Você está na página 1de 1

COMO A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA CORROMPEU 

A PSIQUIATRIA?

Por Loren R. Mosher, M.D (www.antipsychiatry.org )


Tradução: Mário Quilici
A Associação Psiquiátrica americana (APA) é a organização de âmbito nacional para a qual a
maioria dos psiquiatras se afiliam.  De algum modo,  é um tipo de sindicato.  Uma proporção grande
de sua renda vem das  companhias farmacêuticas  que anuncia em seus diários e jornais.  Também
recebem "concessões educacionais irrestritas" e a ajuda financeira das indústrias farmacêuticas. As
indústrias farmacêuticas patrocinam simpósios e exibições que dominam as duas principais
convenções psiquiátricas anuais.  Claro que, os oradores dos  simpósios são generosamente pagos
para comparecerem por meio dia. Em minha opinião, a APA é tão dependente do  apoio das
companhias farmacêuticas que não pode mais se tornar  critica sobre o uso exagerado e abusivo das
drogas psicotrópicas.  Talvez o mais importantemente seja saber que a APA está pouco disposta a
determinar cursos para educação de psiquiatras no sentido de informar sobre a seriedade da toxicidade
a  curto  e a longo prazo, das reações que ocorrem com a  retirada das drogas.  
 As companhias farmacêuticas pagam os oradores (mais especificamente $1000-2000 por
aparição) que dão informações em jantares promovidos pelas companhias,  para as sociedades
psiquiátricas locais.  Os oradores vêm dentre aquelas pessoas que constam de  listas de psiquiatras que,
basicamente, endossarão seus produtos. O que se objetiva é o treinamento de médicos para se tornarem
psiquiatras, especialmente para transformarem-se nestes  oradores. 
As companhias de droga fazem contratos com as universidades para fazerem pesquisa
psiquiátricas privadas e administrar testes de drogas que são exigências da U.S. Food & Drug
Administration (FDA), para a aprovação das drogas que eles vendem.  A companhia financia o
protocolo e o investigador pode receber até $40.000 por paciente que completa o estudo.  Isto permite
que as companhias de droga influenciem de forma considerável a forma como  os estudos sobre as
drogas são conduzidos.  Todas estas atividades dos fabricantes têm aumentado a extensão e
intensidade da introdução de drogas que foram  recentemente patenteadas ( ou seja, não foram
adequadamente testadas). Isto iniciou-se com o  Prozac em 1989.  A  questão por detrás disso, é que
eles têm que obter os lucros monstruosos antes que suas patentes percam a validade. 
Protocolos de pesquisa  usados em estudos de drogas psiquiátricas, e que são necessários para a
aprovação das drogas pelo  FDA, são  revisado através do IRB’s, para se estar seguro de que as drogas
não coloquem a vida dos sujeitos de estudo em risco. Observou-se que membros desses grupos
recebiam pagamentos altos para fazerem a revisão dos  protocolos das companhias farmacêuticas. 
Quer dizer, eles têm conflitos óbvios de interesses e não são  revisores objetivos, imparciais dos
estudos das drogas psiquiátricas que eles julgam.  A mais recente droga  anti-psicótica "moderna" que
foi aprovado pelo FDA, nossa agência reguladora é  o Zeldox. É curioso que o  FDA permitiu que esse
remédio fosse  colocado no mercado dos  EUA apesar dos perigos que o  Zeldox representa. 
Em minha opinião a psiquiatria americana  tornou-se  droga dependente (quer dizer, dedicado á
empurro terapia de medicamentos que nem se sabe se são seguros) em  todos os níveis - os médicos
privados, psiquiatras do sistema público, faculdades universitárias e organizações.  O que deveria ser a
especialidade médica mais humana,  tornou-se  mecanicista, reducionista, e desumanizada.  A
psiquiatria moderna esqueceu do princípio básico de  Hipócrates: Acima de tudo, não cause danos.
THE AUTHOR, Loren R. Mosher, holds a B.A. from Stanford University and an M.D., with
honors, from Harvard Medical School, where he subsequently received his psychiatric training.  He is
now Clinical Professor of Psychiatry, School of Medicine, University of California, San Diego, and
Director of Soteria Associates, 2616 Angell Avenue, San Diego, Calif. 92122, (858) 550-0312, Fax
(858) 558-0854. See www.mosher-soteria.com

Você também pode gostar