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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA

Instituto de Ciências Humanas

Curso de Psicologia

Psicodiagnóstico

Prof.ª M.ª Rita Isabel Pereira Alves – CRP 06/121138

Aluno RA:

Aluno RA:

Aluno RA:

SÃO PAULO – SP

2022
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA

Instituto de Ciências Humanas

Curso de Psicologia

Data do atendimento: 02/05/2023

Tipo de atendimento: Entrevista Inicial

Paciente: M.C

Pai: M.A

Mãe: C.C

Escola:

Encaminhado por: Pediatra

SÃO PAULO – SP

2022
Relatório Descritivo

No primeiro contato com os pais, foi criado um grupo com alunos (estagiários)
que ficarão responsáveis pelas crianças que irão realizar o psicodiagnóstico, caso a
queixa se enquadre no atendimento em grupo. Dando início, um integrante de cada
subgrupo ficou responsável de buscar o cuidador na recepção, nesse momento, já
começa o primeiro contato, saber como foi para aquele responsável (cuidador) chegar
até local, de como foi o dia, fazer perguntas as quais o deixem mais confortáveis na
medida do possível com o ambiente, e estabelecer um vínculo confiável e acolhedor.

No início do atendimento, o primeiro cuidador entra na sala e aparenta um


comportamento receoso, talvez, pela quantidade alunos ali presente. Alguns dos
estagiários, pergunta seu nome na intenção de permitir e iniciar as apresentações e
puxam conversas descontraídas afim de ficar mais confortável até que a professora
(supervisora) comece com o processo da entrevista para compreender o caso, para
posteriormente, analisar se podemos ou não ofertar um trabalho em grupo para a queixa
que o cuidador nos traz.

A primeira etapa do psicodiagnóstico é a entrevista inicial com os pais, no


intuito de conhecê-los e entender o motivo por trás da procura de atendimento
psicológico. Nesta entrevista conhecemos o pai do paciente M.C que iremos chamar de
M.A, o pai nos conta que a mãe não pôde estar presente pois estava trabalhando, ela é
enfermeira e realiza os plantões noturnos, ele trabalha como motorista de aplicativo, o
que facilita a ida dele no horário dos atendimentos.

Ao iniciar a entrevista M.A começa a falar sobre o filho M.C que tem 5 anos recém
completados (há duas semanas), informa que a procura por atendimento psicológico foi
recomendado pelo pediatra da criança, e que a irmã do seu filho também frequenta o
centro de psicologia aplicada (CPA) da UNIP. A principal queixa dos pais é a fala da
criança, que está atrasada, comenta que esse atraso foi diagnosticado com 2 anos.

Após ser questionado M.A sobre seu relacionamento com a mãe do paciente, que
iremos chamar de C.C: ele diz que se conheceram em uma festa e começaram a
namorar, mas alguns meses depois ele estava descontente com o relacionamento, queria
terminar mas alega ter passado por uma chantagem emocional por parte da C.C, e que
após isso ela ‘’apareceu grávida’’ neste momento ele se sentiu na obrigação de
continuar o relacionamento e permaneceram juntos até 1 ano e 5 meses do filho, que
atualmente mora com a mãe e irmã mais velha. Ao contar estes fatos, o pai deixa claro
que é bastante próximo do filho e que todo o final de semana ficam juntos, e reforçar
‘’não estou indo para balada’’ como se quisesse provar para os alunos (ou para si) que
está sendo um bom pai.
Ao ser questionado sobre a amamentação, diz que o desmame foi feito com 1 ano e
meio, e que foi um pouco complexo pois o filho não queria aceitar o leite, tentaram
várias misturas até que ele aceitou leite com achocolatado.

Sobre o comportamento e hábitos do possível paciente, o pai comenta que se alimenta e


dorme bem, que é uma criança inteligente e bem interativa, tem convívio com crianças
na escola e com alguns primos. Comenta também que ele é bastante agitado, gosta de
brinquedos e brincadeiras mais radicais, e brinca dizendo que ele será ginasta quando
crescer, relata também, que aos 2 anos a criança subiu sozinha até a laje de onde mora,
onde se sentou e ficou balançando suas pernas enquanto olha para o primeiro andar.
Também comenta que o M.C tem uma certa ansiedade, principalmente envolvida com a
questão da fala, acaba perdendo a paciência quando alguém o questiona mais de uma
vez sobre oque ele falou. Comentou sobre o uso do celular, disse que ele tem o seu
próprio tablet e que utiliza bastante para assistir vídeos no youtube e aplicativos como
tik tok.
Relatório Compreensivo

a) Breve fundamentação teórica das técnicas utilizadas: No primeiro contato com


os cuidadores do possível paciente, é utilizado a técnica de entrevista inicial que
tem como objetivo compreender a procura por atendimento psicológico, o que
acontece com a criança e também com os pais, como é a relação da família, os
motivos que levam a criança a apresentar tais comportamentos e como ajudá-los
com essas questões. Primeiramente, é explicado para os cuidadores como o
psicodiagnóstico é realizado e todas as suas etapas como anamnese, visitas na
escola, na residência etc.
Após a explicação, são feitas perguntas para iniciar a entrevista, é importante
deixar os cuidadores falarem sem muitas interrupções e a partir desse discurso
podemos compreender melhor a queixa e seus aspectos manifestos e latentes.

b) Aspectos sintomáticos:
Os aspectos sintomáticos apresentados em comum pelos dois tutores presentes na
primeira entrevista em grupo, foi a ansiedade.
Para o caso do M.C temos também como característica e informação, o
nervosismo em situações em que é solicitado para repetir sua fala.
Para a M.F, além da ansiedade, temos também o medo de ir à escola após passar
por duas experiências desagradáveis no ambiente escolar.

c) Aspectos técnicos:
Na primeira entrevista em grupo, têm-se dois objetivos: Obter informações do
desenvolvimento do paciente, características e dinâmica da família, e, administrar
a ansiedade e/ou frustração do pai/mãe/responsável que procurou por ajuda.
Segundo Safra, é necessário lembrar que quando os pais trazem uma criança a um
profissional, ao mesmo tempo em que estão mobilizados por ansiedades
persecutórias e depressivas.
O interessante desse modelo de atendimento, como afirma Rotenberg é a
possibilidade de mudança psíquica no responsável pelo paciente, não somente por
causa da transferência com o coordenador do grupo, mas pelos outros integrantes
ali presentes, passivo de escuta da queixa e realidade do outro, o tutor passa a
analisar e identificar situações semelhantes à sua. Ainda, Trata-se de uma técnica
sem muitos roteiros à serem seguidos, é importante permitir aos pais que
exponham suas queixas da situação e desenvolvimento vivido pela criança para
que possam também informar suas preocupações à respeito. É também, necessária
atenção aos movimentos e sensações dos sujeitos presentes para a melhor
condução possível da conversa, por isso, na medida que os entrevistados vão
informando sobre a queixa, características e experiências do paciente (e as suas),
o entrevistador vai manejando afim de captar informações importantes, mas que
não passem do limite do conforto do entrevistado. Por fim, no encerramento da
primeira entrevista, é reforçado as regras e combinados para que o
psicodiagnóstico possa ser desenvolvimento.
REFERÊNCIAS
Aluno RA Aluno RA

Aluno RA Prof.ª M.ª Rita Isabel Pereira Alves CRP 06/121138

Evolução

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