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Relato de triagem
03 de março de 2023
Atendimento 2
Relato de entrevista livre
10/03/2023
Letícia de Oliveira Marquezi, se interessou pelo processo de Orientação Profissional, a
responsável por ela respondeu a triagem, foi feita entrevista livre com a referida para
investigação da queixa, aconteceu na Clínica Escola de Psicologia de Santa Fé do Sul,
UNIFUNEC, no dia 10 de março de 2023, as 14:00 horas, o atendimento teve duração de 50
minutos.
Iniciamos falando a respeito do que ela entendia do processo de OP, foi relatado que em sua
percepção era para ajudar a se descobrir em alguma área, depois disso houve explicação do
que é esse processo e como ocorreria.
A entrevistada relatou dúvida quanto a escolha de qual curso seguir depois da conclusão do
ensino médio e tem pouco conhecimento das profissões e o que fazem. Não tem nenhuma
alusão quanto a área que quer seguir, porém um dos objetivos é que seja uma profissão que a
torne rica por isso, recentemente validou o curso de medicina, porém reconheceu que sua
realidade socioeconômica não contempla o investimento necessário para estar matriculada
nesse curso na instituição UNIFUNEC e mesmo que estivesse em uma universidade pública a
família não teria como custear seus gastos com moradia, alimentação, etc.
Quando criança nunca teve projeções a qualquer profissão que quisesse seguir na fase adulta,
narrou que ainda durante a infância brincava com as amigas de “escolinha” onde ela em todas
as vezes era a professora, por conta disso a graduação de pedagogia chegou a ser pensada em
um determinado momento porém, isso foi desacreditado pela escola onde estuda, Leticia
relatou que o curso de pedagogia é acreditado pela escola que frequenta como curso de baixo
nível, que não darão bons retornos, além disso, os alunos são desencorajados a estudarem na
universidade local (UNIFUNEC) é investido na perspectiva de que receberão melhor
formação se estiverem em universidades de “fora”, como a UNESP.
Expos que tem maior facilidade e identificação com as áreas voltadas as ciências humanas e
biológicas, tem pouca facilidade com exatas e jamais cursaria graduações como agronomia,
além disso, considera interessante o curso de fisioterapia, porém acredita não ser paciente e
em sua percepção é preciso dispor de paciência para trabalhar ajustes em pessoas,
principalmente idosos.
Demonstrou interesse pela graduação em nutrição, por conta da dinâmica de estudos do
corpo, alimentação.
Foi comunicado pela mãe que a filha sofria de sintomas e comportamentos de ansiedade
frente a duvida da escolha da graduação e que além disso no ano passado ela se queixou de
estar ansiosa e que seria interessante que também passasse pelo processo psicoterapêutico,
porém a entrevistada relatou que a ansiedade que sente é “uma coisa do momento” e que não
tem interesse em ser atendida em psicoterapia, essa ansiedade não a faz mal. Expos que tem
grande irritabilidade em casa, isso porque sabe que os pais mesmo que ela se irrite não iram a
abandonar, já as pessoas de fora podem cortar relações por conta da irritabilidade.
Ela está entusiasmada com o processo de orientação profissional e espera que a ajude definir
uma área para seguir.
Atendimento 3
Relato de triagem
09 de março de 2023
Waldéris da Silva Vicente foi triada na Clínica Escola de Psicologia do centro universitário
de Santa Fé do Sul, UNIFUNEC. O atendimento ocorreu em 09 de março de 2023, as 13:00,
teve duração de 50 minutos.
Residente em Santa Fé do Sul, 72 anos, casada, mora com o marido e o filho mais novo.
Foram recolhidos dados de identificação da entrevistada e pessoas com quem reside, assim
como condições socioeconômicas.
Irmã mais velha dentre seis irmãos, é casada há 43 anos, mãe de dois filhos de gênero
masculino, um tem 41 anos e o outro 36 anos, a renda familiar é de 5 a 10 salários-mínimos.
Foi relatado que sofre de fibromialgia e que seu filho mais novo tem fobia social (diagnostica
pelo psiquiatra).
Se sente extremante sozinha, sintomas de agitação sempre existiram, porém depois de se
aposentar em 2019 esses sintomas se potencializaram e foram somados a tristeza profunda,
angústia e desanimo.
Seu trabalho era como sua segunda família, relatou que foi muito feliz lá e que sempre foi
muito ativa, porém depois de se aposentar deixou de ter contato com pessoas, de conversar e
de passear. Tem experimentado a sensação de abandono por parte dos filhos, o mais velho
está passando por divorcio de um casamento de 15 anos e não se faz presente, porém relatou
que as terças-feiras e quintas-feiras ele toma café da manhã com ela porque são os dias que
entra mais trade no trabalho e que aos sábados a leva para fazer compras, o filho mais novo
foi retratado como o filho que não dá trabalho porém pouco interage, tinha um
relacionamento amoroso, mas houve um rompimento e hoje passa o tempo livre que tem em
jogos de videogame.
Demonstrou não ser feliz no casamento, disse não saber o porquê de ainda estar casada, a
nove anos não dorme na mesma cama que o marido, expos que ele faz muito uso de álcool e
em uma dessas vezes, depois do consumo eles foram dormir e ele jogou um travesseiro nela,
a partir daí ela passou a dormir em outro quarto, definiu seu casamento com aspectos de
amizade.
Além do sentimento de abandono comunicou tristeza e angústia profunda, medo de estar
sozinha, medo de morrer, desanimo e choro.
Sua passa tempo tem sido um jogo no celular onde ela encaixa uma peça a outra, revelou
estar consumido álcool para descontração o que não era comum, cozinhar tem sido a única
atividade na qual ela não sente desanimo. Comprar também tem sido uma forma de alívio,
relatou que adora ir ao mercado e ao centro da cidade, abre o congelador e tem muitos
produtos, porém compra mais mesmo assim. Tem vontade de participar do grupo UNATI e
das aulas de pilates, irá procurar frequentar esses dois ambientes.
Tem vontade de que o marido (também aposentado) perceba alguns cuidados que a estrutura
da casa necessita e faça os reparos necessários, narrou que não comunica esse tipo de vontade
porque considera como uma necessidade e que isso deveria ser percebido e não pedido.
Faz uso da medicação frontal a quarenta anos, passa por psiquiatra para averiguar dosagem e
efeitos, citou médicos nominados como Jarbas e Aníbal. Quando faz uso do álcool faz
controle de horas para tomar a medicação.
Teve uma gestação entre a gravidez do filho mais velho e mais novo, aos sete meses dessa
gestação sofreu um aborto por cota de descolamento total da placenta, considera o filho mais
novo como um tipo de ajuste por conta da perda dessa gestação, citou que ele era um “filho
dois em um”.
Durante o momento da triagem se mostrou com contato adequado, em condições de manter
conversação produtiva, disposta, ativa e queixosa.
Tem sofrido com dificuldades para dormir, não consegue “pegar” no sono.
Comunicou que há problemas psicológicos e de humor na família paterna, há também
prejuízos motores na família, por esse motivo tem medo de não poder andar ou se locomover,
teve um nódulo no pescoço que não evoluiu.
Seus dias são compostos por afazeres doméstico e cozinhar, está sempre em casa, assiste
novela das 19:00, o jornal e dorme por volta das 22:00, acordar as 05:00 ou antes disso, duas
vezes por semana o filho mais velho toma café da manhã com ela em casa, as vezes ele
também almoça. Aos fins de semana faz a mesma coisa, com exceção das idas ao mercado
com o filho aos sábados, quando termina o dia ela e o marido jogam baralho.
Definiu o relacionamento familiar como bom, porém com pouca comunicação.
Sua expectativa com relação à psicoterapia é que contribua para amenizar o medo que sente,
principalmente o medo de morrer e a angústia. Espera ser ouvida e poder desabafar.
Tem um encaminhamento para ser atendida pelo CAPS, porém teve informação dos serviços
prestados pela clínica de psicologia e dispôs seu nome para triagem e atendimento.
A hipótese diagnóstica é CID F32- Transtorno Depressivo