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CONCÓRDIA SC
2021
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LUCIANO IGNÁCIO DOS SANTOS
CONCÓRDIA SC
2021
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Sumário
1.RESUMO..................................................................................................................4
2. INTRODUÇÃO.........................................................................................................5
2.1 Problema da Pesquiza.........................................................................5
2.2 Justificativa.............................................................................................6
2.3 Objetivos.................................................................................................6
2.3.1 Objetivos Geral............................................................................6
2.3.2 Objetivos Específicos...................................................................7
2.4 Metodologia.............................................................................................7
3. DESENVOLVIMENTO............................................................................................8
3.1 Ayahuasca.............................................................................................08
3.2 O uso da Ayahuasca para tratamento em dependência química.........10
3.3 Rapé.....................................................................................................11
3.4 Cachimbo sagrado................................................................................12
3.5 O Ritual.................................................................................................13
4 CONCLUSÃO..........................................................................................................14
5 REFERENCIAS.......................................................................................................15
6 Apêndices.....................................................................................................18
6.1 Apêndice A – Ficha de anamnese........................................................18
6.2 Apêndice B – Tabela de medicamentos...............................................18
3
1.RESUMO – A terapia ocupacional, a título de informação, é uma importantíssima
vertente da medicina, mas ainda é um pouco desconhecida do público em geral. Aqui,
esse método será apresentado por pesquisadores especialistas e discutido em todo o
corpo textual, com enfoque dado ao tratamento via ritual indígena para dependentes
químicos, mais especificamente, pelo consumo da ayahuasca, que é uma bebida
psicoativa utilizada por diversos grupos indígenas por toda a Amazônia, assim como
por xamãs mestiços (chamados "vegetalistas") e por religiões e grupos independentes
no Brasil. No presente artigo, será feita uma breve descrição das corridas sobre essas
instituições e considerarei o papel da experiência durante o efeito do chá no processo
de recuperação da dependência e sobre a possibilidade de que esse tipo de
tratamento não seja um substituto para o tratamento convencional. Portanto, é
esperado, ao fim da apresentação, que o estudo seja capaz de responder as questões
aqui apresentadas, através da inserção dos estudiosos da área, objetivando, ao final
de tudo, colocar o estudo na mesma mesa dos periódicos do tema, podendo servir
como inspiração a novos pesquisadores que queiram trazer uma nova abordagem ao
tema e queiram utilizar o presente artigo como referencial teórico para embasamento
de suas ideias.
PALAVRAS-CHAVE: Ayahuasca; Dependentes químicos; Indígena; Ritual; Terapia.
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2.INTRODUÇÃO
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a atenção para o tratamento da dependência, menos conhecido hoje, é o uso de
métodos com plantas de poder como a Ayahuasca no tratamento do abuso de
substâncias e da dependência química durante as décadas de 1950 e 1960.
(Grinspoon & Bakalar, 1979).10 Halpern (1996, 2007), nas cuidadosas revisões
encontradas sobre o assunto, foi considerada uma imprecisão dos critérios de
definição da “dependência” e da “recuperação”, ao contrário do que nos traz a
FEBRACT através de livros como DE LEON, George.
Assim, cabe o questionamento que pautará a discussão no decorrer do texto:
Qual o potencial terapêutico do uso ritualístico da ayahuasca em tratamentos nos
casos de Síndrome da Dependência Química?
2.2 Justificativa
2.3 Objetivos
6
O termo "terapia" pode ser amplamente usado para se referir a uma atividade
humana onipresente, cujas várias manifestações apoiam o que chamamos de saúde
mental. A construção do significado terapêutico não vem apenas da intervenção
consciente de terapeutas especializados. Pode ser "construído" em um modelo
cultural ou pode ser gerado espontaneamente nas pessoas. Aqui, a ideia central desta
pesquisa é promover o debate sobre os rituais através do consumo da ayahuasca
como procedimento de tratamento para pacientes com dependência química.
2.4 Metodologia
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É importante esclarecer aqui, que todo esse estudo se originou em minha
própria experiência com as Medicinas, na qual já faço uso há mais de 11 anos, e o
motivo pelo qual fui iniciado no Xamanismo, foi exatamente o fato de eu mesmo ser
um Adicto, no meu caso, de Cocaína. Fiz uso desta substância por 10 anos e me
tornei dependente químico. Desde então, comecei um tratamento com as Medicinas
da floresta, e levei muito a sério isso. Hoje estou limpo há quase 9 anos, e isso se
deve inteiramente pelos efeitos da Ayahuasca, que aqui serão descritas com mais
ênfase no desenvolvimento deste estudo.
Outro fato importante a ser abordado aqui, é que os tratamentos usuais como
internações em Comunidades terapêuticas ou Clínicas de tratamento Especializadas,
frequentar grupos de ajuda como o AA (alcoólicos anônimos) ou o NA(Narcóticos
Anônimos), exceto aquelas em que se usa a Ibogaína ou até mesmo o Xamanismo
como um todo, todas essas formas de tratamento, se valem do preceito de que o
Adicto tem que querer se curar, ou seja, depende inteiramente da vontade do
indivíduo. Já no Xamanismo, onde se usa a Ayahuasca, mesmo que o indivíduo não
queira a cura, ele estará sujeito a se curar, em virtude das fortes reações exercidas
por este chá ancestral.
3 DESENVOLVIMENTO
3.1 Ayahuasca
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interesse pelas ayahuascas aumentou em todo o mundo. Hoje é usado como
sacramento por muitos Grupos no Brasil, sendo os mais conhecidos:
- Santo Daime: O movimento religioso do Santo Daime, iniciou no interior da
Floresta Amazônica, nas primeiras décadas do século XX, com o neto de escravos
Raimundo Irineu Serra, natural do Maranhão.
Ao Mestre Irineu, como passaria a ser chamado mais tarde, foi revelada uma
doutrina de cunho cristão e eclético, reunindo tradições católicas, espíritas, esotéricas,
caboclas e indígenas em torno do uso ritual do milenar chá conhecido pelos povos
incas como ayahuasca (vinho das almas) e por ele denominado Santo Daime.
-A UDV, ou União do Vegetal: O Centro Espírita Beneficente União do Vegetal
é uma religião de fundamentação cristã e reencarnacionista que usa em seu ritual o
Chá Hoasca (também conhecido como ayahuasca), preparado a partir de duas
plantas amazônicas, o cipó Mariri (Banisteriopsis caapi), e as folhas da árvore
Chacrona (Psicotria viridis). Na União do Vegetal (UDV), o Chá Hoasca é também
chamado de Vegetal e seus discípulos o bebem, durante as sessões, para efeito de
concentração mental. A UDV tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento
espiritual do ser humano, para o aprimoramento de suas qualidades intelectuais e de
suas virtudes morais, sem distinção de raça, sexo, credo, condição social ou
nacionalidade.
- A Barquinha: A Barquinha é um sistema religioso sincrético do Brasil. É
composta por centros espíritas que comungam da ayahuasca, fundada por Daniel
Pereira de Matos, o Frei Daniel, que também foi companheiro do Mestre Irineu. É uma
linha tradicional de uso de bebidas à base de plantas de poder no Brasil, junto ao
Santo Daime, Jurema Sagrada e a União do Vegetal. Ela é o único grupo destes três
no qual não há doutrinas que confiram aspectos sobrenaturais ao seu mestre
fundador. É também o único no qual a ayahuasca não é bebida em todos os rituais, e
que conta com frequentadores assíduos que não comungam o chá e nem são
membros do grupo.
- Xamanismo Universalista: O Xamanismo Universalista usa a Ayahuasca, o
rapé, a Sananga e o Cachimbo sagrado como Medicinas e é uma vertente filosófica e
espiritual que identifica o Divino em qualquer comunidade ou ideal religioso. Para eles,
9
a Religião, seja ela qual for, é uma forma de concretamente nos religar ao Divino,
aceitando qualquer prática de forma inclusiva (desde que essa prática propague o
bem e o amor). Reúne então os princípios universais das religiões mais conhecidas,
sempre agregando novos conhecimentos e práticas. E as práticas Neoxamânicas
cada vez mais resgatam esses princípios, aplicando-os em nossas vidas de acordo
com o espírito de cada um.
O uso da ayahuasca remonta aos povos indígenas originais que viviam na
bacia amazônica, onde era usada por fazendeiros indígenas para se comunicar com
espíritos, experiências mágicas, cerimônias de iniciação e práticas de cura (GROB et
al., 1996). A ayahuasca era popular entre essas pessoas, especialmente para fins
religiosos e médicos. Essas eram pequenas cerimônias privadas onde o paciente e o
xamã, e talvez 1 ou 2 outros, tomavam Ayahuasca. Alguns efeitos físicos são inerentes
a essa pratica, e são relatados pela maioria das pessoas que bebem o chá como: Frio
demasiado, calor demasiado, tonturas, vomito ou diarreia ( limpezas), sensação de
estar flutuando e em muitos casos, as pessoas acabam tendo vivencias muito
significativas que podem inclusive levarem o usuário a rever todos seus hábitos, bem
como fazer uma profunda análise dos seus atos passados, tendo assim um grande
avanço, tanto na parte física como mental e espiritual. Mas depois disso, as ideias
começam a surgir, e a natureza da doença e das plantas curativas são reveladas ao
paciente (DEMARCHELIER et al. 1996).
Nos últimos séculos, o uso da ayahuasca se espalhou pelo Peru, Brasil,
Colômbia e Equador entre os povos indígenas mestiços (GROB et al., 1996). Essas
práticas surgiram no início dos anos 1930 para serem usadas como sacramento em
três igrejas harmonizadas no Brasil que incluem religiões tradicionais e cristãs, União
do Vegetal (maior, mais meditativa), Santo Daime (antiga, vivolier, musical) e
Barquinha (uma Igreja Afro-Brasileira), durante dois festivais bimestrais com duração
de cerca de quatro horas (KJELLGREN et al. 2009).
A terapia com ayahuasca tem sido usada há muito tempo para tratar o vício, e
Lemlij (1978) desenvolveu um modelo de tratamento em grupo no qual os
participantes vinham em quantas semanas precisassem e podiam fazer doações
voluntárias no final. Cardenas e Gomez (2004) examinaram as razões do uso urbano
10
atual por 40 residentes de Bogotá, Colômbia. Eles descobriram que os indivíduos
usavam a ayahuasca para alcançar o bem-estar mental e melhorar sua capacidade
de resolver seus próprios problemas; Em outro estudo, os participantes citaram
“tratamento” e “igualdade” como motivos para o uso.
Kjellgren et al. (2009) encontraram motivações semelhantes entre os usuários
no norte da Europa, incluindo a exploração de seu mundo interior,
autoaperfeiçoamento, autoconsciência, exploração de padrões psicológicos e
aprimoramento da arte. Fiedler et al. (2011) estudaram os motivos de uso entre os
membros do Santo Daime, e constataram que os motivos eram sempre religiosos ou
espirituais, além de médicos.
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Em muitos institutos Xamãnicos onde é feito o uso da Ayahuasca, são exigidos
o preenchimento de uma ficha de Anamnese (Apêndice A), onde será percebido pelos
dirigentes se a pessoa está ou não em condições de participar do Ritual. Outro
documento importante é a tabela de medicamentos (Apêndice B) que não devem ser
usados pelas pessoas que vão participar dos Rituais Xamãnicos com o uso da
Ayahuasca, haja visto que alguns medicamentos têm inteiração medicamentosa com
o chá Enteógeno e por isso requer cuidados.
A ayahuasca parece ser útil no tratamento da dependência e, quando usada
corretamente, não parece ter o risco de abuso ou dependência (MORGENSTERN et
al. 1994). A ayahuasca pode tolerar a abstinência contínua de álcool, barbitúricos,
sedativos de cocaína, anfetaminas e diluentes. Em comparação com os controles
correspondentes, os maiores participantes em eventos da igreja brasileira em
ayahuasca receberam a pontuação mais baixa no Índice de Gravidade da
Dependência sobre o uso de álcool e atitude (FABREG). Et al. 2010). Barbosa et al.
(2009) sugerem que, com base em seus achados, o tratamento de Enteógenos em
condições clínicas e religiosas pode fornecer benefícios apropriados.
Liester & Prickett (2012) propõe 4 ideias para descrever as propriedades
antiaditivas propostas da ayahuasca:
a) A ayahuasca reduz os níveis de dopamina no cérebro ou a atividade na via
da dopamina mesolímbica, diminuindo a recompensa associada a uma substância
viciante. DMT é um conhecido agonista do receptor 5-HT2A e o agonismo do receptor
5-HT2A é conhecido por inibir a liberação de dopamina nas vias mesolímbica,
nigroestriatal e mesocortical. A redução da dopamina cerebral também se ajusta aos
níveis elevados de prolactina com o uso da ayahuasca. O oposto também é
verdadeiro, conforme ilustrado por antipsicóticos atípicos, que têm atividade
antagonista do receptor 5-HT2A e exibem bloqueio de dopamina reduzido (bloqueio
de 70-80%) em comparação com antipsicóticos típicos (90%) que têm pouca ação nos
receptores de serotonina (STAHL, 2008).
b) A redução da dopamina nas vias de recompensa prejudica a plasticidade sináptica
envolvida no desenvolvimento e manutenção do vício.
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c) A percepção, a autorrealização e o tratamento dos desastres do passado
proporcionados pela experiência com a ayahuasca proporcionam um melhor
entendimento das consequências e melhores decisões, possibilitando abandoná-las.
d) A ayahuasca facilita experiências transcendentes; autores dão o exemplo de Bill
Wilson, fundador da Alcoholics Anonymous, tendo tal experiência (não ayahuasca-
induzido) e ser capaz de abandonar o álcool.
3.3 Rapé
Grande parte dos Rapés são feitos com tabaco e outras ervas. Ajuda a remover
quaisquer desequilíbrios dentro dos corpos físicos, emocionais e mentais.
É a medicina mais usada pelas tribos do Brasil e consegue remove qualquer
confusão mental negativa. Conecta você à sua respiração melhorando assim a sua
ligação à terra favorecendo uma conexão mais profunda com as Divindades e o Eu
superior.
3.4 Cachimbo Sagrado
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É uma medicina que vem dos nossos ancestrais Norte Americanos e é usado
com muito respeito, sempre com intuito de rezar para o Grande Espírito.
3.5 O Ritual
4 CONCLUSÃO
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potencial de fornecer informações sobre o tratamento. Efeitos esses que para os reais
conhecedores do Chá Ayahuasca, são vistos como benéficos e salutares, haja visto
que são capazes de limpar o organismo de toxinas, isso no campo físico, pois no
campo mental, a Ayahuasca tem nos “efeitos colaterais” as maiores curas. E essas,
são algumas das muitas condições médicas e psicológicas, conforme enfatizado nos
últimos anos por vários pesquisadores (IBLAINEY, 2015; TUPPER, & LABATE, 2012)
Advertimos, que tais estudos devem ser conduzidos por pessoas experientes,
e que tais Rituais Xamãnicos devem fornecer uma visão abrangente do amplo registro
de efeitos adversos e resultados positivos. A maioria das pesquisas feitas até agora
sobre a ayahuasca foi limitada e carece de controles adequados. Embora os efeitos
colaterais em humanos sejam frequentemente relatados como leves (SANTOS, et al.
2016), as pessoas não devem participar de Rituais com as Medicinas da Floresta de
forma leviana. Ou seja, deve-se ter sempre em mente que são seções de Cura, e para
tal devemos estar preparados. Todos devem estar cientes dos efeitos colaterais
associados ao primeiro uso da ayahuasca e dos possíveis efeitos colaterais descritos
várias vezes em referências a esta revisão.
O uso de Enteógenos, levanta o conceito de redução de danos, que visa reduzir
os riscos sociais e de saúde associados ao uso de substâncias psicotrópicas, pois os
Enteógenos representam uma classe química cujos efeitos são toleráveis e ou
confiáveis e apresentam alto nível de segurança (FRECSKA, 2007; JOHNSON, et al.
2008).
Os resultados deste estudo mostram que a base farmacêutica das Medicinas
da Floresta atrai uma ampla gama de pacientes, não se limitando a residentes
regionais / nacionais. Isso, por sua vez, significa o interesse que existe por essas
terapias entre os pacientes internacionais dependentes do uso de drogas. Isso
também ressalta a importância de novas pesquisas sobre a adoção e funcionamento
das Medicinas da Floresta em diferentes perfis culturais, bem como o fluxo geral de
buscadores médicos na Amazônia e as implicações para os pacientes locais.
As descobertas dos estudos sobre essas plantas de Poder mencionados acima
(Berlowitz et al., 2019) fornecem os primeiros resultados.
15
Assim, nos damos por satisfeitos ao relatar que através deste estudo, podemos
observar que a Ayahuasca tem um forte poder de cura, sendo uma planta de poder
natural e produzida de forma responsável, pode sim ajudar muito no tratamento de
Adictos das mais diversas substãncias.
5 REFERÊNCIAS
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17
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TUPPER, K.W.; LABATE, B.C. Plants, psychoactive substances and the international
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and Drugs. 2, 17-28, 2012.
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6 APÊNDICE
6.1 Apêndice – A
FICHA DE ANAMNESE
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c) estou de pleno acordo de que, iniciado o ritual, só poderei me ausentar do local ritualístico ou ir embora
no término do ritual ( depois do café da manhã) ou, com autorização assinada pelo dirigente espiritual
presente.
d) em plena faculdade e sanidade mentais, tenho ciência de certos riscos físicos e psicológicos que
envolvem este trabalho com ayahuasca. assim, aceito e me responsabilizo de livre e expressa vontade, por
estes riscos.
e) declaro serem verdadeiras minhas respostas e tenho plena ciência de que informações por mim omitidos
são de minha inteira responsabilidade.
f) declaro que estou plenamente ciente das normas e diretrizes internas para participação no ritual, com
as quais concordo sem quaisquer reservas. comprometo-me a respeitá-las e seguí-las. g) declaro estar
ciente que pelo não cumprimento de quaisquer destas e demais regras e diretrizes, ficarei sujeito aos
riscos inerentes e às penas da lei.
h) qualquer alteração nos dados acima preenchidos solicite uma nova ficha de anamnese. se você confirma
todos os dados acima, assine plenamente de acordo.
ASSINATURA - ____________________________________________
6.2 Apêndice – B
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MEDICAMENTOS CONTROLADOS
Nome Químico Nome Comercial Classificação
Levodopa Prolopa Antiparkinsoniano
Selegilina Niar Antiparkinsoniano
Flufenazina Anatensol Antipisicótico
Haloperidol Haldol Antipisicótico
Pimozida Orap Antipisicótico
Amissulprida Socian Antipsicótico
Clorpromazina Amplictil Antipsicótico
Clozapina Leponex Antipsicótico
Levomepromazina Neozine Antipsicótico
Olanzapina Zuprexa Antipsicótico
Quetiapina Seroquel Antipsicótico
Risperidona Zargus, Risperdal Antipsicótico
Sulpirida Dogmatil Antipsicótico
Trifluoroperazina Stelazine Antipsicótico
Carbonato de lítio Carbolitium, Priadel Estabilizante de humor
Ac. Valpróico/Divalproato de sódio Depakene, Depakote,Valpakene Anticonvulsivante
Carbamazepina Tegretol Anticonvulsivante
Fenitoina Hidantal Anticonvulsivante
Fenobarbital Gardenal, Edhanol Anticonvulsivante
Lamotrigina Lamictal Anticonvulsivante
Zolpiden Stilnox Hipnótico ( indutor de sono)
Alprazolan Frontal,Apraz,Altrox Ansiolítico
Bromazepan Lexotan , Somalium Ansiolítico
Buspirona Ansitec,Ansienon, Buspar, Buspanil Ansiolítico
Clobazan Frizium Ansiolítico
Clonazepan Rivotril, Clonotril, Navotrax Ansiolítico
Clordiazepóxido Limbitrol, Psicosedim, Menotensil Ansiolítico
Cloxazolan Clozal, Elum, Olcadil Ansiolítico
Diazepan Valium,Ansilive,Compaz, Dienpax,Noan, Ansiolítico
Flunitrazepan Rohypnol Ansiolítico
Lorax,Ansilor,Lorenin,Loserdal, Max‐pax,
Lorazepan Mesmerin,Ativan,Temesta, Tavor Ansiolítico
Amitriptilina (cloridrato) Tryptanol, Amitryl Antidepressivo
Bupropiona Zyban , Bup Antidepressivo
Citalopran Cipramil Antidepressivo
Clomipramina Anafranil, Clo Antidepressivo
Duloxetina Cymbalta Antidepressivo
Escitalopran Cipralex, Lexapro, Exodus Antidepressivo
Prozac,Verotina,Daforin, Deprax,Lovan, Prozen,Sarafem
Fluoxetina (cloridrato) Selectus, Symbyax,Eufor,Fluxene, Antidepressivo
Fluvoxamina Dumyrox, Luvox Antidepressivo
Imipramina Tofranil Antidepressivo
Maprotilina Antidepressivo
Mirtazapina Antidepressivo
Moclobemida Aurorix Antidepressivo
Nortriptilina (cloridrato) Nortelor , Pamelor Antidepressivo
Paroxetina (cloridrato) Pondera Antidepressivo
Reboxetina
Reboxetina Edronax,Prolift
Edronax, Prolift Antidepressivo
Antidepressivo
Sertralina Zoloft, Sercerin, Novativ, Tolrest, Serenata, Assert Antidepressivo
Tianeptina Stablon Antidepressivo
Tranilcipromina e Trifluoperazina Stelapar Antidepressivo
Trazodona Triticum Antidepressivo
Venlafaxina Efexor Antidepressivo
Metilfenidato Concerta, Ritalina Estimulante SNC ( Derivado anfetamina)
Sibutramina Meridia, Reductil, Sibutral, Plenty,Saciette; Biomag , Vazy Moderador de apetite
LEGENDA
Não tomar NO DIA
Medicação deve ser interrompida dias antes, se o caso
permite ( Com aval médico)
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MEDICAMENTOS NÃO CONTROLADOS
Nome Químico Nome Comercial Classificação
Atenolol Atenolol, Atenol, Angipress Antihipertensivo
Captopril Captopril, Capotem Antihipertensivo
Losartan Atacand Antihipertensivo
Maleato de enalapril Renitec, Eupressim, Vasopril Antihipertensivo
Metoprolol Selopress Antihipertensivo
Propranolol Inderal Antihipertensivo
Verapamil Dilacoron Antihipertensivo
Glibenclamida Daonil Hipoglicemiante
Metformina Glucoformim, Glifage Hipoglicemiante
Baclofenaco Lioresal Relaxante muscular
Carisoprodol Tandrilax Relaxante muscular
Ciclobenzaprina Miosan Relaxante muscular
Orfenadrina Dorflex Relaxante muscular
Loratadina Claritin Antialérgico
Cetirizina Zyrtec Antialérgico
Dexclorfeniramina Celestamine, Polaramine Antialérgico
Fenoterol+ Ipratropio Berotec+Atrovent Brocodilatadores( inalação)
Salbutamol Aerolin, aeroflux Brocodilatadores
Casos que exigem cautela : Medicação de uso contínuo que não pode ser interrompida
‐ Diabéticos: NÃO PODEM ficar longos períodos de tempo sem se alimentar. Como a
Ayauasca queima glicose, deve‐se oferecer frutas em espaços de tempo regulares
(DURANTE O RITUAL);
‐ Hipertensos: Pode haver leve aumento de pressão com a Ayauasca, portanto, a pessoa deve
tomar o medicamento normalmente e receber atenção redobrada no ritual, inclusive
analisando a dose a ser dada caso a caso, levando‐se em consideração se a pressão está
controlada, a idade da pessoa, etc. Casos de cardiopatia mais grave, como marcapassos,
precisam de liberação do cardiologista para participar do ritual.
Deve‐se evitar qualquer outro tipo de medicação em dia de ritual, sempre entre em contato caso
tome algum medicamento, mesmo que não seja um psicotrópico (medicação sujeita a controle
especial pela Portaria 344/98 ‐ Ministério da Saúde), toda medicação deve ser relatada na ficha de
anamnese, para análise da participação.
Fonte:
Portaria 344/98 (Ministério da saúde) ‐ Última atualização link ‐
http://portal.crfsp.org.br/noticias/3576‐portaria‐34498.html DEF. 0 38 º
Edição (JBM ‐ Jornal Brasileiro de Medicina)
Psicosite ‐ http://www.psicosite.com.br/
http://pfarma.com.br/noticia‐setor‐farmaceutico/legislacao‐
farmaceutica/733‐rdc‐35‐portaria344‐98.html
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