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Atendimento 1

Relato de triagem
03 de março de 2023

Letícia de Oliveira Marquezi, se interessou pelo processo de orientação Profissional oferecido


pela Clínica Escola de Psicologia do centro universitário de Santa Fé do Sul, UNIFUNEC.
Foi atendida no dia 03 de março de 2023, as 14:00 horas, o atendimento teve duração de 50
minutos, aconteceu na Clínica de Psicologia UNIFUNEC.
Residente em Santa Fé do Sul, 17 anos, mora com os pais, não possui irmãos. A interessada
está na condição de menor, por isso a triagem foi feita com a responsável Neusa de Oliveira
Marquezi, mãe. Foram recolhidos todos os dados de identificação da filha e dos pais, assim
como condições socioeconômicas.
Foi evidenciado pela mãe que a filha tem interesse no processo de OP por ter dúvidas ao
escolher qual graduação quer cursar depois da conclusão do Ensino Médio, recentemente
surgiu o interesse pela graduação em medicina, porém a mãe acredita que esse interesse
repentino se dá a influência do namorado, existe um excelente relacionamento entre a filha e
os pais e entre os pais, mas desde o início do relacionamento da filha acontecem conflitos
entre as duas. A mãe demonstrou grande insatisfação com a pessoa com quem ela escolheu se
relacionar, isso porque segundo ela o rapaz pertence a uma filha complicada, a mãe dele é
negligente e não se preocupa com cuidados dos filhos e da casa, além disso, a família vive em
difíceis condições socioeconômicas, isso não seria um problema, a questão está em o rapaz se
vestir com roupas degastadas causando vergonha nela e na filha, além disso, foi pontuado
inúmeras vezes que a casa do rapaz sempre está suja e descuidada, quando acontece de a
família da namorada ir visita-los ele quem limpa toda a casa sozinho para não ter vergonha
quanto aos pais da namorada, dado que a casa da família dela sempre está limpa e organizada,
ela também demonstrou pouco apreço pela aparência do rapaz julgando-o “feio para sua
filha”. Relatou que sua família não tem uma vida financeira extremamente confortável,
porém procuram oferecer para a filha tudo que nunca tiveram acesso, a filha estuda em uma
escola particular da cidade porque o pai trabalha no local, então há um grande desconto na
mensalidade, todos os desejos estéticos da filha são atendidos, como serviços de manicure
semanalmente, cuidados com cabelo, roupas e produtos que ela queria, tudo dentro da
condição financeira da família, mas sempre dando margem a satisfazer o que ela queira.
Ano passado Leticia se queixou a mãe por estar se sentindo ansiosa, elas procuraram a
Clínica de Psicologia do UNIFUNEC a mãe passou pela triagem, logo depois a filha passou
pelo primeiro atendimento, porém não tiveram um bom contato com a pessoa que as
atenderam (a mesma pessoa fez a triagem e atendimento) a queixa é de que a estagiária de
psicologia se demonstrava apática e com pouco interesse durante o desenvolvimento das
interações, desistiram da psicoterapia. Três outras vezes quanto Leticia era criança a mãe
procurou atendimento psicológico para a filha, esses foram de forma esporádica sem nenhum
processo continuado, serviram para elucidação de dúvidas quanto ao processo de
desenvolvimento da filha. A mãe queixou-se de que a filha tem comportamentos diferentes
quando está em casa e quando está em outros ambientes, em outros ambientes ela demonstra
comportamento tímido e de baixa energia, como vergonha para perguntar algo para o
professor em sala de aula, já em casa seu comportamento é explosivo, falante e de energia
alta. Foi explicado para a mãe que há diferenças entre os papeis sociais que desenvolvemos, e
que é comum que haja certa diferença entre como nos relacionamos fora e dentro de casa. Ela
constatou que a filha percebe a casa como uma válvula de escape, “ela explode em casa para
não explodir na rua”, isso acontecem desde a infância da jovem.
A responsável considera importante o processo de OP para filha já que a mesma apresentou
preocupação e ansiedade em detrimento a essa indecisão, também considera importante que
ela elabore essa decisão sem ser influenciada por terceiros, como o namorado que segundo a
mãe considera a família rica e por isso acredita que a namorada possa cursar medicina, e
como os colegas de turma da jovem, esses por sua vez em sua maioria possuem condições
socioencômicas muito boa e podem ter acesso a essa graduação, já Letícia não, mesmo que
esteja em uma universidade federal a família teria que arcar com as despesas da filha e não
teriam como prover isso.
A responsável se apresentou durante o momento da triagem com contato adequado, em
condições de manter conversação produtiva, disposta, ativa e queixosa. Caracterizou a
mudança de comportamento da filha em ansiedade, agitação, estresse e irritabilidade. Não
procurou ajuda de nenhum outro profissional. Morte na família mais marcante foi da avó
paterna que faleceu em decorrência de um câncer no útero e que depois atingiu outros órgãos,
a filha não era nascida.
Referente a dinâmica familiar, no decorrer da semana a jovem estuda o dia todo as segundas-
feiras e quartas– feiras, no restante estuda meio período. Quando está em casa faz as tarefas
escolares, dorme e tem como único passatempo a utilização do celular. Normalmente não sai
com as amigas, vai as missas com a mãe, faz parte do coral da igreja, toda sexta-feira faz as
unhas e as terças-feiras marca consultas no dentista. Aos fins de semana fica em casa, não
assiste filmes e nem a séries, aos sábados vai à missa, sai com namorado (pouca frequência)
na maioria das vezes quando se veem ficam em casa.
O interesse é pelo processo de OP, porém a mãe também demonstrou interesse para que a
filha tenha acesso ao serviço de psicoterapia individual.
É esperado que o processo de Orientação Profissional contribua para a tomada de decisão
madura e consciente quanto a escolha da graduação.
O interesse surgiu a partir da divulgação dos serviços de OP nas escolas do município de
Santa Fé do Sul.

Atendimento 2
Relato de entrevista livre
10/03/2023
Letícia de Oliveira Marquezi, se interessou pelo processo de Orientação Profissional, a
responsável por ela respondeu a triagem, foi feita entrevista livre com a referida para
investigação da queixa, aconteceu na Clínica Escola de Psicologia de Santa Fé do Sul,
UNIFUNEC, no dia 10 de março de 2023, as 14:00 horas, o atendimento teve duração de 50
minutos.
Iniciamos falando a respeito do que ela entendia do processo de OP, foi relatado que em sua
percepção era para ajudar a se descobrir em alguma área, depois disso houve explicação do
que é esse processo e como ocorreria.
A entrevistada relatou dúvida quanto a escolha de qual curso seguir depois da conclusão do
ensino médio e tem pouco conhecimento das profissões e o que fazem. Não tem nenhuma
alusão quanto a área que quer seguir, porém um dos objetivos é que seja uma profissão que a
torne rica por isso, recentemente validou o curso de medicina, porém reconheceu que sua
realidade socioeconômica não contempla o investimento necessário para estar matriculada
nesse curso na instituição UNIFUNEC e mesmo que estivesse em uma universidade pública a
família não teria como custear seus gastos com moradia, alimentação, etc.
Quando criança nunca teve projeções a qualquer profissão que quisesse seguir na fase adulta,
narrou que ainda durante a infância brincava com as amigas de “escolinha” onde ela em todas
as vezes era a professora, por conta disso a graduação de pedagogia chegou a ser pensada em
um determinado momento porém, isso foi desacreditado pela escola onde estuda, Leticia
relatou que o curso de pedagogia é acreditado pela escola que frequenta como curso de baixo
nível, que não darão bons retornos, além disso, os alunos são desencorajados a estudarem na
universidade local (UNIFUNEC) é investido na perspectiva de que receberão melhor
formação se estiverem em universidades de “fora”, como a UNESP.
Expos que tem maior facilidade e identificação com as áreas voltadas as ciências humanas e
biológicas, tem pouca facilidade com exatas e jamais cursaria graduações como agronomia,
além disso, considera interessante o curso de fisioterapia, porém acredita não ser paciente e
em sua percepção é preciso dispor de paciência para trabalhar ajustes em pessoas,
principalmente idosos.
Demonstrou interesse pela graduação em nutrição, por conta da dinâmica de estudos do
corpo, alimentação.
Foi comunicado pela mãe que a filha sofria de sintomas e comportamentos de ansiedade
frente a duvida da escolha da graduação e que além disso no ano passado ela se queixou de
estar ansiosa e que seria interessante que também passasse pelo processo psicoterapêutico,
porém a entrevistada relatou que a ansiedade que sente é “uma coisa do momento” e que não
tem interesse em ser atendida em psicoterapia, essa ansiedade não a faz mal. Expos que tem
grande irritabilidade em casa, isso porque sabe que os pais mesmo que ela se irrite não iram a
abandonar, já as pessoas de fora podem cortar relações por conta da irritabilidade.
Ela está entusiasmada com o processo de orientação profissional e espera que a ajude definir
uma área para seguir.

Atendimento 3
Relato de triagem
09 de março de 2023
Waldéris da Silva Vicente foi triada na Clínica Escola de Psicologia do centro universitário
de Santa Fé do Sul, UNIFUNEC. O atendimento ocorreu em 09 de março de 2023, as 13:00,
teve duração de 50 minutos.
Residente em Santa Fé do Sul, 72 anos, casada, mora com o marido e o filho mais novo.
Foram recolhidos dados de identificação da entrevistada e pessoas com quem reside, assim
como condições socioeconômicas.
Irmã mais velha dentre seis irmãos, é casada há 43 anos, mãe de dois filhos de gênero
masculino, um tem 41 anos e o outro 36 anos, a renda familiar é de 5 a 10 salários-mínimos.
Foi relatado que sofre de fibromialgia e que seu filho mais novo tem fobia social (diagnostica
pelo psiquiatra).
Se sente extremante sozinha, sintomas de agitação sempre existiram, porém depois de se
aposentar em 2019 esses sintomas se potencializaram e foram somados a tristeza profunda,
angústia e desanimo.
Seu trabalho era como sua segunda família, relatou que foi muito feliz lá e que sempre foi
muito ativa, porém depois de se aposentar deixou de ter contato com pessoas, de conversar e
de passear. Tem experimentado a sensação de abandono por parte dos filhos, o mais velho
está passando por divorcio de um casamento de 15 anos e não se faz presente, porém relatou
que as terças-feiras e quintas-feiras ele toma café da manhã com ela porque são os dias que
entra mais trade no trabalho e que aos sábados a leva para fazer compras, o filho mais novo
foi retratado como o filho que não dá trabalho porém pouco interage, tinha um
relacionamento amoroso, mas houve um rompimento e hoje passa o tempo livre que tem em
jogos de videogame.
Demonstrou não ser feliz no casamento, disse não saber o porquê de ainda estar casada, a
nove anos não dorme na mesma cama que o marido, expos que ele faz muito uso de álcool e
em uma dessas vezes, depois do consumo eles foram dormir e ele jogou um travesseiro nela,
a partir daí ela passou a dormir em outro quarto, definiu seu casamento com aspectos de
amizade.
Além do sentimento de abandono comunicou tristeza e angústia profunda, medo de estar
sozinha, medo de morrer, desanimo e choro.
Sua passa tempo tem sido um jogo no celular onde ela encaixa uma peça a outra, revelou
estar consumido álcool para descontração o que não era comum, cozinhar tem sido a única
atividade na qual ela não sente desanimo. Comprar também tem sido uma forma de alívio,
relatou que adora ir ao mercado e ao centro da cidade, abre o congelador e tem muitos
produtos, porém compra mais mesmo assim. Tem vontade de participar do grupo UNATI e
das aulas de pilates, irá procurar frequentar esses dois ambientes.
Tem vontade de que o marido (também aposentado) perceba alguns cuidados que a estrutura
da casa necessita e faça os reparos necessários, narrou que não comunica esse tipo de vontade
porque considera como uma necessidade e que isso deveria ser percebido e não pedido.
Faz uso da medicação frontal a quarenta anos, passa por psiquiatra para averiguar dosagem e
efeitos, citou médicos nominados como Jarbas e Aníbal. Quando faz uso do álcool faz
controle de horas para tomar a medicação.
Teve uma gestação entre a gravidez do filho mais velho e mais novo, aos sete meses dessa
gestação sofreu um aborto por cota de descolamento total da placenta, considera o filho mais
novo como um tipo de ajuste por conta da perda dessa gestação, citou que ele era um “filho
dois em um”.
Durante o momento da triagem se mostrou com contato adequado, em condições de manter
conversação produtiva, disposta, ativa e queixosa.
Tem sofrido com dificuldades para dormir, não consegue “pegar” no sono.
Comunicou que há problemas psicológicos e de humor na família paterna, há também
prejuízos motores na família, por esse motivo tem medo de não poder andar ou se locomover,
teve um nódulo no pescoço que não evoluiu.
Seus dias são compostos por afazeres doméstico e cozinhar, está sempre em casa, assiste
novela das 19:00, o jornal e dorme por volta das 22:00, acordar as 05:00 ou antes disso, duas
vezes por semana o filho mais velho toma café da manhã com ela em casa, as vezes ele
também almoça. Aos fins de semana faz a mesma coisa, com exceção das idas ao mercado
com o filho aos sábados, quando termina o dia ela e o marido jogam baralho.
Definiu o relacionamento familiar como bom, porém com pouca comunicação.
Sua expectativa com relação à psicoterapia é que contribua para amenizar o medo que sente,
principalmente o medo de morrer e a angústia. Espera ser ouvida e poder desabafar.
Tem um encaminhamento para ser atendida pelo CAPS, porém teve informação dos serviços
prestados pela clínica de psicologia e dispôs seu nome para triagem e atendimento.
A hipótese diagnóstica é CID F32- Transtorno Depressivo

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