pode
ter amarelão. Dependendo da intensidade da infestação, o
amarelão pode ser muito grave, retardando o crescimento físico e
mental da criança.
c) Prevenção
• Usar privada;
• Não andar descalço;
• Lavar os alimentos;
• Lavar as mãos.
- Esquistossomose
Doença causada por um verme chamado “Schistosoma mansoni”
que, entra na corrente sanguínea. Conhecido como “barriga
d’água”.
a) Manifestação
Mal estar geral, dores nas pernas e na barriga, falta de apetite,
diarreia e urina, às vezes com sangue; às vezes febre, calafrios,
fraqueza. Depois de muitos meses, pode apresentar aumento do
volume do fígado e baço.
b) Transmissão
Pelo contato do homem com a água contaminada, através de
lavagem de roupas, banhos e pescaria. O verme vive dentro de um
caramujo, após algum tempo as larvas abandonam o caramujo e
vão para a superfície da água, onde atacam as pessoas que ali
entram para tomar banho, lavar roupas ou simplesmente molhar
os pés. Penetrando na pele o verme adere, perfura-a e instala-se
no organismo, provocando a doença.
c) Prevenção
• Usar sempre privada;
• Evitar entrar em água que tem caramujo;
• Tratar as pessoas contaminadas.
- Giardíase
Doença causada por um parasita chamado Giárdia lamblia e que
habita normalmente o intestino do homem.
a) Manifestação
No início não apresenta sintomas, mas em grande infestação pode
surgir: náuseas (enjoo), gases, diarreia amarelada, odor fétido e
espumosa, sem sangue ou muco e perda de peso, cólica, anemia.
b) Transmissão
A falta de hábitos higiênicos faz com que as pessoas portadoras
da doença, depositem suas fezes infectadas contendo cistos, na
água ou sobre alimentos. Havendo ingestão de cistos pela
alimentação ou através das mãos contaminadas com fezes
levadas à boca, faz com que haja uma grande infestação
rapidamente nas pessoas.
c) Prevenção
• Higiene pessoal;
• Cuidados com a água e proteção dos alimentos;
• Depósito das fezes em local adequado.
- Amebíase
Doença provocada por um protozoário patogênico (Entamoeba
histolytica), que se localiza no intestino.
a) Manifestação
No início pode ser assintomática ou pode apresentar: cólica,
diarreia alternada com dificuldade de evacuar, disenteria com
sangue e pode aparecer pus, dores na barriga. Transmissão - A
mesma da giardíase.
b) Prevenção
A mesma da giardíase.
- Teníase
Infecção causada pela solitária Taenia solium (porco) e Taenia
Saginata (vaca). É um verme achatado que cresce muito, tem
pedaços brancos e chatos que são encontrados nas fezes.
Manifestação
Pode causar dor de barriga, irritabilidade, insônia, falta de apetite,
perda de peso. O perigo maior se encontra quando os cistos
(larvas) entram no cérebro da pessoa.
a) Transmissão
Consumo de carne malcozida, contendo cisticercose que se
desenvolvem no intestino, originando o verme adulto, que cresce
e pões ovos. Os ovos são eliminados pelas fezes. Se os porcos ou
as vacas comerem alguma coisa contaminada pelas fezes, eles
engolirão os ovos que depois de algumas transformações ficarão
na sua carne. E assim, outras pessoas quando comerem essa
carne, também irão pegar a verminose. A carne, quando é bem
cozida ou assada, não oferece perigo, pois o calor mata os ovos.
b) Prevenção
• Só comer carne de porco bem cozida ou bem assada;
• Nunca comer carne de porco com cistos;
• Seguir as regras de higiene cuidadosamente;
• Tratar pessoas contaminadas.

Necessidades Infantis

Quanto às necessidades de amor e afeto é importante para a


criança ser amada e se sentir segura desse amor. A principal fonte
de amor, particularmente durante o primeiro ano de vida, são os
pais, portanto a importância do estabelecimento desta ligação é
crucial para a criança. Vale destacar que durante todos os estágios
de desenvolvimento da criança, estas necessitam saber que são
desejadas, aceitas e que possuem o lar e esse amor é transmitido
através de palavras e ações.
Numa creche, os profissionais que cuidam da criança, devem
durante sua assistência tentar suprir as necessidades de amor e
afeto da criança, principalmente quando as mesmas são
abandonadas. Uma necessidade que está intimamente
relacionada à de amor é a necessidade de segurança, pois no meio
existem inúmeros fatores que podem gerar insegurança nas
crianças tais como: rejeição por parte de pessoas significativas,
inabilidade social e problemas físicos: fome, frio ou outros
desconfortos. Por este motivo devemos estar alerta para os
indícios que revelem ameaças a esse senso de segurança.
Na necessidade de disciplina devemos saber que as crianças
devem estar preparadas para aceitar restrições no seu
comportamento, porém é importante compreendermos o que vem
a ser disciplina, pois não é punição, e conduzir a criança para um
comportamento aceitável, pois elas precisam aprender as regras
que regem o lar, a creche, a escola e a comunidade em geral.
Disciplinar é ensinar a realidade. Esta necessidade deve fazer
parte do cuidar da criança, pois à medida que estamos prestando
cuidados, devemos orientar e ensinar o que é aceitável na
sociedade.
À medida que as crianças crescem e se desenvolvem, elas se
tornam progressivamente capazes de direcionar suas atividades e
de tomar decisões mais independentes, surgindo assim a
necessidade de dependência. Por isso, é importante dar
oportunidade para a criança se desenvolver e adquirir sua
dependência.
Nas ações da vida diária podemos dar espaço para a mesma
executar tarefas simples até mesmo comer sozinha, andar, se
vestir, etc., desta maneira se vai adquirindo independência.
Autoestima refere-se à valorização da criança, principalmente nas
áreas de aceitação da criança na sociedade.
Devemos favorecer o autoconceito positivo na criança
proporcionando estímulo e reconhecimento durante suas ações e
quando for comunicar um comportamento inaceitável é importante
enfatizar que não é a criança. Já na necessidade biológica e física,
de início enfatizamos que esta deve ser satisfeita antes de tudo,
são as necessidades de alimento, água, ar, temperatura
adequada, eliminação, estímulo e abrigo.
Os recém-nascidos são totalmente dependentes dos adultos para
satisfazer suas necessidades básicas. À medida que a criança
desenvolve, ela começa a progredir e assumir responsabilidade
por suas necessidades básicas.
Repouso e sono
A necessidade de repouso e sono constitui uma necessidade
humana básica. Repouso entendemos como um estado de bem-
estar, já o sono é a regeneração dos processos do organismo.
Dependendo da criança e do seu estágio de desenvolvimento, ela
tem necessidade de repouso e sono diferenciado, já que não existe
um esquema padronizado para todas as crianças. O padrão do
sono e repouso comumente do recém-nado, varia de 10 horas e
meia a 23 horas, com uma média de 16 horas e meia, pois na
primeira semana os bebês costumam dormir a maior parte do dia.
Em geral, dormem, alimentam-se e dormem novamente, no
decorrer do dia. Mas as necessidades variam muito; existem bebês
que permanecem mais tempo acordado do que outros.
Para promover o sono e repouso devemos enrolar ou aconchegar
o recém-nado com um cobertor, pois além de promover o sono
mantém a temperatura corporal. Já o lactente, a maioria dormem
a noite toda, com sonecas durante o dia e a criança com 8 ou 9
meses pode tirar 1 ou 2 sonecas durante o dia e dorme cerca de
12 horas durante a noite.
Assim, a rotina diária vai se estabelecendo aos poucos. Em geral,
o sono da criança apresenta-se por fases diferentes. Em alguns
momentos, o sono parece profundo e os bebês têm um aspecto
tranquilo, respirando fundo e regularmente. Em outros momentos,
o sono parece superficial e os bebês se mexem, fazem
movimentos, bocejam, gemem, bem como a respiração pode ficar
mais rápida e irregular. Nesta fase existe vários fatores que podem
perturbar o sono e o repouso da criança, tais como o ambiente,
alimentação, condições de higiene e outras condições até mesmo
patológicas.
Durante a fase do toddler e pré-escolar, algumas vezes a criança
pode ter dificuldade na hora de dormir. Antes de mais nada é
fundamental estabelecer um horário para o sono e promover um
ambiente propício. Na idade escolar as necessidades relativas a
sono e repouso são altamente individuais.
Não existe determinado número de horas de sono e/ou repouso,
pois esta necessidade depende da idade da criança, sua atividade
e o estado de saúde. Em geral, nesta idade a criança não dorme
durante o dia, mas dorme em média 11 a 12 horas por noite. Com
o decorrer dos anos, por volta de 8 a 9 anos são particularmente
resistentes durante o ato de ir dormir. Devemos usar alguns
métodos para facilitar o sono/repouso, como ler e contar histórias,
cantar e outros.
Eliminação
O processo de eliminação tem a finalidade de eliminar do
organismo substâncias indesejáveis ou em excesso. As principais
vias de eliminação são os tratos urinários e intestinal, mais
eliminados também através da pele e dos pulmões também.
Pretendemos descrever os dados relacionados à eliminação
urinária e intestinal do recém- nado, lactente, pré-escolar e escolar
e descrever cuidados quanto a necessidade de eliminação da
criança que pode ser executada pelo profissional de creche.
A eliminação como uma necessidade básica
Nas primeiras 24 horas, a maioria dos recém-nado urina e elimina
fezes chamadas mecônio, que é escuro, pastoso e pegajoso e é
eliminado durante alguns dias, até ser substituído por fezes
amareladas. Além do que, eles evacuam várias vezes ao dia,
entretanto a frequência depende do grau de hidratação e nutrição,
de modo que aqueles que se alimentam melhor tendem a evacuar
mais. Quanto ao volume urinário nas primeiras 24 horas é de 16 a
60 ml, mas com um mês de idade este volume já é de 250 a 400
ml.
Os lactentes podem apresentar dificuldades de evacuar ou urina,
mas em média eles urinam de 6 a 8 vezes ao dia, o que equivale
a cerca de 400 a 500 ml por dia. As evacuações podem ser em
número de 4 ou 5 por dia ou pode até evacuar apenas uma vez e
em dias alternados. É comum nesta faixa etária, as crianças
apresentarem diarreias e cólicas. O toddler e o pré-escolar tende
a apresentar fezes mais escuras e mais consistente já a urina
tende a ser eliminado em média 600- 750ml. É importante nesta
fase a educação da criança quanto aos hábitos sanitários e
maneira a ajudar a criança a manter o controle de suas
eliminações.
O escolar tem o volume urinário maior, em torno de 650-1000ml de
urina, pois apresenta maior capacidade de concentrar a urina. No
cuidado com a criança deve-se investigar se ela urinou no período,
se foi muito e se evacuou, observando o aspecto das fezes; se tem
sangue, quantidade, quantas vezes evacuou. Se porventura
apresentar algum problema de eliminação tais como: dificuldade
de evacuar e urina, diarreia, fezes endurecidas e outros; comunicar
profissional de saúde. Importante ainda, que o profissional de
creche promova hábitos normais na criança e lhe auxilie durante a
necessidade de eliminação dependendo de sua capacidade.

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