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Cristiano Corrêa de Paula
Mestre em Educação (UFMS)
FIP
Pós-Graduação
Novos paradigmas, velhas contradições

“Crianças são viajantes recém


chegados a um país estranho, do qual
nada sabem”.
John Locke
Tipos de Delinqüência

 Inadaptado social; - São incapazes de adaptação


no meio social.
 Associais; - São os que perturbam os interesses
da comunidade.
 Pré-delinqüentes; - Não cometeram delitos, mas
suas características atendem a uma tendência
anti-social.
 Delinqüentes: - Apresentam uma profunda
incapacidade de adaptação com respeito à
integração social.
Como a criança e o adolescente, num
certo sentido, recebem com emoção
toda a experiência que lhes chega, que
é sempre nova em suas vidas, e porque
não conseguem fazer a mediação entre
o impulso e o mundo externo, passando
logo para a instância da ação, eles têm
diminuída sua capacidade de ser e estar
no mundo, o que explica sua
inimputabilidade genérica frente à lei.
Em busca de um conceito

Delinqüência Juvenil não se restringe a


comportamentos delitivos, mas a condutas
irregulares e anônimas, como por exemplo, a
indisciplina, as fugas do domicílio familiar, o
consumo de drogas, os transtornos afetivos e
os fenômenos de inadaptação, que tendem a
se confundir, apesar da possibilidade de um
adolescente ser inadaptado sem, todavia, ser
delinqüente
Como isto afeta a escola???

 Temos como objetivo geral a análise da


violência na escola em uma perspectiva
sócio-jurídico e educacional, pretende-se de
fato compreender como os ambientes sociais
desfavorecidos levam à disseminação da
violência escolar, discutindo o papel do
professor, do núcleo gestor, conselho tutelar
e do Juiz da Infância e Adolescência, diante
da violência escolar
Nessa perspectiva, procura-se também
verificar as causas da violência na escola e
sua repercussão social, compreendendo o
papel dos gestores na superação da
violência vivenciada na escola e apontar
meios que devem ser utilizados pelos
professores e operadores do direito, para
evitar os atos de violência em unidades
escolares.
Uma tarefa que não é só do Poder Público,
mas de toda a sociedade civil. A escola tem
uma função importante na solução da
problemática da violência em seu contexto e
na sociedade em geral, mas não está
preparada para enfrentar as dificuldades
pertinentes ao comportamento agressivo do
aluno que vivencia um ambiente extra-
escolar altamente influente no
comportamento do aluno.
As causas da violência são diversas e
preponderam como principais as seguintes:
miséria, pobreza, má distribuição de renda,
desemprego, falta de consciência social dos
governantes que não desempenha seu papel
social de representante legal do povo como
está na Constituição Federal de 1988,
portanto, insatisfações gerais.
Práticas pedagógicas que acenem
apenas com incertas possibilidades de
melhoria para o futuro não são
suficientes para construir relações
significativas com a escola.
Indiferença e violência

 Na falta de outras referências, a


indiferença e a violência serão respostas
freqüentes e banalizadas expressões
parciais da crise que atinge os sistemas
escolares.
Agressões verbais e físicas

A respeito disso Abramovay (2002) ressaltam


que muitos professores não consideram
muitas agressões verbais e físicas praticadas
por alunos como violência. E que essas
atitudes são naturais da idade.
Nossos brasis...

 Acreditamos que faixa etária nunca foi


quesito normativo para se mensurar atitudes
violentas na escola e em nenhum outro lugar.
Abordagem do assunto faz do trabalho uma
interação com as realidades dos brasis.
 Na perspectiva da minimização da violência
na escola, é preciso que a escola desenvolva
um trabalho de incentivo ao professor no
sentido de se dedicar à leitura e a um
planejamento mais reflexivo sobre a
realidade do aluno, promovendo debates,
discussões, que envolvam toda a escola e a
comunidade no sentido de fazer valer seus
direitos e deveres como cidadãos
Indicações...

 Apontamos para a necessidade de


resgatar o papel do professor enquanto
educador: revisão de jornada e salário,
treinamentos, aperfeiçoamentos,
criação de condições para que os
docentes se fixem numa única unidade
escolar, aproximando-os mais da
comunidade
Escola no enfrentamento a
violência
 Do trabalho do diretor de escola e de sua
liderança depende a eficácia da atividade
escolar. É urgente que o poder público
valorize e apóie esse profissional. Os alunos
estão um tanto desorientados quanto à
postura na escola, no grupo de amigos e na
própria família, tendo uma visão equivocada
de direitos e deveres.
Violência

 Em se tratando de violência, não adianta


tentar delimitar o problema dizendo, aqui é
responsabilidade da família, aqui é da escola,
aqui é do Conselho Tutelar, porque a
educação não deve ser encarada como um
problema de um agente apenas.
Problema de todos

 Não há validade em se apontar culpados e


também não adianta pensar que a escola
hoje possa fazer alguma coisa que valha a
pena, sozinha. É ingenuidade afirmar que
apenas propostas pedagógicas resolveriam o
problema da violência na escola, uma vez que
a problemática é extremamente complexa e
associada a uma multiplicidade de fatores.
 No entanto, a escola precisa perceber que o seu
papel na formação dos alunos vai muito além do
ensino de conteúdos e deve abranger a formação
da pessoa e do cidadão. Para que isso ocorra, não
pode se furtar de proporcionar aos jovens o
envolvimento em projetos de cooperação e de
participação em atividades sociais, criando um
espaço público em seu interior, que seja capaz de
sinalizar para as crianças e jovens que a escola tem
um valor positivo.
Família X Escola
 Foi constatado participação razoável da
família na educação dos filhos e na escola. É
imprescindível que a família acompanhe o
trabalho escolar. Os pais devem estimular a
vida escolar dos filhos, participar, e
conscientizá-los da importância da escola,
dos professores e da educação como um
todo. Por outro lado, é inútil querer
transferir para a escola a parte que cabe à
família, na educação.
Como sugestões, que podem auxiliar na
condução ao combate a violência em âmbito
escolar:
 a)Arealização periódica de seminários a fim
de ministrar lições básicas sobre direito
constitucionais, legislação em geral, ética,
cidadania, através das quais serão pais e
alunos conscientizados de seus direitos e
deveres, ficando cada qual ciente de seu
papel na sociedade;
Como sugestões, que podem auxiliar na
condução ao combate a violência em âmbito
escolar:
 b)Articular com os alunos, seus pais e a
comunidade em geral, a forma como cada um
poderá agir para prevenir e combater a violência, a
começar dentro de seus lares, na medida em que
os pais têm o dever de educar seus filhos e que
dentre os direitos fundamentais destes está o de
receber limites;
Como sugestões, que podem auxiliar na
condução ao combate a violência em âmbito
escolar:
 c)A criação de mecanismos de defesa contra
agressões externas, devem ser articuladas
entre o conselho escolar e o conselho
comunitário de, como um espaço onde a
comunidade irá discutir e tentar resolver o
problema de violência fora do ambiente
escolar;
Como sugestões, que podem auxiliar na
condução ao combate a violência em âmbito
escolar:
 d)Estabelecer um canal de comunicação
acessível aos educandos e seus pais nos
assuntos relacionados à escola.
Escola para além dos muros

 Ressaltamos que iniciativas tomadas no


âmbito escolar, não devem permanecer
isoladas, mas sim fazer parte de todo um
programa de combate à violência escolar,
aprovado e patrocinado pela comunidade
escolar, onde deverão ser articuladas ações
entre as mais diversas entidades que tenham
compromisso com a educação e com uma
sociedade digna de se viver.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

 Em nossa última hipótese obteve uma


comprovação parcial, pois mesmo sendo um
dos maiores avanços de nosso país em
matéria de lei em defesa da criança e do
adolescente, o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), não conseguiu de fato ser
aplicado em nossa cidade com eficácia, e a
incidência da violência na escola continua
sendo um problema social.
REFERÊNCIAS
 ABRAMOVAY, Mirian; RUA, Maria das Graças. La violence a l
´école. Brasília. UNESCO, 2003.
 BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB
nº. 9394/96. Brasília: Senado Federal, 1996.
 BRASIL. Lei 8.069 de 13 de julho de 1990 que institui o Estatuto da
Criança e do Adolescente. Brasília: Senado Federal, 1990.
 RODRIGUES, Simone. Violência no Espaço Escolar: estudo de caso
em Alvorada, RS. In: XIII Congresso Brasileiro de Sociologia.
Desigualdade, Diferença e Reconhecimento, 2007, Recife. Livro de
Resumos. Recife: SBS, UFPE, 2007.
 SPOSITO, Marilia Pontes. A instituição escolar e a violência.
Cadernos de Pesquisa, n.104, p.58-73, jul/98.

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