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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 03
2 DEFINIÇÕES ....................................................................................................... 09
3 EPIDEMIOLOGIA .................................................................................................. 11
4 AS PRINCIPAIS DROGAS DE ABUSO ................................................................ 13
5 NEUROBIOLOGIA DA ADIÇÃO ........................................................................... 15
6 MECANISMO GERAL DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA .......................................... 20
6.1 Síndrome da Abstinência/ Efeito Rebote ............................................................ 24
7 RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE DROGAS – 2009 .............................................. 25
REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ......... Erro! Indicador não definido.
AVALIAÇÃO .................................................................... Erro! Indicador não definido.
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INTRODUÇÃO
As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras,
afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos
educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou
aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e
provado pelos pesquisadores.
Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final
da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar
dúvidas e aprofundar os conhecimentos.
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Na época de Galeno, intelectual grego que viveu entre 135 e 201 a.C.,
surgiram as teriagas, remédios de formulação complexa utilizados no tratamento de
alguns males, cujo mecanismo de ação deve ser atribuído ao ópio. Nicandro,
conterrâneo e contemporâneo do primeiro, considerado uma autoridade da toxicologia
da época, assim descreveu o efeito desta substância:
“Aquele que ingere uma bebida contendo o suco da papoula cai desde logo
num sono profundo, os membros se esfriam, os olhos se tornam fixos e todo o corpo
fica coberto de suor abundante; a face empalidece, os lábios se intumescem, os
ligamentos do maxilar inferior se relaxam, as unhas tornam-se lívidas e os olhos
encovados pressagiam a morte” (VALLE, 1988).
É o que ocorre nos países de língua inglesa, por exemplo, onde drug é a
designação genérica para os medicamentos, ou seja, a substância ou produto
empregado para curar as doenças, aliviar a dor ou estabelecer diagnóstico.
Murad (1995), utilizando definição mais simples, diz que tóxico é tudo que
está ligado a veneno. Já o termo entorpecente, muito utilizado por nossos legisladores,
segundo definição de Di Mattei, citado por Murad (1995, p. 35), é uma categoria de
substâncias, “venenos que agem eletivamente sobre o córtex cerebral, suscetíveis de
promover agradável ebriedade, de serem ingeridos em doses crescentes sem
determinar envenenamento agudo ou morte, mas capazes de gerar estado de
necessidade tóxica, graves e perigosos distúrbios de abstinência, alterações
somáticas e psíquicas profundas e progressivas”. Já narcótico é o termo geral para
substâncias que produzem insensibilidade, suprimem a dor e induzem sono profundo,
podendo causar dependência e determinar perturbações graves da personalidade. Os
conceitos apresentados indicam apenas categorias específicas de substâncias.
O termo “droga” teve sua origem da palavra “droog”, que significava “folha
seca”, isto porque antigamente quase todos os medicamentos eram feitos à base de
vegetais. Atualmente, a medicina define “droga” como sendo qualquer substância que
é capaz de modificar a função dos organismos vivos, resultando em transformações,
variações e modificações fisiológicas ou de comportamento.
tem-se a cafeína (do café), a nicotina (presente no tabaco), o ópio (na papoula) e o
THC tetrahidrocanabiol (da cannabis). As drogas sintéticas são fabricadas em
laboratório, exigindo para isso técnicas especiais (OMS, 1981).
acham que este seria um padrão razoável de sucesso terapêutico, da mesma forma
que em outras doenças crônicas, ou seja, o controle da doença, mas não a sua cura
definitiva.
O uso na vida para qualquer droga (exceto tabaco e álcool) foi de 22,8%.
Essa porcentagem é, por exemplo, próxima ao Chile (23,4%) e quase metade dos
Estados Unidos (45,8%).
O uso na vida de maconha, nas 108 maiores cidades, foi de 8,8%, resultado
este próximo aos da Grécia (8,9%) e da Polônia (7,7%), porém abaixo dos Estados
Unidos (40,2%) e do Reino Unido (30,8%).
No cérebro existe uma área responsável pelo prazer. O prazer, que sentimos
ao comer, fazer sexo ou ao expor o corpo ao calor do sol, é integrado numa área
cerebral chamada sistema de recompensa. Esse sistema foi relevante para a
sobrevivência da espécie. Quando os animais sentiam prazer na atividade sexual, a
tendência era repeti-la. Estar abrigado do frio não só dava prazer, mas também
protegia a espécie. Desse modo, evolutivamente, criamos essa área de recompensa
e é nela que a ação química de diversas drogas interfere. Apesar de cada uma possuir
mecanismo de ação e efeitos diferentes, a proposta final é a mesma, não importa se
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tenha vindo do cigarro, álcool, maconha, cocaína ou heroína. Por isso, só produzem
dependência as drogas que de algum modo atuam nessa área. O LSD, por exemplo,
embora tenha uma ação perturbadora no sistema nervoso central e altere a forma
como a pessoa vê, ouve e sente, não dá prazer e, portanto, não cria dependência.
Muitos usuários garantem que a maconha é uma droga fácil de largar, que
não causa dependência. Isso é verdade?
maconha, mas o cigarro estava difícil. Isso se repetia nas semanas subsequentes.
Centenas de casos como esse, o convenceram de que o cigarro é mais difícil de largar
do que as outras drogas. É um exagero?
A maioria das pessoas bebe com moderação, mas algumas fazem uso
abusivo do álcool. Há quem fume maconha ou use cocaína esporadicamente, mas
existem os que fumam crack o dia inteiro. O que explica essa diferença? A resposta
está na droga ou no usuário?
A maconha é um bom exemplo. Seu uso compulsivo hoje é maior do que era
há 20, 30 anos e, de acordo com as evidências, quanto mais cedo o indivíduo começa
a usá-la, maior é a possibilidade de tornar-se dependente. Como garotos de 12, 13
anos, e às vezes até mais novos, estão usando maconha, atualmente o problema se
agrava. Além disso, as concentrações de THC (princípio ativo da maconha)
aumentaram muito nos últimos tempos. Na década de 1960, andavam por volta de
0,5% e agora alcançam 5%. Portanto, a maconha de hoje é 10 vezes mais potente do
que era naquela época.
Laranjeiras acha que a queixa é fruto de um certo saudosismo, uma vez que
há tipos de maconha, entre eles o skank, que chegam a ter 20% de THC. Na Holanda,
foram desenvolvidas cepas que contêm maior concentração desse princípio ativo, o
que faz com que a maconha perca a classificação de droga leve e se transforme numa
substância poderosa para causar dependência. Deve-se considerar, ainda, como
justificativa da queixa que o uso crônico causa sempre certa tolerância.
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Na verdade, essa pessoa está doente. Seu cérebro está doente, com a
sensação de que não existe outro prazer além da droga. Isso acontece também com
o cigarro, uma fonte preciosa de prazer para os fumantes que adiam a decisão de
parar de fumar por medo de perdê-la. De fato, 30% dos fumantes, logo depois que se
afastam da nicotina, apresentam sintomas expressivos de depressão e precisam ser
medicados com antidepressivos.
Além disso, Costa pede o fim da “tragédia” que são as áreas sem a presença
do Estado. Do mesmo modo em que a maior parte dos cultivos ilícitos ocorre nas
regiões sem a presença do Estado, a maior parte da droga é vendida nas regiões
urbanas nas quais a ordem pública encontra-se fragilizada. “Moradia, emprego,
educação, acesso aos serviços públicos e ao lazer podem fazer que as comunidades
estejam menos vulneráveis às drogas e ao crime”, disse Costa.
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Costa pediu também uma maior eficiência na aplicação da lei. Ele estimulou
as polícias a focar seus esforços em um número menor de criminosos com maior
influência e volume de ação do que em um grande número de contraventores de
menor potencial ofensivo. Em alguns países, a taxa de prisão por uso de drogas é de
até cinco vezes maior do que a por tráfico. “Isso é um desperdício de recursos da
polícia, e um desperdício de vidas jogadas nas cadeias. Devemos ir atrás dos peixes
grandes, não dos pequenos”, disse Costa.
REFERÊNCIAS
MURAD, José Elias. Drogas. O Que é Preciso Saber. 6 ed. Belo Horizonte: Lê, 1995.
VALLE, Luiz Biella de Souza, DELUCIA, Roberto, OLIVEIRA FILHO, Ricardo Martins
e outro. Farmacologia Integrada. Princípios Básicos. Rio de Janeiro: Livraria
Atheneu, 1988. Vol. I.
WAGNER, Gabriela Arantes; ANDRADE, Arthur Guerra de. Uso de álcool, tabaco e
outras drogas entre estudantes universitários brasileiros. Rev. psiquiatr. clín. [online].
2008, vol.35, suppl.1, pp. 48-54. ISSN 0101-6083
http://www.scielo.br/pdf/rpc/v35s1/a11v35s1.pdf Disponível em: 23 set. 2010.
SUA ATIVIDADE
(3) Na Idade Média, o conhecimento dos efeitos das drogas sobre o sistema
nervoso central foi utilizado por feiticeiros, mágicos e exploradores da fé pública, com
suas poções para o sono, esquecimento, amor e outras.
(4) É interessante notar que no período anterior à abolição da escravatura no país,
o uso de maconha parecia ser de conhecimento dos grandes latifundiários e este uso
não era por eles reprimido, pois havia uma percepção de que diminuíam
sensivelmente as chances de rebelião entre os escravos.
(5) Em uma linguagem coloquial, droga tem um significado de algo benévolo, de
qualidade. Já em uma linguagem médica, droga é sinônimo de medicamento. A soma
das afirmativas correta é:
a)7
b) 8
c) 9
d) 12
a)entorpecente
b)droga
c)tóxico
d)n.r.a.
d) n.r.a
9)No cérebro existe uma área responsável pelo prazer. O prazer, que sentimos ao
comer, fazer sexo ou ao expor o corpo ao calor do sol, é integrado numa área cerebral
chamada sistema de :
a)satisfação
b)recompensa
c)emoção
d)n.r.a
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GABARITO
Nome do aluno:_______________________________________
Matrícula:___________
Curso:_______________________________________________ Data
do envio:____/____/_______.
Ass. do aluno: ______________________________________________
NOÇÕES BÁSICAS EM
DEPENDÊNCIA QUÍMICA
1)___ 2)___ 3)___ 4)___ 5)___