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FARMÁCIAS E DROGARIAS
BOAS PRÁTICAS NO ATENDIMENTO E MEDICAMENTOS
2021
ATENDENTE DE FARMÁCIAS
ATENDENTE ECONCEITOS GERAIS
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ATENDENTE DE FARMÁCIAS
ATENDENTE ECONCEITOS GERAIS
APRESENTAÇÃO
Estamos honrados por sua presença com a gente. Você é muito especial.
Não viemos para lhe ensinar, na verdade, viemos aprender com você. É isto mesmo, ao compartilhar
conhecimento que aprendemos, nós aprendemos muito mais do que você possa imaginar.
Queremos deixar para você informações que possam contribuir para a melhoria da sua vida pessoal e, quem
sabe, proporcionar-lhe uma qualificação profissional que lhe permita estar em condições de competir neste
mercado de trabalho, acredite, cada vez mais exigente.
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Sumário
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INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
História
Desde a pré-história os povos já conheciam os efeitos
benéficos ou tóxicos de muitas substâncias de origem
vegetal ou animal. Os primeiros registros escritos da
China e Egito relacionam muitos tipos de remédios
inclusive alguns que são reconhecidos ainda hoje como
compostos farmacologicamente ativos como exemplo o
ópio (morfina), a beladona(atropina), a dedaleira
(digitalis), a casca de quina (quinina e quinidina), folhas
de coca (cocaína), etc. Esta relação continha várias
drogas úteis, no entanto muitas eram consideradas
inúteis ou até mesmo prejudiciais. Nos 2500 anos,
aproximadamente, que precederam a época Moderna, os
métodos medicinais aplicados fracassaram, pois
tentavam explicar as doenças sem recorrer a experimentação e observação cuidadosas. Além disso,
promulgavam noções bizarras como a ideia de que as feridas poderiam ser curadas aplicando-se um unguento
à arma causadora do ferimento, de que as doenças eram causadas por excesso de sangue no corpo, etc.
No final do século XVII, a Medicina passou a utilizar a experimentação como base para toda formulação de
teorias. Entretanto, o conhecimento dos mecanismos de ação das drogas ainda era impedido pela falta de
métodos para isolamento dos princípios ativos e pela falta de métodos para execução dos testes das drogas nos
seres vivos. Ao final do século XVIIII e início do século XIX, porém, François Magendie e Claude Bernard
começaram a desenvolver métodos experimentais em animais, devido aos avanços observados na Química e
no desenvolvimento da Fisiologia. Paradoxalmente, os avanços da farmacologia básica durante o século XIX
foram acompanhados de uma explosão de propaganda não científica por parte de fabricantes e vendedores de
inúteis “remédios patenteados”. Foi só a cerca de 50 anos com a introdução da terapêutica racional e da
introdução de novos conceitos e técnicas ensaio que se tornou possível a compreensão de vários mecanismos
de ação de drogas e consequentemente avaliar corretamente as alegações terapêuticas.
Conceitos e Definições
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27. Placebo: É uma substância inerte, ou cirurgia ou terapia “de mentira”, usada como controle em uma
experiência, ou dada a um paciente pelo seu possível ou provável efeito benéfico.
28. Psicofarmacologia: Estuda as drogas que alteram o estado psíquico de organismos normais ou
doentes.
29. Psicotrópico: Substância que pode determinar dependência física ou psíquica e relacionada, como tal,
nas listas da Portaria 344.
30. Supermercado: Estabelecimento que comercializa, mediante autoserviço, grande variedade de
mercadorias, em especial produtos alimentícios em geral e produtos de higiene e limpeza (Redação dada
pela Lei nº 9.069, de 29/6/95).
RECEITA OU PRESCRIÇÃO
Composição da receita
1. Cabeçalho: Nesta parte encontram-se impressos, na porção
superior do papel, o nome completo do médico, veterinário
ou cirurgião dentista, sua especialidade, número de
inscrição no Conselho Regional da classe (CRM, CRO e
CRMV), endereço, podendo ainda ser acrescentados o CPF
e a inscrição municipal.
2. Nome do Paciente: Em alguns casos, além do nome podem
ser colocados endereço e a idade do paciente, informações
úteis para o farmacêutico monitorar o uso dos
medicamentos.
3. Indicação da via de administração: Antes da inscrição, usam-se os seguintes termos para definir o modo
de administração: uso interno, uso externo, uso local ou tópico, via intramuscular, via subcutânea, via
intravenosa etc.
a) A expressão uso interno é usada para indicar a administração pela boca pode-se preferir-se a expressão
uso oral.
b) A expressão via externa é sinônima de uso local ou tópico.
4. Inscrição: Indica a medicação prescrita que pode assumir quatro modalidades: especialidade
farmacêutica, fármaco genérico, fármaco oficinal ou magistral, já definidos anteriormente.
5. Subscrição ou instruções para o farmacêutico: Esta parte da prescrição consiste em instruções para o
farmacêutico sobre a manipulação da medicação e é mais utilizada nas fórmulas magistrais. O
farmacêutico deve estar atento para detectar doses excessivas e outros erros.
6. Instruções para o paciente: Estas instruções devem conter informações sobre a dose do fármaco, horário
e frequência da dose, além de outros fatores, tais como diluição e via de administração. Esta parte da
prescrição assume grande importância a fim de evitar a desobediência do paciente ao regime terapêutico.
Expressões como “usar como indicado”, “tomar quando necessário” e abreviaturas nunca são satisfatórias
e não devem ser usadas. Paciente idoso requer cuidados especiais quanto a maneira de utilizar seus
medicamentos.
7. Assinatura ou firma profissional: É a parte da prescrição em que se colocam local, data e assinatura do
profissional. Quando o cabeçalho não identifica o autor, como nos talonários com vários profissionais ou
de hospitais, deve-se juntar à assinatura o carimbo com identificação e número do CRM do profissional.
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Uso interno
Fórmulas magistrais
Embora atualmente, sejam prescritos principalmente os medicamentos fabricados pela indústria farmacêutica,
chamados especialidades farmacêuticas, ainda se observa a prescrição de fórmulas magistrais. Nessas fórmulas
confeccionadas pelo próprio médico, são indicadas as quantidades dos seus constituintes e a forma
farmacêutica apropriada. Elas são aviadas ou manipuladas no momento, para aquele paciente em particular.
Na prescrição de especialidades farmacêuticas ou fármacos genéricos, basta a indicação do nome comercial
ou do nome genérico, seguida naturalmente das instruções sobre posologia.
Como a manipulação de fórmulas magistrais está sendo revitalizada no nosso país, faremos alguns comentários
sobre elas. Uma fórmula é completa e tecnicamente bem equacionada quando nelas são observados somação,
potenciação ou sinergismo medicamentoso, a par de adequada apresentação e boa estabilidade.
Em geral, uma fórmula deve constituir-se de: (a) princípio ativo ou base medicamentosa, (b) coadjuvante
terapêutico, (c) coadjuvante técnico, (d) corretivo, (e) veículo ou excipiente.
Diclofenaco sódico.....................50 mg
Excipiente qsp.............................1 cápsula Mande 20 cápsulas
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FORMAS FARMACÊUTICAS
São consideradas o estado final que as substâncias ativas apresentam depois de serem submetidas as
operações farmacêuticas necessárias, a fim de facilitar a sua administração e obter o maior efeito terapêutico
desejado. A sujeição das substâncias ativas às operações farmacêuticas deve-se ao fato da maioria das
substâncias ativas não poderem ser diretamente administradas ao doente.
USO INTERNO:
Formas Líquidas
1. Soluções: São misturas homogêneas de duas ou mais substâncias. As soluções farmacêuticas são sempre
líquidas e obtidas a partir da dissolução de um sólido ou líquido em outro líquido. São exemplos de
soluções: xaropes, elixires e tinturas.
2. Xaropes: São soluções aquosas contendo cerca de 2/3 de seu peso em sacarose (açúcar comum) ou outros
açúcares. Ex: xarope de hidroxizine (antialérgico)
2.1) Vantagens dos xaropes:
-Dissimular o sabor desagradável
-Aumentar o tempo de conservação (impede o crescimento de fungos e bactérias)
3. Elixires:
3.a) Preparações de fármaco num solvente alcoólico.
3.b) Utilizados para fármacos não solúveis em água.
4. Tinturas: São extratos alcoólicos (por exemplo, de uma erva ou solução de uma substância não-volátil,
como iodo e mercurocromo). Soluções de substâncias voláteis são denominadas espíritos, embora tal
nome seja dado também a vários outros materiais obtidos através da destilação, mesmo que não incluam
álcool.
5. Emulsões: São sistemas constituídos de 2 fases líquidas imiscíveis (que não se misturam), uma oleosa e
outra aquosa. Existem emulsões do tipo óleo em água (O/A: fase externa aquosa) e água em óleo (A/O:
fase externa oleosa). A estabilidade da emulsão é garantida com o uso de agentes emulsificantes. As
emulsões podem ser pastosas(creme) ou líquidas(loções), destinadas ao uso interno ou externo.
6. Suspensões: São misturas heterogêneas de partículas sólidas em meio líquido. As partículas precipitam
quando a solução fica em repouso. Devem ser agitadas antes da administração para uma distribuição
uniforme das partículas.
7. Injeções: São preparações estéreis de soluções, emulsões ou suspensões destinadas à administração
parenteral.
Formas Sólidas
1. Pós (simples e compostos): São medicamentos formados por partículas sólidas obtidas por divisão que
são misturados com líquidos (água ou sumos) antes da sua administração.
1.a) Vantagens:
- Efeitos rápidos e regulares, pois as partículas são pequenas e uniformes;
- Pequeno tamanhomenor limitação gástrica;
- Facilidade de dissolução;
- Atividade maior quanto maior o grau de divisão;
- Facilidade de administração.
1.b) Desvantagens:
- Susceptibilidade às condições atmosféricas;
- Impossibilidade de mascarar odor e sabor desagradável.
2. Grânulos: São formas farmacêuticas compostas de um pó ou uma mistura de pós umedecidos e sub-
metidos à secagem, para produzir grânulos de tamanho desejado.
2.a) Vantagem:
- Maior estabilidade química e física que os pós.
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3. Comprimidos: São formas farmacêuticas sólidas de forma variável, cilíndrica ou discoide, obtidas por
compressão de medicamentos mais o excipiente. Os comprimidos com massa entre 60mg e 600mg e são
a forma farmacêutica mais utilizada, por ser a via mais apropriada. Os comprimidos são dissolvidos no
estômago pelos sucos digestivos.
3.a) Vantagens em relação aos pós e formas líquidas:
o Precisão na dosagem;
o Boa conservação;
o Rapidez na preparação;
o Economia, devido ao rendimento;
o Boa apresentação;
o Volume reduzido.
4. Tipos de comprimidos:
4.a) Comprimidos com ranhura permitem uma divisão equilibrada da dose;
4.b) Comprimidos com revestimento entérico- resistem à dissolução no ph ácido do estômago, mas dissolve-
se no ph alcalino do intestino. Utilizados para fármacos que são destruídos ou inativados pelo ph ácido.
Não devem ser mastigados ou triturados;
4.c) Comprimidos de ação prolongada (retard) ou de libertação controlada. Preparados para serem
absorvidos de forma gradual.
5. Drágeas: São formas farmacêuticas sólidas, revestidas, destinadas ao uso oral. Chama-se drágea aos
comprimidos revestidos por qualquer espécie de envolvimento o que está de acordo com a Farmacopeia
Portuguesa IV 2ª edição. Para este fim utiliza diversas substâncias, como: queratina, ácido esteárico,
gelatina endurecida com formaldeído.
5.a) Vantagens:
• Proteção de aroma e sabor desagradável;
• Resistência ao suco gástrico;
• Facilita a deglutição,
• Proteção e conservação dos princípios ativos.
5.b) Desvantagem: Custo elevado
6. Cápsulas: São formas farmacêuticas sólidas as quais uma ou mais substâncias medicinais (líquido ou pó)
são acondicionadas em um invólucro à base de gelatina, que se dissolve no tubo gastrointestinal e liberta
o medicamento para ser absorvido. Forma adequada para administração de fármacos com sabor
desagradável e irritantes a mucosa gástrica. Devem ser deglutidas inteiras.
6.a) Duras: São usadas para drogas sólidas. Os invólucros vazios são feitos de uma mistura de gelatina, açúcar
e água e podem ser transparentes ou coloridas. São formadas por duas peças que se unem após o enchimento
com a droga pulverizada. São utilizadas para substâncias secas e granulosas. Ex: Adalat: nifedipina.
6.b) Moles: São cápsulas preparadas com película de gelatina com adição de glicerina ou sorbitol para tornar
a gelatina elástica. Podem ser de várias formas e são usadas para conter líquidos, suspensões, materiais pastosos
ou pós. Exemplo: óleos minerais (que oxidam facilmente).
8. Extratos sólidos: São formas farmacêuticas sólidas obtidas por separação dos princípios ativos de drogas
vegetais em dissolventes adequados, sendo submetidas a um processo de concentração destas drogas por
evaporação da parte líquida. O dissolvente pode ser: água destilada, álcool, éter, ácido acético, pelo que
os extratos se denominam aquosos, alcoólicos, etéricos ou acéticos respectivamente. Exemplo: extrato
seco de Ginkgo biloba.
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2. Cremes: São formas farmacêuticas de aspecto cremoso feitas com a mistura de um líquido em óleo, de
modo a formar um líquido espesso ou um sólido mole. No seu preparo são utilizados agentes
emulsionantes como a goma arábica e gelatina.
3. Pomadas: São preparações farmacêuticas semissólidas preparadas numa base gorda como a lanolina ou
a vaselina.
Características:
3.a) Completa ou moderadamente absorvidas pela pele.
3.b) Conservam a umidade pelo que aumentam a absorção do fármaco- são o veículo mais eficaz para a
absorção de fármacos pela pele.
4. Emplastros: São formas farmacêuticas que se dissolvem à temperatura do corpo, aderindo-se a pele. É
usado como esparadrapo.
1) Retal:
1.a) Supositórios: São formas farmacêuticas sólidas, de forma cônica destinadas a ser introduzidas num
orifício corporal(ânus) onde devem desintegrar-se à temperatura do organismo(37ºC), liberando o
fármaco e exercendo efeito local ou sistêmico. Devem ser armazenados em local fresco. O excipiente
mais usado é a manteiga de cacau.
1.b) Solução para edema de pequeno volume, previamente embalada.
2) Vaginal:
2.a) Óvulos: São formas farmacêuticas sólidas obtidas por compressão ou moldagem para aplicação vaginal,
onde devem se dissolver para exercerem uma ação local. O excipiente em geral é a glicerina.
2.b) Cremes vaginais (fornecidos com aplicador)
3) Nasal:
3.a) Gotas nasais: São formas farmacêuticas líquidas destinadas aos orifícios nasais.
4) Olhos:
4.a) Gotas oftálmicas: As soluções oftálmicas são estéreis, facilmente administráveis e habitualmente não
interferem com a visão.
4.b) Pomadas oftálmicas: provocam alterações da acuidade visual. Tem maior duração de ação que as gotas.
5) Ouvidos:
5.a) Gotas otológicas: São formas farmacêuticas líquidas destinadas aos orifícios auditivos.
6) Inalação:
6.a) Condução de medicamentos para os pulmões através das vias nasal ou oral. 6.b) Vaporização:
medicamento é transportado através de um fluxo de vapor.
7) Atomização e nebulização: separação da solução em pequenas gotículas para ser inalada.
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2- Propriedades: Físico-químicas: as propriedades físico químicas das drogas, tais como solubilidade,
estado físico, difusibilidade são determinantes para o seu uso e a sua atividade farmacológica
3- Forma farmacêutica: As propriedades de uma forma farmacêutica podem influenciar a velocidade de
absorção de uma substância e consequentemente o efeito farmacológico da droga. O fator mais importante
neste caso é a velocidade de dissolução, tendo sido verificadas, ainda, variações na eficácia clínica entre
marcas diferentes da mesma droga, na mesma dosagem e forma, simplesmente por haver variação nas
velocidades de desintegração do sólido. Ordenando-se as diferentes formas em ordem decrescente de
velocidade de desintegração tem-se: solução aquosa> suspensão> pó> cápsula> comprimido> drágea.
4- Vias de administração: Influenciam na velocidade de absorção das drogas.
1- Tolerância: É uma condição que se caracteriza pela resposta diminuída de uma droga quando a mesma
está sendo usada continuadamente. Quando isso acontece, há a necessidade de aumentar
progressivamente as doses destas drogas para manter a intensidade dos efeitos iniciais, muitas drogas que
induzem à tolerância também induzem à dependência.
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2- Dependência: É a condição que se caracteriza pelo uso repetitivo de substâncias que produzem um estado
de bem-estar no organismo. Podendo ser de dois tipos:
2.a) dependência física: É a condição caracterizada por distúrbios físicos quando se interrompe
abruptamente a administração de uma droga.
2.b) dependência psíquica: É a condição caracterizada pelo desejo emocional ou mental de tomar a droga
para se sentir bem.
2.c) Síndrome de abstinência: Conjunto de sinais característicos que aparecem após a suspensão brusca de
uma droga utilizada em altas doses por tempo prolongado.
POSOLOGIA
1- Conceito: É a indicação da dose(quantidade) recomendada para o medicamento.
2- Dose: É a quantidade de medicamentos que se prescreve a um paciente para obtenção de determinados
efeitos.
1- Via Oral: É a via que permite a entrada do medicamento através da cavidade oral seguida de deglutição.
1.a) Vantagens:
- Via segura;
- Prática;
- Auto-administração (comodidade de aplicação)
- Mais econômica;
- Grande extensão de absorção.
1.b) Desvantagens:
- Ação moderada e lenta;
- Inativação pelos sucos digestivos;
- Formação de complexos insolúveis com alimentos;
- Fármacos que sofrem metabolismo de primeira passagem.
- Fármacos que são muito irritantes a mucosa digestiva;
- Não deve ser usado quando há êmese ou dificuldade de deglutição;
- Sabor e odor desagradável dificultam a deglutição.
1.c) Formas farmacêuticas: Comprimidos, cápsulas, drágeas, suspensões, emulsões, elixires, xaropes e
soluções.
2- Via Bucal: É a via que permite a introdução do medicamento na cavidade oral sem que haja deglutição.
Os fármacos administrados através dessa via apresentam um efeito local atuando sobre bochechas e
gengivas.
2.a) Desvantagem: Ação diluidora da saliva que dificulta o contato do fármaco com a mucosa oral.
2.b) Métodos de administração: Aplicação, fricção, instilação, irrigação, aerossol e bochecho.
2.c) Formas farmacêuticas: Dentríficios, colutórios (antissépticos bucais) e soluções para bochecho.
3- Via Sublingual: É a via que consiste na colocação do medicamento debaixo da língua para serem ab-
sorvidos diretamente pelos pequenos vasos sanguíneos ali situados.
3.a) Vantagens:
-Absorção rápida de pequenas doses devido a rico suprimento sanguíneo e a pouca espessura da mucosa
absortiva;
-Não sofre metabolismo de 1ª passagem;
-Evita a inativação pelo suco gástrico;
-Retenção do fármaco por tempo maior;
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Vias Diretas
1- Via Intravenosa: Consiste na via em que o medicamento é colocado diretamente na corrente sanguí- nea
através de uma veia.
1.a) Vantagens:
- Efeito imediato;
- 100% de biodisponibilidade;
- Indicação em emergências médicas e em presença de baixo fluxo sanguíneo periférico (choque);
- Infusão de substâncias irritantes;
- Infusão de grandes volumes;
- Permite o controle da dose (níveis plasmáticos previsíveis)
1.b) Desvantagens:
- Necessidade de assepsia e pessoa treinada;
- Incomodidade para o paciente;
- Menor segurança, efeitos agudos e intensos podem ser adversos;
- Maior custo de preparação;
- Efeitos locais indesejáveis(flebite, infecção, trombose);
- Risco de embolia;
- Reação anafilática;
- Choque pirogênico
- Impróprio para substâncias insolúveis e oleosas.
1.c) Métodos de administração: Injeções e infusão contínua.
1.d) Formas farmacêuticas: Soluções aquosas puras.
2- Via Intradérmica: É a via pela qual o medicamento é injetado na derme. Esta via permite a administração
de pequenas quantidades, por isso é utilizada somente para testes diagnósticos, alérgicos(tuberculina) e
para vacinação. Esta via proporciona efeito local.
2.a)Desvantagens:
- Propicia início de efeito mais lento que por via cutânea;
- Emprego de pequenas quantidades do fármaco.
2.b) Métodos de administração: Injeção ou raspado da epiderme. 2.c) Formas farmacêuticas: Soluções.
3- Vias Subcutânea e Submucosa: Estas vias abrangem, respectivamente, as áreas abaixo da pele(derme)
e mucosas. Emprega-se pouca quantidade de fármaco e esta via proporciona efeito sistêmico do fármaco.
3.a) Vantagem:
- A absorção lenta propicia um efeito persistente que pode durar até semanas. 3.b) Desvantagens:
- Inadequada para grandes volumes ou substâncias irritantes;
- Propicia início de efeito mais lento;
- Efeitos adversos: dor local, abscessos estéreis, infecções e fibroses.
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3.c) Métodos de administração: Injeção com agulha de bisel curto e implante de substâncias sob a pele (sob
a forma sólida pellet).
3.d) Formas farmacêuticas: Soluções, suspensões e pellets.
4- Via Intramuscular: consiste na via que permite a introdução do fármaco diretamente no músculo
ultrapassando a pele e o tecido subcutâneo.
4.a) Vantagens:
- É mais segura do que a intravenosa;
- Adequada para volumes moderados, veículos aquosos, não-aquosos(oleosos) e suspensões;
- Permite a infusão de substâncias irritantes;
- A absorção depende do fluxo sanguíneo local e o grupo muscular utilizado;
- Alguns fármacos fazem depósito no músculo promovendo concentrações plasmáticas terapêuticas
prolongadas como, por exemplo, a Penicilina G benzatina (3 a 4 semanas).
4.b) Desvantagens:
- Efeitos adversos locais: dor, desconforto, dano celular, hematoma, abcessos estéreis ou sépticos e
reações alérgicas.
4.c) Métodos de administração: Injeção profunda, para que ultrapasse a pele e o tecido subcutâneo. Usar
agulha de bisel longo.
4.d) Formas farmacêuticas: Soluções aquosas, oleosas e suspensões.
5- Via Intra-arterial: É a via que consiste na aplicação do medicamento diretamente na veia, É raramente
empregada, quer seja pelas dificuldades técnicas em aplicá-la, quer seja pelos riscos que oferece. A
justificativa de uso tem sido obter altas concentrações locais de fármacos, antes de ocorrer sua diluição
por toda circulação. É usada em cateterismo, arteriografias e angioplastias.
Vias Indiretas
1- Via Cutânea: Esta via consiste na aplicação do medicamento para efeitos tópicos(locais) e sistêmicos. A
absorção depende de área de exposição, difusão do fármaco na derme (alta lipossolubilidade), temperatura
e estado de hidratação da pele.
1.a) Métodos de administração: Aplicação, fricção e banhos
1.b) Formas farmacêuticas: Soluções, cremes, pomadas, óleos, loções, unguentos, geleias e adesivos sólidos
(absorção transcutânea e efeitos sistêmicos).
2- Via respiratória: Consiste na via que compreende a administração do fármaco desde a mucosa nasal até
os alvéolos.
2.a) Vantagens:
- Pode ser usada para efeitos locais ou sistêmicos (anestésicos inalatórios);
- Administração de pequenas doses com rápida ação e poucos efeitos adversos sistêmicos.
2.b) Desvantagens:
- Pode levar a irritação da mucosa;
- Pode ocorrer perda de efeito por decomposição de partículas inaladas na via aérea superior ou
impedimento da progressão ao trato respiratório inferior devido às secreções.
2.b) Métodos de administração: Inalação por nebulização ou aerossóis.
Analgesia e Anestesia
1- Analgésicos: São medicamentos usados para aliviar a dor. O efeito analgésico é devido à inibição da
produção local de prostaglandinas, mediadores da inflamação. Estas prostaglandinas, se forem
produzidas, vão sensibilizar as terminações nervosas locais da dor, que será iniciada por outros
mediadores inflamatórios como a bradicinina. Ex: AAS, paracetamol, dipirona, etc.
2- Antitérmicos: São medicamentos de agem abaixando a temperatura corpórea. Elas agem inibindo a
síntese de prostaglandinas que em excesso provoca o aumento da temperatura corporal. Ex: AAS,
paracetamol, dipirona, etc.
3- Antiespasmódicos: são medicamentos que combatem os espasmos. Espasmos são concentrações
dolorosas de alguns músculos de nossos órgãos abdominais (estômago, intestino, rins, vesícula biliar e
útero). Ex: Buscopan.
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4- Anestésicos Gerais: São fármacos que produzem analgesia, perda de consciência, relaxamento muscular
mediante a ação depressora do SNC. Ex:Halotano, Éter, Óxido Nitroso (anestésicos por inalação) e
Tiopental, Fentanila. Alfentanila, Remifentanila (anestésicos intravenosos).
5- Antiinflamatórios Não-esteroidais (AINES): São fármacos que inibem a inflamação através da inibição
de síntese de prostaglandinas, já que estes mediadores são importantes em quase todos os fenômenos
associados à inflamação, como vasodilatação, dor e atração de mais leucócitos ao local atingido pelo
processo inflamatório. Ex: Diclofenaco, Ibuprofeno, Nimesulida, AAS, Piroxicam, Ácido Mefenâmico,
etc.
6- Antiinflamatórios Esteroidais ou Corticóides: São medicamentos dotados de efeitos anti-inflamatórios
e imunossupressores mais potentes que os AINES, mas que apresentam também maior incidência de
efeitos colaterais. São muito utilizados para fenômenos alérgicos. Ex: Dexametasona.
7- Analgésicos Opioides: São fármacos narcóticos que produzem profundos efeitos de analgesia, sonolência
e mudanças de disposição de ânimo. Como as mudanças de humor podem ser agradáveis, criam um
potencial para o abuso desses agentes (tolerância e dependência). Ex: Morfina, Codeína, Heroína e
Metadona.
Cardiovascular
1- Cardiotônicos: São fármacos que tem efeito tônico sobre o coração, ou seja, aumentam a força contrátil.
Podem ser esteroides glicosídicos digitálicos, simpatomiméticos (adrenérgicas), ou ainda outras drogas,
sendo usados após infarto do miocárdio, cirurgia cardíaca, no choque, ou na insuficiência cardíaca
congestiva. Ex: Digoxina (digitálicos cardiotônicos).
2- Diuréticos: São fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles
depletam os níveis de água e cloreto de sódio sanguíneos, sendo usados no tratamento da hipertensão
arterial, insuficiência renal, insuficiência cardíaca ou cirrose do fígado. Ex: Furosemida,
Hidroclorotiazida e Espironolactona.
3- Anti-hipertensivos: São os fármacos usados no tratamento da hipertensão arterial. Ex: Captropil.
Digestivo
1- Antiácidos e antiúlcera: São fármacos que removem ou neutralizam ácido do conteúdo gástrico a assim
aliviam a dor. Ex: Cimetidina, Omeprazol e Hidróxico de alumínio.
2- Antidiarréicos (Constipantes): São medicamentos que diminuem a freqüência das evacuações e que
aumentam a consistência das fezes. Ex: Difenoxilato, Loperamida e Racecadotrila.
3- Digestivos: São fármacos que auxiliam o processo de digestão no trato gastrintestinal. Ex: Alcachofra e
Boldo.
4- Antieméticos: São fármacos que impedem ou aliviam a náusea e o vômito. Ex: Bromoprida,
Domperidona e Metoclopramida.
5- Laxantes (catárticos ou purgantes): São fármacos que facilitam a eliminação de fezes. Ex: Agar, Sene,
Fenolftaleína, Óleo mineral, Óleo de rícino, etc.
Psiquiatria
1- Antidepressivos: São medicamentos utilizados no tratamento de pessoas com sintomas de transtorno
depressivo. Ex: Fluoxetina.
2- Psicoestimulantes: São drogas que agem estimulando as funções do SNC. Ex: Cafeína, Cocaína e
Anfetaminas.
3- Sedativos e Ansiolíticos: São drogas sintéticas usadas para diminuir a ansiedade e a tensão. Ex:
Diazepam.
Antibióticos
São medicamentos utilizados na Medicina para a luta contra infecções bacterianas (causados por bactérias).
Seu uso indiscriminado e sem controle médico faz com que surjam cepas de bactérias resistentes a estas drogas,
sendo necessária a descoberta constante de novas drogas mais eficazes. O tratamento de infecções virais
(provocadas por vírus) é ineficaz por antibióticos.
Os principais grupos de antibióticos são:
1- Penicilinas: Foi o primeiro grupo a ser descoberto.Ex: Penicilina, Ampicilina, Amoxicilina, etc.
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2- Cefalosporinas: São antibióticos resistentes à enzima betalactamase(prouzidas por bactérias para des-
truir o antibiótico).Ex: Cefalotina, Cefalexina, Cefaclor e etc.
3- Aminoglicosídeos: São antibióticos naturais que contém em sua molécula dois ou mais açúcares. São
potencialmente tóxicos e são todos de uso injetável. Ex: Amicacina, Gentamicina, Tobramicina, etc.
4- Macrolídeos: Podem ser usados como bacteriostáticos e bactericidas de acordo com sua concentração,
densidade bacteriana e fase de crescimento. Ex: Eritromicina, Azitromicina, Claritromicina, etc.
VITAMINAS
São nutrientes muito importantes para o funcionamento do corpo e para a proteção contra numerosas doenças.
Não podem ser sintetizadas pelo homem, pelo menos em quantidades apreciáveis. A falta de vitaminas facilita
o aparecimento de doenças e o mau funcionamento do organismo (provocando as avitaminoses). O excesso
também traz problemas e é chamado de hipervitaminose; os humanos precisam de 13 vitaminas diferentes. As
vitaminas podem ser classificadas em dois grupos de acordo com sua solubilidade:
1- Vitaminas Lipossolúveis: São vitaminas solúveis em gorduras e sua absorção é feita junto à da gordura,
podendo acumular-se no organismo alcançando níveis tóxicos. São as vitaminas A, D, E e K.
2- Vitaminas Hidrossolúveis: São vitaminas solúveis em água e consistem nas vitaminas presentes no
complexo B e a vitamina C. Essas não são acumuladas em altas doses no organismo, sendo eliminada
pela urina. Por isso se necessita de uma ingestão quase diária para a reposição dessas vitaminas. Algumas
vitaminas do Complexo B podem ser encontradas como cofatores de enzimas, desempenhando a função
de coenzimas. São elas:
2.a) Tiamina (vitamina B1)
2.b) Riboflavina (vitamina B2)
2.c) Ácido pantotênico (vitamina B5)
2.d) Vitamina B6 (piridoxina, piridoxamina e piridoxal)
2.e) 2.e) Ácido fólico
2.f) Cobalamina (vitamina B12)
2.g) Ácido ascórbico (vitamina C)
2.h) Biotina (vitamina BH)
2.i) Niacina (vitamina PP)
Apesar de precisarem ser consumidas em pequenas quantidades, se houver deficiência de algumas vitaminas,
estas podem provocar doenças específicas, como beribéri, escorbuto, raquitismo e xeroftalmia.
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acompanha na assistência farmacêutica; que cuida da conservação da loja e de seus produtos; e é responsável
pelo controle de estoque e das datas de validade, entre outras atribuições.
Em uma Farmácia Comunitária seja ela pública ou privada temos como Equipe de Trabalho as pessoas que
trabalham no setor financeiro, na limpeza, no estoque, na gerência, setor de compras, entregas, segurança além
do atendimento ao cliente e dispensação efetuados pelos Balconistas e Farmacêutico.
A harmonia entre esta Equipe proporciona o melhor atendimento ao cliente e estabelece as Farmácias
Comunitárias como Estabelecimentos de Saúde que agregam dimensões comerciais, sanitárias, técnicas e
sociais no Brasil.
O balconista de uma farmácia ou drogaria é sempre a pessoa que mais contato tem com o consumidor, por isso
pode e deve sugerir mudanças sobre a quantidade de produtos expostos nas prateleiras e estoque de produtos
que são mais vendidos. Além de informar a falta de produtos que têm procura, mas não são comercializados.
A colocação de preço nos produtos também é responsabilidade do balconista. É importante observar se os
preços etiquetados estão correios e legíveis e se não estão sendo colocados sobre o número de lote do produto,
e principalmente sobre o prazo de validade da mercadoria. O balconista deve ainda observar sempre as
necessidades do consumidor e verificar se elas estão sendo atendidas prontamente.
Controlar a entrada e saída de produtos, conferir, repor, arrumar mercadorias, ter conhecimento dos
medicamentos que estão sendo vendidos e os laboratórios que produzem estes remédios, saber ler uma receita
e atualizar-se sobre novos lançamentos, são princípios básicos que fazem parte do dia-a-dia do balconista e
ajudam, em muito, a organização de uma farmácia.
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Outro aspecto importante e que deve observado é das mãos e unhas, não só pela questão estética, mas
principalmente pela higiene que se deve ter ao manusear os medicamentos. Note ainda que as mãos do
balconista estão permanentemente no foco de atenção dos clientes.
Paciência e dedicação
Existe um antigo ditado popular que diz que “o cliente sempre tem razão” e mesmo que isso não seja totalmente
verdade é importante que o balconista não esqueça que este ditado resume uma regra básica na relação de
compra e venda.
Tem cliente que fica nervoso ou irritado pela demora no atendimento ou mesmo por qualquer outro motivo.
Neste caso o balconista deve utilizar de bom senso e atendê-lo o mais prontamente possível, evitando até
mesmo comentar o contratempo ocorrido. Desta forma o cliente ficará desarmado e até mesmo sem ação.
Manter a calma e ser gentil nesta ou em qualquer outra situação deve ser um dos lemas do balconista até mesmo
para se desvencilhar de um cliente que gosta de “esticar a conversa” no balcão. Como ele pode estar
atrapalhando o andamento do trabalho, peça amavelmente para ele esperar um pouco até que outros clientes
sejam atendidos.
É fundamental nunca perder a paciência e sempre colocar o cliente em primeiro lugar, afinal todo o seu trabalho
gira em torno dele e para ele.
A arte de atender
Sabemos que é uma arte atender um cliente, por isso o balconista deve ser amável no contato com o consumidor
para que ele se sinta bem atendido e volte outras vezes.
Para que isso ocorra é importante conquistar a simpatia do cliente e não só atender a sua necessidade imediata,
mas estar sempre disponível quando solicitado para informá-lo e orientá-lo no que for possível. O balconista
de f armada exerce uma função de dupla responsabilidade, já que os produtos à disposição para venda são na
verdade fórmulas complexas, e se não forem comercializados corretamente podem causar sérios danos à saúde
do consumidor.
Recursos promocionais
Além da habilidade do balconista no atendimento ao consumidor, as farmácias ou drogarias se utilizam muito
de recursos promocionais par a chamar a atenção do cliente.
As vitrines do balcão, as prateleiras externas e as gôndolas, normalmente, são usadas para colocar produtos da
linha de perfumaria e cosméticos, os produtos naturais (chás e outras ervas) e os produtos de higiene pessoal
para destacar e promover as vendas. Em displays, sobre os balcões, ficam os produtos homeopáticos.
Além destes recursos, as drogarias se utilizam também da promoção no preço de algumas mercadorias,
cosméticos, perfumes e produtos de higiene pessoal -para atrair os clientes e aumentar a comercialização de
produtos em geral. existem ainda drogarias que dão desconto promocional nos medicamentos.
A ética no atendimento
O balconista dentro de seu local de trabalho deve ter consciência do tipo de produto que está vendendo. É
importante, na hora do atendimento, vender ao cliente remédios que têm credibilidade no mercado.
Medicamentos que estão à venda depois de incansável trabalho de pesquisa realizado por laboratórios que
comprovam a eficácia do produto. Não é honesto para com o consumidor vender medicamentos que não estão
dentro do controle de qualidade exigido, por isso a responsabilidade do balconista e o conhecimento do produto
que está comercializando são muito importantes para efetivar uma venda.
O sigilo profissional também de ser encarado com muita seriedade Através de uma receita médica apresentada
pelo consumidor pode-se saber o diagnóstico a doença. Por outro lado, o consumidor pode estar intimidado e
até mesmo constrangido com a situação, já que muitas doenças ainda são vistas com discriminação pela
sociedade. Nesses casos é importante ser discreto e agir com naturalidade para que a pessoa que está sendo
atendida não fique ainda mais chateada, doenças sexuais transmissíveis são um exemplo típico de
constrangimento.
Além desses exemplos existem inúmeras situações onde deve existir sigilo, que vão desde a venda de
absorventes e preservativos até remédios que implicam na vida pessoal e moral do consumidor. Respeitar
situações deste gênero é respeitar antes de tudo sua profissão.
A importância da informação
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O balconista já sabe a importância da ética profissional no atendimento ao cliente. Para seguir a ética
profissional e comercial e vender corretamente os produtos, o balconista precisa se informar constantemente
sobre fórmulas, bulas, indicações e contraindicações dos medicamentos. Leras bulas dos remédios, prestar
atenção nos tipos de medicamentos e nos nomes dos laboratórios fabricantes destes produtos irá facilitar e
valorizar ainda mais o seu trabalho junto ao cliente. Quanto mais você conhecer sobre os produtos que está
vendendo, mais consciência terá da importância do seu trabalho.
O TRABALHO DO BALCONISTA
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Há pessoas que ficam horas e, ainda, voltam nos dias posteriores para namorar vitrines e, finalmente, compram.
Essa tendência vai preparando o vendedor para conquistar e encantar o cliente. Se ele entrar, então, perceba o
comportamento dele pela fala: “eu quero ver...” e basta apresentar algumas qualidades desse pedido e aquele
“o senhor ou a senhora escolheu muito bem” e pronto, a compra está certa. Aproveite o momento para sugerir
algo e informar as novidades. Deixe o cliente estimulado a comprar ou preparado para futuras compras.
É necessário agir rápido e deixar o estabelecimento pronto para essa permanente situação. Antes de
simplesmente espalhar os produtos pela drogaria ou farmácia, perguntem-se:
• Que produtos poderão e estarão disponíveis?
• Como torná-los mais sugestivos aos clientes?
• Onde colocá-los e de que forma para melhor atrair clientes?
• Em que quantidade e quantas vezes ao dia será feita a reposição?
• Quem fará as reposições e que registros fazer para melhor controlar e mesmo para identificar os maiores e
melhores “giros”?
Para que se atinja o objetivo pretendido é fundamental CRITÉRIOS E CUIDADOS
1. Identificar os locais mais atraentes. Muitas empresas instalam as gôndolas junto aos caixas ou o mais
próximo deles.
2. Sugere-se colocar pequenas quantidades de produtos nas gôndolas.
3. Organizar nas gôndolas os produtos para estarem na altura do olhar do cliente adulto e do consumidor
infantil.
4. Treinar um funcionário para reposição. Pelo giro e lucro será que não compensa? Ele deverá, ainda,
receber ou solicitar sugestões e anotá-las.
5. Colocar em evidência, também, certos produtos mais caros, porém separados e protegidos.
6. Cuidado com os caminhos estreitos, apertados e avolumados que, em vez de atrair clientes para com-
pras, incomodam-nos.
7. Distanciar as gôndolas, a pelo menos um metro entre si, para possibilitar a visualização dos clientes e
atraí-los ao interesse de compra.
8. Avaliar, constantemente, todos os procedimentos e em equipe decidir o que é melhor para solucionar
situações inadequadas e aproveitar as sugestões dos clientes.
Os resultados serão muito positivos se todos estiverem preparados, entusiasmados, decididos e interessados
em realizar um trabalho para melhor atender e entender os clientes na solução de suas necessidades e criar
formas diferenciadas de tratamento.
Todos nós já olhamos uma bula de um medicamento. Mas sabemos o que ela contém? vamos tentar
traduzi-la. A palavra bula vem do latim e quer dizer selo, oval ou circular, com o nome ou imagem de seu
dono, usado em documentos oficiais. Com o tempo bula passou a significar o próprio documento em que era
posto o selo. A bula de um medicamento é um documento com informações diversas sobre este medicamento.
É composta de vários tópicos. Vejamos os principais:
Nome do Medicamento:
Aqui encontramos o nome genérico, que é o nome comum, pelo qual o medicamento é conhecido como
substância isolada, sem levar em conta o fabricante.
Esse nome é dado de acordo com a DCB (Denominação Comum Brasileira). Também encontramos aqui o
nome comercial, que é o nome dado pelo fabricante, de acordo com critérios próprios.
Formas e Fórmulas:
Forma farmacêutica é a forma que o medicamento apresenta, por exemplo: cápsula, drágea, xarope, suspensão
etc. Fórmula farmacêutica, também chamada de composição, diz o que contém cada medicamento, ou seja,
cada um dos componentes e em que quantidade.
Por exemplo:
-Diclofenaco potássico
-Drágeas de 50 mg - embalagem com 10 unidades.
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-Drágea é a forma farmacêutica e 50 mg é a dosagem que a drágea apresenta. Podemos dizer que a drágea
contém 50 mg de princípio ativo.
-Gotas
-Diclofenaco potássico - 15 mg/ml
A forma farmacêutica é solução (no caso em gotas) e a fórmula é o nome do princípio ativo e sua respectiva
dosagem.
Informações ao paciente:
São orientações a serem dadas ao usuário do medicamento, como: prazo de validade; onde guardar o
medicamento (geladeira, ao abrigo da luz etc); manter o medicamento longe do alcance de crianças etc.
Indicações:
Para quê, em que casos deve-se usar este medicamento. Esse medicamento deverá ser utilizado em casos de
febre, mal-estar e cansaço.
Contraindicações:
Indicam problemas, sintomas, doenças que, se o paciente apresenta antes do uso do medicamento, não deverá
fazer uso dele.
Por exemplo: contraindicação em pacientes que apresentam úlcera péptica e em pacientes com
hipersensibilidade ao medicamento. Ou seja, pacientes que tenham estes problemas, não deverão utilizar-se
deste medicamento.
Precauções:
São cuidados que se deve tomar durante o uso do medicamento
Por exemplo: recomenda-se ingerir com água; evitar bebidas alcoólicas, suspender o tratamento, se houver
hemorragia.
Reações Adversas:
São efeitos que podem ocorrer após o uso do medicamento
Por exemplo: distúrbios gastrointestinais; cefaleia, erupção cutânea.
Interações Medicamentosas:
São problemas que pode ocorrer, quando se administram dois medicamentos ao mesmo tempo ou, por algum
motivo, eles se encontram dentro do organismo.
Por exemplo: o uso de diclofenaco sódico com digoxina aumenta a concentração de digoxina no sangue. O
diclofenaco associado aos antidiabéticos orais e insulina, diminui a atividade antidiabética.
Posologia:
Indica qual a dose do medicamento a ser administrada. Alguns citam a dose máxima diária, que nunca deve
ser ultrapassada.
Por exemplo:
Adultos: a dose inicial é de 100 mg. As doses subsequentes devem ser de 50 mg, de 8/8 horas. Dose máxima:
200 mg/dia
Crianças: a dose é de 0,6 a 1,8 mg/kg/dia a ser administrada de 8/8 horas. Significa que a criança, por exemplo,
com 10 kg deverá tomar de 6 a 18 mg do medicamento por dia. Como irá tomar de 8/8 horas, deverá tomar em
cada horário de 2 a 6 mg.
Superdosagem:
Indica o que fazer no caso de uma intoxicação.
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Por exemplo: não provocar vômito; procure um médico; os sinais de superdosagem são náuseas e vômitos.
Nome do Fabricante:
Consta o nome, endereço, CGC, registro no Ministério da Saúde e o nome do farmacêutico com seu registro
no Conselho Regional de Farmácia.
Todo medicamento deve ter o registro no Ministério da Saúde. Este número indica que este medicamento está
de acordo com os preceitos do ministério e sujeito à fiscalização da Vigilância Sanitária. Produtos sem este
registro, existem de forma irregular, não devendo ser utilizados.
Conclusão:
Todos leem a bula. O que a maioria não sabe é que existem erros nelas. Alguns produtos não trazem todas as
informações ou as trazem incompletas. Podemos dizer que não existem medicamentos sem efeitos colaterais.
Porém, algumas bulas não os trazem.
Por exemplo: é impossível que dois medicamentos, de laboratórios diferentes, mas com o mesmo princípio
ativo: um apresente uma bula com muitas informações e o outro não.
ORIENTAÇÃO AO PACIENTE
Quando atendemos um paciente no balcão da farmácia, devemos orientá-lo quanto ao uso e guarda dos
medicamentos. Essas orientações devem ser transmitidas mesmo que o paciente não solicite, pois às vezes ele
desconhece a existência de tais orientações. Assim sendo, ao vendermos um medicamento devemos:
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9- Respeitar o horário de administração do medicamento. Se é para ser dado de 6/6 horas, não se deve
pular o horário da noite ou readaptá-lo à conveniência do paciente. Essa atitude atrapalha o tratamento.
Se o medicamento é para ser dado após as refeições, não o tomar em jejum.
10- Se o paciente perceber alguma alteração de cor, sabor ou precipitação no medicamento, procure
orientação e não administre o medicamento.
11- Se o medicamento for uma suspenção, agitar durante, pelo menos, um minuto e administrar ao paciente
em seguida.
12- Não recolocar o medicamento no frasco. Se o paciente retirar uma quantidade de medicamento maior
que a quantidade a ser utilizada (no caso de líquidos e pomadas), o restante deverá ser descartado.
13- usar sempre medidas-padrão, ou seja, as colheres e copos-medida que acompanham os frascos. As
colheres e copos caseiros não apresentam exatidão na medida.
14- Não quebre drágeas nem abra as cápsulas.
15- Não encostar o frasco de colírio no olho, nem bisnaga de pomada oftálmica. Contamina o
medicamento.
16- Não encostar a bisnaga de pomada ou creme em lesões. Retirar parte do medicamento e, então, aplicar
no local indicado.
17- Nunca alterar a dose prescrita. Por exemplo, se a prescrição é de 4 vezes ao dia, não administrar 2 ou
6 vezes. Se a prescrição é de 2 comprimidos, não tomar somente um.
18- Em caso de dúvida, não administrar o medicamento. procure o farmacêutico ou médico.
O paciente bem orientado é um paciente satisfeito. Assim, estaremos cumprindo a nossa função, que não é
somente de vender medicamentos e com certeza esse paciente voltará outras vezes para novas compras.
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LEGISLAÇÃO
Conhecer a legislação não deve ser para o profissional de farmácia, uma atividade cansativa e
desinteressante. Ao contrário, estar por dentro da legislação específica da nossa atividade trará, no dia-a-dia,
confiança e certeza de estar realizando um trabalho de qualidade.
Aspectos importantes a saber, tratam da regulamentação dos genéricos, regulamentação técnica para
assistência farmacêutica na farmácia e drogaria, aquisição, armazenamento, conservação e dispensação
(fornecimento) de produtos industrializados, entre outros. A lei trata também das condições gerais e específicas
para a estrutura física (instalações) e equipamentos, determina que a admissão dos funcionários deve ser
precedida de exames médicos, citando também a questão da higiene pessoal, uniformes para o trabalho, etc.
Quando discorre sobre a aplicação de injetáveis, serviço que o estabelecimento poderá (ou não) manter é dito
que a drogaria deve dispor de profissional legalmente habilitado para a realização dos procedimentos; daí a
importância da formação profissional por meio de cursos e treinamentos. A legislação também trata do tema
documentos, fixa responsabilidades (de empregados e empregador) e trata das questões de fiscalização. A lei
estabelece as boas práticas de atendimento em farmácias e drogarias, além de proteger o trabalhador. Por isso
mantenha-se sempre atualizado.
Condições Gerais
Neste tópico, a Resolução nos mostra quais são as condições para que as farmácias e drogarias possam
funcionar com relação ao estoque de produtos farmacêuticos e às condições das instalações físicas.
Com relação ao estoque e dispensação, o primeiro item a ser considerado é: o estabelecimento é responsável
por somente dispensar produtos registrados ou declarados isentos de registros pelo órgão competente do
Ministério da Saúde e adquiri-los de fornecedores legalmente licenciados no país. Ele quer dizer que só é
permitida a venda de produtos (medicamentos ou não) que tenham licença obtida pelo Ministério da Saúde,
produtos caseiros (como xampus, perfumes etc.) ou fabricados em laboratórios ainda não totalmente
legalizados, não podem ser vendidos na farmácia.
Os produtos farmacêuticos devem ficar estocados em um local que permita uma estocagem de forma
organizada, observando a necessidade ou não de estocagem em geladeira, a necessidade de espaço especial
para produtos inflamáveis, entre outros.
Os produtos sujeitos à regime especial de controle devem ser armazenados em espaço próprio ou em um
armário com chave ou sala própria para este fim e o sistema de escrituração fiscal destes produtos deve ser
autorizado pela Vigilância Sanitária local.
A farmácia ou drogaria deve ainda ter um espaço próprio, bem identificado, separado do restante da área de
estoque, para que sejam colocados produtos sem condições de serem utilizados ou vencidos.
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Por fim, a dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial deverá seguir a legislação vigente, sendo
conferida e escriturada pelo profissional farmacêutico.
Com relação à estrutura física, para que as farmácias e drogarias estejam de acordo com as normas, elas devem
ter infraestrutura adequada, ou seja, ter um espaço físico adaptado para a instalação da farmácia, com paredes,
teto e pisos lisos, que possam ser lavados e sanitizados, conter ventilação apropriada, além de instalações
elétricas em boas condições, equipamentos específicos de combate a incêndio adequados e condições tais que
não permitam a entrada de insetos e roedores.
Deve ainda ter acesso independente dos demais estabelecimentos e residências, possuir sanitário sempre limpo
e de fácil acesso e dispor de um local para que os funcionários possam guardar seus objetos pessoais.
Funcionários
Com relação aos funcionários das farmácias e drogarias, a Resolução determina que eles devem fazer exame
médico admissional e que, caso no dia-a-dia, apresentem doenças, ou mesmo suspeita das mesmas, o
funcionário deverá ser afastado das suas atividades, de acordo com a legislação específica.
Os funcionários devem apresentar os uniformes limpos e em bom estado e receber informações quanto à
higiene pessoal.
Aplicação de Injetáveis
Para a aplicação de injetáveis, a drogaria precisa ter um local próprio para este procedimento, separado dos
demais ambientes do estabelecimento, com situação higiênico-sanitária satisfatória e bem conservado,
inclusive com formas específicas de descarte de material perfurocortante e demais resíduos da aplicação de
injetáveis, porque não podem, de forma nenhuma, ser descartados sem o devido cuidado para evitar acidentes.
Por fim, deve haver na drogaria um profissional legalmente habilitado para aplicação de injetáveis.
Documentação
As farmácias e drogarias devem (ao contrário do que normalmente acontece) ter todos os seus procedimentos
descritos com relação a:
1- aquisição, armazenamento, conservação e dispensação de produtos;
2- aplicação de injetáveis, inclusive com relação a utilização de material descartável; 3-descarte de
produtos vencidos ou sem condições de uso.
Regulamento Técnico que institui as Boas Práticas de Dispensação para Farmácias e Drogarias
Com a finalidade de definir quais os requisitos básicos para o funcionamento das farmácias e drogarias, de
forma a atender à resolução, criou-se este regulamento que determina os aspectos que deverão ser observados
e serão passíveis de fiscalização.
Inicialmente, ele traz várias definições importantes, que facilitam o entendimento do regulamento, como o que
significa drogaria, farmácia, dispensação, especialidade farmacêutica etc.
Posteriormente, este regulamento determina as condições gerais de funcionamento das farmácias e drogarias,
responsabilidades e atribuições.
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Responsabilidades e Atribuições
1) O Regulamento deixa claro que o farmacêutico é o responsável pela dispensação de produtos
farmacêuticos, com as seguintes funções:
1.a) conhecer, interpretar e estabelecer condições para o cumprimento da legislação pertinente;
1.b) estabelecer critérios e supervisionar o processo de aquisição de medicamentos e demais produtos;
1.c) avaliar a prescrição médica;
1.d) assegurar condições adequadas de conservação e dispensação dos produtos;
1.e) manter arquivos, que podem ser informatizados, com a documentação correspondente aos produtos
sujeitos a controle especial;
1.f) participar de estudos de farmacovigilância com base em análise de reações adversas e interações
medicamentosas, informando a autoridade sanitária local;
1.g) organizar e operacionalizar as áreas e atividades da drogaria;
1.h) manter atualizada a escrituração;
1.i) manter a guarda dos produtos sujeitos a controle especial de acordo com a legislação específica;
1.j) prestar assistência farmacêutica necessária ao consumidor;
1.k) promover treinamento inicial e contínuo dos funcionários para a adequação da execução de suas
atividades.
Concluindo, esta Resolução deve ser obedecida na íntegra e as farmácias e drogarias estão sujeitas à
fiscalização para garantir que ela esteja sendo seguida. Para conhecer mais sobre este assunto, busque no site
da Anvisa a Resolução e o Regulamento completos. Você vai encontrar também o Roteiro de Inspeção para
Dispensação em Farmácias e Drogarias.
MEDICAMENTOS GENÉRICOS
Dispensação
Segundo a Resolução 10/01, será permitido ao profissional Farmacêutico
substituir o medicamento prescrito pelo medicamento genérico
correspondente, ou seja, somente é permitido trocar o medicamento de marca
por um genérico aprovado pela ANVISA; desde que o médico prescritor não
desautorize, por escrito na receita, esta troca. Caso esta intercambialidade seja feita, o profissional
farmacêutico deverá carimbar a receita (com seu carimbo contendo nome e número de inscrição no Conselho
Regional de Farmácia), indicar a troca realizada, datar e assinar.
Em prescrições contendo apenas o nome genérico, o farmacêutico somente poderá dispensar o medicamento
de referência ou o genérico correspondente, não podendo dispensar um similar
Somente o profissional farmacêutico poderá realizar esta troca (quando possível), na sua ausência ninguém o
poderá fazer.
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Caso o médico tenha preferência por não permitir a troca do medicamento de marca por genérico, este deve
escrever de próprio punho expressão do tipo “NÃO AUTORIZO A TROCA” ou frase similar. Não é aceito
carimbos, etiquetas, impressão ou qualquer forma automática de desautorizar a troca.
Lista de Substâncias
1- Entorpecentes: analgésicos, opioides e não opioides, analgésicos gerais.
1.a) Sujeitas a Notificação de Receita
1.b) Etiqueta de cor preta com os dizeres “Venda sob prescrição médica – Atenção
– Pode causar dependência física ou psíquica”.Ex: Morfina.
2- Entorpecentes: analgésicos, opióides e não opióides 2.a) Sujeitas a Notificação de Receita “A”
2.b) Etiquetas de cor preta com os dizeres “Venda sob prescrição médica – Atenção – Pode causar dependência
física ou psíquica”. Ex: Codeína.
3- Psicotrópicos: estimulantes do sistema nervoso central 3.a) Sujeitas a Notificação de Receita “A”
3.b) Etiqueta de cor preta com os dizeres “Venda sob prescrição médica – Atenção – Pode causar dependência
física ou psíquica”. Ex: Anfetamina.
4- Psicotrópicos: antiepiléticos, indutores do sono, ansiolíticos, antidepressivos, tranqüilizantes 4.a)
Sujeitas a Notificação de Receita “B”
4.b) Etiqueta de cor preta com os dizeres “Venda sob prescrição médica –O abuso deste medicamento pode
causar dependência”. Ex: Diazepam.
5- Psicotrópicos: anorexígenos
5.a) Sujeitas a Notificação de Receita “B”
5.b) Etiqueta de cor preta com os dizeres “Venda sob prescrição médica –O abuso deste medicamento pode
causar dependência”. Ex: Aminorex.
6- Controle Especial: antidepressivos, antiparksonianos, anticonvulsivantes, antiepiléticos, neurolípticos
e anestésicos
6.a) Sujeita a Receita de Controle Especial em duas vias
6.b) Etiqueta de cor vermelha com os dizeres “Venda sob prescrição médica – Só pode ser vendido com
Retenção de Receita”. Ex: Levodopa.
7- Retinóides: tratamento de acne cística severa
7.a) Sujeitas a Notificação de Receita Especial. Ex: Tretinoína
8- Talidomida: reação leprótica
8.a) Sujeitas a Notificação de Receita Especial.
9- Antiretrovirais: infecções originadas do HIV
9.a) Sujeitas a Receituário do Programa da DST/AIDS ou Sujeitas a Receita de Controle Especial em duas
vias. 9.b) Etiqueta de cor vermelha com dizeres “Venda sob prescrição médica – Só pode ser vendido com
Retenção de Receita”. Ex: Idovudina (AZT).
10-Anabolizantes
10.a) Sujeitas a Receita de Controle Especial em duas vias.
10.b) Etiqueta de cor vermelha com os dizeres “Venda sob prescrição médica – Só pode ser vendido com
Retenção de Receita”. Ex: Fluoximesterona.
11- Precursores de Entorpecentes/ Psicotrópicos
11.a) Sujeitas a Receita Médica em retenção. Ex: Ácido Lisérgico.
12- Lista de insumos químico utilizados precursores de síntese de entorpecentes e/ou psicotrópicos
12.a) Sujeitos a Controle do Ministério da Justiça. Ex: Éter etílico e Clorofórmico.
12.b) Plantas que podem originar substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicos
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- Cannabis sativum
- Produtos de Uso Proscrito no País
- (Substâncias Entorpecentes) - Ex: Cocaína e Heroína.
- (Substâncias Psicotrópicas) Ex: THC (Tetraidrocanabisol)
- (Outras substâncias) Ex: Estricnina.
Todo medicamento só poderá ser comercializado mediante a retenção da receita no ato da transação. É
necessário que balconistas e farmacêuticos estejam atentos às apresentações das receitas para evitarem
problemas com Vigilância Sanitária.
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Casos de Emergência
Receber receitas em papel inadequado, não oficial. A drogaria ou farmácia que comercializar a receita deve
anotar a identificação do comprador e apresentá-las as Inspetoria de Saúde em no máximo 72 horas.
NOÇÕES DE MANIPULAÇÃO
História
A farmácia de manipulação está capacitada, como o próprio
nome diz, a manipular fórmulas de medicamentos e
cosméticos. A partir de insumos e matérias primas, combina
os diversos elementos de uma fórmula e fabrica o produto de
acordo com a receita médica.
Até o começo do século XX no Brasil, praticamente todos os
remédios ao alcance da população eram manipulados. As
farmácias de manipulação confundiam-se com a própria
farmácia, sendo comum a “consulta” a um farmacêutico para
resolver problemas de saúde. As fórmulas manipuladas
costumavam trazer a inscrição FSA, “faça-se segundo a arte”.
A partir da II Guerra Mundial, acelerou-se a oferta de medicamentos industrializados, com a entrada maciça
dos grandes laboratórios farmacêuticos no país. A farmácia de manipulação foi perdendo seu prestígio até que
por volta dos anos 1970, começou um resgate dessa importante forma de atendimento da saúde.
A farmácia de manipulação é hoje uma realidade presente no dia-a-dia dos brasileiros. Existem atualmente
mais de 5000 farmácias de manipulação no país. Elas são uma alternativa importante para a população em
geral e para a classe médica. Por um lado, as farmácias de manipulação facilitam o acesso da população ao
medicamento, barateando custos. Por outro, fórmulas específicas ou dosagens não encontradas no mercado
podem ser solicitadas pelo médico.
A atividade da farmácia de manipulação é regulada pela ANVISA através da RDC nº. 214. Nela, a Agência de
Vigilância Sanitária divide as farmácias de manipulação em vários grupos, dependendo do tipo de produto que
manipula. Também estabelece padrões mínimos a serem observados quanto a instalações, equipamentos,
pessoal, controle de qualidade de matéria-prima, armazenamento e outras importantes etapas do processo de
manipulação.
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3. associações benéficas: há certos estados patológicos que precisam de uma terapêutica múltipla, com vários
medicamentos ao mesmo tempo. Exemplo, cardiopatas que tomam bloqueadores de cálcio, antiarrítmicos
e inotrópicos. São vários frascos e vários comprimidos. Na manipulação o médico pode prescrever uma
única fórmula com tudo que é necessário ao tratamento. O farmacêutico reserva-se apenas ao direito de
informar quando há incompatibilidades farmacológicas.
4. medicamentos fora de mercado: sempre se preocupou em colocar à disposição da classe médica, produtos
que foram retirados do mercado, mas que são úteis e necessários.
5. a dose certa para a pessoa certa: na fórmula manipulada o médico pode prescrever doses que não estão
disponíveis no medicamento industrializado, atendendo a certas peculiaridades de cada paciente.
O medicamento é manipulado de acordo com a formulação prescrita pelo médico, de acordo com as
Boas Práticas de Manipulação Farmacêutica, seguindo a legislação sanitária em vigor. Caso haja necessidade
de alguma modificação por motivos técnicos, os Farmacêuticos entrarão em contato com o seu médico, e, com
sua anuência farão as modificações, descrevendo-as no verso da receita, devidamente carimbado e assinado.
Se for um produto de uso interno, o medicamento deve sempre ser manuseado com as mãos limpas, deixando
o pote aberto o menor tempo possível. Se for um produto de uso externo em pote, deve-se utilizar a espátula
anexa para manuseá-lo, evitando-se o contato direto com as mãos. Em caso de medicamentos líquidos, não se
deve utilizar o mesmo conta-gotas para medicamentos diferentes. O prazo de validade dos medicamentos
manipulados é determinado de acordo com as normas técnicas federais vigentes (editadas pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária). Alguns medicamentos podem apresentar um prazo de validade bem curto,
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suficiente apenas para o período de tratamento indicado na receita. Deve-se verificar sempre o prazo de
validade constante do rótulo do medicamento, evitando guardar a embalagem após o seu uso. Qualquer
medicamento pode, aleatoriamente, apresentar reações adversas inesperadas. Caso ocorra alguma reação
desagradável após o início de um tratamento, o mesmo deve ser interrompido e o Médico ou o Farmacêutico
deve ser comunicado imediatamente para que as providências necessárias sejam tomadas. O medicamento
manipulado é preparado exclusivamente para uma só pessoa, atendendo à uma condição particular detectada
pelo médico, por isso o rótulo leva o nome do paciente, e sob ele, nossa Farmácia mantém um registro em que
constam todos os dados. Não se deve indicar ou permitir que outra pessoa, mesmo apresentando sintomas
semelhantes, utilize o medicamento, nem se deve indicar estes produtos. Sintomas semelhantes podem ser
gerados por doenças diferentes, e somente o Médico pode diagnosticar doenças e determinar o tratamento.
É muito comum a utilização da manipulação para produtos controlados, justamente pela facilidade de
se ajustar as doses que este método oferece, no entanto, deve-se tomar muito cuidado com os medicamentos
de controle especial, principalmente quanto aos seguintes quesitos: Observar os avisos de que o uso prolongado
ou abuso dos mesmos poderá causar dependência física ou psíquica Redobrar o cuidado ao dirigir veículos,
operar máquinas ou ao executar qualquer trabalho cuja segurança dependa de extremo cuidado, atenção e
coordenação motora. Estes medicamentos somente poderão se manipulados se o médico emitir uma notificação
especial, que ficará retida na Farmácia. O paciente deverá manter uma via da receita para poder seguir o
tratamento corretamente
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