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Crianças preferem brincadeiras “ao ar livre” a games, mostra estudo da UnB

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Estudo mostra que 70% dos pequenos disseram preferir atividades como pique-esconde. Apenas 11,4%
indicaram que eletrônicos são favoritos.

Uma pesquisa feita pela Universidade de Brasília (UnB) desmente a crença popular de que crianças só
estão interessadas em games, computadores e outros eletrônicos. O estudo com crianças entre 6 e 12 anos
mostra que apenas 11,4% delas indicaram que os gadgets são as brincadeiras favoritas. Mais de 70%
escolheram brincadeiras tradicionais e esportivas como as preferidas.
O levantamento feito por alunos de educação física da UnB pegou 145 crianças de escolas públicas.
Elas foram convidadas a representar as preferências por meio de desenhos. O resultado surpreendeu até os
pesquisadores.
“Eu acreditava que talvez as mídias fossem ter maior prevalência, e não as brincadeiras tradicionais”,
diz a autora da monografia, Mariana Oliveira. “A surpresa que a gente tem é quando analisa esses dados e
vem o baque: ‘Opa, as mídias não estão tão presentes quanto aquilo que a gente no dia a dia imaginava’.”,
continua o doutorando Ivan Ferreira.
Segundo os pesquisadores, os resultados mudam de acordo com o contexto cultural e socioeconômico
dos alunos. Uma pesquisa feita apenas na área rural de São Sebastião apontou que nenhuma criança
desenhou alguma brincadeira “virtual”. Já na Asa Sul, mais da metade das crianças disse preferir os
aparelhos.
Independentemente da brincadeira preferida pelas crianças, os pesquisadores afirmam que uma grande
parte das escolhas se deve ao exemplo dado pelos pais. “A brincadeira é ensinada para a criança. Se a gente
vê alguma brincando, é porque um dia alguém ensinou a brincar. Se a criança está brincando muito com
mídia, não é a culpa da criança”, declarou Ferreira.
A dona de casa Lidiany Krüger afirmou que sofre para tirar o filho, Miguel, da frente das telas. “Para
sair de casa, meu esposo tem que ir lá derrubar a internet para ver se as crianças vão pra piscina ou para o
parque jogar bola porque, se deixar, por eles, é o dia todo vidrado lá no eletrônico.”
Já a musicista Valéria Cavalcanti disse que prioriza as brincadeiras do lado de fora. “É importante brincar
ao ar livre. A gente mora em apartamento, então eu sempre procuro descer.”

CRIANÇAS preferem brincadeiras “ao ar livre” a games, mostra estudo da UnB. G1 DF e TV Globo. 5 jan.
2018.
Disponível em: <https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/criancas-preferem-brincadeiras-ao-ar-
livre-a-games-mostra-estudo-da-unb.ghtml>. Acesso em: 27 fev. 2020

Filha de catadora de recicláveis que pegava oito ônibus por dia para estudar em Goiânia é aprovada em
medicina

A estudante Milene Alves de Souza Almeida, de 17 anos, teve de vencer diversas dificuldades para realizar o
sonho de ser aprovada em uma faculdade de medicina. Ela pegava oito ônibus por dia para sair de casa, em
Goianira, estudar em Goiânia e voltar para a residência. Filha de catadora de material reciclável, ela se inspirou na
força da mãe, que enfrenta um tratamento contra o câncer, e no irmão, que também estuda medicina.
Milene foi aprovada para a Universidade Federal do Tocantins. Durante sua vida acadêmica, gastava duas
horas para chegar até a escola, onde passava o dia inteiro mergulhada nos livros.
“Eu amo a escola, é um lugar muito querido para mim. Eu vi no estudo uma oportunidade para mudar de vida”,
disse.
Até o sexto ano, ela estudava na rede pública de ensino. Porém, devido ao grande esforço, uma professora
conseguiu uma bolsa em uma escola particular da capital para ela terminar o ensino médio.
“É uma grande aprovação, uma conquista para mim, é o que eu sempre quis. Estou até sem palavras para
descrever”, completou.
Disponível em: O Popular, 07 de maio de 2019

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