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UNIVERSIDADE FEDERAL DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Nome:

Matrícula: Polo: Niterói

AD 2 - 2023.1

EDUCAÇÃO INFANTIL 1

COORDENAÇÃO: Profª Drª TANIA NHARY

Tutores: Shirley Alves; Fernanda Bitencourt

Esta avaliação tem uma única questão valor total de 10,0 (dez) pontos.

Os Pais (Gilberto Gil)

“Os pais os pais


Estão preocupados demais
Com medo de que seus filhos caiam nas mãos dos narco-marginais!
Ou então na mão dos molestadores sexuais
E, no entanto, ao mesmo tempo são a favor das liberdades atuais!
Por isso não acham nada demais
Na seminudez de todos os carnavais
E na beleza estonteante e tão natural
Da moça que expressa no andar provocante
A força ondulante da sua moral
Amor flutuante acima do bem e do mal

Os pais os pais
Estão preocupados demais
Com medo de que seus filhos caiam nas mãos dos narco-marginais!
Ou então na mão dos molestadores sexuais
E, no entanto, ao mesmo tempo são a favor das liberdades atuais
Por isso não podem fugir do problema
Maior liberdade ou maior repressão
Dilema central dessa tal de civilização
Aqui no Brasil sob o sol de Ipanema
Na tela do cinema transcendental
Mantem-se a moral por um fio
Um fio dental!”

A relação de educação entre pais e crianças:

Ultimamente muito tem se questionado sobre o papel dos pais na


criação das crianças, os ataques violentos às escolas, executados pelos
próprios alunos tem levantado mais uma vez essa bandeira sobre o papel dos
pais, a terceirização total da educação, o uso correto da autoridade ou a
ausência dela.

Uma tentativa de ataque por faca entre um aluno e uma aluna ocorreu
em uma escola municipal do Rio de Janeiro, no bairro da Gavea. Felizmente,
os discentes e direção estranharam o comportamento do aluno e impediram
uma fatalidade. Várias teorias e fatos surgiram nas redes sociais sobre o tema
e uma delas foi que a mãe havia visto o planejamento do filho e, apenas
reiniciou o aparelho celular do menino, tendo o devolvido no mesmo dia.

Voltou-se a falar sobre o papel de autoridade dos pais e muito fomentou


o discurso de quem critica uma educação mais democrática, sem o
autoritarismo que era visto nas gerações anteriores.

A verdade, é que de acordo com os textos trazidos por esta disciplina,


desde Sócrates há registros de insatisfações sobre o tema e críticas da
geração mais velha sobre a falta de respeito da geração mais nova.
É certo que chegamos a um momento histórico onde a taxa de suicídio
entre adolescentes cresceu consideravelmente, bem como a automutilação e
agora, ataques violentos às escolas com fomentações na internet.

Então é certo que se faz necessário um novo debate sobre o tema a fim
de que encontremos um meio termo eficaz para um assunto que não é apenas
de interesse dos genitores, mas da sociedade como um todo. Portanto, peritos,
policiais, delegados estão entrando para o debate que antes ficava a cargo dos
pedagogos e psicopedagogos. Porém, é preciso que psicólogos, médicos,
neurologistas “engrossem o caldo” com informações e se predisponham a
debater e entender esse triste fenômeno a fim de cessarmos essa trajetória.

Ha ainda que se dar voz às crianças e adolescentes que precisam se


sentir à vontade para falar suas angustias, fora das telas, isentos de avatares
cibernéticos sem limites.

E, ainda e tão importante quanto se faz necessário a urgente codificação


dos atos e atitudes aceitáveis no mundo virtual, não só por pessoas físicas,
mas principalmente por empresas. Assim como temos um Código Civil que
rege nossas atitudes em sociedade, há a urgente necessidade de um Código
Virtual para que sejam responsabilizadas as empresas que fomentam e
permitem atitudes anônimas, ou não, muito prejudiciais às nossas crianças.

É preciso ainda e de novo (re)pensar os modelos de autoridade entre


pais e filhos, considerando a cultura, o meio social, mas também necessário se
faz tentar derrubar tantas diferenças sociais entre as crianças e a educação.

E ainda, é preciso olhar para a nossa saúde mental como algo tão
importante e sério como a saúde física, incluindo a análise de um
comportamento generalizado e global sobre o tema.

Afora tudo isso, é preciso olhar que desde os primórdios as crianças são
o elemento mais frágil e ao mesmo tempo mais importante de mudança social
futura e mesmo assim negligenciamos o tema e permitimos abusos, violência,
descaso, como se cada criança fosse um assunto de responsabilidade apenas
da família e não um assunto de interesse de toda a sociedade.

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